PAGINAS FRT

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Manifesto em Defesa dos Direitos à Saúde e à Educação Públicas * CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO/CNTE

Manifesto em Defesa dos Direitos à Saúde e à Educação Públicas
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

Pela Vacinação, Testagem e Condições de Ensino/Aprendizado nas Escolas Públicas

O ano escolar começou em nossas redes públicas de ensino e, depois de quase 2 anos com as escolas brasileiras da educação básica fechadas, ainda não temos, infelizmente, a segurança sanitária necessária para a retomada das aulas presenciais. Os casos de contaminação com a COVID-19 com a chegada da variante Ômicron abalou o mundo inteiro por sua imensa capacidade de transmissibilidade, superior em quase 4 vezes ao pior momento que já tivemos com as outras variantes da doença: enquanto em abril de 2021, no auge das variantes Delta e Gama, tivemos no mundo o pico diário de 905 mil casos de pessoas contaminadas, em 24 de janeiro de 2022, com a Ômicron (4ª onda), tínhamos registrado 3,44 milhões de pessoas infectadas em um único dia.

Considerada menos mortal do que as outras variantes, as contaminações com a Ômicron são tão superiores em número que, mesmo ela tendo chegado em um momento em que a população mundial estivesse mais imunizada com as vacinas, os casos absolutos de pessoas mortas em função dela já quase atingem o pico diário de mortes verificado na 3ª onda (Delta e Gama). Apesar de relativamente menos letal, o momento atual se apresenta, em números absolutos, tão preocupante quanto os outros momentos da doença quando consideramos o quesito de sua letalidade: ao final do mês de janeiro de 2022, atingimos o pico de 14,3 mil mortes por COVID no mundo em um único dia. O pico de mortes diárias da 3ª onda foi de 15,9 mil mortes em todo o planeta, abaixo ainda do recorde de vítimas verificada na 2ª onda (Beta e Alfa), que atingiu a marca de 18 mil mortes por dia.
No Brasil, por força e pressão da sociedade, conseguimos atingir a marca de quase 80% da população parcialmente imunizada, chegando a pouco mais de 85% se considerarmos o segmento populacional apto a se vacinar (a partir de 5 anos de idade). Com a dose de reforço, no entanto, temos apenas pouco mais de 37% da população brasileira (maiores de 18 anos). No dia 20 de fevereiro de 2022, os dados de imunização que envolvem a faixa etária de 5 a 11 anos – contingente preferencial e prioritário da oferta dos serviços da educação básica -, apontam para menos de 35% da população que tomaram a primeira dose. Estados como Acre, Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso e Roraima, esse índice não chega sequer à casa dos 20% das crianças já vacinadas. Nessa mesma data, o retrato do país mostra que temos ainda 13 Estados da Federação com a situação em alta de casos e óbitos pela doença. Ou seja, a pandemia da COVID-19 ainda não acabou.

O aumento sistemático dos índices de contaminação do coronavírus nesse momento se deveu, sobretudo, à irresponsabilidade do Governo Federal e de muitos gestores de Estados e Municípios que não realizaram políticas de isolamento social amparadas em auxílios emergenciais dignos. Essa situação prolongou o fechamento das escolas públicas e a penúria dos/as estudantes, professores/as e funcionários/as de educação que não contaram com equipamentos e internet adequados para as atividades remotas. A negação da ciência e o descompromisso das gestões públicas com o tratamento da pandemia, aliada à falta de vacinas em quantidade e tempo suficientes para impedir o alastramento do vírus, continuam a apontar, até hoje, para cenários caóticos para a população, para a economia e também para a retomada das atividades escolares presenciais com segurança. Assim, é preciso que o Estado garanta as condições de acesso e permanência de todos à escola, para evitar mais prejuízos aos segmentos vulneráveis de nossa sociedade. Não é possível que o país continue se eximindo da responsabilidade de cuidar das crianças e jovens que têm assegurado o direito constitucional à educação básica obrigatória dos 4 aos 17 anos.
Essa explosão de casos e mortes que a Ômicron provocou no Brasil já deixou, de imediato, nossas redes de hospitais em alerta: a taxa de ocupação de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) voltou a aumentar drasticamente em todo o país, combinado com um fenômeno novo que se apresentou pela primeira vez agora com o advento dessa variante: o afastamento recorde de funcionários da saúde em função do altíssimo nível de contaminação é privilégio da Ômicron. Esse cenário de tragédia humanitária não sensibilizou nossos governantes que agem, agora, como se a pandemia tivesse chegado ao fim.

O retorno às aulas presenciais nas escolas brasileiras nas redes municipais e estaduais da educação básica se dá agora, depois de 2 anos de fechamento forçado, sem que tivesse havido o empenho conjunto dos governos para o enfrentamento das questões de segurança sanitária a nossos estudantes e comunidade escolar em geral. O investimento necessário em infraestrutura escolar não aconteceu, de modo que pudéssemos ter construído mais salas de aulas (a fim de manter o distanciamento social tão urgente e necessário entre os/as estudantes) e tampouco houve reformas ou adaptações para a melhoria da ventilação nos espaços escolares. Da mesma forma, não vemos iniciativas de testagem massiva dos/as estudantes e educadores/as para a detecção de novos casos e, o mais grave, rastreamento dos casos de contaminação que, porventura, venham a ocorrer. Esses dois instrumentos de monitoramento da evolução da COVID, usados em vários países do mundo, são os únicos capazes para garantir que a reabertura das atividades presenciais nas escolas não trará um impacto e recrudescimento dos casos. O que acontece dentro das escolas reverbera, de forma imediata, para fora dela: os/as estudantes contaminados levarão a doença para dentro de suas casas, não sem antes espalhar pelas cidades nos transportes coletivos já abarrotados de gente. É desolador como um caso desses, de tamanha gravidade, é tratado no Brasil por nossos gestores como sendo mesmo só mais uma gripe.

O plano de retomada das atividades presenciais em nossas escolas também não leva em consideração o aspecto pedagógico das enormes perdas que tivemos junto aos/às nossos/as estudantes nesse período de afastamento do ambiente escolar. Toda uma geração afetada em seu processo de aprendizagem, que só não foi pior em função do trabalho hercúleo levado a cabo pelos/as profissionais da educação, tem sido negligenciada agora quando da reabertura física das escolas aos/às estudantes. A defasagem no processo de alfabetização e o fosso criado durante a pandemia entre os/as estudantes mais pobres do ensino médio e aqueles que tiveram oportunidade de acesso a equipamentos computacionais e Internet à disposição são exemplos que estão, agora, subestimados ou mesmo ignorados. A evasão escolar provocada nesse período de fechamento das escolas também é um desafio a ser enfrentado e que pouco ou nada tem se falado a respeito. A quantidade de estudantes e famílias que se viram compelidas a abandonar as escolas resultará em um déficit educacional irreparável para um enorme contingente de brasileiras e brasileiros. O que se vê, portanto, é que condições importantes para que os/as estudantes tenham acesso ao conteúdo escolar continuam negligenciadas, muito em função da total ausência de uma articulação mínima entre as diferentes esferas de governo no tocante ao enfrentamento a essa situação.

E esse retorno às atividades presenciais nas escolas nesse momento não pode nunca prescindir de uma nova estratégia de gestão de pessoas, por parte dos governos municipais e estaduais, que deem conta das enormes demandas que o momento exige. O investimento em infraestrutura escolar deve vir agora com um aporte extra de recursos públicos para a contratação de mais professoras e professores nos Municípios e Estados. A retomada das aulas presenciais, de forma segura e com o adequado distanciamento social entre os/as estudantes, exigirá um redimensionamento da categoria do magistério público de nossas redes de ensino. Isso passa pela imediata realização de novos concursos públicos para a carreira de profissionais do magistério público em todo o país. E claro, a ampliação das redes de ensino municipais e estaduais deverá também vir acompanhada de uma ampliação do quadro de todos os/as funcionários/as da educação (secretaria, vigilância, nutrição, etc.). Mas nada disso aconteceu em todo esse período de escolas fechadas.

Todo esse quadro crítico foi denunciado por vários documentos públicos feitos pela CNTE ao longo dos últimos 2 anos de pandemia no Brasil. Nunca estivemos sozinhos, no entanto: associações de pais e mães, instituições científicas, entidades educacionais, grupos médicos e muitas outras organizações da sociedade civil estavam juntos nessa denúncia. Mas o ambiente político do país não deixou prosperar esse alerta. A absoluta falta de uma cultura política de diálogo social impediu que essas vozes, embora majoritárias, fossem escutadas pelos gestores públicos de nosso sistema educacional. A falta de coordenação nacional ao enfrentamento dessas grandes questões, que agora assombra todos/as, foi acompanhada também, em grande medida, pela expressiva maioria dos gestores municipais, estaduais e distrital de nossa educação. Nos Estados e Municípios, também vimos a absoluta ausência de diálogo das gestões locais com os sindicatos dos/as trabalhadores/as em educação.

E essas questões, de fato, não se devem circunscrever somente à área educacional. Já apontamos em nossos documentos anteriores a necessidade de uma articulação fina entre as áreas de saúde, educação, assistência social e conselhos tutelares para o enfrentamento a essas demandas. Somente uma interlocução intersetorial de todas essas áreas podem dar conta dos enormes desafios que se apresentam agora ao conjunto da sociedade brasileira. Se nossas denúncias não foram escutadas lá atrás, seguimos com o alerta público e o grito de um estrondoso basta! Temos material humano e recursos financeiros para dar conta desse desafio. As pautas de reivindicação já estão postas. Chega de descaso com as nossas vidas! Contra a banalização da morte, nos insurgimos todos os dias!

Urge levantarmos a bandeira emergencial da vacinação a todas às nossas crianças e adolescentes! É fundamental que exijamos dos nossos governantes políticas de testagem em massa e rastreamento de casos na comunidade escolar, a fim de controlarmos definitivamente essa pandemia! O sucesso de um projeto no pós pandemia exige uma priorização, de fato, da educação de nosso povo. Educação como direito social inalienável. Para isso, não podemos esquecer nunca de que a revogação imediata da Emenda Constitucional nº 95/2016 é medida imperativa. Precisamos, mais do que nunca, que tenhamos capacidade de investimento público para dar conta dessas demandas! E, definitivamente, não podemos mais tolerar um governo negacionista que atrasa a vacinação, brinca com a morte de milhares de brasileiras e brasileiros e só se interessa em afanar os cofres públicos para uma minoria apática e descolada de seu povo!

Exigimos que se cumpra a obrigatoriedade da vacina a todas as crianças com mais de 05 anos de idade, como forma de se fazer cumprir o que estabelece o artigo 14 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), garantindo a ampliação da vacinação de nossas crianças e adolescentes com a obrigatoriedade do Passaporte Vacinal para o retorno às aulas presenciais! É fundamental que essa faixa etária da população brasileira seja vacinada o quanto antes e, para que isso tenha viabilidade de fato em nosso país, é importante que postos móveis de vacinação cheguem em todas as escolas públicas brasileiras, em uma campanha nacional que promova e garanta o acesso à vacina a essa faixa da população. O impacto da volta às aulas presenciais nas taxas de transmissibilidade e morte pela COVID do país depende, em maior ou menor grau, do sucesso dessas medidas, que devem estar articuladas entre as áreas de saúde e educação, e também entre os entes da Federação. Não menos importante, o setor educacional brasileiro exige Internet para todos/as trabalhadores/as em educação e estudantes, com o uso e investimento dos recursos garantidos pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), destinados para esse fim.

Fora Bolsonaro e todo seu projeto de morte! Queremos vacina para todas e todos! Pela vida, saúde e por uma educação pública que atenda plenamente ao nosso povo!
Brasília, 22 de fevereiro de 2022
***

6 comentários:

  1. Sobre o termo "negacionismo", como eu disse em outros comentários, é um termo relativo e subjetivo, pois o termo pode ser usado de diversas formas, até mesmo para se referir o que a pessoa discorda etc. Como exemplo, negacionismo das ciências brandas, negacionismo da filosofia, negacionismo das ciências espirituais, negacionismo da metafísica, negacionismo da extrafísica, negacionismo dos limites da ciência, negacionismo dos benefícios da religião e espiritualidade, negacionismo da vida após a morte, negacionismo do relativismo, negacionismo do pósmodernismo, negacionismo das críticas a ciência, negacionismo das críticas ao ateísmo... E o termo "negação da ciência" é bastante relativo e subjetivo, pois o que se define "negar" a "ciência"? É algo bastante relativo e subjetivo, pois pode ser usado para atacar críticas a ciência, ao método científico e as ideias de que a ciência é limitada e as ideias de que existem áreas fora dos limites da ciência. E também, existe uma diferença entre negar as vacinas e "negar" as narrativas do cientificismo militante, do fanatismo científico, do fundamentalismo científico, do totalitarismo científico, o extremismo científico, do neopositivismo, do psicoateísmo e do neuroateísmo sobre a realidade e sobre o mundo como um todo; e não se pode confundir ambas.

    About the term "denialism", as I said in other comments, it is a relative and subjective term, as the term can be used in different ways, even to refer to what the person disagrees with, etc. As an example, denialism of soft sciences, denial of philosophy, denial of spiritual sciences, denial of metaphysics, denial of extraphysics, denial of the limits of science, denial of the benefits of religion and spirituality, denial of life after death, denial of relativism, denialism of postmodernism, denial of criticism of science, denial of criticism of atheism... And the term "denial of science" is quite relative and subjective, because what is defined as "denying" "science"? It is quite relative and subjective, as it can be used to attack criticism of science, the scientific method, and ideas that science is limited and ideas that there are areas outside the boundaries of science. Also, there is a difference between denying vaccines and "denying" the narratives of militant scientism, scientific fanaticism, scientific fundamentalism, scientific totalitarianism, scientific extremism, neopositivism, psychoatheism and neuroatheism about reality and the world as a whole. ; and the two cannot be confused.

    Guilherme Monteiro Jr.

    ResponderExcluir
  2. Anônimo16 de dezembro de 2021 17:06

    E sobre não "acreditar" em ciência, existe uma diferença entre você não acreditar em coisas que estão dentro do domínio das ciências naturais e coisas que estão fora do domínio das ciências naturais, exemplo, tudo bem em não acreditar nas narrativas/interpretações que o psicoateísmo e o neuroateísmo oferecem a religião e espiritualidade, assim como as interpretações "científicas" de coisas espirituais, religiosas e filosóficas. Não acreditar nas narrativas/interpretações do cientificismo, positivismo, neoateísmo, materialismo, racionalismo etc é diferente de não acreditar em ciência. E sem contar que o termo "ciência" como é usado se refere apenas as "ciências duras", e existem tanto as ciências suaves quanto as ciências espirituais, e também pessoas que acreditam 100% nas ciências duras costumam não acreditar e ainda negar as ciencias suaves e as ciências esprituais. Então é algo bem mais complicado do que aparenta ser, e infelizmente, a maioria das pessoas não conseguem ver isso...

    Responder

    Respostas

    Anônimo8 de fevereiro de 2022 13:48

    Concordo com você, camarada, existe uma diferença bem grande entre não acreditar que a Terra é redonda/globo/geoide ou não acreditar que as vacinas funcionam para não acreditar nas narrativas do psicoateísmo/neuroateísmo/neopositivismo sobre religião, espiritualidade, esoterismo e metafísica ou não acreditar/seguir o neopositivismo, ateísmo militante, cientificismo militante, ceticismo militante (ceticismo científico) e ser um crítico da ciência, do ateísmo, do cientificismo, do antiteísmo e do ceticismo. São coisas bem diferentes, e isso me deixa bem irritado e nervoso grande parte das vezes, pois chega a ser absurdo e até mesmo charlatanismo isso que fazem. Esses neopositivistas e fanáticos ateus são um problema e estão por toda a parte na Internet, e é de suma importância o combate aos mesmos. Pois como eu disse em outros comentários, em artigos no meu blog e no Quozio (archive-today e wayback machine), evidências científicas, comprovação científica e status científico não provam nem dizem nada, apenas que x se correlaciona com y. Só isso, e custa as pessoas entenderem isso hoje em dia. A crítica à ciência e a crítica ao ateísmo são bem necessárias hoje em dia, principalmente nesse mundo de neopositivismo, ateísmo militante, ceticismo militante e cientificismo militante.

    I agree with you, comrade, there is a big difference between not believing that the Earth is round/globe/geoid or not believing that vaccines work in order not to believe the psychoatheism/neuroatheism/neopositivism narratives about religion, spirituality, esotericism and metaphysics or not believe/follow neopositivism, militant atheism, militant scientism, militant skepticism (scientific skepticism) and be a critic of science, atheism, scientism, antitheism and skepticism. They are very different things, and this makes me very angry and nervous most of the time, because what they do is absurd and even quackery. These neopositivists and fanatical atheists are a problem and they are everywhere on the Internet, and it is of paramount importance to combat them. Because as I said in other comments, in articles on my blog and in Quozio (archive-today and wayback machine), scientific evidence, scientific proof and scientific status do not prove or say anything, only that x correlates with y. That's all, and it's hard for people to understand that these days. The critique of science and the critique of atheism are very necessary nowadays, especially in this world of neopositivism, militant atheism, militant skepticism and militant scientism.

    Guilherme Monteiro Jr.

    ResponderExcluir
  3. Anônimo13 de fevereiro de 2022 11:10

    Anticientificismo Crítico

    O anticientificismo crítico, as vezes, anticiência crítica, é uma forma de anticientificismo, de anticiência e de crítica ao cientificismo e à ciência, que busca unir as noções do anticientificismo e da anticiência com a crítica à ciência e de crítica ao cientificismo. Onde que considera válida as críticas à ciência e ao cientificismo e as encorajando e as promovendo, principamente as críticas mais duras, assim como permitindo que as pessoas tenham a liberdade de serem contrárias a ciência e ao cientificismo, desde que tenham uma base filosófica e epistemológica para o mesmo. O anticientificismo crítico surge como forma de combater o negacionismo de ciências suaves, o negacionismo de ciências espirituais, o negacionismo de ciências pós-empíricas, e o negacionismo de doenças mentais; também considerando as noções de negacionismo, de pseudociência, de delírio e de besteira como sendo relativas e subjetivas. O anticientificismo crítico também defende a crítica e o combate ao ateísmo militante, ao antiteísmo, ao fanatismo ateu, ao extremismo ateu, ao cientificismo, ao cientificismo militante, ao fanatismo científico, ao extremismo científico, ao materialismo cientificista, ao neopositivismo, ao ceticismo militante, ao ceticismo científico, ao humanismo secular, ao antimentalismo, e ao neopositivismo.

    A ciência está tomada pelo neopositivismo, pelo fanatismo ateu, e pelo fanatismo científico, o que justificaria o anticientificismo crítico de Guilherme Monteiro Junior, que tem mais como objetivo a crítica da ciência e ao cientificismo em si do que a negação da ciência e do método científico.

    ResponderExcluir
  4. Anônimo10 de fevereiro de 2022 20:51

    Tudo bem ser anticiência, é a opção da pessoa, assim como ser anticiência pode ser algo bom, pois leva o surgimento da crítica à ciência e do combate ao cientificismo (principalmente ao cientificismo militante e o fanatismo científico), o ateísmo militante, o antiteísmo, o neopositivismo e ao materialismo cientificista em si. Além de possibilitar o surgimento de novas bases epistemológicas e filosóficas como um todo e permitir o pluralismo epistemológico e o pluralismo filosófico; o mesmo para o negacionismo em si. Sem contar que várias pessoas que demonizam a "anticiência" e o "negacionismo científico", defendem o negacionismo de doenças mentais (como no caso de Luciano Lobato e Lucy Johnstone), o negacionismo das ciências espirituais (como Bibi Bailas, Daniel Foschetti Gontijo, João Julio Cerqueira, Carlos Orsi e Natalia Pasternak), além do negacionismo das ciências suaves (como Bill Nye, Richard Dawkins e o próprio Stephen Hawking, além de vários usuários do Quora, YouTube e Facebook). Logo, vemos que negacionismo e anticiência são coisas bem relativas e subjetivas, e a questão é saber quando e como ser anticiência e negacionista e quando não ser.

    It's ok to be anti-science, it's the person's option, just as being anti-science can be a good thing, as it leads to the emergence of criticism of science and the fight against scientism (mainly militant scientism and scientific fanaticism), militant atheism, anti-theism , neopositivism and scientific materialism itself. In addition to enabling the emergence of new epistemological and philosophical bases as a whole and allowing epistemological pluralism and philosophical pluralism; the same for denialism itself. Not to mention that several people who demonize "anti-science" and "scientific denialism", defend the denial of mental illness (as in the case of Luciano Lobato and Lucy Johnstone), the denial of the spiritual sciences (such as Bibi Bailas, Daniel Foschetti Gontijo, João Julio Cerqueira, Carlos Orsi and Natalia Pasternak), in addition to the denialism of the soft sciences (such as Bill Nye, Richard Dawkins and Stephen Hawking himself, as well as several Quora, YouTube and Facebook users). Therefore, we see that denialism and antiscience are very relative and subjective things, and the question is knowing when and how to be antiscience and denialist and when not to be.

    Guilherme Monteiro Jr.

    ResponderExcluir
  5. Anônimo13 de fevereiro de 2022 11:22

    A dita ciência "baseada em evidências" é apenas uma das formas da burguesia mundial e dos neopositivistas de promoverem o que eles defendem e as pautas deles para fins aristocráticos e de forma a ser totalmente aceitos, onde qualquer questionamento ou crítica é instantaneamente chamado de "negacionismo", "anticiência", "besteira", "delírio", "irracional", "obscurantismo" e "terraplanismo", o mesmo para quaisquer outras coisas com o adjetivo "baseado em evidências" na maioria dos casos, onde só evidências "científicas" e "objetivas" são válidas, como se fossem as únicas evidências que existissem, e onde que vão fazer de tudo para convencer as pessoas do que eles acreditam, seja-as ignorando por completo ou envolvendo elas em discussões longas e infinitas que nunca vão levar a lugar nenhum... É isso que o cientificismo e o neopositivismo fazem com a sociedade, e o pior é ver gente dita de esquerda radical e de esquerda revolucionária defendendo isso cientificismo e neopositivismo...

    The so-called "evidence-based" science is just one of the ways of the world bourgeoisie and neopositivists to promote what they defend and their agendas for aristocratic ends and in order to be fully accepted, where any questioning or criticism is instantly called " denialism", "anti-science", "bullshit", "delusion", "irrational", "obscurantism" and "flat-earthism", the same for anything else with the adjective "evidence-based" in most cases, where only evidence " scientific" and "objective" are valid, as if they were the only evidence there is, and where they will do everything to convince people of what they believe, either by ignoring them completely or by involving them in long and endless discussions that never will lead nowhere... This is what scientism and neopositivism do to society, and the worst thing is to see people called radical left and revolutionary left defending that scientism and neopositivism...

    ResponderExcluir
  6. Anônimo13 de fevereiro de 2022 11:22

    O neopositivismo conseguiu absolutizar, limitar, restringir, aristocratizar e burocratizar tanto as coisas que qualquer ideia empreendedora ou tecnológica ou de ponta que seja relacionada a ciência e que ainda não foi desenvolvida, testada ou que ainda está no papel é chamada de "pseudocientífica" independentemente de quão prática e possível seja ela, a menos que você seja um grande aristocrata e/ou um milionário/bilionário para colocar ela em prática. Estamos vivendo tempos sombrios com o neopositivismo, se o pós-modernismo é "ruim", então podemos dizer que o neopositivismo é dez mil vezes ruim e prejudicial que o neopositivismo, pois além de não podermos ter ideias novas, também não podemos sequer questionar a ciência, o cientificismo, o ateísmo, o materialismo, o secularismo e o neopositivismo em si, que já somos chamados de "negacionistas científicos" e de "anticiência. Espero que um dia essa situação catastrófica passe e que possamos voltar a viver em um mundo onde o neopositivismo não é mais hegemônico, não duvido nada que já tenha neopositivistas chamando países de "delirantes" e falando que não existem "evidências" para países e que devemos impor um imperialismo globalista do pior nível que consegue ser pior que todos os estereótipos do globalismo unidos em uma coisa só.

    Neopositivism has succeeded in absolutizing, limiting, restricting, aristocratizing, and bureaucratizing things so much that any entrepreneurial or technological or cutting-edge idea that is related to science and that has not yet been developed, tested, or is still on paper is called "pseudoscientific" regardless. of how practical and possible it is, unless you are a great aristocrat and/or a millionaire/billionaire to put it into practice. We are living in dark times with neopositivism, if postmodernism is "bad", then we can say that neopositivism is ten thousand times bad and harmful than neopositivism, because in addition to not being able to have new ideas, we cannot even question the science, scientism, atheism, materialism, secularism and neopositivism itself, which we are already called "scientific denialists" and "anti-science. I hope that one day this catastrophic situation will pass and that we can go back to living in a world where neopositivism is no longer hegemonic, I have no doubt that neopositivists already call countries "delusional" and say that there is no "evidence" for countries and that we must impose globalist imperialism of the worst level that manages to be worse than all the stereotypes of globalism united in one thing.

    ResponderExcluir

O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho