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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

FASCISMO NÃO SE DISCUTE, SE COMBATE! * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

FASCISMO NÃO SE DISCUTE, SE COMBATE!
O ANALFABETO POLÍTICO
-ROLANDO BOLDRIN-
BERTOLT BRECHT
.
AVA SANTIAGO
*
DE ONDE?

De onde vem tanta loucura?
De onde vem tanta brutalidade?
De onde vem esse fanatismo?
De onde vem tanta maldade?
De onde vem a ignorância?
De onde vem a estupidez?
De onde vem tanto ódio?
De onde vem a insensatez?
De onde vem a irracionalidade?
De onde vem a cegueira?
De onde vem a falta de leitura?
De onde vem a corrosão do caráter?
De onde vem o gosto pela violência?
De onde vem tanto preconceito?
De onde vem a agressividade?
De onde vem a desinformação?
De onde vem tantas mentiras?
De onde vem o negacionismo?
De onde vem a burrice?
De onde vem a opressão?
De onde vem a indiferença?
De onde vem a falta de compaixão?
De onde vem a ausência de empatia?
De onde vem a escuridão?
De onde vem tanto individualismo?
De onde vem a discriminação?
De onde vem o gosto pelas armas?
De onde vem a explosão?
De onde vem o Estado Mínimo?
De onde vem a privatização?
De onde vem esse medo do comunismo?
De onde vem a repressão?
Vem do avanço do fascismo,
Vem da ausência de punição.
Vem do neoliberalismo,
Vem da nossa omissão.

Wladimir Tadeu Baptista Soares
Cambuci/Niterói - RJ
Nordestino
17/11/2024
04:47h
NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.

Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.

# Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada. #

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça 
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela goela do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a democracia
se digne a aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós  que marcham os soldados.

E por temor eu me calo,
por temos aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA! "

EDUARDO ALVES DA COSTA-SP
CUIDADO COM GENTE DISSIMULADA...
*

LUTA DE CLASSE! 


2022 passou

Bolsonaro se foi

Ficou o estrago feito 

Para os brasileiros arcar! ...


Na luta de classe

É com a mais valia arrancada

Dos trabalhadores

Que os empresários enricam...


Os empresários malignos

Procuram desarticular

Atacando os ativistas

Organizados na bose...


O Bolsonaro inimigo

Da classe trabalhadora

Procurou atacar os sindicatos

Apoiando os exploradores...


Esse tipo de ataque

Não pode ser permitido.

A classe operária,

De imediato, tem que reagir! ...


Organizando grupos

Conscientizando os operários

Da importância de se fazer

A revolução socialista...


Assim se libertando

Da exploração selvagem

Das classes dominantes

Que sugam os operários...


São Luís – MA – 31 de Dezembro de 2022

José Ernesto Dias/MA


Era assim os governos militares, 
claro que quem MANDAVA mesmo era o governo ESTADUNIDENSE!

Não existia Educação
Não existia assistência social
Não existia assistência previdenciária
Não existia merenda escolar
Não existia direito algum
Não existia garantias legais
Não existia humanismo
O que tinha era muita fome
O que tinha era muita miséria
O que tinha era muita desgraça
Só imbecis quem defende
AFONSO ROMANO DE SANT'ANNA/MG
*

Luta de Classes no Brasil


Do fundo da história, das lutas ancestrais

Das raízes dos povos, das mãos do trabalhador

Ergue-se a epopeia da luta de classes no Brasil

Que com bravura e resistência, segue em busca do seu valor


No engenho, nas minas, nas plantações de café

A escravidão marcou a pele e a alma dos que aqui vieram

A resistência negra foi a semente da rebelião

Que germinou nos corações dos que se organizaram e não desistiram


Dos canaviais aos grandes centros urbanos

A exploração não conheceu fronteiras

A burguesia nasceu no ventre do latifúndio

E ergueu-se sobre os ombros da classe operária brasileira


No palco da história, os trabalhadores se uniram

Formaram sindicatos, partidos e centrais

Construíram a luta de classes em cada rincão do país

E resistiram bravamente, mesmo diante de duros sinais


No campo e na cidade, a classe operária se ergueu

E enfrentou com coragem os opressores do capital

Lutou pelos seus direitos, pela terra e pela educação

E avançou com firmeza, em busca da sua libertação


Hoje, ainda há muito a conquistar

Mas a luta continua, e a classe operária está de pé

Pois a história é feita pelas mãos daqueles que lutam

E o Brasil será dos trabalhadores, daqui pra frente e até o amanhã que virá. 


-Jornal Aurora Popular-

Extrema direita recruta para novos ataques e crianças de 10 anos já estão em comunidades de ódio,
diz antropóloga.»
Isabela Kalil /isabelakalil.com

O STF na noite de quarta (13/11) – Sergio Lima/Poder360

Para Isabela Kalil, do Observatório da Extrema Direita, “novos ataques à praça dos Três Poderes“ dependerão “da resposta que vamos dar a esses ataques”, pois “o atentado de anteontem tem duas consequências: o efeito de repetição, de outras pessoas quererem fazer coisas parecidas, e o de contágio”

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A antropóloga Isabela Kalil, do Observatório da Extrema Direita, afirma que o atentado na praça dos Três Poderes está ligado ao 8 de Janeiro e ressalta a necessidade de o governo responder de forma eficaz aos ataques motivados por discursos de ódio, para evitar que eles se repitam.

“[Wanderley Luiz] não é um lobo solitário“, diz a especialista. A extrema direita estaria, segundo ela, recrutando cada vez mais pessoas, sobretudo homens e até mesmo crianças. “A parte do recrutamento começa muito cedo“, afirmou, conforme transcrição no UOL, em matéria deste sábado (16/11).

A especialista explica que o incentivo da extrema direita a ataques como o que aconteceu na praça dos Três Poderes começa em ambiente virtual. “Mas não se dá apenas pela internet. Agora temos eventos, mobilizações de massa, como manifestações. É mais complexo“, diz.

“Crianças de 10 anos já estão nessas comunidades de ódio. Em camadas iniciais de recrutamento, essas pessoas não sabem que parte do grupo exerce ataques motivados por ódio a determinados grupos sociais. Há uma espécie de contentamento em ver ataques violentos contra esses grupos. São grupos misóginos, que pregam o ódio às mulheres, compartilham imagens de crimes, inclusive de mortes de mulheres. Outro tipo de grupo que é muito comum é os de supremacistas brancos“, afirmou Isabela Kalil.

A pesquisadora Kalil destaca que grupos extremistas melhoraram suas estratégias de recrutamento masculino, incentivando esses homens a ressignificarem suas vidas por meio da sensação de pertencimento.

“A pessoa entra em contato com um determinado grupo, onde é exposta a conteúdos também extremistas. À medida que essas pessoas participam de grupos cada vez mais restritos, um integrante que não era violento, tinha uma vida pacata, de repente se envolve em atos tão extremos. No caso das crianças, esse recrutamento pode ser feito por vídeos de heróis, pela cultura pop, pelo entretenimento, pela música e até mesmo por grupos que debatem videogames. Ninguém diz ‘vai lá e solta uma bomba’, mas diz ‘assista a este vídeo’, ‘participe de tal canal’. Esse recrutamento é passivo“, disse Kalil.

Kalil diz que, então, essa pessoa se tornará membro daquela comunidade, buscando mais conteúdos sobre aquilo. “Passa a ter senso de pertencimento com aquele grupo e vincular o seu propósito de vida a esse pertencimento“, explica. “No caso de anteontem [das bombas na praça dos Três Poderes], me chamou bastante atenção que ele estava com uma vestimenta [que fazia alusão ao Coringa]. Ele se produziu para ser visto e fotografado. Essas pessoas se vestem para prestar contas para a sua comunidade. Ele está ali para dizer ‘eu fiz’“, dia a antropóloga.

Kalil afirma acreditar que, mesmo que essas pessoas façam ataques isolados, elas fazem parte da mesma comunidade de ódio ou da mesma comunidade extremista. “A ideia de lobo solitário, de alguém que não participa de uma comunidade ou agenda específica e acaba tomando uma atitude totalmente individual, foi usada para explicar determinados atentados e dizer que são casos isolados“, afirma. Mas, segundo ela, há um padrão.

“Existe repetição, como nas escolas, de que o mês de abril é geralmente escolhido e é um período crítico, porque é quando acontece o aniversário de Hitler. Alguns atos parecem inofensivos, mas foram preparatórios para o 8 de Janeiro. Depois, o próprio 8 de Janeiro, e agora essas explosões, que são como uma performance do 8 de Janeiro. As motociatas são alguns desses atos preparatórios onde circulam mensagens disruptivas, falas como a do [ex-presidente Jair] Bolsonaro dizendo que não aceitaria decisões judiciais ou não usaria máscara — não são falas normais. Ele está ali comunicando que não respeita decisões judiciais, mesmo sendo chefe de Estado“, afirma a pesquisadora.

Os extremistas não confiam no Estado e, ao praticarem atos violentos como as explosões na praça dos Três Poderes, ignoram as punições, representando um desafio para o governo.

“As pessoas são punidas pelo que elas fazem, mas muitos desses atos violentos resultam na morte dessas pessoas. Elas não estão mais preocupadas se vão para a prisão ou algo do tipo. A camada que precisa ser debatida é a prevenção. A gente só consegue prevenir se a pessoa ainda estiver sendo recrutada. A partir daí, fica muito complicado“, diz Kalil.

Kalil afirma que, dentro desses recrutamentos, é mais comum a presença de homens. Eles geralmente estão em muitos grupos diferentes. Misóginos, de golpe de Estado, comunidades que se mantêm presentes em diferentes plataformas. Por exemplo: uma comunidade contra o STF é algo comum e bem amplo. “No caso brasileiro, a extrema direita tem repulsa com a constituição de 1988. A extrema direita adota como alvo a constituição de 1988 e, inclusive, as instituições“, afirma.

Questionada sobre a probabilidade de novos ataques ao Estado brasileiro, Kalil diz que, “infelizmente, [essa] tende a ser uma preocupação” e que “se houver uma resposta de prevenção, os ataques tendem a diminuir. Precisamos investir em inteligência e prevenção, para que esses ataques estejam sob controle“.

“Teremos novos ataques à praça dos Três Poderes? Depende da resposta que vamos dar a esses ataques. O atentado de anteontem tem duas consequências: o efeito de repetição, de outras pessoas quererem fazer coisas parecidas, e o de contágio. Se alguém achava que o 8 de Janeiro era uma coisa isolada, foi um equívoco. O risco está aumentando“, afirmou a pesquisadora do Observatório da Extrema Direita, Isabela Kalil.

Ao ler a matéria, o advogado Luiz Carlos da Rocha afirmou que “esse recrutamento claro, flagrante, como foi o caso do homem bomba, exige a regulamentação das redes e rigor no cumprimento das penas dos condenados do 8.1“.

    Esse recrutamento claro, flagrante, como foi o caso do homem bomba, exige a regulamentação das redes e rigor no cumprimento das penas dos condenados do 8.1.
    https://t.co/IB3ByW4dpV
    — Luiz Carlos da Rocha ADVOGADO (@rocha_lcr) November 16, 2024
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