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domingo, 21 de novembro de 2021

Se meu irmão, João Carlos Batista, estivesse vivo completaria hoje 69 anos * Pedro Cesar Batista / DF

 Se meu irmão, João Carlos Batista, estivesse vivo completaria hoje, 19/11, 69 anos.

Aos 36 ele foi assassinado, depois de ter sofrido três atentados, na quarta tentativa conseguiram calar sua voz, tirar sua vida.


Batista para muitos, Tauá para mim, teve uma vida de combate. Desde menino viveu a contradição no campo. Aos 14 anos foi vaqueiro, em uma fazenda em Paragominas, acompanhava meu pai, enquanto nossa mãe, Izaura, trabalhava na cozinha. Somente aos 21 retomou os estudos, quando nos mudamos para Belém. Fez supletivo, cursou direito e dedicou-se a defender trabalhadoras do campo e da cidade.


Batista priorizou suas origens. Atuou com firmeza na organização camponesa, concentrou-se na defesa da Reforma Agrária e no combate ao latifúndio e sua histórica violência contra mulheres e homens pobres com mãos calejadas do trabalho de sol a sol.



Foi eleito deputado estadual em 86. Em apenas 17 meses de mandato fez o que se parecia impossível: organizou milhares de trabalhadores do campo, usando com maestria revolucionária a luta organizada, a unidade do povo, a tribuna parlamentar e as brechas da lei a serviço da transformação social. 


Cedo se assumiu socialista revolucionário. Militou clandestina e publicamente. Subiu em tamboretes, fez agitação,  vendeu jornais, pichou muros, escreveu discursos e cartilhas. Conspirou e agiu. Não teve posses, nem origem em família tradicional. Foi do trecho, sem terra, sem títulos ou riquezas.


Tauá ou Batista, o mesmo homem, justo, fraterno, duro e firme, convicto e corajoso. Sabia quem era seus inimigos. Denunciou Ronaldo Caiado e todos fazendeiros que fundaram a UDR e mataram dezenas. Denunciou a burguesia. Denunciou o oportunismo e o revisionismo. Acreditou no socialismo, defendeu e organizou a Revolução. 


Hoje, 19.11, é seu natalício, estaria entre nós, fortalecendo o combate contra o fascismo e seus agentes, os mesmos que o caluniavam, atentaram contra a sua vida até conseguirem o assassinar. 


Em 6 de dezembro próximo fará 34 anos que Batista recebeu um tiro fatal.


O seu compromisso, dedicação e exemplo revolucionário seguem nos inspirando e apontando a direção, sem vacilar, nem se deixar encantar com os luxos e prebendas que a burguesa propaga e distribui.


O empoderamento divisionista, que carreiristas e oportunistas propagam para enfraquecer a luta revolucionária nega a luta revolucionária e trai os exemplos de homens e mulheres que caíram na gloriosa caminhada.


Honra eterna aos mártires da luta do povo.


Batista presente!

Viva o socialismo!


Seu exemplo revolucionário anima a caminhada.


Venceremos!

PEDRO CESAR BATISTA / DF

pedro cesar batista

MILITANTE DO CAMPO

Militante do campo

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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho