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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Os Trabalhadores e as Eleições 2020 * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT/BR

Os Trabalhadores e as Eleições 2020


No breve futuro que se avizinha, quem são os aliados dos trabalhadores? É uma pergunta chave. Desde 2016 que as derrotas sobre a classe trabalhadora vêm se acumulando e nem todas as novenas, nem todos os unguentos, nem a união de todas as benzendeiras (???), tem aliviado as dores da exploração capitalista sobre milhões de demitidos, todos empurrados para fora do mercado de trabalho e atirados às amarguras da sarjeta.

Todas as reformas foram aprovadas na cara-dura, dada a certeza que os patrões tem de que não haveria reação. Para isso, primeiro pisaram no pescoço do trabalhador, com a botina do desemprego, depois aprofundaram a perseguição às lideranças sindicais e populares com a criminalização da atividade politica dos movimentos sociais; para garantir que tudo seguiria no "mar de rosas", prenderam quem eles achavam que poderia chiar - Lula; daí, foi um passo para avançar rumo às eleições 2018 e darem mais um golpe: empossar, ilegitimamente, alguém que jamais ganhou alguma eleição. E, desta feita, criaram o factóide das fakenews, para despistar a fraude eleitoral e garantir o consenso pela manipulação exercida através da mídia. Mídia esta, paga a peso de ouro...
A partir da posse do "debil", tudo vai de déu em déu...e até a esquerda vai junto. Prova disso, é seu comportamento de macaco de auditório: tudo que o bozo fala ou faz, ela imita. Chega ao ridículo e ficar batendo cabeça por falta do que fazer até ELE soltar mais um pum...
Como ninguém contava com a ajuda do corona, agora a desgraça está posta. Não tem auxílio-emergencial que segure o avanço da fome, da miséria, da violência, e do caos que vem por aí. E por maior que fosse a ajuda financeira, as perspectivas futuras não são promissoras.

Ninguém ignora a falência generalizada de empresas do pequeno, do médio e até de grandes - dependendo do segmento - em todos os ramos de atividade econômica, como também jamais será novidade a incapacidade do Bozo para gerir a implementação do crescimento econômico. Aliás, nem pensar em cobrar dele esse tipo de compromisso, pois os seus donos estão atentos, desde Washington até à FIESP. É preciso que todos acordem para o fato de que as metas do imperialismo não incluem - há muito tempo - o desenvolvimento nacional de país nenhum. Apenas o retorno em dividendos de suas aplicações nas bolsas através daquelas atividade incluídas no rol das comódites com alta circulação internacional. 

E para garantir sua continuidade, basta consultar a beligerância implementada pelo país testa-de-ferro - Estados Unidos da América, do Norte - tendo à frente outro Bozzo, com o nome de Trump. Verifique também a quantidade de ameaças às nações escolhidas como alvos, geralmente, devido a quantidade de riquezas naturais ou não, de seu interesse. Só assim, é possível entender a grande negociata entre os saqueadores do Brasil e seu conjunto mundo a fora, para assaltarem o parque natural e industrial brasileiro.

Diante disso, perguntamos, mais uma vez: nestas eleições que se avizinham, quem são os aliados dos trabalhadores?
Sem entender o que dissemos acima, não  entenderemos o tabuleiro político que temos em nossa frente. Pelo que verificamos hoje, cercado de hienas,  o bozo vem se safando com o apoio da direita neoliberal e do Centrão. Vejam bem que ele afastou aquelas ordes baderneiras das portas do palácio, que causaram até prisão de seus melhores "provocadores",  inclusive as caravanas que o visitavam todo domingo. Ou seja, aquele beija-mão deu prejuízos. Somado a isso, sua indiferença ante os resultados da pandemia, é o maior capital político disponível à oposição, dita democrática, popular, de esquerda, socialista etc. Suas viagens e "saidinhas" repentinas, as inaugurações de obras da gestão Dilma, o eterno bate-assopra com o STF, não somam resultados satisfatórios a ponto de permitir-lhe respirar aliviado. E nem a lotação dos ministérios com milicos-paus-mandados será suficiente para garantir-lhe o posto de protagonista da gestão gorilo-bolsonarista-baderneira de privatizações e entreguismos por muito tempo: o capital sempre quer mais. Faz-se necessário pensar nisso...e isso pode causar o seu descarte a qualquer momento.

RESPONSABILIDADES DA ESQUERDA

Mas precisamos verificar o panorama eleitoral. Nesse quesito, não é Bolsonaro o "Sr dos Vostos". A situação é muito mais séria. Se pesquisarmos direito, veremos um cenário muito ruim para a esquerda. Primeiro, por sua falta de unidade num momento tão perigoso. E apesar dos solavancos ora no senado ora na câmara, o bozo mantem-se de pé... O maior problema da esquerda é a falta de foco: ela se divide e se desgasta até por ninharias. E quando se fala em nomes para fazer frente nas disputas, acontece uma guerra de foices. Ninguém reconhece os valores adversários nem os próprios. Por exemplo, se o PSOL tem Boulos - paparicado pela burguesia paulista para ofuscar o PT - seja para a disputa municipal seja para futuras, o PT se enrola entre Haddad e Suplicy ou nenhures; os demais partidos ficam na sombra pra não levar pelas caras os respingos da baixaria. No Rio, o único candidato à esquerda é a preta velha Benedita, sem prestígio inclusive no seu partido, devido ao conhecido jogo-de-cintura: gosta de compor com todo mundo.
Mas não faz medo à direita, que leva de WO. Nas demais regiões do país, apenas Belém promete um vislumbre de vitória, pra resumir o quadro da esquerda no norte-nordeste. No centro-oeste, aguarda-se o milagre de alguma zebra. No sudeste - Rio e SP - sofríveis. No sul tem alguma chance apenas em Porto Alegre.

FALTA DE OBJETIVIDADE

Portanto, a mesa do jogo político eleitoral no Brasil é toda da direita neste 2020 mergulhado no maior genocídio de que se tem notícias na história do país. E é justamente isso que não dá para entender na esquerda. Por que tanta vacilação? Por que tanta indiferença ante tamanha desgraça? Sim. INDIFERENÇA! Esta se confundindo com o protagonista do caos: Bolsonaro. Falta de capital político não é. Vejamos: desde a posse até agora, Bolsonaro já provou que não tem um articulador político, uma vez que como provam as votações das Medidas Provisórias, as votações de suas "bancadas", se si pode chamar assim, são volúveis - vide o caso FUNDEB. Tudo que ele se propõe a articular se esboroa num passe de mágica. Na área econômica, o empresariado dá linha no Guedes e as coisas se parecem como se fossem de Bolsonaro. Só assim, ele continua no posto de governo. Pra completar, sua tropa de hienas fardadas, cobertas de medalhas, não faz outra coisa a não ser se fartar nos cargos e nas verbas carimbadas. Mais nada. Qual é o problema da esquerda então? Medo? De quê? Ah, as falanges bolsonarista! Fala sério!! O que falta na esquerda é espírito de liderança. Ninguém tem que depender de Lula, de Ciro, de Dino e muito menos de Boulos. E tudo isso só confirma que são tudo farinha do mesmo saco: paus mandados dos patrões! Ou seja, se ficarmos atolados no jogo político institucional, não vai sobrar nem coveiro pra nos enterrar...
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