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quarta-feira, 31 de maio de 2023

À Mão Esquerda * Fausto Wolff/RJ

À Mão Esquerda
Fausto Wolff

“O primeiro presidente civil, depois de vinte e um anos de ditadura militar, seria eleito pelo Congresso e assassinado lentamente num hospital. Não por ser perigoso ao sistema, pois não se conhece uma boa ação que tenha cometido em sua longa vida política, mas por pretender um pouco de autonomia. 

Seu substituto, um poeta quilômetros abaixo da linha da mediocridade, roubaria em cinco anos o equivalente ao orçamento de várias nações sul-americanas. O povo a essa altura já estaria tão alienado pela televisão e pela fome, que elegeria em seguida, pelo voto direto, um jovem psicopata, produto de laboratório como a criatura do doutor Frankenstein, que acabaria sofrendo impeachment por querer roubar mais que os seus criadores. 

O ano de 1995 encontraria à testa da Nação um sociólogo, filho de general, homem de esquerda que porém mudaria de ideia para governar com a direita para a direita, ou seja, para 5% da população. 

E isso com a conivência de uma imprensa burguesa, pós-moderna, neoliberal, combatida apenas pelas vozes isoladas de alguns velhos amigos meus.”
FAUSTO WOLLF
FOI UM JORNALISTA "DISSIDENTE". NÃO SE ALINHAVA COM O CONSENSO DE INTERESSES.
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Um comentário:

  1. Independente da ideologia do Tancredo, ele teve seu valor quando tentaram o primeiro golpe contra o Jango. E não foi radicalmente opositor quando o Jango reverteu o parlamentarismo e retornou com o presidencialismo. Qual é o pensamento de vocês sobre o chamado arcabouço fiscal que mais parece a ponte para o futuro do Temer?

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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho