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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

A FRENTE DO POVO * WALDIR FERREIRA / DF

A FRENTE DO POVO

WALDIR FERREIRA / DF
(presidente do Sintracoop/DF, Secretário-Geral da CGTB/DF, Membro da Executiva Nacional da CGTB)

Vivemos momento grave
Atentai, trabalhadores!
Por favor, peço a atenção
Das senhoras, dos senhores
Pense no país primeiro
Brasileira, brasileiro
De todas as nossas cores!

Não se trata de partido
De cor, de ideologia
Nem de credo, nem de gênero
Ou de metodologia
A questão aqui é essa
Pois parece que começa
O fim da democracia.

E isso vai nos exigir
Um grande desprendimento
Pra lutar por nosso povo
Promovendo o isolamento
Do atraso e com verdade
Defender a liberdade
Nesse grande enfrentamento.

Nossa Pátria nos exige
No povo pensar primeiro
Sem vaidade, ir a campo
Com destemor de guerreiro
Construir a Ampla Frente
E mostrar pro Presidente
Somos povo brasileiro!

Movimento sindical,
De mulheres e os partidos
De negros e de estudantes
Os sem-teto, desvalidos
Unificar os sem-terra
E juntos partir pra guerra
Na tropa dos oprimidos.

Foi eleito um presidente
Falando em patriotismo
Atacando tudo e todos
Sem uso de eufemismo
Não debateu o país
Muito fala, nada diz
É esse o bolsonarismo.

O infame fez campanha
Se dizendo a salvação
Inventor da honestidade
O Messias, Capitão
Todo certo e impoluto
O discurso era fajuto
Exala só a corrupção.

E se diz um patriota
Só pode ser brincadeira
Faz continência pra gringo
Mais parece uma “rameira”
Que até finge ter firmeza
Mas vende nossa riqueza
Enrolado na bandeira.

Como se diz no Nordeste
Vou usar aqui o mote
Desse povo sertanejo
Que antes de tudo é forte
Lutador, honesto e caro
No crânio de Bolsonaro
Tem é miolo de pote.

Tudo que ele apresenta
Causa dano ao nosso povo
Faz política há 30 anos
E vem dizer que é o novo
Mais velho que andar pra frente
Elegeram um presidente
De ianque baba-ovo.

Atacando as minorias
Em favor do preconceito
Faz cortina de fumaça
Para ver se tem efeito
Seu ideal privatista
Anti-pátria e entreguista
O fim de nossos direitos.

Usa-se rosa ou azul?
De que cor é a cadeira?
A mulher fala por libras?
Vão mudar nossa bandeira?
É tudo boi de piranha
Diversionismo nos ganha
Iludidos por besteira.

Ocorre que enquanto isso
Quem nos governa de fato
Prepara suas reformas
Com todo seu aparato
Para sangrar nosso povo
E nós estamos de novo
Caindo mesmo que pato.

O massacre teve início
Com a política indigenista
Absurdamente entregue
Para a sanha ruralista
Raposa no galinheiro
É a lógica do dinheiro
A prioridade à vista.

O fim do MTE
Um ente fundamental
Combater trabalho escravo
E de forma especial
Ampara os trabalhadores
Pois na luta com os senhores
Tem mais força o capital.

Ministério da Cultura
Tudo que fala igualdade
Emancipação do povo
E luta por liberdade
Bolsonaro extinguiu
Quer dividir o Brasil
Por burrice ou por maldade?

Quer dar arma e não livro
Ódio e não educação
Criminaliza professores
Quer a privatização
Das escolas, da saúde
Cada nova atitude
É uma exasperação.

Até o salário mínimo
Menor que o do Paraguai
Rebaixou em 8 contos
Inda anunciou que vai
Impedir ele aumentar
Valorização cessar
O pobre vai dizer ai!

Um crime de lesa-pátria
É a venda da Embraer
Tecnologia de ponta
Entregue como qualquer
Produto de fim de feira
É um filho de chocadeira
Chame tu como quiser.

Mas a marca de Silvério
De Laval, de Calabar
Fica estampada na testa
Quando o biltre revelar
A grande submissão
É sua genuflexão
Pr’ outra pátria se prostrar.

Pois nem isso mais lhe falta
A ninguém mais ele engana
Lambe-botas do império
Sacripanta, é um banana
Disse que vai estudar
Cá uma base militar
De bandeira americana.

Não perde por esperar
Reação de nossa gente
Nossa história é de batalhas
Povo de luta, valente
Que nunca fugiu da guerra
Precisar de novo “enterra”
Um traidor presidente.

Em nosso peito tem Pátria
E essa luta, seguiremos
Pois nós somos a verdade
E a mentira não tememos
Vamos lá, trabalhadores
Povo de todas as cores
Pátria Livre! Venceremos!
*

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