Para não esquecer Jamais
No dia de hoje em 1967, o grande e corajoso homem de consciência, Muhammad Ali-Haj, nascido Cassius Marcellus Clay Jr, se recusa a ser alistado a força no exército dos EUA e ir lutar no Vietnã. Ele explicou sua atitude perante a imprensa com uma simples frase. "Nenhum vietnamita me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?". No dia de hoje Muhammad Ali se torna um "Objetor de Consciência".
Muhammad Ali sofria de dislexia, e por sua baixa capacidade de ler e escrever já havia sido dispensado do serviço militar. Com o agravamento da Guerra no Vietnã, os EUA revisam os padrões e classificam pessoas como Ali, aptas a morrer no sudeste asiático. Quanto a sua Dislexia Ali falava. "Sempre disse que sou o Maior, não o mais esperto".
No dia de hoje Ali comparece na junta de alistamento em Houston, Texas para sua inclusão obrigatória para as Forças Armadas dos EUA. Seu nome foi chamado, mas ele se recusou a avançar. Por três vezes quando seu nome foi chamado, ele não deu um passo a frente. Um oficial avisou-o que ele estava cometendo um crime punível com cinco anos de prisão e uma multa de US$ 10.000. Mais uma vez, Ali se recusou a ceder quando seu nome foi chamado, e ele foi formalmente preso.
Por esse motivo perde os dois títulos mundiais que havia conquistado e unificado com apenas 25 anos de idade. Sua licença como desportista foi cassada por 4 anos e perdeu seu passaporte. Perdeu o auge de sua forma física como atleta, mas se tornou um ícone do movimento dos "Direitos Civis". Deu palestras em universidades e ganhou o Premio Martin Luther King em 1970. Depois de ganhar um recurso na Suprema corte dos EUA em 1971, voltou a lutar, reconquistou tudo o que perdeu e ainda manteve sua Consciência.
Na imagem Ali, no exato dia de hoje, sendo escoltado por militares, de cabeça erguida, ciente de seus atos e de suas consequências.
Um Grande Homem. Lutador nos Ringues e na Vida
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