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quarta-feira, 8 de março de 2023

DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA

-TRABALHADORES DE CALL CENTER EM LUTA-

SONETO EM HOMENAGEM À MULHER

 

Bendita sejas, mulher eternamente.

 Pois em teu ventre a vida é gerada.

És companheira gentil para ser amada 

Qual tesouro valoroso intensamente.


Quando estou em teus braços, sou mais gente. 

Sem gozar dos teus afetos, não sou nada 

E ao trilhar a minha longa estrada,

 Vou vagando a esmo tão somente.


 Rejeite aquele que acaso te maltrata.

Lute com garra mulher por teus direitos

Não te emudeças ante 

Tal sorte ingrata.


Sê confiante pra não seres vencida. 

Vá com as milhares contra os preconceitos

E verás o quanto é tão bela a vida!


Jorge Furtado/CE


*
MULHER TODO DIA

 

não podia ser diferente

hoje é dia de pensar na gente não é dia de homenagem como se fosse um presente hoje é dia de reflexão

bater no peito reconhecer a culpa

desculpa a palavra de peso mas se você já disse

“isso é coisa de mulherzinha” duvidou

“como ela chegou lá” apontou o dedo julgando suas escolhas sua roupa

sua cama sua prole sua sorte então vai lá

faz o gesto mea-culpa se você já disse

“só podia ser mulher” apontou o dedo

pra quem usa saia curta amenizou o estupro banalizou o grito

a ofensa o “fiu fiu”

chegou a pensar

que “ela gosta de apanhar” em alguma momento concordou

que “mulher é o sexo frágil”

vai lá

tá na hora bate no peito

faz o gesto mea-culpa se você ainda pensa no rosa e no azul definindo o que é certo se você só vê valor

na mulher que te criou se confunde respeito com juízo de valor

se ainda acha

que prazer é pecado

e mulher “só faz por amor” se vê diferença

na capacidade

compara força muscular com força pra lutar

se duvida da palavra interrompe quando fala nem vem me corrigir bate no peito

faz o gesto mea-culpa

minha tão grande culpa

não podia ser diferente

hoje é dia de pensar na gente não é dia de presente

é dia de enxergar “outra pessoa” apenas

em meu lugar descarregue o preconceito quando vê uma mulher

veja que que somos “gente” apenas

no mesmo lugar

não podia ser diferente

hoje é dia de pensar na gente não é dia de homenagem como se fosse presente

hoje me dá uma rosa amanhã ri pela minhas costas

ofende e calunia, faz gracejos reprimindo meus desejos como se fosse alforria

não agradeça minha biologia não exalte a maternidade assuma a paternidade!

não fale da minha graciosidade respeite minha capacidade aceite de verdade

a tal igualdade

se você já deu risada da velha piada machista

se você criticou uma mulher usando termos sexistas

se você ainda entendeu feminismo e feminino

e ainda mistura tudo

se você cochicha ou acusa deve estar “naqueles dias”

se você ainda acha que justifica menor salário

menores cargos

“porque mulher engravida”

se você não calou

quem tanta besteira falou se você não se posicionou e defendeu a vítima aquela que outro ofendeu

ah, hoje é o dia

hoje é dia de bater no peito fazer o gesto mea-culpa minha tão grande culpa

hoje é o dia

de tornar diário esse rito bater no peito

refletir repensar

descarregar esse preconceito que permite assediar

abusar estuprar e matar

pelo simples motivo

de alguém nascer mulher…

hoje é o dia da mulher porque ser mulher todo dia

é precisar mais para sobreviver do que subsistência

é precisar resiliência paciência resistência sororidade

capacidade de perdoar compreender

superar

hoje é dia de esperançar poder ser mulher todo dia sem precisar se explicar…

ADRIANA SKAMVETSAKIS

08.03.2023

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*

DIA DE LUTA DE CLASSE OPERÁRIA

BRAULIO BESSA
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BLANCA LÓPEZ

 Mulheres que derrubaram ditaduras: Quem foi a "Guerrilheira de Waswalito”, protagonista da famosa fotografia que misturava amamentação e fuzil. Durante os anos 80, período da Revolução Sandinista, que depôs o ditador sanguinário Anastasio Somoza, governante da Nicarágua, o fotógrafo Orlando Valenzuela captou uma foto que correu o mundo, demonstrando a coragem das mulheres para combater ditaduras. A imagem ficou conhecida como a “Guerrilheira de Waswalito” e mostra a guerrilheira Blanca López, amamentando o filho com um fuzil nas costas, horas antes de um confronto armado contra tropas governistas. A cena só pôde ser registrada, pois as revolucionárias impuseram a livre amamentação em qualquer lugar, já que a ditadura de Somoza havia proibido a prática em público. Blanca tinha 14 filhos, morava em uma propriedade rural e pobre no interior nicaraguense e combateu durante 3 anos no exército rebelde, que, posteriormente, derrubou o governo ditatorial da família Somoza. Texto - Joel Paviotti #nicaragua #revolução #guerrilheira #revolucionarias #mulheresemluta #sandinista #lutaarmada

#8m #diainternacionaldamulher

*

Bom dia a todas as mulheres nesse 8 de Março de 2023.


Proteger a mulher, é proteger a família, esse é o sentido profundo de empoderamento.


A defesa da família tradicional, que é um belo direito, não pode continuar permitindo que mulheres não tenham acesso aos recursos da família, marido e filhos, ou que seja impedida de estudar e trabalhar para sua felicidade própria. Não podemos, em nome de falsa moral, continuar a entender a mulher como serviçal da família.


É preciso abandonar a dicotomia entre emoção e razão, como se a mulher fosse toda orientada pela primeira característica e o homem pela segunda. Essa compreensão, própria do patriarcado, não resulta em outra coisa, senão a submissão da mulher, e o privilégio dos homens ao longo da história.


Aqui há duas questões de caráter histórico e antropológico que são propositalmente ignorados ou omitidos. 

O primeiro faz referência a herança da idade primitiva, onde os homens corriam sérios riscos na atividade de caça, exigindo força e planejamento, aparentemente, os colocando acima das mulheres, visto que, quem controla a produção, controla a vida social.


O segundo, é a transparência do primeiro, indo em sentido oposto, revelando sua plena falsidade. 

Isso porque houve na história em momento anterior ao patriarcado, o matriarcado, cuja centralidade de importância, estava na capacidade de gerar e preservar a vida (gravidez e amamentação).


Também, em relação ao processo de desenvolvimento e superação da idade primitiva, o domínio da agricultura e pecuária, trouxe importância as mulheres, ao permitir um trabalho mais equilibrado entre os sexos, não justificando brutais diferenças em direitos.


Fato é que, estamos no século XXI e continuamos a conviver com essas injustificáveis diferenças, carregadas de preconceitos culturais, e principalmente de crença, onde alguns usam o nome de Deus para oprimir.


Quantas mulheres estão impedidas de sair de casa, estudar, trabalhar, ir a academia, de exercer sua fé, e de ter participação política? Inúmeras!


Se tornaram escravas emocionais de homens, e na maioria das vezes, de modo suave e educado, não parecendo opressão.


O "macho", muitas vezes em auto-afirmação, exerce poder sobre a mulher como forma de se sentir superior, seja no estudo, trabalho, dinheiro e etc. A possibilidade de igualdade ou equivalência lhe perturba o sono, podendo gerar até violência e morte.


No lar, a atividade da mulher sempre foi desprezada, sendo não vista como trabalho, e no emprego, a remuneração é no mínimo 30% inferior a dos homens, para a execução de igual tarefa. Se a mulher for negra ou pobre, sofrerá demasiadamente, e se for os dois aspectos juntos (negra-pobre), aí que a situação se complica, comprometendo a própria sobrevivência.


Os desafios são gigantescos, e embora tenha ocorrido avanços, eles estão muito aquém do mínimo ideal.


Será que a sociedade tem consciência de que quase 35 milhões de mulheres são as mantenedoras financeiras das famílias no Brasil?  Esse número é mais da metade do número de mães no país, e os motivos variam, mas sempre associados a condição dos homens, seja financeira, como desemprego, ou por postura equivocada deles, como o  abandono de mãe solteira ou casada.


Devemos acrescentar aqui, o direito das mulheres não casarem ou não terem filhos por opção própria. E se algumas delas convivem com outras no mesmo lar, por livre escolha, isso não é um problema dos homens ou da sociedade, devendo-se por obrigação humana, o devido respeito, e de outra forma, por força da lei. Então, se a sociedade deseja interferir, fazer algo, que seja na defesa do direito pleno à dignidade das mulheres.


Esses são alguns aspectos, entre tantos outros, que colocam as mulheres em grande desvantagem social em relação aos homens, necessitando de um profundo comprometimento e uma postura firme por parte da sociedade, a fim de equilibrarmos tal situação desastrosa.


Seguimos na luta! Feliz dia das mulheres.


Bernardino Brito/SP

*

Dia Internacional da Mulher

DALVA SILVEIRA

flores e resistência, o que merecemos e precisamos! 

Parabenizo às Mulheres e, em especial, às minhas amigas, que são as flores do meu jardim, porque enfeitam e perfumam a minha vida! Nele, como escritora, amante dos Livros e eterna combatente a qualquer forma de opressão, condecoro algumas autoras que escreveram sobre temas relacionados à Ditadura Militar Brasileira e recito os poemas, de minha autoria, “Sistema X Mulher” e “Ser Mulher”. Acesse: 

(3) Dia Internacional da Mulher: flores e resistência, o que merecemos e precisamos! - YouTube

Se gostar,  inscreva-se no canal,  curta,  comente e compartilhe o vídeo.

Abraço da Dalva Silveira, em 08 de março de 2023


*

Minha homenagem ao dia das mulheres:


   Eu/femismo femio 


                              Genildo Mateus 


Na dor extrema nasci mulher

Sem aparência frágil,

De corpo livre

De liberdade igual

Insisto em ser o que não apavora

Sou realista 

Sou independente 

Sou sobrevivente 

Aparentemente bélica 

Outras vezes flor...

Fez-me menina 

Fez-me moça 

Fez-mulher

Escrito em uma lista

Certamente feminista 

Não anti-homem

Mas idealista.

Me disfarço, 

Me refaço,

No pula da gata

Nem ouro, nem prata

Mas um eufemismo puramente femio

Como sementes que germinam

Frutos as vezes amargos

E outras vezes doces

Que alimentam a alma

Mesmo com o coração quebrado

E juntados os pedaços 

Por um band-aids

Refazendo-se mulher...

*

MULHER


Você que ri e que chora

E vem mostrando a toda hora

Seu trabalho e seu valor

Que não é reconhecida

Mas segue adiante na vida

Cheia de fé e de amor


Às vezes desvalorizada

Tantas outras ofendida

Muitas vezes humilhada

Segue de cabeça erguida

Vivendo com emoção

Amada ou ignorada

Obedece ao coração.


Na tristeza está sorrindo

Seu caminho construindo

Sempre pronta a cooperar

Seu trabalho realiza

Ajudando a quem precisa

E nunca deixa de amar


Nesses versos que eu faço

Com eles vai meu abraço

Esteja onde estiver

Parabéns, mulheres de fibra

Companheiras tão queridas

Me orgulho de ser mulher.

Autoria da professora Alba, Poética do entorno.

Minha singela homenagem a todas as mulheres.

*

MULHER


A mulher não é só casa

mulher-loiça, mulher-cama

ela é também mulher-asa,

mulher-força, mulher-chama


E é preciso dizer

dessa antiga condição

a mulher soube trazer

a cabeça e o coração


Trouxe a fábrica ao seu lar

e ordenado à cozinha

e impôs a trabalhar

a razão que sempre tinha


Trabalho não só de parto

mas também de construção

para um filho crescer farto

para um filho crescer são


A posse vai-se acabar

no tempo da liberdade

o que importa é saber estar

juntos em pé de igualdade


Desde que as coisas se tornem

naquilo que a gente quer

é igual dizer meu homem

ou dizer minha mulher


ARY DOS SANTOS

https://www.museudofado.pt/fado/personalidade/ary-dos-santos

PORTUGUAL
&
Mulheres

Elas visão escolhida
Dum tempo de vaidade
Na palavra revalida
Qualquer um, pisa, nem sabe.
Segue sem arredar pé
Como igualdade dou fé
Conclusão sem ter metade.

Essas vêm de toda parte.
Se é ostra, nem piedade.
Tangendo vulcão aparte
Avulsas querem alarde
Confusas rende banzé
Como igualdade dou fé
Conclusão sem ter metade.

Às ternas trazem guarida
Talhando a humildade
Desde o começo quis liga:
Até feliz, vê saudade!
Seiva quimera, a mulher
Como igualdade dou fé
Conclusão sem ter metade.

Arte final ela encerra
Ser tênue é qualidade
Tratar igualmente é guerra
Carência é falta que arde!
Se lua, volta, é maré!
Como igualdade dou fé
Conclusão sem ter metade.

Mulher que sua, é mulher.
Saia justa mocidade
Na solidez voo ballet
Fidelidade é verdade
Segue em via quanto quer.
Como igualdade dou fé
Conclusão sem ter metade.

Vida pra outra pessoa
Gueixa vê simplicidade
Na puberdade entoa
Composição tempestade
Mergulhou raso, deu pé.
Guardiã fera é mulher
Como igualdade dou fé
Conclusão sem ter metade.

Lina Ramos.PI
*
HISTÓRIA DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


A história do 8M como Dia Internacional da Mulher é muito bonita e revela a força das mulheres na luta por seus direitos

A data tem origem em uma manifestação organizada por tecelãs e costureiras de Petrogrado, durante a greve iniciada no dia 23 de fevereiro de 1917, na Rússia, por pão e paz. Esse movimento foi o estopim da primeira fase da Revolução Russa.

Alexandra Kollontai, em 1920, assim descreve o movimento:

“Em 1917, no dia 8 de março (23 de fevereiro), no Dia das Mulheres Trabalhadoras, elas saíram corajosamente às ruas de Petrogrado. As mulheres – algumas eram trabalhadoras, algumas eram esposas de soldados – reivindicavam “Pão para nossos filhos” e “Retorno de nossos maridos das trincheiras”. Nesse momento decisivo, o protesto das mulheres trabalhadoras era tão ameaçador que mesmo as forças de segurança tsaristas não ousaram tomar as medidas usuais contra as rebeldes e observavam atônitas o mar turbulento da ira do povo. O Dia das Mulheres Trabalhadoras de 1917 tornou-se memorável na história. Nesse dia as mulheres russas ergueram a tocha da revolução proletária e incendiaram todo o mundo. A revolução de fevereiro se iniciou a partir desse dia.”

Após o fim da Primeira Guerra mundial, em 1918, começa a ser retomado o dia da Mulher. Mas é só a partir de 1921 que o movimento de mulheres passará a celebrar o Dia Internacional da Mulher. Não que antes não fosse comemorado. Era sim. Só que não tinha uma data unitária em todo o mundo, como é hoje.

A II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, em 1910, decidiu pela realização de um dia internacional dedicado à luta das mulheres. O direito ao voto era a principal luta das mulheres em grande parte dos países no mundo naquele momento. A decisão diz o seguinte: "As mulheres socialistas de todas as nações organizarão um Dia das Mulheres específico, cujo primeiro objetivo será promover o direito de voto das mulheres."

Antes, já era realizado em alguns lugares. Em 3 de maio de 1908, a Federação dos Clubes de Mulheres Socialistas de Chicago realiza um ato pelo Dia da Mulher, num teatro da cidade. No ano seguinte aconteceu em Nova Iorque, em 28 de fevereiro. Em 1910, o Partido Socialista americano organiza, pela segunda vez, o Dia da Mulher, no último domingo de fevereiro, também em Nova Iorque. Foi assim em 1911, 1912 e 1913. Em 1914, foi comemorado em 19 de março.

Na Europa, a primeira celebração do Dia das Mulheres aconteceu em 19 de março de 1911, na Suécia, após a Conferência de Copenhagem. Na Itália começou no mesmo ano. Na França, o começo foi em 1914. Nesse ano pela primeira vez, na Alemanha, o ato é realizado em 8 de março.

Em 1921, Alexandra Kollontai propõe durante a conferência das Mulheres Comunistas, realizada, em Moscou, na URSS, que se adote o dia 8 de março como data unificada do Dia Internacional das Mulheres, em homenagem à greve das tecelãs em 1917. A partir dessa conferência, a data passa a ser espalhada como data das comemorações da luta das mulheres, em todo o mundo. Assim nasceu o 8 de Março.

Na década de 1960, as manifestações pelo Dia Internacional da Mulher ganham grandes proporções. Em 1975, a ONU; e logo depois com a Unesco, em 1977; reconhecem o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.


Referências bibliográficas


. Côté, Renée. La Journée Internationale des Femmes: Les Vrais faits et les Vrais dates des Mystérieuses Origines du 8 Mars Jusqu’ici Montréal: Les Éditions du Remue-Ménage, 1984.
. Monal, Isabel. Clara Zetkin y el Día Internacional de la Mujer. La Habana: Academia de Ciencias de Cuba, 1977.
. Vasconcelos, Naumi A. “¿Existió realmente el 8 de marzo?”. Mujeres en Acción, n° 1, (1995): 58-60.
. SOF – Sempre Viva Organização Feminista, “8 de março em busca da memória perdida”. São Paulo (2001)
. Santiago Claudia, Giannotti Vito, A origem socialista do dia da mulher. NPC-8 edição - 2016.


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