Uma nova semana com o velho poder
O Brasil aproxima-se da marca de 110 mil famílias enlutadas, enquanto ônibus ficam mais lotados e cresce o movimento nos bares, os bilionários ficam mais ricos e o chefe miliciano, o presidente jagunço do capital, segundo a última pesquisa divulgada, aumentou seu apoio político na sociedade.
Assim como antes da covid (AC), os donos dos Bancos, latifundiários e a grande
imprensa, seguem defendendo o estado mínimo, a eliminação de políticas sociais,
a retirada de direitos dos trabalhadores, a privatização do patrimônio nacional
e destacando os valores que sustentam o sistema, o lucro, os negócios e o todo
poderoso mercado. Quando vier o DC – depois da covid, também não será
diferente.
Os velhos inimigos do povo, que cinicamente se auto intitulam novo até no nome
de um de seus partidos, como o do governador fascista de Minas Gerais, Zema,
que, em plena pandemia, destrói escolas, ataca crianças e seus familiares, tudo
para preservar o latifúndio, defender estelionatários e garantir um bom negócio
com o maior produtor de café do Brasil, de olho nas terras do quilombo de Campo
Maior. Tudo com ordem judicial, assim como sempre fez o Poder Judiciário para
preservar o status quo e a riqueza nas mãos dos poderosos.
O que é preciso mudar é a forma de enfrentar a classe dominante e seu aparato
jurídico e político. Se cada força que se autoproclama de esquerda seguir
atuando em faixa própria, sonhando em eleger um vereador (o que não deixa de
ser importante), o que se tornou mais difícil para os partidos ideológicos com
o fim da coligação proporcional, ou se satisfazer ao afirmar que tal movimento
é seu, com ataques, acusações, ironias e atomização crescente entre dentro do
campo popular e de esquerda, que combate os velhos crimes da burguesia, a
correlação de forças não se alterará.
Não é possível ter ilusões com a burguesia e seus agentes. A elite brasileira
tem como herói Duque de Caxias, que queimava crianças no Paraguai, Borga Gato,
que tinha prazer em matar e dizimar os povos indígenas, Brilhante Ustra, que
torturou crianças na frente de suas mães. Sem falar em seus novos ídolos,
Bolsonaro, um mito que foi expulso do Exército, Paulo Guedes, um traidor do
Brasil, agente dos negócios de Wal Street. Muitos generais, jornalistas, médicos,
poetas, pastores e proprietários de terras são fiéis aos seus referenciais, por
isso não se compadecem com mais de 100 mil vidas perdidas, a destruição de
escolas, crianças sendo atacadas pela polícia ou o assassinato de jovens nas
periferias brasileira. O que importa é que o dólar passou a casa dos R$5,00
aumentando o lucro da safra de grãos. A justiça, o parlamento e o governo
garantem que nada mudará. O que poderá fazer a diferença é a organização e
unidade da classe trabalhadora, com seus movimentos, partidos e organizações
superando o oportunismo, a estreiteza e a ilusão de classe.
Pedro César Batista /DF
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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho