BASES PARA LA UNIDAD EN LUCHA DE NUESTRA AMÉRICA
O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho, ele não morre de morte natural. Precisamos aliar o antifascismo e o antimperialismo ao internacionalismo proletário, e assim somar forças para construir o socialismo. Faça a sua parte. A FRENTE REVOLUCIONARIA DOS TRABALHADORES-FRT, busca unir os trabalhadores em toda sua diversidade, e formar o mais forte Movimento Popular Revolucionário em defesa de todos e construir a Sociedade dos Trabalhadores - a SOCIEDADE COMUNISTA!
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Bases Para la Unidad en Lucha de Nuestra América * Alba Movimentos
CUBA DIGNA E SOBERANA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores /FRT
domingo, 30 de outubro de 2022
CIRCULAR URGENTE * PCOA
ELITE PAPA-GOIABA * João Batista Damasceno - RJ
ELITE PAPA-GOIABA
Alunos de medicina, motoboys e orçamento secreto
João Batista Damasceno
22 de outubro de 2022
-Com certeza, estes não são delinquentes-
*
O grito dos alunos da Universidade Iguaçu (Unig) nos Jogos Universitários de Medicina, em Vassouras, ecoou por todo o país e causou asco em quem tem decência e humanidade. Provocando a torcida adversária cantavam: “Sou playboy, não tenho culpa se seu pai é motoboy”.
Expressaram os conflitos de classe que se aguçam no presente momento e, sem pudor, exercitaram a aporofobia comum na classe média que sobrevive com subvenções estatais, soldos e pensões, notadamente as devidas a filhas solteiras de militares. Aporofobia é termo que designa aversão, medo e desprezo pelos pobres, contra o que luta o padre Júlio Lancellotti.
A Unig é a instituição decorrente da transformação da Sociedade de Ensino Superior de Nova Iguaçu (Sesni), criada durante a ditadura empresarial-militar com subvenções públicas. Para sua criação até a biblioteca do Fórum de Nova Iguaçu foi cedida, por meio de um convênio, ao empreendedor Fábio Raunheitti. Sua criação ampliou o prestígio e poder político do clã, que já contava com um representante no Congresso Nacional, o deputado federal Darcílio Ayres.
Com o falecimento do deputado, irmão do fundador da Unig, este o sucedeu até que foi cassado em decorrência da CPI dos Anões do Orçamento em 1994. Mas outros familiares usando sobrenomes distintos assumiram o espólio político e alguns também tiveram problemas com a justiça criminal.
A aporofobia também se registrou nos anos 1970, década na qual se originou a Unig. Por razões não políticas um outro membro da família protagonizou um dos maiores casos de injustiça do Brasil contra uma pessoa pobre. Foi o Caso Nora Ney. A empregada doméstica da família foi acusada indevidamente de crime de homicídio da ‘patroa’, quando na verdade se tratou de feminicídio. Foi libertada da prisão injusta graças à redemocratização do país.
A ditadura fez mais que cercear as liberdades públicas. Também encarcerou pobres para encobrir crimes de ricos. Em nossa história, verbas públicas sempre foram direcionadas para instituições particulares a pretexto de colaboração com o poder público. Na Primeira República, o compromisso entre chefetes locais e poder central, envolvendo verbas públicas, se chamou coronelismo.
A Revolução de 30 rompeu com este pacto antirrepublicano e as verbas que antes iam para ‘colaboradores educacionais’ foram empregadas diretamente pelo Estado. Na Baixada Fluminense foram construídos o Instituto de Educação e a Universidade Federal Rural.
O compromisso espúrio entre poder central e poder local cessou com Getúlio Vargas, mas foi retomado posteriormente. Na Assembleia Nacional Constituinte de 1986 o deputado Roberto Cardoso Alves, fundador do Centrão, disse ao então presidente José Sarney que “é dando que se recebe”. Tentando romper com o toma-lá-dá-cá, a presidenta Dilma não conseguiu 172 votos a seu favor dentre os 513 deputados federais que autorizaram seu processo de impeachment.
A desorganização dos serviços públicos sempre favoreceu a ampliação dos poderes locais. Na Primeira República, com verbas federais e prestação de favores, os coronéis mantiveram o prestígio local, mas debelaram a cidadania. Os cargos públicos somente eram acessados pelos apaniguados, sem estabilidade, e os serviços públicos, inclusive o acesso à Justiça, eram prestados como se fossem um favor. O direito à Saúde era prestado como caridade a quem merecia, segundo critérios obscuros.
A Revolução de 30 instituiu concurso para os cargos públicos, profissionalizou os servidores, deixou de remeter verbas para entidades “beneficentes” antes tratadas como colaboradoras com o poder público, prestou diretamente pelo Estado os serviços públicos, instituiu o serviço de Saúde para os trabalhadores formais, o que foi ampliado para todos em 1988 com a criação do SUS, instituiu o voto secreto e o presidente Vargas passou a se comunicar diretamente com os cidadãos dos rincões distantes graças ao advento do rádio.
A CPI dos Anões do Orçamento somente pode detectar o desvio de verbas para subvencionar instituições privadas, porque o orçamento não era secreto, que se caracteriza por envio de verba, sem destinação específica, para as bases locais visando a gasto no que aprouver ao recebedor. Já foram consumidos bilhões de reais.
No presente momento, mesmo com a possibilidade de comunicação direta com a sociedade, com formação de redes sociais, por meio das novas mídias, não se tem buscado fortalecer a cidadania. Ao contrário, tramita no Congresso Nacional a PEC 32 que destruirá o serviço público, o entregará aos padrinhos políticos, empresas terceirizadas farão o recrutamento de pessoas, precarizará o que precisa de investimento, formação e profissionalização, bem como enriquecerá aqueles que a pretexto de colaborar com o poder público se apropriarão das subvenções estatais. E tudo sem possibilidade de controle, por causa do orçamento secreto.
Se sabemos que a Unig surgiu a partir de subvenções estatais e seu instituir foi cassado em decorrência da CPI dos Anões do Orçamento foi porque este não era secreto. Se Nora Ney foi libertada, foi graças aos novos ares que sopraram em favor da liberdade que a ditadura empresarial-militar tentou sufocar.
FONTES
http://resistencialirica.blogspot.com/2022/10/alunos-de-medicina-motoboys-e-orcamento.html?m=1
sábado, 29 de outubro de 2022
FASCISMO E MILÍCIAS * Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior - SP
FASCISMO E MILÍCIAS
Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior,
assistente doutor da PUC-SP.
A serpente saiu do ovo e o fascismo se implantou pelo silêncio de muitos.
*
CARLA ZAMBELLI
ISSO É O BOLSONARISMO! É ROBERTO JEFFERSON E CARLA ZAMBELLI!
Quando Afanásio Jazadji pedia, anos atrás, na rádio, aos seus ouvintes para que atacassem o cardeal Arns, muitos apoiaram chamando o então arcebispo de defensor de bandidos.
Quando Gil Gomes, Ratinho, Datena em programas de rádio e TV, como Cidade Alerta, Aqui e Agora, Jovem Pan inocularam, por anos, o veneno nas mentes e corações, houve indiferentismo e inércia.
Quando prenderam os democratas e alguns padres e pastores por defender os Sem-Terra, mulheres, indígenas e LGBTQIA+, muitos cristãos fingiram não ouvir o clamor dos mortos e violentados diariamente. Passaram ao largo sem ver o irmão caído. Não quiseram ser samaritanos.
Quando grupos de ultradireita como a TFP, Arautos e parte dos carismáticos e pentecostais, transformaram a religião em mercadoria, falsificando o Evangelho, e calando a profecia, muita gente achou normal.
Quando alguns padres postaram fotos com armas nas mãos, seus superiores e bispos nada fizeram. Quando o arcebispo de Aparecida defendeu a mensagem da paz contra as armas, alguns católicos enfurecidos e heréticos foram ao santuário da Mãe Aparecida atacar a sua pessoa e vilipendiar o espaço sagrado.
Cometeram crime pior do que o que diziam combater. Gritaram tanto contra o aborto e ao fim e ao cabo abortaram seus cérebros para pensar com lucidez. Se tornam marionetes manipulados pelo poder criminoso das milícias, da ultradireita semeando discórdia. Transformam um homem em mito e desprezam a realidade dos atos que esse mesmo governante pratica contra o povo diariamente.
Gritam por paz, mas carregam pedras nas mãos. Falam de patriotismo, mas ofendem nordestinos ou vozes dissonantes. Usam redes como a de whatsapp e tiktok para espalhar cizânia. Falam de Deus, mas tem corações de pedra. Dizem ser brasileiros democratas, mas gritam xenofobia e aporofobia em suas marchas e cartazes. São cegos morais e analfabetos políticos.
A cada dia buscam um bode expiatório para esconder ressentimentos e fracassos. Exigem mudanças, mas vivem mergulhados em mentiras e falácias. Não estudam a história e repetem os erros do passado. Gritam contra o comunismo acabando por ser parteiros do fascismo. Nem os seus próprios filhos ou sobrinhos aguentam mais ouví-los. Bolsonaristas se tornaram pessoas insuportáveis, sempre mais fanáticas e fundamentalistas. Cegos conduzindo cegos. Ai de quem quiser furar a bolha e tirá-los de sua alienação grotesca: será amaldiçoado.
O fascismo penetrou vagarosamente como uma bactéria mortal, a vida dos pobres e adestrou mentes para dividir e semear o joio nas igrejas e entre as famílias. Quando apresentaram em horário nobre, tantos programas tipo BBB, milhões votaram em favor da intolerância e da imoralidade durante semanas de terror e desprezo das pessoas confinadas. Quando os senhores da UDR compraram seus cargos como governadores, senadores e deputados, houve silêncio e medo.
Quando os seguidores de Jânio Quadros com seu populismo rasteiro se metamorfosearam para o malufismo, muitos o aplaudiram, especialmente dentro da classe média paulista. Quando esses malufistas assumiram o bolsonarismo fascista com apoio de juízes e promotores corruptos o povo manipulado se vestiu de verde e amarelo em atos fanáticos. Passados 40 anos do fim da ditadura militar (1985) observamos os aparelhos de Estado (governo, parlamento e judiciário) comandados em muitos Estados por milicianos. O número de cúmplices é imenso. O Centrão comanda a corrupção por dentro da máquina estatal com um criminoso orçamento secreto, usando dinheiro público em emendas secretas, enquanto 30 milhões passam fome e seguem sem vacinas básicas.
Uma pergunta não quer calar:
Quando o povo vai despertar da hibernação e sair para as ruas pedindo por justiça e paz? Quando Catilina, veremos a primavera brotar tal qual um ipê amarelo anunciando tempos democráticos? Quando vai chover justiça? Quando vai brotar paz? Quando pastores e padres deixarão de pregar pedindo dinheiro e irão defender os pobres? Quando ouviremos a voz de Deus e não do dinheiro, do capital e dos banqueiros? Quando o povo voltará a ser povo? Haverá Brasil em 2023? Há esperança? Onde foram morar a felicidade e a serenidade?
Queremos vida e paz!
Precisamos semear trigo para comer o pão da justiça e do amor. É hora de gritar e clamar. Não é momento para calar diante da dor. Se nós calarmos, as pedras gritarão!
...
ROBERTO JEFERSON
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
UM FASCISTA TUPINIQUIM * Pedro Cesar Batista - DF
UM FASCISTA TUPINIQUIM
Mais um dia começaria. Ele tinha programado outro discurso, falaria com convicção, a mesma de sempre. Antes de chegar ao plenário, encontrou no Salão Verde a deputada Maria Rosário. Partiu para cima dela aos gritos:
- “Não te estupro porque você é feia, você não merece”.
Muitas pessoas acompanharam a ofensa. Ele foi além, a empurrou, ameaçava estapeá-la. Continuou o seu caminho, seguiu sorrindo, como se nada tivesse acontecido.
- “Teria que ter matado 30 mil, mataram pouco”, costumava falara em coletivas de imprensa lembrando a ditadura militar de 1964. Abertamente defendia que deveriam ter matado mais, - mataram pouco, afirmava sempre. Seus filhos, desde criança foram educados com essa ideia, que era preciso matar quem fosse de esquerda.
Durante a campanha eleitoral para presidente do Brasil, em um comício no Estado do Acre, pegou um suporte de microfone, imitou uma metralhadora e falou ao microfone: “Vamos fuzilar a petralhada”. A sua assistência gritava como cães raivosos.
Na Tribuna, com muito orgulho, afirmou “fui o único deputado a votar contra os direitos das empregadas domésticas”, reafirmou o que tinha dito antes, que “não empregaria mulheres com o mesmo salário”, o homem deve ganhar, pois não engravida e não precisa se afastar do trabalho por não ficar gestante, merece um salário maior.
Veio a pandemia da Covid-19, governantes em todo o mundo, orientados por pesquisadores e a Organização Mundial da Saúde deram orientações para salvar vidas. No Brasil, milhares de pessoas morriam diariamente e ele repetia: “Não sou coveiro, todos vão morrer, só os mais fortes viverão”. Ao mesmo tempo, levantava em frente à sede da residência oficial, o Palácio da Alvorada, uma caixa de ivermectina, como um troféu. Seus seguidores, sem usar máscaras, nem fazer o distanciamento, gritavam ao vê-lo levantar o remédio para matar piolhos, incentivando todos a fazerem o “tratamento preventivo”. As Forças Armadas definiram um protocolo médico, orientou os militares a tomarem o mata piolho e a cloroquina. As mortes passavam de 4 mil por dia e ele negando a pandemia, afirmava que a vacina contra a covid-19 “faria a pessoa virar jacaré”, “ficar gay”, “causar aids”. “Só se eu compra vacina na casa de sua mãe”, respondia aos que pediam vacina. Enquanto isso, durante suas lives, imitava um doente sem ar: “cof, cof, cof”.
Certa vez, ainda deputado, durante visita a um centro israelita, no Rio de Janeiro, contou uma visita que fez a um quilombo. A seleta plateia de judeus ricos escutou: “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Nem para procriador ele serve mais", mostrando seu desprezo pelo povo negro.
“Parabéns à polícia civil do Rio de Janeiro” disse, em nome da Presidência da República, em nota oficial, logo após uma incursão da policial civil carioca, acompanhada de policiais rodoviários federais à Favela do Jacarezinho, que deixou 28 pessoas mortas. Todos negros e pobres, fuzilados na cabeça.
Em rodas de admiradores dizia que se “o filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento”, informando como combatia a orientação sexual das pessoas LGBT. “Eu sou imbrochável”, bradou durante o ato em comemoração ao bicentenário da independência, na Esplanada dos Ministérios, na Capital Federal, sendo repetido em coro por uma multidão vestida com a camisa da seleção de futebol do Brasil: “imbrochável, imbrochável, imbrochável”.
Mais uma vez, disputava uma eleição, candidato à reeleição para a Presidência da República, “nunca teve um governo tão honesto como o meu”, afirmava, sem esquecer sua máxima “Eu sonego tudo que for possível”, falava sorrindo sobre o pagamento de impostos, ao mesmo tempo que tinha decretado sigilo de 100 anos sobre seus gastos no cartão coorporativo. Sem esquecer que certa vez, perguntado sobre por que pegava o auxílio moradia da Câmara dos Deputados se possuía residência em Brasília, respondeu: para comer gente”. Sempre se assumiu como desonesto, nunca escondeu.
O que assustava quem ouvia estes discursos era que ele tinha muitos seguidores, os quais gritavam “mito, mito, mito”, por onde ele passava, depois de finalizar seu discurso com o bordão “Brasil acima de todos, Deus acima de tudo”, ao mesmo tempo que animava seus apoiadores a se armarem, “vamos armar todo mundo”, “as minorias terão que aceitar ou serão expulsas do Brasil”.
O imbrochável animava a massa ignara quando contava que “pintou um clima com umas 3 ou 4 meninas de 14 e 15 anos”. “Nossa bandeira nunca será vermelha”, destacava sempre que destruía algum patrimônio nacional. “Eu vim para destruir”, ele disse, assim que assumiu a presidência, durante ato em Washington, ao lado de Donald Trump e fora aplaudido.
Pedro César Batista.DF
UM ALERTA NECESSÁRIO * Julio Santos - RJ
UM ALERTA NECESSÁRIO
Há muito tempo não se vive uma eleição tão tensa quanto essa. A tensão é dada pela importância que a eleição representa e, ao mesmo tempo, ajuda a dar a eleição a importância que ela tem.
A medida que nos aproximamos do dia 30, aumenta a tensão. Ela se materializa nas milhares de publicações e postagens nas redes sociais que não se dão apenas por uma disputa com o campo oposto para ver quem chega primeiro e com mais força aos algoritmos que catapultam as mensagens para os melhores lugares da rede.
Grande parte das publicações e compartilhamentos espelham acima de tudo a tensão. O desejo desenfreado de convencer “mais alguém” com aquela mensagem que consideramos da hora e que achamos que podemos multiplicá-la até chegar aos rincões indecisos ou aos votos frouxos no outro candidato.
Liga-se a TV ou o rádio, vasculha-se a rede, consulta-se a mídia on line, olha-se o WApp, anseia-se pela próxima pesquisa, cria-se e compartilha-se mensagens em postagens e publicações, convivendo-se com o vai-e-vem das tensões.
O povo brasileiro, já completamente mexido pelo comportamento leviano e desleixado do presidente da república (e da maioria dos governos estaduais e municipais) durante a fase aguda da pandemia não merecia esse novo período de tensionamento.
No entanto, há uma variável positiva nesse tensionamento. Ele não é um tensionamento paralisante. Além de tomar as redes, ele também tomou as ruas.
Depois que o PT corrigiu seu próprio erro de limitar a campanha às redes sociais e à superestrutura, centenas de milhares de pessoas já tomaram as ruas de todo o Brasil em atos, passeatas, comícios e panfletagens. Essa retomada das ruas, num movimento objetivo pelo “Fora Bolsonaro”, dá ao tensionamento dessa reta final um canal privilegiado para soltar a voz no grito lancinante contra a perspectiva fascista que a candidatura Bolsonaro encarna, mas também na conversa suave e explicativa com cada pessoa comum sobre os perigos que rondam o Brasil e ameaçam principalmente os trabalhadores, a juventude e os mais pobres. Essa dinâmica não pode parar até o dia 30 de outubro.
Toda essa tensão e a perspectiva de possibilidade de vitória sobre o bolsonarismo, da qual nossa ação direta possa contribuir, nos anima e realimenta e fortalece o sentimento de confiança na unidade para lutar e vencer e, ao mesmo tempo que pode representar um grande avanço subjetivo (se de fato derrotarmos eleitoralmente o bolsonarismo) para as lutas que virão sob o provável governo Lula / Alckmin, também nos expões de imediato a um grande perigo: o perigo de nos acostumarmos e alimentarmos expectativas no governo de Frente Ampla, de conciliação de classes, que Lula / Alckmin representam.
É extremamente necessário que depois do dia 30 de outubro, sem deixar de manter o alerta, por um só instante, contra as tentativas de criar um terceiro turno que o bolsonarismo está articulando desde já e com isso semear o terreno do golpismo mais uma vez, repito, sem desligar o sinal de alerta, devemos retomar as discussões sobre o caráter burguês do futuro provável governo Lula / Alckmin e sobre as tarefas dos trabalhadores e de sua vanguarda lutadora e/ou revolucionária. Coloca-se na ordem do dia, a construção de uma pauta de reivindicações que contemple, por exemplo, a revogação da reforma trabalhista, um plano de obras públicas nas áreas sociais (saneamento, urbanização das áreas de periferia e favelas, construção de escolas e hospitais, etc), recomposição do salário mínimo, suspensão do pagamento e auditagem da dívida interna, não às privatizações e à reforma administrativa, imposto progressivo com taxação exclusiva das grandes fortunas, reforma agrária e reforma urbana, Conselhos Populares, etc.
Da mesma forma, urge que se aponte um Encontro Nacional (o mais amplo possível) de trabalhadores, estudantes, povos originários e movimento popular para discutir e votar essa pauta, considerando todo o retrocesso desses quatro anos de governo da extrema direita, e um calendário de lutas e discussões.
É bem provável que uma parte significativa da frente que ora se construiu para derrotar eleitoralmente Bolsonaro e infligir um golpe no bolsonarismo argumente que temos que dar um tempo para o novo governo arrumar a casa. A isso responderemos que esse não é um governo dos trabalhadores e do povo pobre explorado e oprimido. Esse é um governo que os trabalhadores e o povo pobre explorado e oprimido usou para derrotar Bolsonaro e golpear o bolsonarismo.
Defenderemos esse governo eleito contra qualquer tentativa de ataque fascista para derrubá-lo, nos colocando no mesmo campo de combate contra golpes, pushs, quarteladas ou miliciadas. Mas não podemos abrir mão da luta independente, com nossos próprios métodos de mobilizações, greves, piquetes, comitês, etc, para alcançar a pauta de reivindicações discutida e votada.
Não podemos abrir mão um milímetro sequer de nossa organização e de nossa mobilização independentes. Aqueles lutadores e/ou revolucionários mais conscientes, assim como aqueles intelectuais que conhecem mais aprofundadamente a história das lutas e da contrarrevolução na Alemanha, na França e na Espanha, nas décadas de 20 e 30 do século passado, e da China, na década de 20, devem ajudar a esclarecer pacientemente aqueles lutadores e/ou revolucionários honestos que manifestem dúvidas ou apego à “grande” unidade para barrar a ascensão do fascismo.
As grandes lutas virão. Virão por uma questão objetiva do capitalismo mundial em sua fase de crise estrutural (Ver István Mészáros – A Crise Estrutural do Capital, Editora Boitempo). A necessidade incessante de acumulação/reacumulação de capitais que permita reinvestimentos incessantes (razão de ser do capitalismo) obriga a um aumento ininterrupto da massa de mais valia mundial. Isso significa um processo crescente de ataques aos trabalhadores e ao povo explorado e oprimido, assim como à natureza, numa busca sem limites para aumentar a produtividade.
Afora todas as contradições implícitas nesse movimento cruel, anárquico e ilusório, os espaços de concessões se reduzem vertiginosamente e, cada vez mais, qualquer pequena conquista só virá com grandes lutas.
O governo Lula / Alckmin, que hoje trabalhamos decididamente para eleger, será um governo de administração do Estado burguês e terá que lidar com essa crise e com esse movimento dos capitais internacionais e nacionais para ir driblando a crise no dia-a-dia: de um lado às custas das condições de vida dos trabalhadores, das esperanças da juventude e da mínima dignidade existencial do povo explorado e oprimido e, do outro, às custas do equilíbrio e da sustentabilidade do planeta Terra, alvo moribundo da ganância dos capitais imperialistas por sugar suas riquezas maturais visando o aumento intermitente da produtividade.
Por isso é correto dizer que não há saída definitiva para a crise que não passe pela construção de um outro Estado que surja da ruptura revolucionária e consciente com o capitalismo e da construção de uma sociedade sobre novas bases econômicas, sociais, democráticas, ambientais, culturais e políticas. Insisto, reprisando um trecho de artigo publicado antes do primeiro turno: a revolução é um processo sistêmico não um fato social apenas. O momento da ruptura sistêmica do Estado burguês não pode ser visto cartesianamente apenas como um ato planejado harmonicamente, mas como o movimento cumulativo, caótico e dialético de múltiplas forças em múltiplos terrenos da vida política, social e cultural. As forças revolucionárias são parte desse processo que podem, num determinado momento, ganhar sua direção: seja sob a forma clássica de partido revolucionário, seja sob novas formas configuradas pelos anos de experiência de luta e organização do proletariado mundial. Se ganhamos a direção, podemos avançar em direção à um novo estado e a uma nova sociedade que, ao mesmo tempo que libere as forças produtivas nacionais, melhorando as condições de vida da sociedade, se coloque a serviço da cooperação com o povo trabalhador, explorado e oprimido de todo o mundo, visando a superação do sistema imperialista mundial.
As grandes lutas que fatalmente virão sob o governo Lula / Alckmin são ao mesmo tempo partes da resistência mundial dos “de baixo” à dinâmica atual do capitalismo internacional e partes do processo cumulativo, mesmo que embrionariamente, da ruptura revolucionária com o capitalismo.
Estar preparado para intervir nesse processo é a tarefa inadiável que começa desde já para todos os lutadores e/ou revolucionários. Para isso, ao trabalho de propaganda que começa no dia primeiro de novembro, explicando pacientemente o caráter burguês do provável governo Lula /Alckmin e o histórico papel capitulador da Frente Ampla ao fascismo e a necessidade da auto-organização independente dos trabalhadores e do povo explorado e oprimido não só para combater o fascismo, mas também para as lutas que virão, há a necessidade de vivermos estruturalmente, cotidianamente, lado-a-lado nos locais de trabalho e moradia, participando ativamente de cada pequena luta, garantindo uma localização privilegiada quando as grandes lutas chegarem.
Júlio Santos - RJ
Membro do Conselho Diretor do Centro Cultural Octavio Brandão (CCOB)
OBS: O texto reflete minhas posições e conclusões individuais.
O embaixador do inferno e outros versos * Autor: O poeta sem rosto - Brasil
O embaixador do inferno
Já totalmente caduco
O Capitão Satanás
Começou a maquinar
Nos seus infernos mentais
Uma ideia senil,
Maluca, troncha, imbecil
Estúpida, besta e voraz!
Sabendo que no Brasil
Quem manda é Nossa Senhora
O diabo disse babando:
Eu vou produzir agora
Um filhote de capeta
Que odeia mulher preta
E fura santa de espora...
Partiu pra o laboratório
Botou um tacho no fogo,
Jogou três chifres de bode,
Quatorze frangos com gogo,
Mil piubas de cigarro
E uns cinco quilos de escarro
De um político demagogo.
Vestiu um blusão surrado
Do couro de um timbu,
Duas presas venenosas
De cobra surucucu,
Leite de couro de sapo
E o sobejo do papo
D’uma franga de urubu.
Botou dentro da mistura
Creolina com sabão,
Querosene com enxofre,
BIC pra corrupção,
Sessenta baratas tontas
E raspa fina das pontas
Dos chifres do Boi Tungão.
Colocou o couro seco
De um tambor que não rufa,
Um arame enferrujado
Da sucata de uma estufa,
A cueca de um calunga
E o molambo da sunga
Que rasgou soltando bufa.
Um porco que já não ronca,
Um bode que já não berra,
Uns dois litros de agrotóxicos
Que estão poluindo a terra,
Uns três roscofes de pulso
De um terrorista expulso
De uma escola de guerra.
Três retalhos de um quimono,
Uma ceroula de linho,
Um queijo podre, sobejo
Do governador Ratinho.
E as ideias de um jerico
Pra o bicho fazer fuxico
Com os ‘bestas’ do Cercadinho.
Chocolates Copenhague,
Barras de ouro roubado,
Dinheiro de “rachadinha”,
Trator superfaturado,
A consciência de um rato
E uma Bíblia com o retrato
De um ministro safado!
Um sonegador de impostos,
Uma pastora tarada,
Um goleirão assassino,
Muita verba desviada
E umas cinco piranhas
Falando línguas estranhas
Numa igreja devassada.
Um candidato laranja,
Um orçamento secreto
Uma facada sem sangue,
Leis de Cultura com veto
Dez caixas de Cloroquina,
Cem propinas de vacina
Mil escândalos Fura-Teto...
Pegando os ingredientes
Começou mexer no tacho
Quanto mais mexia em cima
Mais botava fogo em baixo
Até que deu pra notar
Que começou se gerar
O fruto do cambalacho.
Quando formou-se o monstrengo,
Tchutchuca, bruto, ignaro
Já fez arminha com os dedos,
Como quem dava disparo
E o diabo, nazistamente,
Batizou o semovente
De Seu JAIR BOLSONARO.
E o monstro saiu das trevas
Para lutar contra a vida...
Juntou logo cem fascistas
Temperados com bebida,
Invadindo um santuário,
Chutando bispo e vigário
Na Matriz de Aparecida.
Abraçou a cruz suástica,
Nazismo é seu Ponto “G”,
Disse que a guerra e o ciclone
Eram culpa do PT...
Vilão de todo episódio
Saiu destilando ódio
Contra a CNBB.
Juntou-se com Valdomiro
Com Macedo e Malafaia,
Com o Padre Pokémon
E tudo que era catraia
Contra Deus, nessa peleja,
Chutando santa em igreja
E achando missa, dar vaia.
Entrando em Missa de Santa,
Nazaré, Penha e Santana
Sem nunca aceitou a hóstia,
Por não ser carne humana,
Pois seu prato preferido
É comer índio cozido
Com recheio de banana!
E se encontrou com Damares
Doida, cretina e solteira,
Que tem a fixação;
Em putaria grosseira
Tarada, igual Dona Bela,
Conversou muito com ela
Na Copa da goiabeira.
Deu coices, fez o que quis,
No Círio de Nazaré
Dentro de um templo maçônico
Deu um beijo em Bafomé,
Em São Paulo deu um tranco,
Mijou em cima do de um banco
Em plena Praça da Fé.
E o Embaixador do Inferno,
Amigão de Flor-de-Lis,
Bruno, Guilherme, Jairinho,
Assassinos do País...
Pra o Brasil se libertar
Com Cristo vamos lutar
SEM MEDO DESSE INFELIZ!!!
NA BUNDA DO DIREITISTA
TEM SEBO DE PAU DO BOZO.
Bolsonaro não explica
O patrimônio expressivo
Comprado em dinheiro vivo
Fala em fé mas não pratica
Cada vez mais se complica
E se mostra temeroso
É um ser pernicioso
Berranteiro vigarista
Na bunda do direitista
tem sebo de pau do Bozo.
Cada fala, uma cagada
Ninguém consegue contê-lo
Ustra serve de modelo
a quem encanta a boiada
a igreja é enganada
e segue o ser horroroso
indivíduo perigoso
neoliberal fascista
Na bunda do direitista
tem sebo de pau do Bozo.
Põe indevidos sigilos
sobre os crimes praticados
processos engavetados
já dão pra mais de mil quilos
dias bastante intranquilos
tivemos, foi espantoso
pois do vírus perigoso
ele foi apologista
Na bunda do direitista
tem sebo de pau do Bozo.
Hoje é refém do Centrão
Mas os bobos gritam "mito"
Louvando o ser esquisito
Que não tem educação
Que insulta e diz palavrão
E sempre vive raivoso
Miliciano asqueroso
Quem o ama é masoquista
Na bunda do direitista
tem sebo de pau do Bozo.
Pato Ativo do Inharé
O Enjeitado do Diabo*
O Diabo estava só
Enfadado no inferno
Pra arrumar um diaba
Colocou seu melhor terno
E saiu cantarolando
“Me aqueça nesse inverno”
Com o seu jeito moderno
Saiu para namorar
Pôs o seu melhor enxofre
E foi para o Trevas Bar
Ajeitou o chifre e o rabo
E começou a dançar
Depois de duas tomar
Olhou pro canto da sala
Viu uma diaba quietinha
E foi jogar uma pala
Perguntou: Como é seu nome?
Ela disse: Faia Mala
Ele quase perde a fala
Se apaixonou logo cedo
Disse: “Eu me chamo ridE
Mas me chamam de Macedo
Vamos dançar pancadão
Que eu lhe conto um segredo”
Depois de perder o medo
Pra Diaba se declarou
Chamou-a para um chamego
A diabinha topou
Saíram de rabos dados
E o amor começou
E a noite terminou
No Motel Chama Ardente
O Satã cheio de fogo
Mostrou pra moça o tridente
E a Diaba empinou o rabo
Com um jeitinho inocente
O Chifrudo saliente
Já berrava feito um bode
Dizendo para a Capeta
Comigo você não pode
A Diaba se entregou
E começou o sacode
A Diaba disse: “Me acode
Aí meu Deus, que coisa boa!
Eu não aguento mais isso
Já tô ficando coroa.”
E o Cão, pra arrematar,
Findou cantando um loa
“Já cansei da vida à toa
Quero ser um homem sério
Casar e formar família
Viver longe do adultério
E transferir pro meu filho
Todo esse meu Império”
Aí, não teve mistério,
A Diaba se afrouxou
O jeito de Querubim
Do Diabo lhe fisgou
E, naquela mesma noite,
Faia Mala engravidou
Com nove meses chegou
O filhote do Capeta
Todo cheio de pantim
De ingresia e careta
Mentiroso, preguiçoso
Vivendo só de mutreta
Com a sua monareta
Só vivia na mamata
Junto com os da sua laia
Fazia motociata
Claro que sem capacete
Porque o chifre empata
Só vivia de bravata
Era arrogante, insolente
Até seu pai se cansou
Do seu jeito incompetente
E pensou: “Melhor que saia
Antes de acabar com a gente”
“Tá sumindo até tridente
Já tem Diabo reclamando
O Tesouro do Inferno
Aos poucos tá se acabando
De Orçamento Secreto
A Legião tá falando”
Sem estar mais aguentando
Aquela corrupção
RidE disse a Fala Maia
Não tem outra solução
Vamos botar para fora
Do inferno, esse Cão
Tomada a decisão
Satã disse tá na hora
Da na hora de já ir
Suma daqui, vá embora
Deu-lhe um chute no traseiro
E pôs o filho pra fora
O Inferno comemora
Por se livrar desse mal
Lúcifer e Belzebu
Reabriram o bacanal
E as diabas vão contentes
Por não ter mais canibal
Pra onde foi, afinal,
Aquele desinfeliz?
Enjeitado pelo Diabo
Nem o inferno lhe quis
Mesmo assim o incompetente,
acredite minha gente,
Hoje preside um país!
Mestre Bicú
Rua Preta, 11/10/2022
*Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, fatos, mitos os situações da vida real é mera coincidência.
É melhor você Jair
E o enjeitado do cão
Hoje preside o Brasil
Qualquer semelhança é mera coincidência
Mestre Bicú
(Evaldo Araujo.PA)
Espere o Bozo na moita,
Que o bom cabrito não berra;
Faça com ele o que fez-se
Com a rainha da Inglaterra.
Morre e sepulta depois
Lascou-se no DIA DOIS;
DIA TRINTA a gente enterra!
CRISPINIANO NETO.RN
*
GOVERNO INFAME
Eita que o Barra Torres
Botou prá phuder
Lascou o toba do Minto
Daí, o gado não consegue defender
É Prego batido
Ponta virada
O cenário para esse infame
Será uma derrocada
Todo dia é uma encrenca
O gado chifrudo a defender
Com a cloaca e os chifres
Já não sabem mais o que fazer
Brigam com Chico Buarque
Caetano e Gilberto Gil
Agora é com Ivete Sangalo
Puta que os parou...
Um dia atacam médicos
Noutro , a ciência via vacinas
Já perderam argumentos
Uma tuia de facínoras
Ainda para completar
Tanta iniquidade
O ministro da saúde
Carece de dignidade
Não passa de um serviçal
A uma causa natimorta
Quando abre a cloaca para falar
Dizemos: aí vem bosta
Um governo assassino
Mais de seiscentos mil óbitos
É um canalha em desatinos
Fela da puta, má sorte
A batata dele já assou
Não se reelege mais
Deve voltar para o inferno
Cramunhão,seguirá com seus iguais
Natal RN, 09/01/2022, 11hs36 min
Alberto Maciel
*
O VOTO DA SERPENTE
O ogro feito serpente
saiu do ovo mais podre,
blasfemando suas desgraças
a todos que por lá passa:
Hei de matar trinta mil,
porque merece o estrupo
menina que tanto pinta
me excita, pinta um clima.
Quem não tem terra que morra,
serão alvo a metralharmos,
negros de tantas arrobas,
nem para procriar merece,
que dirá merecer terra
os indígenas indigentes.
Morra, sem ar, sem vacina,
sem direitos, pois direito
é minério em terra indígena,
não vale a árvore em pé
o mais que vá pra fogueira,
quem não tenha eira ou beira
queima queima queima queima
Cale a boca, cale a boca,
grasnou dezenas de vezes,
esta cruzada é santa,
vamos livrar nossa terra
de gays, de gente que pensa,
gritou a plena garganta:
Direito humano é lixo,
pois nem sequer sou humano,
sou o defensor da morte,
do estupro, da violência,
da infâmia, da indecência
E da família de bem
O ogro foi bem aceito
por quem viu nesse seu mito
a própria face no espelho
viu no riso de escárnio,
viu no desprezo, no ódio,
seu próprio ódio calado,
seu desamor recalcado
e hurrou junto com ele:
morra morra morra morra
queima queima queima queima.
Edilberto C. - Educador Sim.
Créditos da imagem: Francisco Goya
https://www.instagram.com/p/CkDjajUOrAN/?igshid=MDJmNzVkMjY=
*
*Baseado em fatos de uma realidade paralela*
Pra Covid Cloroquina
Viagra pra hipertensão
Eu só vou comprar vacina
Na casa da sua mãe
Pintou um clima com a menina
O sigilo é de cem anos
Deixa o povo se fuder
Vem aqui passar uns panos
Vamos passar a boiada
Comeria carne humana
Carne de índio com banana
Vou fuzilar a petralhada
Eu não sou coveiro
Nordestino é tudo analfabeto
Preto pesa mais de 7 arrobas
O orçamento é secreto
Sou tchutchuca do centrão
Sou favorável à tortura
Não tem fome no Brasil
Trago de volta a ditadura
Nas igrejas desse tempo
Não se adora o Senhor
Tem comício de pastor
Mercador do templo
Mamadeiras de piroca
Igrejas serão fechadas
Eu sei que são mentira
Mas desconfio da facada
Gustavo B. Monteiro - SP
*
Meu amigo, minha amiga
Meu prezado cidadão
Vou mandar o meu recado
Preste muita atenção
Não precisa tanta briga
Por causa de eleição.
Neste tempo eleitoral
Há quem perca a razão
Há quem brigue com amigos
Faz intriga e confusão
Eleição é passageira
Amizade não é não.
Se você é eleitor
Consciente e tem noção
Compartilhe essa ideia
Com toda população
Não discuta com ninguém
Por causa de eleição.
E em 30 de outubro
Com cabeça ou coração
Vote em quem quiser
*Mas, por favor.!*
*#*22 Não!*
AUTOR DESCONHECIDO
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