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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Barrar a Ofensiva Imperialista * FRT/BR

BARRAR A OFENSIVA
IMPERIALISTA

Barrar a ofensiva imperialista 
contra a Venezuela e a América Latina:
 criar um, dois, três Vietnãs!

 

Os Estados Unidos têm recrudescido sua política golpista e pirata contra a Venezuela no último ano. Seu cardápio de opções golpistas tem variado muito desde 2019 e vão do fracassado títere Juan Guaidó, completamente desmascarado e desmoralizado internacionalmente; da operação terrorista dirigida pelos Marines, na costa do país e esmagada pelo povo venezuelano; do açambarcamento colonial britânico das reservas de ouro bolivariano depositados no Banco da Inglaterra; e por fim do acirramento de criminosas sanções impostas diretamente pela Casa Branca em pleno auge mundial da pandemia de covid-19, no claro intuito de potencializar um verdadeiro genocídio contra o povo da Venezuela, para assim, segundo os intentos macabros de Washington, concretizar seu sonhado golpe contra o chavismo e levar adiante a completa espoliação da nação pelas mãos de seus serviçais internos.

Para incrementar a desestabilização interna da Venezuela, o imperialismo leva adiante em conluio com a imprensa capitalista mundial, sistemática guerra psicológica e de propaganda demonizando o governo Maduro e fecha um cerco contra a América Latina em cumplicidade com as burguesias nativas, redesenhando o mapa geopolítico da região. Para isso, desencadeou um verdadeiro processo de sucessivos golpes de Estado em todo o continente, recorrendo à extrema direita fascista, aos sistemas judiciários, parlamentos e Forças Armadas fantoches locais, levando ao poder gerentes lacaios e verdadeiros peões em países chaves como o Brasil, que, junto da Colômbia--enclave geopolítico de Washington-- apertam um torniquete contra Nicolas Maduro.

É verdade que, a ofensiva imperialista atual contra a Nossa América, também significa uma resposta da Casa Branca ao crescimento dos papéis de China e Rússia na região, considerada pelos escravagistas do Norte seu quintal desde a odiosa Doutrina Monroe; mas desde quando o comandante anti-imperialista Hugo Chaves chegou ao poder na Venezuela em 1998, é questão geoestratégica para a Casa Branca se livrar do chavismo e do nacionalismo bolivariano e impedir seu exemplo em toda a América Latina.

O agravamento da crise estrutural do capitalismo global, o esgotamento de fontes de exploração e depredação neocolonial na Terra e o abalo de sua hegemonia como potência dominante, faz com que o imperialismo estadunidense intensifique sua agressividade e rapina contra os povos, em busca de fontes de matéria prima, petróleo, mercado a ser explorado e mão de obra para produzir mais valor em detrimento de seus grandes concorrentes na arena da disputa do mercado capitalista mundial. Neste tabuleiro a Venezuela possui papel geoeconômico e geopolítico estratégico, devido suas enormes riquezas e potencialidades, sobretudo relacionadas às fontes energéticas.  Como disse o Embaixador brasileiro José Joaquim Moniz de Aragão, durante a Guerra do Chaco, em 1934: “Procuremos precisar quais os interesses em jogo na questão. Petróleo! Exclamam de todos os lados. O petróleo opera prodígios, tem ditado a política internacional das grandes potências, assentou e derrubou governos, abalou uma dinastia, criou fortunas fabulosas e conta entre os seus servidores estadistas dos mais notáveis”. (citado por Moniz Bandeira, no seu livro “Geopolítica e Política Exterior”).

Portanto, o que vemos é uma grande ofensiva criminosa de um império em franca decadência, contra um povo heroico e determinado. Dessa forma, é obrigação de todos os povos do mundo, defender a Venezuela, Cuba, Irã, Coréia do Norte, Síria, Palestina e todos os demais países oprimidos, assediados pelo imperialismo. Nenhum povo do mundo está livre de ser agredido pela beligerância imperialista, como nos diz o pensador estadunidense Noam Chomsky: “Nenhum país está isento desse tratamento (ofensiva imperialista), não importa o quão insignificante seja. Na verdade, são os países mais fracos e mais pobres que causam as maiores histerias”. (Noam Chomsky, “O Que o Tio Sam Realmente Quer”).

É nesse espirito internacionalista e anti-imperialista, que saudamos com muito entusiasmo a recente Plenária Nacional Bolivariana, organizada por partidos da esquerda brasileira, movimentos populares e comitês  solidários à Venezuela.

Defendemos o fortalecimento e maior articulação internacionalmente entre todos os fóruns e organizações, comprometidos com a defesa do povo venezuelano. É preciso fazer de Nossa América, um novo Vietnã contra o imperialismo, já enfraquecido pelo prelúdio de uma bem provável guerra civil em sua pátria, abalada por uma crise econômica, política, social e sanitária sem precedentes.

A causa da Venezuela e de Cuba, é a causa da revolução latino-americana contra o imperialismo e seus fantoches burgueses em nossos países, que perpetuam a miséria de nossa gente e o subdesenvolvimento.  Por uma Pátria Grande anti-imperialista socialista!

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