terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

O "NÃO" DE ROSA PARKS * Adão Alves dos Santos / SP

 O NÃO DE ROSA PARKS

(CRÔNICAS PARA DESEMBURRECER TOMO DCLII)


Nascida no dia 04/02/1921, e falecida já neste século, Rosa Parks, proferiu um sonoro não no ano de 1955, quando abordada por um homem branco, dentro de um ônibus na cidade de Monterrey, Alabama, estado do sul do USA, portanto segregacionista, claro havia não só em Monterrey, uma lei que destinava os assentos do ônibus para os brancos, os negros! Obviamente este (NÃO), prenunciou diversas manifestações de apoio e repressão policial que vitimou negros, mas como sempre são o defensores das elites que se sentem vítimas.


Aqueles que são "contra", tumultos ainda acusam a Rosa Parks, pela ebulições, de concreto é que a absurda lei segregacionista foi abolida. Deveríamos eu sei ter escrito esta crônica ontem, mas algumas ideias não estavam maduras, pois nossa pergunta sempre deve ser o simples "NÃO", é o suficiente ou há a clara e evidente necessidade da qualidade deste não.


Houveram diversos nãos no Brasil a menos de um década, que trouxeram muitos prejuízos e nenhum lucro. O país deixou de ser a sexta economia do mundo, há mais de 630.000 mortes por uma pandemia e o despresidente brinca de misoginia e o conservadorismo religioso aplaude.


Ainda que o primeiro não desta série, esteja completando apenas nove anos, a propalada falta de memória dos brasileiros, diz que devo relembrar, os R$0,20 do aumento das passagens dia ônibus urbanos, houve quebra-quebra, depois deles muitos outros aumento destas tarifas. No ano seguinte, diversos outros nãos, todos fundamentados nos interesses das elites e não do povo, ou da nação, começou com o não vai ter copa, passou pelas reclamações do custo da gasolina a R$2,70, nos dias atuais chega a custar R$8,00 em algumas cidades do Brasil e subindo.


Infelizmente esta série de nãos radicalmente oposto ao não de Rosa Parks, tem o não chororô do Aécin, que culminou com o golpe de estado.


Quando lembramos do NÃO, de Rosa Parks, estamos lembrando quase instintivamente na necessidade de freirenear a capacidade de ler a realidade, já que há uma clara a manifesta qualidade dos nãos que dissemos, podemos dizer nosso NÃO, como o de Rosa Parks, que foi um não para superar uma lei injusta, o "berrar" o não do Aécin, que foi o não que culminou com a eleição de um proto-fascista.


Adão Alves dos Santos / SP

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