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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Construindo a FRT: entrevistas * Roberto Bergoci / SP

 Construindo a FRT: entrevistas

Bergoci, um companheiro e o Consul Edgar no saguão do consulado

ENTREVISTA A IMPRENSA ARGENTINA


Hace una breve presentación tuya.

¿Cómo surgió la Frente Revolucionaria de los Trabajadores? ¿Cuáles fueron las motivaciones?

¿Hay alguna agenda para ese año y cuál?

¿Cómo vos definirías a un militante político hoy en día?  ¿Qué rol cumple la formación política en la militancia? ¿Cómo te crees que podemos romper con la lógica imperialista impuesta en la formación de las sociedades? 

Para las personas que quieran conocer la Frente Revolucionaria de los Trabajadores. ¿Cómo se  hace?


RESPOSTAS

1-Me chamo Roberto Bergoci, nasci na cidade de Guarulhos em SP. Estudei sociologia no DIEESESE e economia e filosofia como auto didata. Comecei a vida política e militante no início da vida adulta, militando em vários agrupamentos e hoje estou construindo a Frente Revolucionária dos Trabalhadores / FRT.



  2-A Frente Revolucionária dos Trabalhadores surgiu de fato, no início do ano passado, com o propósito de aglutinar a boa parte de setores da militância e ativismo de esquerda e popular no Brasil, para fazer avançar o projeto de criação e formação de um agrupamento revolucionário, marxista e de vanguarda no Brasil.

 Em nossa concepção, a esquerda brasileira se encontra demasiadamente dividida, sem projetos e perspectivas estratégicos e de longo alcance, como o horizonte da revolução brasileira e latino-americana, num contexto de total esgotamento do modo de produção capitalista e suas formas de dominação. A atual esquerda retrocedeu e muito em suas perspectivas: seus horizontes contemporâneos não vão além da democracia burguesa, hoje em frangalhos até mesmo nas metrópoles imperialistas, basta vermos o que ocorre no coração do capitalismo mundial, os Estados Unidos, às vésperas de uma guerra civil. Portanto, “humanizar” ou “reformar” o capitalismo em plena crise estrutural, não passa de inocente utopia que atinge boa parte da esquerda de nossos dias. É na perspectiva de superar tal debilidade em nossas fileiras, que nasce a FRT;


3-O nível da crise econômica, política, social e de saúde pública que atinge o Brasil em cheio, não tem precedente histórico. O país vive profunda retração econômica onde a expressão disso é uma queda brusca no PIB projetada pelo Banco Central na casa dos 5% em 2020. Ou seja, isso reflete diretamente em estagnação, desemprego e subemprego histórico que de fato, atinge um terço da população economicamente ativa do país; inflação avassaladora manifestada nos itens de consumo popular como alimentos, gás de cozinha, transporte público, etc; os serviços públicos estão entrando em colapso devido ao sucateamento neoliberal que toma conta do país desde os anos de 1990 e agravados pela lei aprovada pelo governo golpista de Michel Temer que congela os investimentos públicos sociais por 20 anos; a pandemia de covid-19 já ceifou a vida de mais de 200 mil pessoas sob as botas sujas de sangue do presidente fascista Jair Bolsonaro.

 Enquanto isso o país se desindustrializa, vive uma realidade decadente de reprimarização em sua economia e um retorno à existência neocolonial, diante da eminência de um colapso social, com um governo lupem, de contornos fascistas e genocidas. Nessa dramática conjuntura, a agenda da FRT será contribuir com todas as nossas forças para mobilizar os trabalhadores contra Jair Bolsonaro e as políticas de barbárie que ele personaliza a serviço dos capitalistas e do imperialismo. Para ser mais concreto, estamos fazendo um chamado e uma séria proposta, desde o início de 2020 a todas as forças políticas populares, para construirmos uma Frente Nacional de Mobilizações e de Lutas dos trabalhadores; temos proposto a constituição de um Congresso Nacional da Classe Trabalhadora, como um fórum para estabelecermos um plano concreto de lutas no país com um programa de defesa dos interesses das massas trabalhadoras e do povo brasileiro;


4-Nas últimas décadas, particularmente  desde o fim da União Soviética e da queda do Muro de Berlim, vivemos um profundo ataque ideológico e de propaganda do capital no sentido de desmoralizar e desacreditar o marxismo, a revolução socialista e toda a história de lutas do movimento operário internacional.

 A burguesia e seus propagandistas mercenários na academia e grande imprensa, tem lançado mão das mais variadas formas de ardis  ideológicos irracionais como, por exemplo, as filosofias agnósticas, positivistas, niilistas, relativistas, pós-modernas, além é claro, da vasta campanha de proselitismo religioso sobretudo neopentecostal (a religião por excelência da fase neoliberal do capitalismo) e outros mitos mais, contra a classe trabalhadora e sua filosofia: o marxismo-leninismo.

 Isso tem impactado as novas gerações de militantes, que se vêem embotados, sem clareza ideológica e programática, tendo grandes dificuldades por exemplo em enxergar com clareza e racionalmente o processo histórico do qual vivemos. Um exemplo disso tem sido a chamada militância “indentitária”, que, influenciados diretamente pelas filosofias pós modernas e culturalistas irracionalistas, principalmente de Nietzsche e Foucault, não enxergam um horizonte e modo de vida, que não seja o mundo burguês; desconectam por inteiro as justas lutas das mulheres, dos negros e dos LGBTS do socialismo, única forma de sociedade capaz de garantir as demandas mais essenciais de tais setores oprimidos, o que de fato tem servido para esterilizar uma vasta gama de jovens militantes de grande potencial, das tarefas mais importantes de nossa época, que é justamente tomar o poder político, econômico e cultural das mãos da burguesia.

 Neste sentido, é preciso dar um combate ideológico sem quartel no interior dos movimentos populares para formar autênticos militantes classistas e revolucionários, preparados quanto a concepção cientifica da dinâmica histórica; 


5-Lenin já dizia que “sem teoria revolucionária, não há prática revolucionária”.  A formação política possui um caráter central e de muita importância para um militante político. Decorre do fato de que, vivemos numa sociedade permeada e bombardeada pela ideologia e propaganda burguesa, pela alienação resultante de um modo de produção e de vida assentado na exploração e opressão de um ser humano por outro.

 A tarefa de todo militante de esquerda, operário ou popular é sem sombra de dúvida transformar por inteiro, radicalmente este mundo cruel dominado pelo capital; contribuir para  tornar o modo de vida verdadeiramente humano e livre da exploração e das opressões. Acontece que somos influenciados 24hrs por dia pelas alienações do capital desde quando nascemos. Se o militante não possuir uma séria formação política, teórica, filosófica e cultural, não poderá de forma alguma compreender com racionalidade a essência do mundo em que vive; e se não compreende, tampouco o pode transforma-lo.

 O imperialismo é a forma mais extrema de desumanidades e pilhagens que o capitalismo monopolista tomou forma desde os fins do Séc.XIX. As burguesias metropolitanas nos países dominantes arrastaram todo o Globo para o modo de produção capitalista e tornou os povos do mundo hoje (grande maioria da humanidade), escravos assalariados, superexplorados por um punhado de bandidos ricaços. O imperialismo criou uma situação tão dramática em nível mundial, que ameaça de forma concreta a vida na Terra; por outro lado, criou todas as condições materiais para a libertação do gênero humano.

É um inimigo poderoso a se combater e que se manifesta através das artimanhas do capital financeiro, pelas pilhagens selvagens das multinacionais, pela via sútil da dívida pública que sangram os países subdesenvolvidos, pelos macabros planos de austeridade do FMI, etc; mas também e em grande medida, o imperialismo se manifesta vestido com as máscaras da indústria cultural, embotando o nível de consciência das massas.

 A luta contra a dominação imperialista hoje, só pode ser bem sucedida se os tirarmos as bases de sustentação em nível internacional e em sua própria pátria. Ou seja, através das lutas revolucionárias em cada país dominado. As burguesias nacionais dos países dependentes nada mais são que títeres, burgueses semi-exploradores e semi-explorados, sócios menores dos patrões imperialistas.

 Portanto, as lutas das massas trabalhadoras contra o inimigo imperialista também é em essência, luta contra os capitalistas em cada país dominado. Por isso, o antiimperialismo somente pode ir até as últimas consequências se for luta pelo socialismo, pelo fim do monopólio das terras, das fábricas, das grandes casas comerciais, dos bancos, etc., por parte da burguesia. Mas tais lutas por mais importantes e heroicas que sejam, precisam sair dos limites das fronteiras nacionais, se não quiserem ser engolidas pelo imperialismo e ganhar um aspecto internacionalista, devido ao fato de que o próprio capitalismo é internacional.

 Dai a importância de os povos da periferia articularem formas de organização que permitam combater a burguesia e o imperialismo em nível internacional, sobretudo aqui, em nossa américa Latina;


6-Estamos num processo de constituição e ampliação de nosso trabalho. Neste sentido, estamos aprimorando nossos canais e veículos de comunicação e organização nos locais de trabalho, estudo e moradia.

 Para as companheiras e companheiros que se interessarem pelo programa da FRT em construção (que venham construir conosco!), peço que nos procure e nos contatem em nossos canais.

 Para terminar, gostaria de enviar em nome da FRT, uma calorosa saudação aos trabalhadores e povo argentino, bem como de toda a América Latina


ENTREVISTA IMPRENSA FRANCESA


PAINEL BRASIL / ROSA DINIZ

 https://youtu.be/f00-W6MmtMI

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ENTREVISTA COM O CONSUL DA VENEZUELA NO RIO DE JANEIRO

Edgar Alberto González Marín
https://www.gazetarevolucionaria.com.br/index.php/menu-examples/720-entrevista-com-o-consul-geral-da-venezuela-no-rio-de-janeiro#.


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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho