PAGINAS FRT

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Defender a Revolução Cubana incondicionalmente contra a barbárie imperialista! * Frente Revolucionária dos Trabalhadores / FRT

 Defender a Revolução Cubana incondicionalmente contra a barbárie imperialista!

 Desde a vitória da revolução cubana em 1959, que pôs fim a dominação das oligarquias burguesas parasitárias que sugavam o país, associada ao capital imperialista, foi-se incrementando ao longo do tempo pelas mãos do sistema de dominação imperialista, toda uma campanha mundial de sabotagem e crimes, que visavam destruir o Estado operário cubano.

Cuba, assim como os demais países do Caribe e do conjunto da América latina, como produto da colonização, manteve-se estruturalmente dependente, subdesenvolvida e aprisionada, da forma mais submetida possível à divisão mundial do trabalho imperialista, até a revolução de 1959. Sua economia dependia das exportações agrárias, pautadas na cana de açucar e no tabaco; essas exportações por sua vez, garantiam as divisas internacionais necessárias para bancar as importações de itens manufaturados e bens de luxo suntuarios, que garantiam o padrão de vida ostentatório das oligarquias rurais, da burguesia urbana e setores parasitários das camadas médias da sociedade cubana. Também, essa estrutura de economia dependente voltada para fora, foi responsável pela hipertrofia da dívida externa do país e da inflação estrutural e crônica, que corroía as condições de existência das massas e sangrava o país permanentemente, gerando a armadilha, que é comum em nossos países, daquilo que André Gunder Frank chamava "desenvolvimento do subdesenvolvimento". Essa forma de economia portanto, se assentava cada vez mais no latifúndio hiper concentrador de terras, gerando como consequência a carência de um mercado interno e de uma industrialização ancorada em desenvolvimento de forças produtivas, fator primordial para romper com as amarras da dependência e do subdesenvolvimento. Como  resultado disso, Cuba estava cada vez mais agrilhoada aos interesses do grande capital imperialista e  monopolista, fator que impedia seu desenvolvimento econômico, social, político e cultural. O reflexo disso na sociedade cubana era a miséria generalizada que dominava o país, enquanto as oligarquias dorigentes, sócias menores e serviçais do imperialismo estadunidense, viviam num luxo paradisíaco, fazendo de Cuba um literal bordel e cassino dos magnatas estrangeiros que ali se deliciavam. 


Já em fins do século XIX José Marti, grande pensador e revolucionario se dedicou por inteiro até entregar sua vida pela libertação de Cuba da dominação imperialista. Mas tal fato só se concretizou com a revolução de 1959 dirigida por Fidel Castro, que em pouco tempo tomou um rumo socialista, expropriando o capital privado e nacionalizando a economia em benefício do povo trabalhador. Tais iniciativas revolucionárias no âmbito da economia concreta, foi o que garantiu a ruptura do país em relação a dependência. O povo cubano, que até então "viveu para um outro", sem projeto próprio de nação; através da sua revolução social passou a ser um "povo para si".


 No entanto, devido a herança objetiva do passado colonial e mais recentemente da dependência e do subdesenvolvimento, somado ao isolamento e sabotagem que o país sofreu e sofre por parte do sistema de dominação imperialista, dificultou seriamente o avanço e concretização de um projeto mais sustentado de industrialização sobretudo no chamado "departamento I" da economia, responsável por desenvolver forças produtivas. Isso impõe sérios limites a economia e sociedade cubana.


Tal fato expressa a importância imperativa de sair do isolamento, somente possível através da revolução internacional no continente. Aqui vemos a importância da relação dialética que envolve nacionalismo e internacionalismo nas lutas de classes latinoamericanas.


Apesar de todas as dificuldades encontradas e enfrentadas, a revolução cubana garantiu vida digna socialmente, politicamente e culturalmente a seu povo, coisa que praticamente nenhum outro país de nosso continente concretizou até o fim. Isso é a demonstração cabal de que, os países que passaram pela via colonial, dependentes e subdesenvolvidos, somente podem se emanciparem substancialmente pela via revolucionária e popular. As burguesias que surgem tardiamente na divisão mundial do trabalho, não tem e nem podem ter projeto próprio de "nação para si". Só os povos trabalhadores em nosso continente e nos demais países dependentes, podem cumprir até às últimas consequências as tarefas prementes da emancipação nacional, do desenvolvimento de fato e romper com a dependência e as formas de dominação neocolonial, superando como condição primordial o capitalismo selvagem.


Importante aqui, é fazer uma crítica a setores esquerdistas que, fazendo coro com os pré postos do imperialismo e da extrema direita cubana, clamam e propagandeiam sobre a "necessidade" de se fazer uma suposta "revolução política" em Cuba, que destituiria aquilo que segundo estes setores trotskistas chamam de "burocracia" e que seriam os "responsáveis" por todos os males no país. Para além de reacionario e alinhado com a propaganda imperialista, essa proposta dos diversos grupos trotskistas não passa do mais vulgar voluntarismo idealista abstrato, sem base alguma na realidade objetiva. Sem avançar numa análise sociológica materialista e dialética profunda de Cuba, do próprio capitalismo mundial e suas manifestações em nossa região, para esses "revolucionarios" de gabinete bastaria implementar uma mudança puramente politicista em Cuba, afastando o demônio da "burocracia" e pronto: Cuba estaria em vias do comunismo. Esses escribas esquerdistas, que na prática se ajuntam aos bandos de Miami contra o Estado operário e popular cubano, há muito abandonaram a bandeira principista do antiimperialismo e hoje, apoiam veladamente os golpes de novo tipo das forças imperialistas, seja em Nossa América, na Ucrânia, Líbia, Síria, etc.


Cuba precisa do apoio internacionalista e antiimperialista dos povos. Somente o triunfo da revolução socialista latinoamericana pode fazer avançar a revolução cubana, cercada e ameaçada permanentemente pelo imperialismo e seus lacaios internacionais.


  FRENTE REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho