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sexta-feira, 25 de abril de 2025

SOU COMUNA MANÉ * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

SOU COMUNA MANÉ
OUÇA UM SAMBA LINDO
AJUDE DENUNCIAR A PM NZISTA DO TARCÍSIO DE FREITAS

domingo, 20 de abril de 2025

A Perseguição a Glauber Braga e os Limites da Conciliação: Quando a Coerência se Torna Crime * Prof Aurélio Fernandes/RJ

GLAUBER FICA
A Perseguição a Glauber Braga e os Limites da Conciliação: Quando a Coerência se Torna Crime

Por Aurelio Fernandes O pedido de cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga não pode ser lido como um caso isolado ou meramente jurídico. Ele é, antes de tudo, um ato político com profundo significado. Trata-se de mais um episódio da perseguição sistemática a parlamentares que não se curvam às regras não escritas do jogo institucional brasileiro – aquelas que blindam os donos do poder e sufocam vozes dissidentes.

Glauber Braga se destacou nos últimos anos como uma das poucas figuras da esquerda parlamentar que mantém uma posição clara e combativa contra os interesses da direita e da extrema direita. Ele não mede palavras ao denunciar os esquemas, negociatas e acordões que permeiam o Congresso Nacional. E, mais do que isso, recusa-se a tratar o parlamento como uma vitrine de vaidades ou uma feira de conchavos.

Essa postura o tornou alvo preferencial de setores fascistas e do centrão fisiológico. Glauber incomoda porque denuncia. Porque expõe o que muitos preferem manter nas sombras. Sua atuação firme, especialmente nas comissões e nas votações mais sensíveis, mostra que ainda há espaço para coerência política dentro de uma instituição dominada por interesses privados.

O pedido de cassação contra ele se insere justamente nesse contexto. A justificativa oficial pode até usar a linguagem da moralidade e do decoro, mas o que está por trás é a tentativa de silenciar um parlamentar que rompe com o protocolo da conciliação. Glauber não "constrói pontes" com quem sabota os direitos do povo – ele denúncia. E isso, para a elite política brasileira, é inaceitável.

Mais do que criticar a direita, Glauber Braga tem apontado os limites da atual composição do governo Lula, centrada em uma lógica de conciliação de classes que historicamente se mostrou incapaz de promover transformações estruturais. A reedição do pacto social-democrata, em pleno colapso do neoliberalismo e sob pressão de uma extrema direita ativa, não passa de um paliativo frágil.

Essa crítica não é feita da oposição cínica, mas desde uma esquerda que entende a urgência do nosso tempo. Glauber representa um campo político que sabe que a mudança real não virá da negociação com os inimigos do povo, mas do enfrentamento organizado, enraizado nos movimentos populares, nos trabalhadores e na juventude combativa.

É por isso que sua presença no Congresso incomoda tanto. Porque ele atua como um vetor de radicalização democrática em um ambiente moldado para domesticar. Glauber Braga transforma a tribuna em trincheira, e isso não é figura de linguagem: é prática política. Sua coerência desmascara a hipocrisia dos discursos institucionais que, em nome da governabilidade, se ajoelham diante dos algozes da democracia.
Enquanto boa parte da esquerda se adapta aos limites impostos pelo sistema, Glauber insiste em ultrapassá-los. Ele entende que a política, para ser transformadora, precisa se reconectar com o povo e com seus interesses reais. E, nesse sentido, ele encarna uma ideia de política que vai além da gestão do possível: a política como "arte de tornar possível o impossível".

Essa concepção resgata a dimensão revolucionária da política. Não como utopia abstrata, mas como prática concreta de ruptura. Glauber sabe que nenhum direito foi conquistado por meio da conciliação com os opressores – todos vieram da luta. E sua atuação parlamentar reflete essa compreensão histórica.

O pedido de cassação, portanto, revela mais sobre os acusadores do que sobre o acusado. Mostra o medo das instituições diante de qualquer sopro de insubordinação real. Não é Glauber quem ameaça à democracia – é a tentativa de silenciá-lo que revela o quanto ela está fragilizada.

É preciso denunciar esse processo como parte de uma estratégia maior de contenção da esquerda combativa. O sistema tenta cooptar quem pode ser cooptado e destruir quem resiste. Glauber escolheu resistir, e paga o preço por isso. Mas sua voz segue ecoando porque ela fala verdades que muita gente sente, mas poucos têm coragem de dizer.
É também um teste para a esquerda institucional. Defender Glauber não é apenas defender um parlamentar – é defender o direito à divergência, à crítica, à construção de alternativas. É afirmar que a política não pode ser reduzida à gestão do que está posto, mas deve servir para imaginar e construir o que ainda não existe.

A cassação de Glauber seria uma vitória da ordem vigente. Uma ordem que naturaliza a fome, a miséria, a violência policial e o saque das riquezas nacionais. Ele incomoda porque rompe com essa naturalização e exige que a política cumpra seu papel transformador.

Sua coerência escancara a incoerência alheia. Por isso ele é perigoso para os que se escondem atrás da “governabilidade”. Glauber não aceita o discurso de que é preciso ceder tudo para avançar pouco. Ele aponta para outro caminho – um caminho de confronto, organização popular e luta de classes.

É esse caminho que assusta. Porque ele reacende a memória de que é possível fazer política com dignidade. Que é possível resistir sem vender a alma. E que é possível sonhar com um Brasil onde a política esteja a serviço da maioria, e não de meia dúzia de privilegiados.

A perseguição a Glauber deve ser entendida como um alerta. Se conseguem cassá-lo hoje, quem será o próximo? A criminalização da esquerda radical não começa com repressão de rua – começa com o cerco institucional, o isolamento político, o linchamento moral.

Por isso, é hora de unidade em torno da defesa de Glauber Braga. Não apenas por ele, mas pela prática política que ele representa. Uma política radical que recusa a conciliação com os exploradores e aposta na organização da classe trabalhadora como sujeito histórico da transformação.

Em tempos de crise ecológica, social e política, manter a ilusão da estabilidade é a verdadeira irresponsabilidade. Glauber joga luz sobre essa farsa e, por isso, querem apagá-lo. Mas ideias não se cassam. E a luta segue.

Sua trajetória mostra que ainda é possível fazer política com coragem, com ética e com propósito. E se é disso que têm medo, então é exatamente isso que precisamos fortalecer.
&
PROF WLADIMIR TADEU BAPTISTA SOARES
NITERÓI . RJ
GLAUBER BRAGA EM GREVE DE FOME
FAZENDAS DE ARTHUR LIRA

sábado, 19 de abril de 2025

GREVE NACIONAL DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL * Prof Wladimir Tadeu Baptista Soares/RJ

GREVE NACIONAL DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
Prof Wladimir Tadeu Baptista Soares/RJ
GREVE 05/05

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Massacre de Eldorado do Carajás * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

MASSACRE DE ELDORADO DO CARAJÁS
Airton Souza nasceu em Marabá e publicou em 2023 o livro Outono de Carne Estranha, premiado pelo Sesc de melhor romance do ano. 
Quinta, 17 de abril de 2025
Neste 17 de abril se completam 29 anos do dia que a PM do Pará matou 21 sem-terra

Outono de Carne Estranha, romance premiado do escritor marabaense Airton Souza, é um relato ficcional, com altos traços de realidade, sobre a crise humanitária que foi Serra Pelada, entre o final dos anos 1970 e início dos 1980.

Segundo o autor, a obra é inspirada nas memórias do seu pai, que atuou como garimpeiro na região, e também da sua mãe, mais uma das migrantes atraída pelos relatos de fartura e abundância que levaram o Brasil à febre do ouro.

A inquietação para o livro veio de uma percepção do escritor de como major Curió, que foi designado como gestor do garimpo pela ditadura, não foi devidamente reconhecido como um torturador nas diversas produções que contam a história de Serra Pelada.

“Isso me levou a escrever essa história e fazer esse recorte para também mostrar essa face horrenda ou esse modo de poder exercido por esse personagem real e que no romance é ficcionalizado”, explica em entrevista ao Conversa Bem Viver desta quinta-feira (17), quando se completam 29 anos do Massacre de Eldorado do Carajás.

Para Airton Souza, mesmo separados por quase duas décadas, os dois episódios são intimamente ligados e indissociáveis. Cerca de 50 quilômetros separam a Curva do S, onde a polícia executou os 21 sem-terra, da Serra Pelada.

Mas, para além da proximidade geográfica, o que liga os dois acontecimento é a perpetuação da violência e o “estado de barbárie”, que segundo Airton Souza segue predominante na região sudoeste do Pará.

“Isso é barbárie, a região vive esse isolamento não só geográfico, mas o isolamento de todos os níveis que você possa imaginar. Isolamento cultural, social, histórico. E isso é proposital. É proposital justamente por conta das riquezas que a região tem. Isso tem a ver com essa apropriação dessas riquezas também.”

Confira a entrevista na íntegra:

Conversa Bem Viver: Você relaciona esses dois episódios, Serra Pelada e o Massacre do Carajás?

Airton Souza: Esses dois episódios, realmente, fazem parte de um contexto histórico da região sudoeste do Pará e eles estão intimamente ligados. Um tem a ver com o outro.

Sobretudo quando se descobre o garimpo, já no final da década de 1970 e início da década de 1980. Esse povoamento exacerbado da região vai provocar, no final das contas também, o nascimento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra [MST] na região.

Vai ampliar a luta pela terra por conta dessa grande quantidade de pessoas que vão vir à região. Então são dois episódios que estão intimamente ligados.

Antes de desenvolver mais essa sua ideia, conta pra gente qual a sua relação com Serra Pelada. Como ela fez parte da sua vida?

O meu livro Outono de Carne Estranha é parte da minha experiência com o garimpo de modo indireto, porque meu pai foi garimpeiro de Serra Pelada e minha mãe fugiu de casa no Maranhão também por conta das notícias do garimpo, ela era uma menina de 17 anos de idade.

O garimpo é uma espécie de ferida que atravessou a minha família inteira, atravessou a nossa casa o tempo todo e a maneira que eu encontrei pra mostrar essa ferida aberta foi escrever um romance.

O garimpo assombrou a nossa casa a vida toda.

O livro faz esse relato da Serra Pelada a partir da história de dois garimpeiros que têm um relacionamento homoafetivo. Por que você escolheu esse recorte?

O recorte parte, principalmente, da experiência dos meus pais. Mas tinha uma coisa que me incomodava muito, que continua me incomodando na história do do Brasil, principalmente ligada ao garimpo de Serra Pelada.

Que é a nuance de esconder os principais personagens que criaram o horror na região.

Então você tem várias produções sobre o garimpo, incluindo livros, incluindo filmes, documentários, matérias de jornais e em todos os casos tem uma figura muito emblemática que fica escondida por trás de toda essa produção e que deveria ser, na verdade, a figura de linha de frente.

Que é o major Curió. Então eu tinha essa inquietação, porque eu não conseguia enxergar nessas produções sobre o garimpo esse sujeito que era a representação do poder governamental na região sudeste do Pará.

Então isso também me levou a escrever essa história e fazer esse recorte para também mostrar essa face horrenda ou esse modo de poder exercido por esse personagem real e que no romance ele é ficcionalizado.

Então provavelmente é uma das primeiras produções ligadas à arte que você vai ter a representação desse sujeito.

O major Curió é a representação do Estado na região. Então ele é a representação do poder. E todas as mazelas que vão surgir e que vão se perpetuar na região, elas devem justamente essa relação de poder entre o Estado e a sociedade.

E eu precisava contar essa história para mostrar como essa máquina de poder agia na região, a partir de execuções, de tortura, a partir de ameaça, de ocupação dos espaços e de ocupação do discurso também.

A chegada do major Curió em Serra Pelada acontece nos últimos anos de ditadura militar, próximo a chamada transição democrática, mas ainda era ditadura. Te parece que tudo que aconteceu, todas essas cenas de horror e tortura, só aconteceram porque ainda vivíamos ditadura militar?

Essa é uma boa pergunta e tem uma resposta também muito boa. Provavelmente, aconteceria da mesma forma.

Porque a região de um modo geral ainda é uma região isolada. E não me refiro ao isolamento territorial, ao isolamento geográfico.

Mas há um isolamento feito dessa região que parte também do pensamento, da intelectualidade.

A nossa região é vista ainda como um espaço selvagem. Então, provavelmente, mesmo que a gente tivesse diante de um governo democrático, essa história também teria se dado nesse contorno de violência.

Porque se você pegar os índices de violência que acontecem no Brasil e fazer uma comparação por região, você vai ver que nós vivemos em uma na região de barbárie, numa região muito, muito problemática.

Não há um exemplo maior para mostrar para você como o Massacre do Carajás. Nós estávamos em um momento democrático, de retomada da democracia, já tinha havido eleições e mesmo assim você tem o Estado brasileiro assassinando 21 trabalhadores sem-terra, assassinados ao vivo, sendo transmitido ao vivo pela TV.

Isso é barbárie, a região vive esse isolamento não só geográfico, mas o isolamento de todos os níveis que você possa imaginar. Isolamento cultural, social, histórico. E isso é proposital.

Isso é proposital justamente por conta das riquezas que a região tem e que isso tem a ver com essa apropriação dessas riquezas também.

Te ouvindo, fiquei com a sensação que você está dizendo que a violência legitimada durante a Serra Pelada foi o combustível para que Carajás fosse possível…

É isso. Eu sempre enxerguei os dois episódios muito intimamente ligados. Depois que o garimpo surge, todas as lógicas que vão acontecer na região se dão a partir disso.

Então, eu nunca consegui desassociar essa ideia. A partir disso está vindo um novo romance meu que se passa no contexto do Massacre de Eldorado do Carajás, ele termina naquela cena do Massacre.

Importante comentar que toda essa barbárie foi implantada na região antes de tudo disso, a partir da década de 60, com a abertura das rodovias. São coisas que foram criando esses mecanismos de violência de modo mais efetivo.

A partir de tudo isso, como você define seu sentimento sobre o garimpo? É ódio, raiva?

Na verdade, eu nem sei explicar, porque é uma mistura, é uma mistura de sentimentos

Até por conta de eu ter nascido nessa região…eu devo isso também ao garimpo, em parte.

Dizer que eu sinto ódio, sinto raiva, seria um pouco raso da minha parte, porque foi o espaço também que configurou a relação amorosa entre meu pai e minha mãe. Foi o que gerou um aspecto de sobrevivência, não só para eles, mas para os filhos também deles.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS); Rádio Cantareira (SP); Rádio Keraz; Web Rádio Studio F; Rádio Seguros MA; Rádio Iguaçu FM; Rádio Unidade Digital ; Rádio Cidade Classic HIts; Playlisten; Rádio Cidade; Web Rádio Apocalipse; Rádio; Alternativa Sul FM; Alberto dos Anjos; Rádio Voz da Cidade; Rádio Nativa FM; Rádio News 77; Web Rádio Líder Baixio; Rádio Super Nova; Rádio Ribeirinha Libertadora; Uruguaiana FM; Serra Azul FM; Folha 390; Rádio Chapada FM; Rbn; Web Rádio Mombassom; Fogão 24 Horas; Web Rádio Brisa; Rádio Palermo; Rádio Web Estação Mirim; Rádio Líder; Nova Geração; Ana Terra FM; Rádio Metropolitana de Piracicaba; Rádio Alternativa FM; Rádio Web Torres Cidade; Objetiva Cast; DMnews Web Rádio; Criativa Web Rádio; Rádio Notícias; Topmix Digital MS; Rádio Oriental Sul; Mogiana Web; Rádio Atalaia FM Rio; Rádio Vila Mix; Web Rádio Palmeira; Web Rádio Travessia; Rádio Millennium; Rádio EsportesNet; Rádio Altura FM; Web Rádio Cidade; Rádio Viva a Vida; Rádio Regional Vale FM; Rádio Gerasom; Coruja Web; Vale do Tempo; Servo do Rei; Rádio Best Sound; Rádio Lagoa Azul; Rádio Show Livre; Web Rádio Sintonizando os Corações; Rádio Campos Belos; Rádio Mundial; Clic Rádio Porto Alegre; Web Rádio Rosana; Rádio Cidade Light; União FM; Rádio Araras FM; Rádios Educadora e Transamérica; Rádio Jerônimo; Web Rádio Imaculado Coração; Rede Líder Web; Rádio Club; Rede dos Trabalhadores; Angelu’Song; Web Rádio Nacional; Rádio SINTSEPANSA; Luz News; Montanha Rádio; Rede Vida Brasil; Rádio Broto FM; Rádio Campestre; Rádio Profética Gospel; Chip i7 FM; Rádio Breganejo; Rádio Web Live; Ldnews; Rádio Clube Campos Novos; Rádio Terra Viva; Rádio interativa; Cristofm.net; Rádio Master Net; Rádio Barreto Web; Radio RockChat; Rádio Happiness; Mex FM; Voadeira Rádio Web; Lully FM; Web Rádionin; Rádio Interação; Web Rádio Engeforest; Web Rádio Pentecoste; Web Rádio Liverock; Web Rádio Fatos; Rádio Augusto Barbosa Online; Super FM; Rádio Interação Arcoverde; Rádio; Independência Recife; Rádio Cidadania FM; Web Rádio 102; Web Rádio Fonte da Vida; Rádio Web Studio P; São José Web Rádio – Prados (MG); Webrádio Cultura de Santa Maria; Web Rádio Universo Livre; Rádio Villa; Rádio Farol FM; Viva FM; Rádio Interativa de Jequitinhonha; Estilo – WebRádio; Rede Nova Sat FM; Rádio Comunitária Impacto 87,9FM; Web Rádio DNA Brasil; Nova onda FM; Cabn; Leal FM; Rádio Itapetininga; Rádio Vidas; Primeflashits; Rádio Deus Vivo; Rádio Cuieiras FM; Rádio Comunitária Tupancy; Sete News; Moreno Rádio Web; Rádio Web Esperança; Vila Boa FM; Novataweb; Rural FM Web; Bela Vista Web; Rádio Senzala; Rádio Pagu; Rádio Santidade; M’ysa; Criativa FM de Capitólio; Rádio Nordeste da Bahia; Rádio Central; Rádio VHV; Cultura1 Web Rádio; Rádio da Rua; Web Music; Piedade FM; Rádio 94 FM Itararé; Rádio Luna Rio; Mar Azul FM; Rádio Web Piauí; Savic; Web Rádio Link; EG Link; Web Rádio Brasil Sertaneja; Web Rádio Sindviarios/CUT.

O programa de rádio Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil de Fato. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo. A versão em vídeo é semanal e vai ao ar aos sábados a partir das 13h30 no YouTube do Brasil de Fato e TVs retransmissoras: Basta clicar aqui.

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para ser incluído na nossa lista de distribuição, entre em contato por meio do formulário.

Massacre de Eldorado do Carajás segue impune há 29 anos
BRASIL DE FATO

Nos anos 90, um massacre marcou para sempre a luta dos trabalhadores rurais no Brasil. Em Eldorado do Carajás, no Pará, 21 camponeses foram mortos pela polícia durante uma manifestação. Foi uma das ações mais violentas do Estado contra o povo do campo — e o mundo todo ficou sabendo. Hoje, 29 anos depois, a memória das vítimas segue viva através de homenagens, protestos e resistência.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

PRESOS POLÍTICOS NO MUNDO ATUAL * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

PRESOS POLÍTICOS NO MUNDO ATUAL
Hoje, enquanto o mundo aguardava o veredito final sobre a libertação de Georges Abdallah, o lutador comunista libanês pela Palestina preso na França por 40 anos, o Tribunal de Apelação francês adiou sua decisão até 19 de junho.

Em novembro de 2024, um tribunal francês ordenou a libertação de Georges após 40 anos em prisões francesas, apesar de ele ter direito à libertação desde 1999. No entanto, o Estado recorreu do caso, e uma decisão era esperada para hoje; Agora a decisão foi adiada por mais quatro meses.

De acordo com seu advogado, Jean-Louis Chalanset, o tribunal adiou sua decisão para que o condenado pudesse "compensar" as "partes civis" — ou seja, o agente da CIA e o agente do Mossad mortos na operação da Facção Revolucionária Armada Libanesa — algo que ele sempre se recusou a fazer.

É urgente continuar nossa mobilização e ação para LIBERTAR GEORGES ABDALLAH AGORA

Georges Abdallah deve ser libertado!
MAIS PRESOS POLÍTICOS PALESTINOS
&
Da República Bolivariana da Venezuela 🇻🇪 o Coordenador Simón Bolívar expressa solidariedade ao nosso irmão Héctor Llaitul, líder do Povo Mapuche.
Caracas - Venezuela
Abril de 2025.
MAIS HECTOR LLAITUL
&
*
Do Coordenador Simón Bolívar, Solidariedade com nossos companheiros presos políticos no Equador.
Caracas - Venezuela.
Abril de 2025.
Coordinadora Simón Bolívar Traslado Ya para Ilich Ramírez Sánchez a Venezuela 
Caracas - Venezuela 
Abril 2025.
Do Coordenador Simón Bolívar exigimos a repatriação de Simón Trinidad, sequestrado em uma prisão do império ianque, sem ter cometido nenhum crime nos Estados Unidos.
Liberdade Agora
Caracas - Venezuela
Abril de 2025.
*
PRESOS POLÍTICOS DA COLÔMBIA
*
PRESOS POLÍTICOS DE NAIYB BUKELE
LUCAS PASSOS
BRASILEIRO PRISIONEIRO DO MOSSAD NO BRASIL

DONA IVONE LARA * João Costa Batista/José Carlos de Araujo/RJ

DONA IVONE LARA
IVONE LARA.
Via João Costa Batista, Facebook.
“Árvore da Lembrança”

Faleceu no dia 16 de abril de 2018, aos 96 anos, a carioca Yvonne Lara da Costa - Dona Ivone Lara.

Foi uma Compositora e Cantora brasileira, conhecida como Rainha do Samba e Grande Dama do Samba.
Dona Ivone Lara nasceu em 13 de abril de 1922, na rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi a primeira Filha da união entre a Costureira Emerentina Bento da Silva e João da Silva Lara.

Paralelamente ao Trabalho, ambos tinham intensa vida Musical: ele era Violonista de Sete Cordas e desfilava no Bloco dos Africanos; ela era ótima Cantora e emprestava sua Voz de Soprano a Ranchos Carnavalescos tradicionais do Rio de Janeiro, como o Flor do Abacate e o Ameno Resedá – nos quais seu João também se Apresentava.

Formada em Enfermagem e Serviço Social, com Especialização em Terapia Ocupacional, foi uma Profissional na área até se aposentar em 1977. Nesta função trabalhou em Hospitais Psiquiátricos, onde conheceu a Dra. Nise da Silveira. Com a morte do Pai, com menos de três anos de idade, e da Mãe aos dezesseis, foi criada pelos Tios e com eles aprendeu a Tocar Cavaquinho e a ouvir Samba, ao lado do Primo Mestre Fuleiro. Teve aulas de Canto com Lucília Guimarães e recebeu elogios do Marido desta, o maestro Villa-Lobos.

Casou-se com Oscar Costa, Filho de Alfredo Costa, Presidente da Escola de Samba Prazer da Serrinha. Foram casados durante 28 anos, até a morte de Oscar.

Foi no Prazer da Serrinha onde conheceu alguns Compositores que viriam a ser seus Parceiros em algumas Composições, como Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira.

Compôs o Samba Nasci para sofrer, que se tornou o Hino da Escola. Começou a desfilar na Ala das Baianas. E também Compôs o Samba Não me perguntes, mas a Consagração veio em 1965, com “Os cinco bailes da história do Rio”, quando se tornou a primeira Mulher a fazer parte da Ala de Compositores da Escola de Samba.

Uma de suas Composições mais conhecidas, em parceria com Délcio Carvalho, foi Sonho Meu, sucesso na voz de Maria Bethânia e Gal Costa em 1978, cujo álbum ultrapassou um milhão de cópias vendidas.

Adaptação de J.C.de Araújo.
Atualização em 16.04.2025.
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SONHO MEU
MARIA BETHÂNIA/GAL COSTA

quarta-feira, 16 de abril de 2025

PL DA ANISTIA AUTORIZA GOLPE * Míriam Leitão/SP

PL DA ANISTIA AUTORIZA GOLPE
Míriam Leitão

Ficam anistiados todos os que participaram de manifestações com motivação política e eleitoral” no dia 8 de janeiro em diante, “até a entrada em vigor desta lei”. O texto estabelece que a anistia vale para os atos até a data de publicação da lei. Qualquer crime contra a democracia a ser ainda cometido nos próximos meses já está perdoado, antes de ser perpetrado. “Fica também concedida anistia a todos os que participaram de eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 8 de janeiro de 2023, desde que mantenham relação com os eventos acima citados.” É uma licença para golpear.

Os projetos de anistia usam pretexto de salvar manifestantes, mas são para proteger e livrar líderes do golpe, os generais e Bolsonaro

As máscaras caem nos textos das propostas de anistia que tramitam no Congresso. Os projetos, uns apensados a outros, usam o pretexto de salvar as pessoas que quebraram as sedes dos Três Poderes, para anistiar todos os autores intelectuais e financiadores do golpe de Estado. O projeto, na versão de setembro de 2024, também ameaça a Justiça. A investigação, o ato de oferecer ou receber denúncia e a persecução penal contra esses “manifestantes" serão considerados “abuso de autoridade”. É um golpe do Legislativo contra o Judiciário e abre as portas para golpes de Estado futuros.

O PL 2858 foi apresentado em novembro de 2022 pelo então deputado Major Vitor Hugo (PL-GO) e estabelecia que estavam anistiados todos os manifestantes, caminhoneiros e empresários dos protestos em estradas e unidades militares do dia 30 de outubro em diante. O relatório do deputado Rodrigo Valadares (União-SE) de setembro de 2024 amplia o escopo e significa uma licença para golpes de Estado no Brasil. Passados e futuros. Estabelece que “ficam anistiados todos os que participaram de manifestações com motivação política e eleitoral” no dia 8 de janeiro em diante, “até a entrada em vigor desta lei”. E, logo depois, diz: “Fica também concedida anistia a todos os que participaram de eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 8 de janeiro de 2023, desde que mantenham relação com os eventos acima citados.”

Fica perdoado tudo aquilo pelo qual militares de alta patente e o ex-presidente Jair Bolsonaro foram denunciados e se tornaram oficialmente réus. O projeto atinge, inclusive, sentenças não transitadas em julgado. Anistia quem nem foi ainda condenado. Como o texto estabelece que a anistia vale para os atos até a data de publicação da lei, qualquer crime contra a democracia a ser ainda cometido nos próximos meses já está perdoado, antes de ser perpetrado. É uma licença para golpear.

O projeto de Vitor Hugo, hoje vereador em Goiânia, afirma na sua justificativa que os protestos no país desde o fim das eleições eram legítimos e conduzidos espontaneamente por “cidadãos indignados pela forma como se deu o processo eleitoral”. Quando foi proposto ainda não havia acontecido o 8 de janeiro, mas anistiava tudo o que acontecesse até a data da publicação da lei. Todas as versões fingem estar em defesa da liberdade de expressão e de manifestações cívicas. O relatório de Valadares deixa claro que quer anistiar os cabeças. “O mero apoio financeiro, logístico ou intelectual para manifestações cívicas ou políticas, voltadas à defesa de direitos e garantias fundamentais ou a quaisquer outros valores presentes no seio socia l, não pode ser enquadrado por si só como ato de financiamento contrário ao ordenamento jurídico, nos casos em que integrantes ou dirigentes do movimento venham agir, eventualmente, com abuso de direito ou desvio de finalidade”.

O PL 2858, em todas as suas versões, interfere na Justiça Eleitoral. O relatório de Valadares estabelece que ficam elegíveis os anistiados e suspensas as multas aplicadas. Além disso, muda a prerrogativa de foro de quem deixa de ocupar cargo público, mesmo no caso dos atos executados durante o exercício da função. O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, quer manter Valadares na relatoria.

O parágrafo sexto do artigo sexto do relatório de Valadares estabelece que “caracteriza abuso de autoridade o ato de dar início à investigação, à persecução penal ou a processo crime, bem como oferecer ou receber denúncias ou aplicar, de qualquer modo, os dispositivos contidos neste Título de forma diversa daquela delineada neste artigo”. Ou seja, a Justiça fica proibida de agir contra o crime.

Neste momento, o PL, partido de Bolsonaro, disse que já tem assinaturas suficientes para que o PL seja votado em regime de urgência e isso significa uma tramitação rápida que não passa nem pelas Comissões. O projeto é inconstitucional, em qualquer de suas versões. Há quem diga que ele pode ser melhorado durante a tramitação. Há quem diga que o presidente Lula pode vetar, ou o STF julgar inconstitucional. Não. O Congresso não pode jogar o problema no colo dos outros poderes. É na Casa das Leis que tal aberração tem que ser barrada porque ela legaliza o crime de golpe de Estado, criminaliza a Justiça, e abre espaço para futuros atentados contra a democracia. Inconcebível.
INIMIGOS SÃO INIMIGOS

Aprendizados que a história nos ensina. Em 1956, Juscelino Kubitschek anistiou os militares golpistas que tentaram impedir sua posse em 1955, pesando em pacificar o país. Ledo engano, Dia 31/03/64, Esses militares anistiados se juntaram a outros, com o apoio do empresariado, da classe média para dar o golpe de Estado de 64. Precisamos lembrar que os mesmos traidores da constituição que deram o golpe em 64 tentaram o golpe do 8 de janeiro. Alguns saudosos do período e outros que dormem com o livro de um torturador na cabeceira como forma de inspiração. É preciso que essas prisões ocorram para que o sentimento que paira desde 64 seja aliviado! É uma forma de passarmos o país a limpo. Ódio e nojo à ditadura!

Nosso repúdio aos que flertam, apoiam, defendem o golpismo e a ditadura.
sem anistia!
ditadura nunca mais!
KU KLUX KLAN ATACA EM SÃO PAULO
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domingo, 13 de abril de 2025

Para onde vai a esquerda? * Esquerda Diário/Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

PARA ONDE VAI A ESQUERDA
NOTA DA FRT

CONVITE AOS CAMARADAS

Os descaminhos e a crise profunda da esquerda brasileira: a importância da batalha pela reconstrução do movimento comunista revolucionário.

1-O regime burguês vive uma das mais severas crises de sua história certamente. Após o esgotamento nos idos dos anos 70 do século passado, daquilo que se chamou "anos dourados" da acumulação desde o pós Segunda Guerra, o capitalismo mundial entrou num período de crise estrutural, caracterizado pelo caráter universalizante e mundial desta crise;

2-As sérias limitações que a sociedade burguesa impõe sobre o conjunto das potencialidades humanas chegaram a seu ápice. Nunca a contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas por um lado, e as relações de produção por outro foram tão ameaçadoras para a própria sobrevivência dos seres humanos e o conjunto da vida no planeta, como agora. As atuais guerras e conflitos, bem como a completa instabilidade econômica, social e política que tomam conta do mundo, são expressões deste fato, ou seja, de que o valor de troca se impôs de tal forma às necessidades da humanidade, que a ameaça existencialmente;

3-Desde meados dos anos 1990, particularmente com a queda do Muro de Berlim, fim da União Soviética e restauração do regime capitalista em quase todos os antigos Estados operários produtos das revoluções socialistas que havia ameaçado o poder burguês no mundo, o capital conseguiu relativo fôlego e uma espécie de fuga para frente, criando as condições para a imposição da chamada "globalização" neoliberal. Rebaixamento das condições de existência das massas laboriosas, generalização a nível mundial da superexploração da força de trabalho, destruição dos serviços sociais universais, supressão das conquistas econômicas do mundo do trabalho, privatizações, recrudescimento da internacionalização da produção, etc., colocaram o proletariado e as massas populares na defensiva;

4-Podemos mesmo dizer, baseados em fatos objetivos, que o proletariado mundial e seus aliados sofreram e vem sofrendo, derrotas históricas desde meados dos anos 1980/90 até agora. Nessa esteira, os países dependentes, subdesenvolvidos e de capitalismo ultra -tardio, estão passando por um verdadeiro período de regressão neocolonial globalizada, marcada por destruição de forças produtivas, desindustrialização, reprimarização econômica, desemprego estrutural, avanço ainda maior do pauperismo e marginalização, obscurantismo e decomposição das franjas de seu tecido social;

5-Por sua vez, o imperialismo estadunidense, chefe de fila de uma coalizão de potências imperialistas de segunda ordem, vê sua hegemonia ameaçada por potências emergentes, no entanto não imperialistas como a China e, até certo ponto a Rússia. Tal fato induz ao recrudescimento da agressividade por parte dos bandidos imperialistas contra os povos oprimidos do mundo, radicalizando a pilhagem através de guerras por procuração como na Líbia, Síria, Ucrânia, ou mesmo em Israel, que devido a seu caráter de cabeça de ponte e enclave dos Estados Unidos na Ásia Ocidental, tem promovido um brutal e covarde genocídio e mesmo extermínio do povo palestino;

6-O caráter expansionista e incontrolável do capital, onde impera a alienação, o estranhamento e a reificação de todas as relações humanas, parece ter fugido ao controle e hoje, como o feitiço que domina o feiticeiro, coloca a humanidade diante de um gravíssimo dilema: socialismo ou extinção;

7-O Brasil não pode passar incólume disso. Como país de capitalismo atrasado e dependente, de industrialização hiper -tardia, cuja burguesia e demais setores das classes dirigentes sempre estiveram submetidas ontologicamente a dominação imperialista, vive claramente uma regressão de 100 anos em relação a sua estruturação sócio-econômica e cultural. As consequências de tal fato gravíssimo pode-se ver nas massas de desempregados crônicos, no crescimento sem precedentes da criminalidade, da juventude sem perspectivas, aumento da fome, do desamparado social, agigantamento das favelas, moradores de rua e outras manifestações claras da barbárie social que toma conta do país e cuja resolução de tais danos malignos, escaparam das possibilidades de nossas classes dominantes, completamente alheias aos tormentos de nossa gente;

A falência da esquerda institucional e pequeno burguesa:

8-Diante do tamanho da gravidade da situação em que nos encontramos, é correto nos perguntar, por onde anda as expressões políticas dos interesses dos explorados, ou seja, as organizações e partidos da esquerda?

9-O avanço avassalador do neoliberalismo como regime de reprodução do capital para responder a queda das taxas de lucros da burguesia, super-produção e aumento do raio de acumulação, também trouxe em seu bojo o acirramento sem precedentes do poderio de manipulação, mistificação, fetichismo e embotamento ideológicos. Ou seja, estamos em pleno período agressivo do capitalismo manipulatório, inerente a sua fase de reprodução neoliberal, onde a própria indústria cultural em sua totalidade passa por uma grande fase de incremento e acentuação, levando ao paroxismo o poder da ideologia e da alienação em massa;

10-O movimento comunista mundial sofreu grande baque e revés em tal período histórico, se enfraquecendo, estando distante da classe e perdendo o norte programático histórico de ir além do capital. Nestas condições, a crise de direção do proletariado toma proporções assustadoras, colocando objetivamente um grande desafio histórico para a atual e as novas gerações de revolucionários marxistas-leninistas;

11-A batalha para se inserir no interior da classe, ajuda-la a superar suas barreiras que a impedem de ver com clareza os males que a atormentam e submetem humilhante, é tarefa dos revolucionários comunistas. Somente o marxismo revolucionário pode apontar até às últimas consequências o caminho da luta dos explorados e oprimidos para sua emancipação da sociedade de classes. E isso exige uma autêntica vanguarda de revolucionários profissionais, verdadeiro "Estado maior" da classe;

12-Na atual conjuntura histórica em que vivemos, a esquerda institucional está a cada dia mais atrelada aos interesses de manutenção da ordem capitalista. O Partido dos Trabalhadores, que desde o seu surgimento se propôs Social Democrata fora do tempo e dos espaço. Ou seja, reformista num país de capitalismo dependente, cuja história de suas classes dirigentes foi sempre conciliar pelo alto para impedir autênticas reformas estruturais, minimamente civilizatórias, recorrendo de forma ontológica aos golpes de Estado, tal partido ao não colocar como seu norte a superação histórica do capital em nosso país, só poderia metamorfosear-se em tais condições, num partido conservador da ordem, é isso o que se tornou o PT;

13-Também outros partidos como o PSOL, ao adotarem uma postura política meramente "reformista" e "civilizadora" do capital, tem se transformado cada vez mais em meros elementos do radicalismo pequeno burguês, entusiasta da avalanche pós -moderna e identitária que tem tomado conta de praticamente toda a esquerda brasileira, cada vez menos guiada por critérios de classe, ou seja, uma esquerda cada vez menos marxista e incapaz de enfrentar o rolo compressor do capital contra as massas trabalhadoras;

14-Diante de tais dilemas gravíssimos, é preciso identificar aonde estamos. Pensamos que da forma em que se encontra, a esquerda brasileira e o próprio movimento comunista internacional, cada vez mais fragmentados, estéreis, sem um norte programático e revolucionário claro, carente de um firme critério classista e cada vez mais aburguesado, não pode se colocar como algo que se pareça a uma autêntica vanguarda da classe. O proletariado no Brasil e no mundo, nunca esteve tão órfão de um Partido revolucionário e de vanguarda como no atual período histórico. Disso mesmo, entre outras coisas, pode depender a sorte da revolução brasileira. As condições objetivas para uma revolução radical e para a própria viabilidade da construção socialista nunca estiveram tão maduras como agora. Nossa grande tragédia é de ordem subjetiva, ou seja, orgânica;

15-É diante de tal constatação de nossa situação histórica, que lançamos esse chamamento aos demais agrupamentos e camaradas que reivindicam o socialismo e se propõem a combater pela revolução social contra a barbárie capitalista reinante. Superar nossas debilidades, nossas divisões e fragmentações sectárias que somente beneficia o inimigo; se inserir e enraizar no interior da classe, nas suas lutas e batalhas contra a burguesia e seus agentes; ganhar sua simpatia e confiança, formar novos quadros e dirigentes revolucionários proletários, devem ser nosso norte no atual período, nos preparando para as batalhas de morte contra a burguesia e seu regime de exploração, opressão e alienação do gênero humano;

16-Nessas condições, batalhar honestamente sem sectarismos e com sinceridade, pela formação de uma Frente de Esquerda Revolucionária, que se coloque como um possível embrião de um autêntico partido que tenha direito a dirigir a classe no caminho da superação do capitalismo em nosso país, é das tarefas mais importantes e dignas de nossa época. Ter direito a dirigir a classe significa aqui, se colocar nas primeiras trincheiras das batalhas contra toda exploração e opressão. É lutar ombro a ombro com os homens e mulheres de nossa classe em seu dia a dia. É ganhar sua confiança não como burocratas, mas sim como autênticos lutadores da classe;

17-Apesar de sua doença de morte, o capitalismo senil e putrefato não cairá de velho, precisa ser enterrado por seus coveiros, que para isso, necessitam mais do que nunca do seu partido revolucionário, como expressão maior da consciência em vias de emancipação humana do proletariado na sua histórica e urgente tarefa da superação de sua condição humilhante em que se encontra de "classe em si", para transmutar-se revolucionariamente em "classe para si". Está em nossas mãos tal tarefa histórica.

Adiante camaradas!
Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB
Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT
Roberto Bergoci, 02/11/2023.)
PARA ONDE VAI A ESQUERDA
DEBATE COM VÁRIOS CONVIDADOS/ESQUERDA DIÁRIO

sexta-feira, 11 de abril de 2025

O Limite da Conciliação de Classes: entre a ilusão e a ruptura necessária * Prof Aurelio Fernandes . RJ

O Limite da Conciliação de Classes: entre a ilusão e a ruptura necessária
Prof Aurelio Fernandes . RJ

 A conciliação de classes parte da ideia de que é possível harmonizar os interesses da burguesia e do proletariado dentro de um mesmo projeto de sociedade. No entanto, do ponto de vista marxista-leninista, essa premissa é uma ilusão perigosa. A luta de classes é o motor da história, e não há possibilidade real de equilíbrio duradouro entre exploradores e explorados.

Martha Harnecker apontava que “a política é a arte de tornar possível o impossível”. Mas para a esquerda revolucionária, o “impossível” não é a utopia pacificadora da conciliação, mas a superação do capitalismo por meio da construção do socialismo. Tornar possível o impossível significa criar, em meio à correlação de forças desfavorável, condições para o avanço do movimento de lutas da classe e a transformação radical da sociedade.

Lenin foi categórico ao rejeitar a conciliação com a burguesia. Para ele, os interesses de classe são irreconciliáveis. Qualquer tentativa de harmonização apenas fortalece a dominação da classe dominante, seja por meio do parlamentarismo burguês, do sindicalismo reformista ou da cooptação de lideranças populares.
A experiência da Revolução Russa deixa isso claro. Os mencheviques, que defendiam uma aliança com a burguesia liberal contra o czarismo, fracassaram. Apenas os bolcheviques, que apostaram na independência de classe e na organização dos sovietes, foram capazes de levar a revolução até o fim. A conciliação seria a rendição.

Na América Latina, as experiências de conciliação também mostraram seus limites. O governo de Salvador Allende, no Chile, tentou realizar transformações estruturais dentro da democracia burguesa, mantendo setores da burguesia nacional como aliados. O resultado foi o golpe militar de 1973, que esmagou o movimento popular e instaurou uma ditadura neoliberal.

Guardando as devidas proporções, outro exemplo emblemático é o Brasil. Os governos do PT apostaram em alianças com setores do capital, acreditando que poderiam governar para todos. Implementaram políticas sociais importantes, mas não tocaram nos pilares do poder econômico. O golpe parlamentar de 2016 mostrou os limites dessa estratégia: quando os interesses da classe dominante foram ameaçados, a conciliação ruiu.

O Estado, como ensinou Marx, é um instrumento de dominação de classe. Ele não é neutro. Em momentos de crise, revela sua verdadeira face: repressiva, autoritária, a serviço do capital. A conciliação serve, nesse contexto, para desmobilizar a classe trabalhadora e manter a aparência de estabilidade.

A política de alianças, do ponto de vista marxista-leninista, só é legítima se for tática, subordinada à estratégia da revolução. Ou seja, pode-se fazer acordos temporários, mas sem nunca perder a independência de classe e sem iludir o povo com promessas de reconciliação permanente com os opressores.

Harnecker nos lembra que o papel da política revolucionária é abrir caminhos onde só há bloqueios. Isso exige ousadia, criatividade e organização. Não se trata de negar a correlação de forças, mas de transformá-la. A política, nesse sentido, é uma luta consciente pelo avanço do poder popular que só se concretiza na tomada do poder pelas trabalhadoras e trabalhadores da cidade, do campo e das florestas.

Mesmo com muitas limitações, movimentos como o MST no Brasil expressam essa ideia na prática. Em vez de esperar pela reforma agrária via instituições burguesas, constroem assentamentos, escolas, cooperativas. É a política revolucionária que cria o possível em meio ao impossível, a partir da ação coletiva e organizada.

Na Venezuela, os governos de Chavez apostaram em ir além da conciliação ao criar as comunas como base do avanço poder popular rumo ao socialismo. Enfrentou a burguesia interna e o imperialismo, ainda que com contradições. Essa tentativa de ruptura revelou tanto o potencial quanto os limites da transformação dentro do Estado burguês que se hoje se acumulam nas atuais contradições do Governo de Maduro.

A experiência cubana é outra referência. Lá, a revolução não conciliou: expropriou a burguesia, rompeu com o imperialismo e construiu um novo tipo de Estado. Foi a única forma de garantir conquistas sociais duradouras. Mesmo com bloqueio e dificuldades, Cuba mostrou que é possível avançar sem se render à lógica do capital.
Na prática, a conciliação serve muitas vezes como freio. Ao invés de preparar o povo para a luta, gera desmobilização. Ao invés de formar consciência de classe, reforça ilusões. É uma armadilha que transforma partidos de esquerda em gerentes da crise capitalista.

A superação da conciliação exige clareza ideológica e compromisso estratégico com a revolução. Isso não significa sectarismo ou isolamento, mas firmeza de princípios. Significa construir uma política voltada para os interesses históricos da classe trabalhadora.

O papel dos revolucionários é disputar o poder, não apenas administrar a miséria. E para isso, precisam construir instrumentos próprios: partidos, sindicatos combativos, frentes populares e classistas. Instrumentos que não se confundam com os aparelhos da ordem burguesa.

É claro que a luta é desigual. O capital tem os meios de comunicação, o aparato do Estado, o poder econômico. Mas a força do povo organizado é transformadora. A história prova isso. O impossível só se torna possível quando há coragem para romper com o que parece inevitável.

Como dizia Harnecker, não basta denunciar o sistema: é preciso construir alternativas. Isso exige paciência estratégica, mas também determinação. Exige entender que concessões táticas não podem se tornar capitulações estratégicas.

A política revolucionária é, portanto, a arte de construir poder popular em meio ao caos do capitalismo. De educar, organizar e mobilizar. De avançar sem ilusões, com os pés no chão e os olhos no horizonte.

A conciliação de classes não é um caminho para o socialismo. É, na melhor das hipóteses, uma pausa breve antes da próxima ofensiva do capital. E na pior, uma armadilha que desarma o povo e fortalece os seus inimigos.

Se quisermos tornar possível o impossível — um mundo sem exploração — teremos que rejeitar a conciliação como estratégia. Só assim construiremos uma política à altura do desafio histórico que enfrentamos.

AURÉLIO FERNANDES . RJ

terça-feira, 8 de abril de 2025

DOC FOLHA CORRIDA: EXIBIÇÃO ÚNICA E GRATUITA DA ESTREIA DA SÉRIE 27/04 * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

DOCUMENTÁRIO FOLHA CORRIDA

Nossa equipe realizou uma ampla investigação a respeito da 
*colaboração material do Grupo Folha de S. Paulo com a ditadura* 
que resultou na série *Folha Corrida*
 vai ser lançada no dia 27 de abril, domingo, às 20h, 
pela Plataforma ICL.

Pedimos apoio na divulgação para que essa história pouco conhecida e bastante grave seja do conhecimento de todos os brasileiros.

Abaixo o trailer da série. Espero que possam assistir.
Serviço: Série Folha Corrida, dia 27 de abril, domingo, 20h, no ICL Notícias.

INSTITUTO CONHECIMENTO LIBERTA-ICL
ROCK ANTIFASCISTA

quarta-feira, 2 de abril de 2025

QUEM NÃO CONHECE A HISTÓRIA ESTÁ SUJEITO A REPETI-LA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

QUEM NÃO CONHECE A HISTÓRIA ESTÁ SUJEITO A REPETI-LA
"Vou morrer?"
‘Vai, agora você vai ter que ir’
‘Eu quero morrer de frente’
‘Então vira pra cá’

Dinalva Conceição Oliveira Teixeira virou e encarou o executor nos olhos.Transmitia mais orgulho que medo. O militar acertou no peito de Dinalva uma bala de pistola calibre 45. Logo em seguida, levou um segundo tiro na cabeça.

Ela, junto com outros jovens, lutou contra a ditadura militar que se instaurou no Brasil. Há relatos de que, inclusive, ela foi presa já grávida em seus últimos meses de gestação. Pouco se sabe sobre seu estado e as torturas que sofreu, exceto que, quando foi executada, já estava bem magra, fraca e cheia de marcas.

Ela, junto com outros jovens, morreu buscando a liberdade que hoje vemos ameaçada. A História tá aí pra lembrar a gente. Lembrar pra nunca mais esquecer.
"STF publica mensagem sobre golpe de 1964: 
lembrar para não repetir

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta segunda-feira (31) em seus perfis oficiais nas redes sociais uma mensagem alusiva ao golpe militar de 1964, que deve ser lembrado “para que nunca se repita”, diz o texto.

O golpe civil-militar de 1964, que completa 61 anos nesta segunda, marcou o início de uma ditadura comandada por generais no Brasil que durou 21 anos, período no qual eleições diretas foram suspensas e a liberdade de expressão e oposição política restringidas.

“Há 61 anos, direitos fundamentais foram comprometidos no Brasil: era o início da ditadura militar, que perdurou por 21 anos. A redemocratização veio com participação popular e uma Assembleia Constituinte, que elaborou a Constituição Federal de 1988 - a Lei Maior, que restabeleceu garantias, o direito ao voto, a separação dos Poderes, princípios e diretrizes para regir o Estado Democrático de Direito”, lembra a publicação do Supremo.

O post, publicado nas redes Instagram, X e Facebook, conclui afirmando a importância de falar sobre a data: “lembrar para que nunca mais se repita. Hoje e sempre, celebre a democracia e a Constituição Cidadã”. A publicação também celebra a democracia como “sempre o melhor caminho”.

No ano passado, o próprio Supremo julgou ser inconstitucional empregar dinheiro público para comemorar o golpe militar de 1964. O entendimento que prevaleceu foi o de que o sistema democrático estabelecido com a Constituição de 1988 não comporta a busca por “legitimar o regime militar”, conforme escreveu o ministro Gilmar Mendes à época.

A mensagem publicada pelo Supremo coincide com a abertura da primeira ação penal desde a redemocratização a colocar no banco dos réus um ex-presidente - Jair Bolsonaro - e mais sete aliados denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentarem, sem sucesso, um golpe de Estado. O plano teria sido colocado em prática entre os anos de 2021 e 2023.

No mês passado, o Supremo também decidiu, por unanimidade, que irá rever seu entendimento sobre a Lei da Anistia, sancionada em 1979 pelo general João Baptista Figueiredo, último ditador do regime militar.

Os ministros da Corte deverão discutir se a anistia ampla e irrestrita, conforme determinada pela lei, se aplica a casos de crimes continuados como o de sequestro e ocultação de cadáver.

A reabertura da discussão sobre a Lei da Anistia foi feita nos recursos que tratam da Guerrilha do Araguaia, maior movimento armado de resistência rural ao regime militar, e do deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado e morto por agentes da ditadura.
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RECITAL GERALDO VANDRÉ
ENTREVISTA JESSE JANE
CANAL FAIXA LIVRE

A professora aposentada do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH-UFRJ) e membro da Coalizão Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia Jessie Jane Vieira de Souza analisou o que a ditadura civil-militar, que completa 61 anos nesta terça-feira (1º), produziu para o país, avaliou o comprometimento da grande imprensa com os ideais democráticos nos dias atuais e citou os efeitos que o capitalismo dos negócios produz na subjetividade da classe trabalhadora.
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