É O SANGUE DE TRINTA E SETE TRABALHADORES RURAIS, QUE FAZEM O ABRIL VERMELHO
Nossas fúnebres lembranças encontram uma sangrenta cena, no dia dezessete de abril de 1997, trinta e sete corpos de trabalhadores rurais sem terra, o massacre, não se limita, ao número, mas soma-se a estes o assassinato violento de trabalhadores e, estes assassinatos violentos não se limitam em si, na verdade ele é mesmo um "cala a boca" ainda mais violento que os próprios assassinatos.
É inegável que estes assassinatos são justificados com a criminalização da ação reinvindicatório, o problema é quem criminaliza as reivindicações, são justamente, aqueles que interpretam todos os textos religiosos, para se apoderar daquilo que os textos religiosos dizem ser de todos.
Ainda que criminalizada pela cultura, pela religião, a tal criminalização não se encerra na teoria, ela vai a prática e criminaliza todo aquele ser humano que ousa ler que na bíblia está escrito que um Deus único, "fez o mundo e o homem". A estranha limitação subverte a fé cristã ao direito Romano, que é fundamentado na posse de bens.
Para que esta interpretação continue possível, amplos setores religiosos vão atualizando pareceres religiosos em defesa de uma sociedade de consumo. Consumo com exploração potencializada dos recursos naturais.
O dezessete de abril, vermelho pelo sangue, precisa ser vermelho pela implementação da forma de pensar pelo dono do sangue derramado a mais de dois mil anos, não só para os apossadores da terra de todos, venham criminalizar que só pretende um pedaço de chão para plantar.
Adão Alves dos Santos.SP
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