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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Dia do nordestino * Frente Revolucionária dos Trabalhadores / FRT

 DIA DO NORDESTINO

NORDESTE À GALOPE

THEO NETTO / RN
@theonetto_poeta


CADÊ O MEU ARRAIAL?


DESCULPAS PEÇO A SÃO JOÃO

POR NÃO FESTEJAR O SEU DIA

COM TODA AQUELA ALEGRIA

QUE  ME CAUSAVA EMOÇÃO.

MAS A TRISTE PANDEMIA.

NÃO RESPEITOU NOSSO DIA

ROUBOU O  NOSSO ARRAIAL,

E A FOGUEIRA  APAGOU

E ME CAUSOU ESTA DOR

QUE ME APERTA O CORAÇÃO.


MESMO TRISTE VOU SORRIR,

PARA A DEUS AGRADECER

PELA GRAÇA DE VIVER

CERCADA DE TANTO AMOR

DA FAMILIA E  DOS AMIGOS.

SE HOJE, MAIS VELHA ESTOU,

AGRADECIDA E FELIZ

POR TER SIDO ACORDADA 

POR FILHA E VIZINHA AMADA

COM LAUTO E GOSTOSO CAFÉ

QUE LHES VOU APRESENTAR

A FOTO QUE A NETA BATEU

PRA REGISTRAR O MOMENTO,

E O MEU AGRADECIMENTO,

POR TANTO AMOR E BONDADE

QUE ME TRAZ FELICIDADE

PRA GRITAR AOS QUATRO VENTOS

SOU UMA MULHER FELIZ! 

       E VIVA O SÃO JOÃO! 

       E VIVA O MEU ANIVERSÁRIO!



 AGORA, PRENDI A LUA


Outro dia  prendi o sol

Nas grades do meu terraço

Que pouco tempo ficou

Na prisão que lhe ofertei.

Pediu-me pra caminhar.

E para o Japão chegar

Onde só havia escuridão.


Ontem à noite,  eu prendi,

Nas grades da minha janela,

A lua  prateada e bela,

Que  airosa passeava,

Pelos caminhos do céu

Prateando e encantando

A nossa terra distante.


Mas, a prisão durou pouco,

Pois lembrei- me bem ligeiro

Que a Lua é dos namorados,

Dos seresteiros , coitados!

Que choram por um amor

Aí, então, senti grande dor,

Pois lembrei-me do passado,

Quando ao luar namorei,

E, encantada fiquei,

Vendo a lua e as estrelas,

Ao lado do grande amor.

E a elas fiz uma prece:

Nunca se apaguem do céu

Porque não existe véu ,

Que turve tanta beleza,

Que a nossa Mãe-natureza

A nós de graça nos dá.


E a lua agradecida

Piscou o olho pra mim

Parecendo me dizer: 

Obrigada,  amiguinha,

Preciso espalhar amor,

Na terra tão devastada

Por males e desamor.

Por isso eu já me vou.

Adeus, até outra noite!



RECIFE, CADÊ TEU SOL?


RECIFE de cara fechada,

não se pode ver

quase nada, 

há três dias o sol sumiu.


O vento faz rodopios,

no arvoredo, os pios

de passarinhos frientos,

de penas encharcadinhas,

pedindo as asas da mãe.


Nas ruas quase desertas,

não se vê janelas abertas,

só sombrinhas coloridas,

atestando que há vidas

na luta cotidiana.


Nos carros,

passam os sortudos 

(ou talvez os endividados),

que tentam, a todo custo,

lutar, para sem susto,

ao seu destino chegar.


Os menos sortudos passam,

de guarda-chuva na mão,

não há chuva que os impeça

de cumprir a obrigação,

pois o emprego é seu pão.


As plantas estão felizes,

a garantia da vida,

lhes chega pelas raízes.

Mesmo assim,

 esperançosas,

esperam a volta do sol.


Eu também, no meu casulo,

sinto o frio que aconchego 

tanto no corpo e na alma,

com um café bem quentinho,

com uma coberta fofinha,

e com a saudade que vem,

fazendo eu sempre sonhar

e relembrar o passado

que está sempre a dizer:

Na vida onde tudo passa, 

onde tudo se esvai,

só o amor verdadeiro

permanece por inteiro

dentro do coração.


SOU NORDESTINA


SOU NORDESTINA, e apois?

Eu não deixo pra depois

Pra falar do meu orgulho

Com seca, com pedregulho

E dizer: eu nasci no NORDESTE,

TERRA DE CABRA DA PESTE,

Que temem castigos divinos,

Que mudam nossos destinos,

Pelos pecados dos homens, 

Dos quais eu não cito nomes, 

Pra não melindrar ninguém,

Mas nisto existe um porém,:

A carapuça só cai 

Na cabeça de quem sai

Falando de NORDESTINO!

É bom que ninguém esqueça,

Nordestino é povo bom,

Da poesia tem o dom

Para cantar a Natureza

O amor, a fé, a beleza

A bravura, a lealdade, 

E toda nossa bondade 

Exuberantes entre nós

Por isso ergo minha voz

E grito: VIVA O NORDESTE!

VIVA EU, VIVA VOCÊ!

VIVA O POVO NORDESTINO!


ENAIDE VIDAL / PE

(Enaide de Alencar Vidal Pires)

Recife, 08/10/2020

08/10/2021 14:40 -

A POÉTICA NORDESTINA


NORDESTINIDADE

(Ilton Marques)


Poesia e cordel 

Se gosta desde criança

Minha terra é festança

De um estrelado céu

O sotaque é canção

Na voz de cada menino

Xote, xaxado e baião

Cantigas do coração

Viva o povo nordestino


Patativa do Assaré

Luiz Gonzaga do povo

Poema como renovo

De gente de muita fé 

Se longe está do rincão

Ele não faz desatino

E nunca esquece não 

Sua terra, seu torrão 

Viva o povo nordestino.


Hoje a gente comemora 

Nossa nordestinidade

Quem tá Íonge tem saudade

Quem daqui foi morar fora

P'resse povo, nosso irmão, 

Canto como se fosse hino

Faço a minha louvação 

O Nordeste é nosso chão

VIVA O POVO NORDESTINO!

DE NOVE ESTADOS SE FAZ O NORDESTE
RAISSA XAVIER


Cabra forte destemido

Que tem no país inteiro

Talvez o mais brasileiro

Corajoso e aguerrido

Por todo país tem sido

Cumpridor do destino

Sai de casa ainda menino

Pro planeta trabalhar

Quero parabenizar

O dia do nordestino.


Mote e glosa José Vieira


DIA DO NORDESTINO


Caboclo forte, arretado

Cabra da peste, danado

Retrato do meu  país

Trazendo em sua cerviz

A poeira do sertão

Bondoso de coração

Jovens, velhos e meninos

Aqui deixo meu abraço

Aos queridos nordestinos.


Autoria de professora Alba Valéria / GO


DIA DO NORDESTINO

DIA DO NORDESTINO * MARIO JR by RÁDIO VOZ LIBERTÁRIA

MÁRIO JR

(Colaborador)


*"O Dia do Nordestino é comemorado anualmente em 8 de outubro, no Brasil. Esta data homenageia a cultura nordestina e a diversidade folclórica típica da região Nordeste do Brasil. O povo nordestino é um grande tesouro da cultura nacional, um dos maiores traços da identidade do Brasil."*



"O sabiá no sertão

Quando canta me comove,

Passa três meses cantando

E sem cantar passa nove

Porque tem a obrigação

De só cantar quando chove

Chover chover

Valei-me Ciço o que posso fazer

Chover chover

Um terço pesado pra chuva descer

Chover chover

Até Maria deixou de moer

Chover chover

Banzo Batista, bagaço e banguê

Chover chover

Cego Aderaldo peleja pra ver

Chover chover

Já que meu olho cansou de chover

Chover chover

Até Maria deixou de moer

Chover chover

Banzo Batista, bagaço e banguê


Meu povo não vá simbora

Pela Itapemirim

Pois mesmo perto do fim

Nosso sertão tem melhora

O céu tá calado agora

Mais vai dar cada trovão

De escapulir torrão

De paredão de tapera

Bombo trovejou a chuva choveu

Choveu choveu

Lula Calixto virando Mateus

Choveu choveu

O bucho cheio de tudo que deu

Choveu choveu

suor e canseira depois que comeu

Choveu choveu

Zabumba zunindo no colo de Deus

Choveu choveu

Inácio e Romano meu verso e o teu

Choveu choveu

Água dos olhos que a seca bebeu

Quando chove no sertão

O sol deita e a água rola

O sapo vomita espuma

Onde um boi pisa se atola

E a fartura esconde o saco

Que a fome pedia esmola


Seu boiadeiro por aqui choveu

Seu boiadeiro por aqui choveu

Choveu que amarrotou

Foi tanta água que meu boi nadou

Zé Bernardinho

João Paraíbano

Toque pra boiadeiro


(Chover ou Invocação Para Um Dia Líquido - Cordel Do Fogo Encantado)

***

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