quarta-feira, 24 de junho de 2020

Por Que Fora Bolsonaro * Frente Revolucionária Dos Trabalhadores - FRT/BR

Por que Fora Bolsonaro
Eis o conluio contra o
FORA BOLSONARO

As contradições da exploração capitalista se aprofundaram tanto nas últimas décadas, devido à intensidade do seu carácter monopolista, que ninguém vê mais nenhum sinal de desenvolvimento econômico em nenhum lugar do mundo. Aliás, o que mais se constata são falências, fusões de conglomerados empresariais, migrando para regiões sem proteção jurídica ou política contra modos predatórios de exploração, tanto de mão-de-obra quanto de recursos naturais ou industriais. 

Esse fluxo de contradições atingiu seu auge nos últimos vinte/trinta anos e todos podemos constatar o que ocorreu na Europa - com os êxodus migratórios -,  na América - com a predominância de mão-de-obra latina e asiática -, e as crises súbitas de falências econômicas, como as ocorridas na Grécia, na Alemanha, na Inglaterra, e, por conseguinte, nos EUA, que acabaram por levar o "inconcebível" a acontecer: a eleição no coração do mundo capitalista de um negro, de classe média, profissional liberal - advogado - praticamente sem nenhuma projeção política: Barack Obama.
 

A falência política, econômica e moral que se abateu sobre o mundo capitalista naquele período foi o caldo lamacento que afogou os barões do capital - mesmo sob o guarda-chuva do sistema bancário -  e cortou-lhes a via de acesso ao cenário político. Isso abriu caminho para algum oxigênio no mundo da esquerda, que desde a queda do Muro de Berlim, não levantava a cabeça. A acensão da esquerda, a presença da China junta com a Russia e a Índia no mercado mundial, mostrou ao bloco imperialista que um novo poder havia nascido das sombras, nas suas barbas. 


Esses momentos conturbados no âmago do capitalismo geram um descontrole tão grande na sua conduta que seus próceres saem aloprados por aí em busca de fontes de receita. E vão parar aonde as condições apresentam mais facilidades. Assim, o mundo asiático - tigres asiáticos - a África e a América Latina, de repente, se tronam "eldorados".  As guerras no médio oriente geram dividendos rápidos, com o mercado de armas, minérios, contrabandos, drogas naturais e sintéticas etc. Mas a presença do novo poder ascendente - China e Rússia - diz a que veio e entra no jogo. assim, logo as fontes que antes pareciam promissoras, viram fracassos. 

Na África os problemas civilizatórios impedem - ate certo ponto - a exploração sem altos custos das imensas jazidas naturais de minérios e pedras preciosas e a solução se torna apelar para o instrumento bélico. Assim, a promoção de guerras inter-tribais ou entre nações vão garantir algum fôlego lá nas bolsas de valores. Porém, investir em guerra o tempo todo dá prejuízo, tanto pela perda de vidas - que vão virar contestação por aí - perca de mão-de-obra, de infra-estrutura, e até de fontes primárias. Aí entra a necessidade de mudar de rumo e os urubus caem aonde a carniça se anuncia: não há mercado mais promissor e pacífico do que a América Latina. Desde a produção de cocaína, do negócio com armas, do contrabando de minérios de alta preciosidade - litio, nióbio, ouro e pedras preciosas em geral - o sub-continente é a fonte que pode financiar a compra de governos volúveis, a derrubada dos queixudos, e, por que não, a eliminação de algum inoportuno. A eleição de governos progressistas ao sul não vai assustar "os donos do poder". A própria produção doméstica vai financiar o negócio todo.

Dessa forma, o imperialismo - para alguns yankee, para outros norte-americano, e oriundo de outros quadrantes para muitos - limpa o teatro de guerra e assume o comando. Não mais FMI, nem blocos regionais ou câmaras de comércio setoriais. Agora, "Sir Soros, Sir Rotchild, seu isso e seu aquilo" vão assumir os seus lugares no comando da chibata. É nesse contexto que assistimos aos últimos e tão corriqueiros golpes na América Latina. Do Chile ao México, as fraudes eleitorais, os golpes juridico-empresariais, a indústria das fakenews, e o apodrecimento do tecido social através da aliança crime organizado-aparelho de estado com milícias, polícias e narco-tráfico compartilhando o cachimbo da paz. Com essa embalagem, desde Cuba e Nicarágua, passando por Honduras, El Salvador, Peru e Colômbia, as ameaças imperialistas não descansam os coturnos. O resultado são as farsas contra Dilma-PT, encarceramento de Lula, caçada a Evo Morales, pressão e bloqueio econômico contra a Venezuela e as tropas norte-americanas acampadas na Colômbia.

É dentro disso tudo que nasce Bolsonaro. A falta de opções levou à solução Bolsonaro. O apodrecimento das lideranças políticas da direita no Brasil, afogadas até à alma em corrupções, roubos, fraudes, crimes comuns, narcotráfico e contrabando atiraram a burguesia no pântano da milicianada. Juntas viram-se na contingência de cometerem mais crimes, e meteram os pés pelas mãos: desde o golpe 2016 não pararam de se fartar às custas da ilegalidade, criando investigações para culpar e preder quem poderia atravessar seus caminhos e aí foi LAVAJATO pra todos os gostos. Como citei acima, a prisão de Lula foi a garantia de concorrer sem concorrente, pois o nome substituto não possuía o mesmo peso, o que não descartou o coringa na manga: a fraude. Ela envolveu todo o sistema eleitoral mais as fontes de financiamento de propinas. Daí, o sistema bancário. A burguesia precisava assegurar-se da vitória a qualquer custo para pôr fim a todo resquício de "bem-estar--social" promovido pelas gestões Lula/Dilma/PT. Precisava jogar no lixo tudo que se aspirava de direitos sociais, todos os direitos trabalhistas e previdenciários e pôs em risco inclusive as garantias constitucionais, como liberdade de imprensa, de expressão, de inviolabilidade do espaço pessoal, da privacidade, e quem diria, até de magistrados . Para reforçar esse envenenamento do oxigênio político, garantiu a eleição do maior número possível de elementos da escória miliciana, capazes dos piores atos que se possa imaginar, como por exemplo, o financiamento de delinquentes, devidamente doutrinados, para realizar atos de intimidação do judiciário, do parlamento e, por incrível que pareça, até do espaço público, uma vez que instalaram um acampamento em via pública próxima ao Palácio do Planalto e passaram a governar o local. Para isso, tinham um destacamento para-militar denominado "300 do Brasil", comandos por uma miliciana treinada na Ucrânia chamada Sara Winter, atualmente presa.

Poderia seguir enumerando os feitos do capital imperialista no Brasil para garantir o saque das nossas riquezas, mas o pouco citado já por si só justifica a nossa expressão FORA BOLSONARO. Precisamos entender que a pessoa não possui essa "entourage", própria de um "capo fascista". Ele é apenas um excremento da sociedade. Nunca prestou para nada. Mas o CAPITAL precisava de um fantoche e ele cumpriu esse papel. Disse CUMPRIU, porque já foi descartado, já recebeu "sua parte" e ´ja repassou a seus donos tudo que eles querem: trilhões de $$$.  Portanto, a origem da nosso lema é mais do que justa: FORA BOLSONARO / MOURÃO, com cassação da chapa e convocação de eleições gerais já!

Há segmentos sociais relutantes, sobretudo aqueles alinhados ao PT, pois o Sr Lula vem estimulando a acomodação da militância petista, e tem até um argumento para justificar isso, dito em  entrevista lá atrás das grades: deixar o Bolsonaro se desgastar pra cair sozinho, pois derrubá-lo empossaria o Mourão, em sua opinião, muito pior. Ora veja, a chapa é completa e o crime cometido por um atinge também o outro. Logo, se derrubarmos um, vão ambos. Por isso, o surgimento de tantos manifestos e cartas e chamados a formação de frentes, cada vez mais amplas, incluindo inclusive membros do golpe2016. É em função disso que a campanha pela derrubada do fascismo em nosso país ainda não ganhou as ruas, ou seja, falta vontade política e unidade na ação. E como 2020 é ano eleitoral, está todo mundo pisando em ovos, temendo escorregar no teatro  político. Com isso, o oportunismo eleitoreiro está correndo solto, e até a consigna FORA BOLSONARO já encontrou desvios como STOP BOLSONARO. 

Não há dúvida de que é muito mais interessante para o capital um Bolsonaro de bambolê do que esse brucutu desembestado que está aí. Com isso, Sir Lula continuaria, tranquilamente, fazendo lives e recebendo diploma Doctor Honoris Causa por aí e não teria que ir as ruas xingar o seu semelhante... Atualmente não se consegue mobilizar nenhuma direção de partido ou de entidade social para atos públicos, com exceção da "Causa Operária", que tem necessidade de aparecer pra conquistar legenda no PT e lançar seus candidatos. 
(24/06/2020)
***

Mais Um Judas Trai o Dono * Frente Revolucionária dos Trabalhadores - FRT/BR

Mais Um Judas Trai o Dono
Frente Revolucionária dos Trabalhadores
FRT
John Bolton
AQUI VOCÊ DESCOBRE TUDO
que queria saber sobre Donald Trump mas não tinha pra quem perguntar. John Bolton diz tintim por tintim...
*


Verdade seja dita: a melhor definição para os ex-agentes da CIA, do FBI e das FFAAs norte-americanas é esta: MAIS UM JUDAS TRAI O DONO.
Alguém sabe dizer quantos "ex-cães de guerra", assassinos contumazes, largaram a ativa e saíram atirando a esmo? Inclusive invadindo escolas, shoppings, igrejas etc porque a "mãe américa" foi injusta com eles? Nem eu. 
Alguém se lembra de Edward Snowden, que deve estar sob cárcere privado de alguma potência inimiga do Tio Sam, pra não morrer como um cão atropelado por aí... e outros como Roberto Muller Hayes, Jerry Chun Chin Lee, Robert Philip Hansen? Na esteira deles, veio outros...

Ninguém se assuste com a ganância dos mercenários: todos eles querem mais. 
O mais recente é Jonh Bolton, que acaba de lançar um livro - melhor, BOMBA - intitulado "A Sala Onde Tudo Aconteceu" e vem derramando as porcarias de Donald Trump, que fez de tudo junto a justiça para embargar o lançamento do petardo. Mas o bom disso tudo, é que o x-9 abre o bico num momento oportuno e pode acabar prestando um serviço positivo, contribuindo para a derrota do testa-de-ferro do imperialismo, e estendendo o tapete vermelho para o Partido Democrata voltar ao poder, uma vez que o seu candidato está disparado nas pesquisas e a eleição ocorre em novembro.

Mas ninguém imagina o pior. Como contratam, treinam, adestram, e, na hora do hora-veja, o vira-lata morte o pé do dono. Não é que o ex-x-9 era, nada mais nada menos, que conselheiro de segurança nacional da primeira potência político-militar do ocidente? Ele era o cara que aconselhava o Trump a escolher quem ia morrer primeiro, se eu ou você. E aí Trump resolveu dar de ombros para os seus conselhos, sem contar com a sua reação. Bolton bateu de frente com o brucutu do imperialismo. Simplesmente discordou das medidas diplomáticas em relação ao Irã, a Coreia do Norte e ao Afeganistão. Vale lembrar que Jonh Bolton é, de longe, muito mais bruto do que Trump.

Só que para piorar a situação política de Donald Trump, o apoio ao candidato oposicionista cresceu disparadamente às custas do covid-19, ganhou containers de oxigênio com a morte de George Floyd e segue firme rumo à Casa Branca, ungido pelas revoltas subsequentes. Prova disso foi a presença de nomes de peso na opinião publica norte-americana, tais como Barack Obama, Bill Gates, entre outros figurões. 

Diante disso tudo, o que podemos vislumbrar é o Partido Democrata voltando à Casa Branca, sob os aplausos do capital financeiro, insatisfeito com as trombadas de Donald Trump em política externa.

***