BOLSONARO E BOLSONARISMO PARA ALÉM DAS URNAS
Fossem tempos normais, não haveria dilema maior. Dois turnos servem exatamente para isso: no primeiro, escolhe-se por convicção; no segundo, mais por exclusão. Ocorre que não vivemos tempos normais, nem no Brasil nem no mundo.
Nunca antes estivemos diante de um fenômeno como o bolsonarismo. A Ação Integralista Brasileira, criada em 1932 por Plínio Salgado, inspirada no fascismo italiano e num catolicismo ultraconservador, não foi um fenômeno de massas. Em democracia, a direita sempre chegou ao Palácio do Planalto por interposta pessoa. Jânio Quadros se mostrou um estranho no ninho em Brasília. Fernando Collor sofreu impeachment. Ambos revelaram desconhecer o jogo do poder. Nenhum, porém, afrontou as instituições (Jânio, ao tentar, fez papel de tolo). Pela primeira vez, a direita chegou ao Palácio do Planalto pelo voto popular, mas para tanto teve de se dobrar ao seu representante mais caricato.
Nem todos os seus aliados políticos são extremistas, muito menos a maioria dos seus eleitores, mas quem hoje ainda tem dúvida do extremismo de Jair Bolsonaro ou da sua condição de líder do bloco de forças políticas e sociais que ele representa? O atual ocupante do Palácio do Planalto é tosco, mas não é tolo. Conhece o jogo do poder, no meio civil e no meio militar. Não tem um partido, mas é líder de um movimento, cuja força motriz é o ataque sistemático à cultura e às instituições democráticas.
O bolsonarismo não é fascista. Mas tem traços fascistas que o distinguem da direita autoritária convencional. O bolsonarismo é mobilizador. Move-se pela ideia de que há um combate a ser travado. A violência ocupa um lugar central no seu imaginário. Bolsonaro não organizou os fasci di combattimento, embriões do Partido Fascista na Itália, mas abusa do poder presidencial para dar armas à população e não hesita em incitar o seu uso contra adversários políticos. Não recruta diretamente soldados, como Benito Mussolini fez com os ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial para formar suas tropas de choque, mas mantém acesa a sua base nas forças de segurança, em particular as polícias militares, e chama as Forças Armadas de “meu Exército”. Cultiva uma masculinidade bruta, talhada para o confronto. Mussolini era um homem culto, mas teatralizava a imagem do macho atlético, corajoso e implacável.
O combate bolsonarista extravasa os limites das instituições de representação política. Alcança cada campo da vida social, da igreja aos quartéis, passando pelas escolas. Nisso ele também se assemelha ao fascismo. O uso distorcido do conceito de liberdade não esconde a tendência totalitária do bolsonarismo, visível na tentativa de controlar comportamentos em esferas da vida privada tão íntimas como são a família e a sexualidade. A coação sobre a individualidade é onipresente no campo da cultura. Deus (punitivo), Pátria (excludente) e Família (patriarcal), slogan tomado emprestado ao integralismo de Plínio Salgado, formam a tríade de uma visão retrógrada do indivíduo e da sociedade. A novidade do bolsonarismo é a adesão a um individualismo extremo e destrutivo, avesso a considerações sobre o bem comum.
Outra diferença é que Bolsonaro não quer pôr abaixo todo o edifício da democracia liberal. O fascismo elaborou uma visão sobre a organização do Estado e da sociedade em substituição à democracia liberal. O bolsonarismo não pretende destruí-la frontalmente, mas desfigurá-la pela corrosão. Não se importa em manter a fachada da democracia liberal. Não questiona o princípio da soberania popular expressa pelo voto. Prefere lançar suspeitas infundadas sobre a lisura do processo eleitoral para deslegitimar de antemão qualquer resultado que não o favoreça. Não contesta a primazia do poder civil em geral e do Tribunal Superior Eleitoral em particular, mas busca submeter o TSE à tutela das Forças Armadas para auditar as urnas e apurar os votos. Não convoca cabos e soldados para fechar o STF, mas move uma campanha de execração pública e intimidação dos seus membros e reinterpreta o artigo 142 da Constituição para difundir a tese de que às Forças Armadas caberia a resolução de conflitos entre os diferentes poderes da República. Claro, às vezes, o presidente se excede e diz o que realmente pensa: “Isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer”, disse Bolsonaro, ao maltratar a língua portuguesa em discurso ao Corpo de Fuzileiros Navais no Rio de Janeiro, em março de 2019.
À falta de uma doutrina própria, o bolsonarismo transformou a religião em arma política. O clero sempre teve peso na sociedade e influência na política brasileira. Enquanto o catolicismo conservador reinou inconteste no campo religioso, a Igreja não se furtou a tomar partido das forças da ordem. Em 1964, às vésperas do golpe militar, a classe média engajou-se na chamada “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. A própria laicidade do Estado acomodou-se às demandas da Igreja Católica. Nunca se viu, porém, uso tão amplo e agressivo da religião para traçar as linhas divisórias da disputa política, numa estratégia coordenada de estigmatização dos oponentes do bolsonarismo, dentro e fora das igrejas, em especial das denominações evangélicas (incluindo as mais tradicionais).
Não há um partido evangélico nem uma identidade perfeita entre o bolsonarismo e o evangelismo, mas desde a proclamação da República jamais convivemos com tal grau de politização da religião e uso religioso da política. Isso se reflete num enfraquecimento sem precedente do caráter laico do Estado. Os exemplos vão desde instruções para o aborto legal na rede do sus que respondem a crenças religiosas e não a preceitos constitucionais até a indicação de nomes para os tribunais superiores com base em critério religioso.
Não estamos nos anos 1930 do século passado, quando se deu a ascensão do nazifascismo na Europa. Mas o bolsonarismo não é um fenômeno isolado. Faz parte da onda global antidemocrática que se levantou depois da grande crise financeira da primeira década deste século. Até 2008 era uma marolinha restrita aos países em desenvolvimento.
Depois de crescer rápido durante as duas últimas décadas do século XX, o número de democracias entre esses países começou a estacionar e, logo mais, a diminuir. A observação ficou restrita aos especialistas porque não havia grande surpresa na recaída autoritária de países onde a democracia nunca havia se firmado. Depois da grande crise financeira, o quadro mudou. Partidos, movimentos e líderes antissistema ganharam terreno na Europa e nos Estados Unidos. À esquerda, despontaram o Podemos, na Espanha, e o Syriza, na Grécia, na esteira de movimentos de protesto contra a repartição socialmente injusta do ônus da crise financeira. Apesar do flerte inicial com o bolivarianismo sul-americano, então em alta na América Latina, os partidos antissistemas de esquerda confluíram para o leito da democracia liberal, buscando alargá-lo com a participação de novos atores sociais e revolvê-lo para que temas submersos (desigualdade, meio ambiente, igualdade de gênero) viessem à tona com força. Tiveram êxito limitado.
Maior foi o sucesso da direita antissistema. Prometendo a restauração de um passado idealizado, apelando à xenofobia étnico-religiosa, mobilizando o medo e o ódio aos imigrantes e a frustração contra as perdas reais e imaginárias da globalização, tomou de assalto o Partido Republicano, nos Estados Unidos, empurrou o Partido Conservador, no Reino Unido, para uma posição de ruptura com a União Europeia, entrou para o mainstream da política italiana e francesa, chegou ao poder na Hungria e na Polônia.
Se no passado houve uma Internacional Comunista, hoje quem melhor se articula internacionalmente é a extrema direita. Depois da queda da União Soviética, o fantasma do comunismo se tornou isso mesmo, um fantasma, como aquelas estrelas que já morreram, mas cuja luz ainda se vê. Já a extrema direita cresce e se articula em toda parte, com apoio decisivo nos Estados Unidos e com recursos do Kremlin, que até a eclosão da guerra na Ucrânia financiou partidos nacionalistas e xenófobos na Europa. Maior das repúblicas da defunta União Soviética, a Rússia se tornou, sob Vladimir Putin, parte importante da rede internacional formada por cristãos fundamentalistas, nacionalistas xenófobos e ultraconservadores, da qual fazem parte também os negacionistas da mudança climática. Deus, Pátria e Família, em luta contra o chamado “marxismo cultural”, designação absurda e pejorativa de toda e qualquer ideia que remonte ao Iluminismo e à modernidade, em suas variadas vertentes.
Não se deve desconsiderar esse contexto na avaliação do risco que representa a reeleição de Bolsonaro para a democracia no Brasil e mesmo no mundo. Maior país da América Latina, uma das quinze maiores economias do planeta, aqui se trava uma batalha importante para reverter a onda global antidemocrática.
Dessa perspectiva, não percamos de vista os Estados Unidos, o principal centro de irradiação da extrema direita mundial. São conhecidas as afinidades e ligações entre o bolsonarismo e o extremismo norte-americano de direita. Ambos compartilham a crença de que a política é um combate travado em todas as dimensões da vida social, da família ao Estado, passando pela escola, a mídia, as igrejas. As instituições políticas são espaços a ser conquistados e utilizados como centros estratégicos de poder para vencer o inimigo, e não como um conjunto de regras escritas e não escritas que permite aos adversários políticos resolver seus conflitos de modo não violento. Nesse combate, nem as regras do jogo democrático nem as regras da objetividade factual merecem deferência.
Tão importante quanto o que ocorreu em 6 de janeiro de 2021 no Capitólio é o que vem ocorrendo nos Estados Unidos desde então. O assalto à sede do Congresso, para impedir a confirmação do resultado eleitoral que dera a vitória a Joe Biden, não foi um incidente. Foi o ponto culminante de uma estratégia longamente preparada com base na mentira de que as eleições estavam sujeitas a toda sorte de fraudes. Qualquer semelhança com a sistemática investida do bolsonarismo contra as urnas eletrônicas e o TSE não é mera coincidência.
A mentira visa atingir a democracia no seu pilar central: a alternância no poder determinada pelo resultado eleitoral e a aceitação do veredito das urnas por parte do candidato derrotado. Ela tem um duplo e estratégico propósito: testar ao limite a resistência das instituições democráticas e, na hipótese de não produzir de imediato o efeito pretendido, ou seja, um golpe de Estado, impulsionar em seguida uma campanha de deslegitimação do presidente eleito.
Vista dessa perspectiva, a estratégia da Grande Mentira (The Big Lie) se mostrou um sucesso. Em torno dela, a extrema direita manteve tão ou mais mobilizada a sua base de militantes e o seu controle sobre o Partido Republicano. O assalto ao Capitólio fracassou, mas o ataque às instituições eleitorais continua em cada estado, em múltiplas investidas para dificultar o voto dos grupos sociais e raciais nos quais o Partido Democrata predomina. O Partido Republicano coordena essas investidas, mas a lógica que as coloca em marcha não é a de um partido convencional e sim a de um movimento de fundo religioso, que enxerga a luta política como um combate travado em nome dos valores da cristandade, no caso norte-americano, associados à herança europeia e, portanto, à população branca. Quarenta anos atrás, quando Ronald Reagan se elegeu presidente, o fundamentalismo cristão era uma força ascendente, mas ainda marginal no Partido Republicano. Hoje é a alma do Grand Old Party. Um tipo amoral e oportunista como Donald Trump soube instrumentalizar o fundamentalismo branco evangélico e expandir as suas fronteiras apelando aos trabalhadores industriais empobrecidos pela automatização e remoção de indústrias no Cinturão da Ferrugem (Rust Belt).
Os riscos à democracia norte-americana são crescentes e não decrescentes, como se podia imaginar depois da vitória de Biden sobre Trump. As chances de o trumpismo retornar à Casa Branca em janeiro de 2025, com ou sem o ex-presidente, são reais. Somos testemunhas do mais amplo ataque aos direitos civis e políticos nos Estados Unidos desde o final do século XIX, quando, após a Guerra Civil, o Norte, embora vitorioso, aceitou que os estados do Sul, derrotados, adotassem leis de segregação racial. As conquistas alcançadas cem anos depois da abolição da escravidão, com o Voting Rights Act, aprovado em 1965, que proíbe a discriminação eleitoral com base na raça, estão sob ataque.
O mesmo acontece com os direitos civis. É o que se viu na decisão recente da Suprema Corte sobre o direito ao aborto. Ao derrubar a jurisprudência fixada no caso Roe versus Wade, de 1973, a maioria conservadora do tribunal permite aos estados proibir o aborto mesmo em caso de estupro ou risco à saúde da mulher. Em alguns deles, como o Texas, já entraram em vigor leis que preveem longas penas de prisão para quem praticar o aborto ou facilitá-lo, além de estímulos para denunciar os “criminosos”. A decisão de 1973 se apoiou na ideia de que as liberdades individuais incluem o direito à autonomia e à privacidade no uso do próprio corpo. O mesmo conceito dá base ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, incluído o direito de adotarem crianças e constituir família. A ampla maioria conservadora na Suprema Corte, assegurada pelo bloqueio dos senadores republicanos à nomeação de um juiz indicado por Barack Obama, prenuncia a derrubada de outros direitos considerados anátemas pelo fundamentalismo religioso. Em seu voto contra Roe versus Wade, o juiz Clarence Thomas, casado com uma militante ultraconservadora, já deu o sinal nessa direção para encorajar a base republicana a não se contentar com essa vitória.
Outro alvo da Suprema Corte são as políticas federais de mitigação da mudança climática. Pouco menos de uma semana depois de restringir o direito ao aborto, a maioria republicana no tribunal limitou o poder da Agência de Proteção Ambiental (epa, na sigla em inglês) de estabelecer limites para a emissão de gases do efeito estufa.
Nos Estados Unidos se trava a mãe de todas as batalhas para o futuro da democracia (para não falar na mudança climática). Os resultados são incertos e os ventos não sopram em boa direção.
Voltemos ao Brasil e ao dilema colocado na abertura deste artigo. Não tenho respostas definitivas, mas algumas considerações me parecem importantes para resolvê-lo, nos dois meses que temos até o primeiro turno das eleições presidenciais. A primeira delas diz respeito à caracterização da política brasileira atual como um campo de forças polarizado por dois extremos. A imagem falseia a realidade. Não há dois, mas um só extremista a protagonizar a disputa política, como escreveu Míriam Leitão em O Globo, no artigo intitulado Centro Não É o Ponto entre Dois Extremos. A jornalista é certeira ao escrever: “O centro deve procurar seu espaço, seu programa, seu candidato, ou seus candidatos, porque o país precisa de alternativa e renovação. Mas não se deve equiparar o que jamais teve medida de comparação.”
Aos 45 minutos do segundo tempo da pré-campanha, o centro encontrou uma candidata a presidente, a senadora Simone Tebet (MDB-MS). É um excelente nome. Não tenho dúvida de que a candidata encontrará o seu programa, dada a qualidade das equipes que pode recrutar para esse fim. A questão que resta responder é: encontrará o seu espaço? Faço essa pergunta com um olho nas pesquisas e outro no mapa das identidades político-ideológicas. Não tenho a fórmula mágica da decolagem nas pesquisas de intenção de voto, mas estou convencido de que se apresentar como a opção equidistante entre dois extremos é mais do que um erro de cálculo eleitoral.
Não se trata de apagar diferenças com o PT e seu candidato em temas importantes como o papel das empresas estatais e dos bancos públicos, comércio externo e políticas industriais, regras e gestão da política fiscal, mas de reconhecer com clareza e sem demora que a importância das diferenças nessas áreas é menor do que a importância de um compromisso comum com a democracia.
Não nos enganemos, é isto que está em jogo nessas eleições: o direito de continuarmos a divergir pacífica e democraticamente sobre a melhor maneira de construir um país mais justo, próspero e sustentável, orgulhoso da sua diversidade, onde a liberdade religiosa seja plena, mas as crenças não constranjam a liberdade individual nem sejam critério para a distribuição de recursos públicos, nomeações para instituições do Estado ou definição de políticas públicas, onde haja consideração pelos fatos objetivamente verificáveis e pelos métodos científicos de produção de evidências.
A segunda consideração a fazer é sobre ter ou não o PT aprendido as lições de sua longa passagem pelo poder federal. Não tenho resposta taxativa a respeito. Mas penso que o alcance da pergunta deveria ser estendido: aprendemos todos, do campo democrático, com os erros que contribuíram para impulsionar o bolsonarismo e levar Bolsonaro à Presidência da República? A primeira pergunta não deve ser dispensada. Sozinha, porém, ela bloqueia a possibilidade de construir uma ampla e duradoura aliança em defesa da democracia que não limite diferentes opções eleitorais, mas sirva de barreira de proteção contra o extremismo bolsonarista, agora, depois das eleições e no futuro mandato presidencial, seja quem vier a exercê-lo.
Dessa perspectiva, vejo com bons olhos a movimentação política do candidato do PT desde que recuperou os seus direitos políticos. A aliança com o PSB e outros partidos menores é significativa. Os socialistas atraíram Geraldo Alckmin para ser o vice na chapa de Lula. A vinda do ex-tucano para o partido foi o lance final de uma rodada de filiações que trouxe para o PSB mais três destacados políticos do campo democrático: Flávio Dino, Marcelo Freixo e Alessandro Molon. Esses movimentos, somados à reaproximação de Marina Silva (Rede), são indicações de uma nova possível configuração das forças de centro-esquerda. À falta de uma direita pura e dura, isso não foi possível no passado, quando PT e PSDB eram os partidos dominantes em nível nacional e os estímulos à competição eram mais fortes do que os incentivos à cooperação. Quem sabe agora, com novas forças e (semi) novas lideranças?
A derrota de Bolsonaro é importante também para permitir a reorganização da centro-direita. Nada é mais eloquente do estrago que o atual presidente produziu nesse campo do que o triste fim do DEM, hoje desfigurado e assimilado ao União Brasil. Antes do vagalhão bolsonarista engolfá-lo, o Democratas despontava como o possível polo aglutinador de uma centro-direita liberal com bases nos centros mais desenvolvidos do país. Herdeiro do velho PFL, na origem assentado em esquemas tradicionais da política nordestina, o DEM prometia completar a sua transição do “atraso” ao “moderno”. Também aqui, como é característico na história brasileira, a modernização ficou truncada.
Mais importante do que o dilema eleitoral que alguns sentimos é o desafio comum que todos os democratas têm pela frente. Não é suficiente derrotar Bolsonaro nas urnas e assegurar a posse de quem vier a vencer as eleições. É preciso contribuir para que o próximo seja um governo capaz de superar a herança maldita que receberá do atual. Contribuir não significa adesão acrítica e complacência. Pode-se contribuir fazendo uma oposição leal, ao contrário do que fez o PT durante o governo FHC e o PSDB no segundo governo de Dilma Rousseff.
O país entrará em 2023 com um Estado em más condições de execução de políticas públicas, com órgãos desmantelados, a exemplo do Ibama, ou desestruturados, como o Ministério da Saúde, um orçamento com pouca margem de gasto e capturado secretamente por emendas que retalham programas em pequenas ações locais desarticuladas, sem regra fiscal clara, depois que o atual governo lançou pelos ares o teto de gastos, sem nada colocar no lugar, em um ambiente internacional adverso, devido à combinação de tensões geopolíticas crescentes, pressões inflacionárias e aperto de liquidez – um combo de problemas inter-relacionados que há muito não se via.
Navegar nessas águas exigirá perícia. A nau brasileira está avariada, sem rumo e sem lastro. Com a democracia sob ameaça, não haverá estabilidade política e segurança econômica, e o país poderá naufragar. Evitar o naufrágio requer unidade ampla para afastar a ameaça à democracia. Mas para reencontrar a rota do desenvolvimento, que perdemos ao longo da última década, é necessário mais. Sem uma carta de navegação minimamente comum, voltaremos a enfrentar tempestades e tumulto a bordo. As forças do atual capitão não abandonarão o barco.
Daí a necessidade de construir um programa mínimo comprometido com o estado democrático de direito, a estabilidade macroeconômica, o combate à pobreza e às desigualdades, a preservação e o uso sustentável dos nossos recursos naturais, a começar pelo bioma amazônico. Seria ideal que esse programa mínimo fosse construído na campanha e legitimado nas urnas. Parece pouco provável. Que seja então criado após as eleições, sob a liderança de quem a vencer. Seja quem for, deverá saber que, por maior que for sua vitória eleitoral, ela não lhe será suficiente para governar. Sem um programa claro, que expresse o melhor denominador comum entre as forças democráticas, correrá o risco de se tornar refém do fisiologismo e alvo fácil para uma extrema direita empenhada em deslegitimar desde o início o novo governo.
FONTE
Excelente artigo camaradas. E também tem a esquerda "antitankie" (esquerda de poltrona, esquerda woke, esquerda ocidental, Esquerda pró-OTAN, Esquerda pró-Ucrânia etc) que são exatamente assim. E chegam até mesmo a dizer absurdos como "A União Soviética era capitalista/liberal/fascista" etc. É uma loucura só. E sobre este artigo aqui https://pcrtbrasil.blogspot.com/2022/08/zelenski-torna-se-sentinela-servil-do.html?m=1 teriam como mandar um email pro Rolando escrever um artigo falando esse mesmo tipo de coisa só que da OTAN e da esquerda pro-Ucrania, Esquerda Reddit, Esquerda Discord, Esquerda Anticomunista etc, r/tankiejerk, r/leftistdiscussions, r/rightjerk, r/leftistecon etc. Eles são iguais ou piores do que Zelensky, eles chamam Bolsonaro de "fascista" mas apoiam Zelensky. Enfim, é uma contradição total eles.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDumugian — 19/08/2022
ResponderExcluir"Mark Twain — 'Never argue with stupid people, they will drag you down to their level and then beat you with experience.'"
And so the Internet and social media proved that very well. Stupid people are really good at arguing because they know how to drag you down to their level and then beat you with experience, no wonder that so many people on the Internet and on social media can do that very well. Just look into topics like politics, religion, mass media, popular media, popular culture, economics, science and such. They will do everything they can for drag you down using whatever mean they can, and once they drag you down to their level, they will beat you with their very own experience they have on debates and arguments. And with stupid people being anonymous on the Internet and knowing they have no physical contact with the people and no eye-to-eye contact, and also with the massive lack of consequences that exists on the Internet, they can beat anyone with their own experience, no wonder that armchair leftists can beat any other non-armchair leftist on the Internet; and that anticommunists can beat any communist on the Internet; and that antitheists can beat anyone on the Internet, and even that conspiracists can beat any expert on the Internet. Not because they are good at arguing, but because they know how to drag anyone into their level and win them with experience. And it is not because they are "clever" nor "intelligent", but rather they know how to drag anyone into their own level and beat anyone by their own experience on arguings. And yes, it should be studied by social sciences and by cognitive sciences as well.
I wrote this
Game2Winter — 19/08/2022
Oh yes sorry
Wait up
Let me read through this
Dumugian — 19/08/2022
Alright
I will wait
Dumugian — 19/08/2022
Sometimes I feel like that... Yes, as an Anunna, I mean...
Imagem
Dumugian — 19/08/2022
Me seeing right-wingers and woke leftists doing stuff online...
Anonymouse the Great — Ontem às 00:16
wait this part is unclear for me, are you saying that Marx and the Paris Commune were liberal?
Anonymouse the Great — Ontem às 00:16
ukraine flag 💀
Anonymouse the Great — Ontem às 00:22
now now. while it's true that politics can go batshit insane (sigh rightist mfs), it is unwise to assume that you can group every stripes of politics into one absolute mess and discard it in favour of religion alone. you know and witness how politicians can weaponise and politicise religion to oppress the working class, right? while religion itself is a way of organising the common people, i think it works best when combined with an ideology that actually addresses the need of those same common people.
Anonymouse the Great — Ontem às 00:23
what in zie fak
Anonymouse the Great — Ontem às 00:24
it's a broken world, one ruled by money
Anonymouse the Great — Ontem às 00:26
if sharing and posting vaguely leftist shit on the internet is revolution then those platforms will be the fukin' Soviet Parliament already
Anonymouse the Great — Ontem às 00:28
the only way to combat this trend is to (prepare to) fight against such reactionaries *irl. there will be consequences, mass consequences even, for challenging the status quo, but if we let it continue then it will destroy us along itself.
Dumugian — 19/08/2022
ResponderExcluirI hate this world
Really
I fucking hate this world
I hate those people who say to me "kill yourself", "go kill yourself", "you should kill yourself", "you are useless" and such and yet they aren't banned and yet the deepshit admins and deepshit authorities still side with them... Well yeah...
And yet I am the one who gets banned...
People can be very racist, xenophobic and ableist with me but if I say any racial slur here I can get in jail for 2 to 5 years. While they can be literally racist, xenophobic and ableist against me and they will never get in jail
And yet I can get murdered/arrested here in Brazil for being a leftist and such while they are free from being murdered/arrested for having the authorities of their countries in their side. Despite they literally making a lot of TNO memes and being "ironic" racists/fascists/nationalists and such
And yet they are really good at arguing while I am really bad at arguing
Why is this world so unfair this way?
And yet I can't even say that doom is misotheist/antitheist that people will say "it is just a game" and when I say "Speer Hoodie is just a hoodie with a game character" I am banned?!?!?!
FML, this world is pretty fucked up
The guy can literally say "go kill yourself" knowing the massive impunity there are over their deepshit Global North countries and those deepshit admins and deepshit authorities doing mass prevarication over that
Fuck them so much
And yes, it is 1984 and it is TUNWO as well
And when you say that, those right-wingers and those armchair leftists will just laugh at your face
Dumugian — 19/08/2022
Just like this bitch did to me
@Anonymouse the Great I just hope you won't ban me here for telling such things here...
4 BANS IN ONE DAY!
4 BANS IN LESS THAN 24 HOURS!
Dumugian — 19/08/2022
Suharto would be very proud of this left who literally do the Jakarta Method on themselves lol
Those armchair leftists should read this https://en.wikipedia.org/wiki/The_Jakarta_Method instead of reading armchair leftist authors and such
The Jakarta Method
The Jakarta Method: Washington's Anticommunist Crusade and the Mass Murder Program that Shaped Our World is a 2020 nonfiction book by American journalist and author Vincent Bevins. It concerns U.S. government support for, and complicity in, the Indonesian mass killings of 1965–66, during which an estimated one million people were killed in an ef...
The Jakarta Method
@Game2Winter are you there?
Dumugian — Ontem às 09:52
ResponderExcluirNo...
Dumugian — Ontem às 09:52
Yes...
Dumugian — Ontem às 09:53
It is complicated yes, mainly seeing antitheism and such
Dumugian — Ontem às 09:53
They're insane yes
Dumugian — Ontem às 09:53
Yes
Dumugian — Ontem às 09:54
You're right about that
Dumugian — Ontem às 20:53
Yes, and also, mainly nowadays with this amount of antitankie leftists and anarchists
Yes, antitankies are even worse than tankies themselves
And yes, most antiauthoritarians often are antiauthoritarian because they would like to be literally like Putin. I know it because I am an ex-antiauthoritarian
Be sure of that
And yes, it is so freaky how they are like:
"Imagine comparing freethought and critical thinking with 'antivax', 'science denial' and 'antiscience'... That is what antitankie leftists, antitankie anarchists, and antitheists do. Mainly when you point out media bias, science bias, replicability crisis, research bias, anticommunist countries, anticommunist media and such. They are good in it and they are no different than the so called 'modus trollerandi' they claim to counter. And yes, we should write about 'inverted modus trollerandi', 'cancel groupthink', and 'cancel mental gymnastics'. 'Inverted modus trollerandi' is basically modus trollerandi but made by people who we can call non-trolls and anti-trolls. 'Cancel groupthink' basically the union of cancel culture with groupthink. And 'cancel mental gymnastics' that is the union of cancel culture with mental gymnastics."
"https://mronline.org/2022/03/26/ukraine-is-brutally-repressing-the-left-criminalizing-socialist-parties-imprisoning-activists/ and yet there are 'leftists' who still support Ukraine and thinks it is okay a country to repress the left, criminalize socialist parties and imprison activists, mainly the so called 'antitankie leftists' and 'anarchists'. And yet they will call you 'liberal'/'chud'/'troll' for saying Ukraine is anticommunist and fascist, and even saying absurds like "repress the left, criminalize socialist parties and imprison activists does not necessarily means that the country is anticommunist/antileftist/fascist, just that the country is repressing the left, criminalizing socialist parties and imprisoning activists", "the Ukraine is being genocided and invaded by Russians, so we should support them" and even "it is only the pro-Russian left, the pro-Russian socialist parties and the pro-Russian activists". And they will do all possible kinds of mental gymnastics for support Ukraine and anticommunist countries. Yes, those antitankies and anarchists are insane, and they are even worse than the tankies they claim to oppose, and they are even more authoritarian than the tankies they claim to oppose. And they are good at using logical fallacies without looking like to be logical fallacies, pointing out 'logical fallacies' on the arguments of the opponents, cherry pick and nutpick parts of the articles/sources of their opponents and cancel all the rest, good at ridicule the opponent, good at mockery, good at cancel culture, good at cancel groupthinking, and good at drag people into their level and beating them by experience."
MR Online
Editor
Ukraine is brutally repressing the left, criminalizing socialist pa...
Ukraine’s Western-backed government has criminalized socialist political parties, while its Nazi-infiltrated intelligence agencies are hunting down leftists, accusing them of being too soft on Russia. This comes after Kiev gave state honors to WWII-era Ukrainian fascists who collaborated with Hitler.
And did you believe I sent them this article https://countercurrents.org/2020/06/anti-communism-is-a-fundamentalist-religion-now-followed-by-billions/ and they even did cherry picking in it like in "If Communism were to be defeated, it would be the end of the struggle for freedom. Only the powerful, centralized, ideologically-sound Communist system can fight and liberate the human race from colonialist shackles, from savage capitalism, and an nihilist empty existence." and "But ask, for instance, the Czechs, how much they know about their Legions that controlled the Trans-Siberian railroad, on their way from Europe to Vladivostok. Plundering, rape, and mass killing. I tried. I asked, in Prague and Pilsen. They thought I was a lunatic. The Legions are portrayed as heroic, in their history books. A bullet-proof narrative. No doubts there." Saying that it is a tankie article and that "rape" is in abstract sense
ResponderExcluirCountercurrents
Andre Vltchek
Anti-Communism Is A Fundamentalist Religion, Now Followed By Billio...
Happy Birthday Comrade Lenin!
Anti-Communism Is A Fundamentalist Religion, Now Followed By Billio...
And even worse, they even say that I was completely wrong and that they were completely right while they told me that I didn't know what a "disagreement" actually is
Yeah @Anonymouse the Great, those antitankies are very fundamentalist and very dogmatic as well
They literally say that "countries that banned hammer and sickle and all left-wing parties just mean that they banned hammer and sickle and all left-wing parties, and not that they are fascist, nor far-right nor full anticommunist"
Or others just went full mental gymnastics mode like saying "who cares that Ukraine banned all left-wing parties and all left-wing ideologies, it is being genocided and destroyed"
Or "I stand with Ukraine now but I would stand with Iraq in 2003, I would stand with Yugoslavia in 1990s and I would stand with Libya in 2001"
And those people saying "Bolsonaro is fascist, but NATO, the Global North and Ukraine are not like Bolsonaro"
And even "We oppose NATO and the Global North but we support Ukraine because of the invasion"
https://pcrtbrasil.blogspot.com/2022/05/como-os-eua-formaram-uma-esquerda-sob.html
COMO OS EUA FORMARAM UMA ESQUERDA SOB MEDIDA * Frances Stonor Saund...
partido comunista revolucionario dos trabalhadores, pcrt, pcrdostrabalhadoresbrasileiros
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HOW THE US BUILT A CUSTOM LEFT * Frances Stonor Saunders / Mission Truth
ResponderExcluirHOW THE US FORMED A CUSTOM LEFT
Frances Stoner Saunders
Expandir
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THE LEFT AND ITS SAD ROLE BEFORE THE WAR IN UKRAINE * TABRUMATX.COL
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A ESQUERDA E SEU TRISTE PAPEL ANTE A GUERRA NA UCRÂNIA * TABRUMAT...
partido comunista revolucionario dos trabalhadores, pcrt, pcrdostrabalhadoresbrasileiros
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Dumugian — Ontem às 21:07
Antitankies are nor even people, imagine cancelling an entire article because of a statement like "If Communism were to be defeated, it would be the end of the struggle for freedom. Only the powerful, centralized, ideologically-sound Communist system can fight and liberate the human race from colonialist shackles, from savage capitalism, and an nihilist empty existence.". And yet, if you do that with their articles/sources they call you "antivax"/"science denier"/"antiscience"/"chud"/"liberal"...
Yes, those people are insane
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partido comunista revolucionario dos trabalhadores, pcrt, pcrdostrabalhadoresbrasileiros
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DOCUMENT NO. 1
A LEFT TO CAPITAL
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Take a read on those yes
@Anonymouse the Great thank you for existing, you makes me feel really great and such. You're an Anunna on Earth just like that Lukiengira guy
Dumugian — Ontem às 21:13
Yes... I know that very well... And I am passing through it by now
@Anonymouse the Great they simplify anticommunism just as they simplify antitheism... Yes, anticommunism and antitheism have more things in common than we can imagine
I will stop being a troll
And I will start doing some work
Yes
Dumugian — Ontem às 22:09
ResponderExcluirAnd yes, it is insane how they believe everything they read in fact checkers and on mass media without being unable to see any media bias, science bias, research bias and replicability crisis in them... And yet, they call everyone who see and point out media bias, science bias, research bias and replicability crisis are compared with "antivax", "science deniers", "antiscience" and "conspiracists". WTF? It is more than proved that media bias, science bias, research bias and replicability crisis are indeed real and even assumed by media, science, big tech and their own personnel and yet they compare it with "antivax", "science deniers", "antiscience" and "conspiracists". It is completely delusional and psychotic...
And they still say "yes, it is delusion and psychotic, and?" Or even "yes, we have brain damaged and brain rotted, and?"
I mean, yes, they're completely insane
And even pointing out anticommunist/antileftist propaganda/bias on popular media, popular culture and mass media are enough for you be called "antivax/liberal/chud"
I mean, yes, they are completely insane
But right now, I think I should improve my spiritual abilities and improve into do my spiritual part in this world, and I advice you @Anonymouse the Great to do the same
And yes, you can follow Buddhist principles if you want, I follow Anunna ones, but what matters is the result and such, and if the path is good too.
And yes, I feel as if all countries should unite themselves and that Russia, Ukraine and NATO should stop the war and all world unite in one country. How I would like if all countries of the world united as one and started adopting the principles of sustainable development and build a world just like the first Sumerians thought and as Anunnas told the first Sumerians to do... A world based on equity, dignity, community, justice, spirituality and divinity. And yes, the world will unite in the future, it will happen later on. And still even if all countries became one country today or tomorrow morning, its still not united because we are not united on an individual level with each other or even united with ourselves. So, it'll be in the future. And yes, people are far from be like that.
And that is funny how they are "spiritual sciences = spiritualism", it is the same as say "social sciences = socialism" and "sociology = leftology" lol
Yes, those people are completely insane and such
Anyway, I will wait for your answer now. And please, improve your spiritual abilities and such, and try to join a Buddhist temple and learn everything you can and improve your spiritual abilities and take control of your energy and of your own spiritual knowledge. You know it is part of spiritual sciences and such, and they're real just like social sciences. And you can understand why socialism/communism needs of religion and spirituality.
It is enough for now
I will wait for your response
Dumugian — Ontem às 22:28
ResponderExcluirAnd also @Anonymouse the Great, I have to tell you that, I was banned from VK for saying "fuck Putin, fuck Zelensky, world socialist revolution now!", yes, I would get 15 years in jail in Russia for saying "Fuck Putin, Fuck Zelensky, world socialist revolution now!" So yeah, I shouldn't support Russia as well.
Dumugian — Ontem às 22:37
Yes, I used to think like that in the start, and yes, it was harsh
I know how much it would start a even bigger war that Putin is doing... A war for the liberation of the Russian workers and Ukrainian workers. And yes, it is really sad to see most of the worldwide Left are unable to think like that and launch a revolution for stop that... And yes, it is even more sad this antitankie left being even more conservative than conservatives themselves and being unable to have any kind of critical thinking for 5-10 seconds, yes, the media is very biased in favor of capitalism and right-wing conservatism, and telling that to them you're literally compared to "antivax" lol
Yes, it is insane for sure
https://archive.is/Jv0RG
archive.ph
That is the copypasta SelfRegent sent to a lot of people on VK that...
archived 22 Mar 2022 15:35:26 UTC
That is the copypasta SelfRegent sent to a lot of people on VK that...
Путин действительно грёбаный диктатор, который разрушает Россию и заставляет страдать русский народ и украинский народ. В то же время, что Запад и капиталистические/неолиберальные страны являются нацистскими странами, которые заслуживают того, чтобы их сожгли и уничтожили! Долой путинскую диктатуру, а также долой все капиталистические/неолиберальные/западные диктатуры по всему миру! Да здравствует коммунизм! Да здравствует социализм! Да здравствует анархизм! Да здравствует монтейризм! Да здравствует левизна! Да здравствуют все рабочие! К черту Путина! К черту Запад! К черту НАТО! К черту Кремль! К черту Зеленского! Вся власть рабочим всего мира!
Putin is truly a fucking dictator who is destroying Russia and making the Russian people and the Ukrainian people suffer. At the same time that the West and the capitalist/neoliberal countries are Nazi countries that deserve to be burned and destroyed! Down with Putin's dictatorship and also down with all capitalist/neoliberal/Western dictatorships around the world! Long live communism! Long live socialism! Long live anarchism! Long live Monteirism! Long live leftism! Long live all workers! To hell with Putin! To hell with the West! To hell with NATO! To hell with the Kremlin! To hell with Zelensky! All power to the workers of the world!
Dumugian — Ontem às 22:43
ResponderExcluirYes, I would make a better version of this copypasta nowadays
Dumugian — Ontem às 22:44
Well yeah, I was literally even more leftist than most Internet left posting this copypasta everywhere on Reddit
Putin is truly a fucking dictator who is destroying Russia and making the Russian people and the Ukrainian people suffer. So does Zelensky is also a fucking dictator who is destroying Ukraine and making both, Russian people and Ukrainian people suffer. At the same time that the West and the capitalist/neoliberal countries are Nazi countries that deserve to be burned and destroyed! So does all the mass media, the popular media, the Big Tech, the Big Media, the Big Pharma and everything and everyone who support them and finance them! Down with Putin's dictatorship! Down with Zelensky's dictatorship! Down with NATO! Down with the Global North! Down with the Big Tech! Down with the Big Media! Down with the Big Pharma! And also down with all capitalist/neoliberal/Western dictatorships around the world! Down with all capitlism/neoliberalism/eurotlanticism around the world! Long live communism! Long live socialism! Long live anarchism! Long live Monteirism! Long live leftism! Long live the left unity! Long live all workers! To hell with Putin! To hell with the West! To hell with NATO! To hell with the Kremlin! To hell with Zelensky! All power to the workers of the world! All power to the World Socialist Republic!
Yes, something like that
Lol
Tell me what do you think about those messages @Anonymouse the Great, I am waiting for your response
Путин действительно ебаный диктатор, который разрушает Россию и заставляет страдать русский народ и украинский народ. Как и Зеленский, еще и грёбаный диктатор, который разрушает Украину и заставляет страдать и русский народ, и украинский народ. В то же время, что Запад и капиталистические/неолиберальные страны являются нацистскими странами, которые заслуживают того, чтобы их сожгли и уничтожили! Как и все средства массовой информации, популярные СМИ, большие технологии, большие медиа, большие фармацевтики и все и все, кто их поддерживает и финансирует! Долой путинскую диктатуру! Долой диктатуру Зеленского! Долой НАТО! Долой Глобальный Север! Долой большие технологии! Долой большие СМИ! Долой Большую Фарму! А также долой все капиталистические/неолиберальные/западные диктатуры по всему миру! Долой весь капитализм/неолиберализм/евротлантизм во всем мире! Да здравствует коммунизм! Да здравствует социализм! Да здравствует анархизм! Да здравствует монтеризм! Да здравствует левизна! Да здравствует левое единство! Да здравствуют все рабочие! К черту Путина! К черту Запад! К черту НАТО! К черту Кремль! К черту Зеленского! Вся власть рабочим мира! Вся власть Мировой Социалистической Республике!
In Russian because why not lol
Dumugian — Ontem às 23:02
ResponderExcluirПутін справді довбаний диктатор, який руйнує Росію і змушує страждати російський народ і український народ. Так само Зеленський також є довбаним диктатором, який руйнує Україну і змушує страждати як російський, так і український народ. Водночас Захід і капіталістичні/неоліберальні країни є нацистськими країнами, які заслуговують на спалення та знищення! Так само всі засоби масової інформації, популярні медіа, великі технології, великі медіа, велика фармацевтика та все та всі, хто їх підтримує та фінансує! Геть диктатуру Путіна! Геть диктатуру Зеленського! Геть НАТО! Геть глобальну північ! Геть велику техніку! Геть великі ЗМІ! Геть Велику Фарму! А також геть усі капіталістичні/неоліберальні/західні диктатури по всьому світу! Геть увесь капіталізм/неолібералізм/євроатлантизм у всьому світі! Хай живе комунізм! Хай живе соціалізм! Хай живе анархізм! Хай живе монтейризм! Хай живе лівизна! Хай живе ліва єдність! Хай живуть всі трудящі! До біса Путіна! До біса Захід! До біса НАТО! До біса Кремль! До біса Зеленського! Вся влада робітникам світу! Вся влада Світовій Соціалістичній Республіці!
In Ukrainian too just for the lulz lol
Dumugian — Ontem às 23:05
And yes, most left nowadays are unable to think into what it was actually supposed to think, into the workers, yes, they care so much about countries and such that they completely forget about the workers and of us losing several rights and getting uberization and gig economy. It is really sad indeed... And yet the left will call you "liberal/chud/tankie" for thinking like that... Yes, I know that LGBTQI+ and OTMSN+ are also important, but we can't forget the workers, we are all workers and students after all.
Eu até postaria mais aqui, mas não vejo necessidade disso. É só olhar no histórico do Quozio e do Imgflip no Archive-Today e no Wayback Machine nas datas de hoje para achar os memes que eu fiz, ou que eu supostamente fiz kkkkkk. Não é difícil, é muito cansativo isso de fazer uma militância tão grande etc. E ter quase nenhum retorno etc. É difícil, mas penso que os outros camaradas aqui entendem isso bem.
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