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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

CADEIA PARA TODOS OS GOLPISTAS * Marcelo Auler/247

CADEIA PARA TODOS OS GOLPISTAS

Restam 22 militares que a CPMI propôs o indiciamento por envolvimento com a tentativa de golpe. Sobre as investigações em torno deles, nada se sabe”, diz Auler.

“A Polícia Federal não é subordinada ao MPF (Ministério Público Federal), e, portanto, define suas próprias estratégias de investigação. O MP (Ministério Público) é titular da ação penal. Na investigação, manda a Polícia”;

O comentário é do diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, delegado Andrei Rodrigues, ao rebater críticas à instituição feitas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, em entrevista à Folha de S.Paulo – Trabalhei com provas, diferente da Lava Jato, diz subprocurador que denunciou 1.400 pelo 8/1.

Coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos dentro do MPF – cargo do qual se afastou com a posse de Paulo Gonet na Procuradoria Geral da República (PGR) -, coube ao subprocurador analisar e apresentar denúncias junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A crítica à Polícia Federal surgiu ao ser cobrado sobre a punição dos militares das Forças Armadas que também apoiaram o golpe e ainda não foram denunciados ou sequer indiciados criminalmente. Carlos Frederico praticamente jogou no colo da polícia a responsabilidade por essa situação:

“Nós não participamos diretamente das primeiras medidas relativas aos militares das Forças Armadas. O Ministério Público só foi notificado quando já estava tudo pronto. Como começou essa investigação das Forças Armadas? Juntaram em torno de 80 militares naquele complexo de treinamento da Polícia Federal e ouviram todos juntos. Simultaneamente. Isso traz prejuízo para a investigação”.

ANEXO

É verdade que, para punir os militares pelo 8 de Janeiro, antes precisamos saber quem são os culpados. Então, segue uma lista (tem de general a sargento), de militares INDICIADOS pelo relatório final da CPMI do Golpe, incluindo seu comandante-chefe. Seu envolvimento com os atos antidemocráticos está mais do que demonstrado.

1. Jair Messias Bolsonaro
2. Tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid
3. General Walter Souza Braga Netto
4. General Augusto Heleno Ribeiro Pereira
5. General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira
6. General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
7. Almirante Almir Garnier Santos
8. General Marco Antônio Freire Gomes
9. General da reserva Ridauto Lúcio Fernandes
10. Coronel Antônio Elcio Franco Filho
11. Sargento Luís Marcos dos Reis   
12. Coronel Jean Lawand Júnior 
DECANOS DO GOLPISMO

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