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quinta-feira, 6 de julho de 2023

NAZISMO É CRIME * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

NAZISMO É CRIME
CONSULTE A LEI


ANDRÉ VALADÃO
SE DIZ PASTOR
*

*A força política e social de Bolsonaro* 
 
Por Carlos Santiago* 

     Somente a  inelegibilidade eleitoral de Jair Bolsonaro parece não enfraquecer a sua força política nem a abrangência do seu discurso, pois na semana em que o Tribunal Superior Eleitoral - TSE retirou o direito do ex-presidente de disputar eleições nos próximos oito anos, o instituto Datafolha publicou pesquisa em que 52% dos entrevistados acreditam que o Brasil corre o risco de virar comunista; 36% acham que a Ditadura trouxe coisas boas; 39% defendem que o PT não respeita a família cristã; e 65% concordam que valores religiosos e a política devem andar juntos. Esses números e outros indicadores já demonstram a necessidade do presidente Lula de focar seu governo na promoção de políticas públicas e numa gestão com ética pública para diminuir a força da agenda bolsonarista exposta na pesquisa.

        Nos últimos anos, as estratégias eleitorais e os discursos políticos do presidente Bolsonaro e de seus apoiadores envolveram (e envolvem) a defesa de um modelo “perfeito de cristã de família"; a aprovação de educação civil/militar e, em alguns casos, realizada pela própria família; a defesa do patriarcado nas relações sociais; a vedação ao casamento homoafetivo, a liberação do uso de armas como instrumento de liberdade; o combate à ideologia do comunismo, a exaltação da vida militar e  conflitos permanentes com outros Poderes da República.

       Os valores sociais usados por Bolsonaro nas estratégias eleitorais e nos discursos políticos não foram criados por ele. Nem foram utilizados somente pelo ex-presidente na história do país. No entanto, Jair Bolsonaro soube capturar esses valores  das velhas tradições do país, como o autoritarismo, o patriarcado, a violência, o elitismo e o preconceito contra índios e negros, criando na agenda popular embates sobre democracia x atos antidemocráticos, comunista x patriota, camisa vermelha x camisa verde amarela, homossexual x heterossexual, o povo de Deus x os representantes do diabo, os defensores da vacinação x os contrários as vacinas e o movimento de mulher x movimento feminismo. Até a cor da camisa da seleção brasileira era motivo de calorosos debates.

       As últimas pesquisas do Datafolha mostram a capilaridade do discurso de Bolsonaro e da tradição social brasileira, cultuadas por uma parcela significativa da população, por membros destacados de instituições de Estado, por grupos religiosos e por setores do empresariado. Por outro lado, o presidente Lula não consegue alcançar uma popularidade confortável. Sem novidades, repete alguns programas sociais exitosos, das suas gestões anteriores, mas mantém o fatiamento da máquina pública e busca conciliar com um Congresso Nacional mais conservador e com lideranças da Direita política, bem diferente das suas administrações anteriores.

      A saída para superar ou diminuir a força da retórica bolsonarista, numa sociedade de tradição social que ajuda o discurso de Bolsonaro, é o investimento e a promoção de políticas públicas, pois há uma década o Brasil não tem crescimento econômico sustentável, a educação não melhorou, o desemprego e o trabalho informal cresceram, o sistema de transporte público piorou, a segurança pública não responde mais aos desafios dos novos tempos, milhões de pessoas continuam sem casa própria e a qualidade da política e dos governantes sofrem rejeição popular. Se o atual governo não for capaz de mudar o debate político e eleitoral, não será a inelegibilidade de Bolsonaro que irá enfraquecer a narrativa dele e de seus apoiadores que já conquistaram mandatos e corações de milhões de brasileiros.

Sociólogo, Analista Político e Advogado*
AS PALAVRAS, ALÉM DE UMA ENERGIA INTRÍNSECA, ELAS CONTÉM UM CONTEÚDO PSICOLÓGICO

Após ter lido uma crítica da jornalista Léa Maria Aarão Reis, no site RED-- Rede Estação Democracia, com o titulo "Liberdade para escolher", quando concomitantemente dava uma olhada no Jornal da Manhã, da TV Bahia, o apresentador mostrou o quadro "Fato ou fake", da emissora matriz a Globo. E a jovem que apresenta o quadro é uma mestiça de cabelo crespo e bem tratado e muito simpática, como todas as demais apresentadoras afro-brasileiras de TV. E no momento em que a spresentadora "deu o recado" dela, com toda a sua competência, à priori eu logo fui remetido à máxima do sociólogo, historiador e jornalista Sérgio Buarque de Holanda, que no seu livro "Raízes Brasileiras", ele afirmou o seguinte: "A cordialidade do homem brasileiro é apenas para mascarar o seu racismo e o seu fascismo". E depois fui remetido à aos versos de uma música moderna, que a inesquecível Elza Soares gravou com a jovem cantora baiana Larissa Luz, que um dos versos diz, "que a carne mais barata do mercado é a carne negra". E pos tras das palavras que compõem esse verso/frase, está contido um forte conteúdo psicológico, cuja energia nos remete não só o racismo contido no inconsciente coletivo, que foi apontado no livro de Sérgio Buarque, bem como o machismo, que ficou enrraigado no nosso caráter coletivo brasileiro através de um processo machista, que foi construído no nosso seio familiar, em que os filhos homens eram educados para ser "tigrões" e "pegadores", enquanto as filhas mulheres eram educadas para serem como "figuras de bisquins" recatadas para o casamento com "um homem de bem". E quando uma delas dava evasão às suas pulsões sexuais, conforme as teses freudianas, antes de um casamento religioso e civíl, devido a ignorância dos pais, essas eram consideradas a "ovelha negra da família". E as pobres normalmente eram expulsas de casa, indo parar na cosinha dos ricos e da classe média, ou então nos prostíbulos das cidades médias e de grande porte. E já as filhas dos economicamente poderosos eram tancrafiadas nos conventos de freiras. E se elas tivessem engravidado, geralmente as suas crianças eram entregues na roda das casas das Santas Casas da Misericórdia, para doação. E o escritor Inglês Aldo Haxley tem um livro com o título "Demônios da Loucura", no qual o autor narra esse fato histórico, que aconteceu de fato em um convento da Europa, no passado, que ocorreu um surto de euforia de uma histeria coletiva, que aconteceu entre algumas noviças que foram para o convento, de uma forma compulsória, levadas pelos seus pais e aceita pela autocrática madre superiora do convento. J.B.Say-y+ntos =Benigno

Um comentário:

O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho