domingo, 31 de março de 2024

1964 ESQUECER NUNCA REPETIR JAMAIS * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

1964 ESQUECER NUNCA REPETIR JAMAIS

Silêncio oficial revela que ditadura não foi superada, diz relator da ONU

Jamil Chade - Colunista do UOL, 28/03/2024

A decisão do governo Lula de não marcar os 60 anos do golpe militar de 1964 revela que a ditadura ainda não foi superada no Brasil. O alerta é do relator da ONU sobre Verdade, Justiça e Reparação, Fabian Salvioli. Para ele, o silêncio é o abandono das vítimas da repressão, algo que o estado "nunca" poderia fazer.

Responsável pelo tema nos últimos seis anos, o relator afirmou ter ficado surpreso diante da determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seu governo mantivesse silêncio no dia 31 de março. Para ele, as autoridades brasileiras estão violando uma de suas obrigações internacionais ao escolher o silêncio. "Não se trata de uma opção", disse.

Em entrevista exclusiva ao UOL, Salvioli se mostra preocupado com a possibilidade de que essa decisão de abafar a data possa ter uma relação com uma suposta falta de liberdade do governo em relação aos militares. Para o relator da ONU, seria "muito grave" se tal decisão for parte de uma "chantagem das Forças Armadas"

Talvez, pela particular situação que atravessa o Brasil, entendo que o governo não tenha hoje a liberdade para fazer o que é devido. E isso é muito grave. Se ele obedece à chantagem das Forças Armadas, seria algo muito grave. Governos não podem funcionar sob . O golpe militar instaurou uma ditadura que duraria 21 anos.
Eis os principais trechos da entrevista:

- Chade - O que significou o golpe de 1964 no Brasil para a história da América Latina?

- Salvioli - Significou muito, no sentido que o Brasil é o país mais importante da região em muitos sentidos, e a ruptura da democracia num país assim tem um efeito dominó em outros lugares. Isso veio acompanhado com uma metodologia de violações sistemáticas de direitos humanos. No Brasil, isso teve particularidades concretas, como as violações aos povos indígenas. Tudo isso ficou muito claramente dito no informe da Comissão Nacional da Verdade.

- Por qual motivo é importante marcar datas como os 60 anos

- São muito importantes em termos de memória coletiva. Para recordar o que ocorreu, para prestar as devidas homenagens para as vítimas dessas aberrações. E para dar um sinal de que, da parte do Estado, há uma condenação. E que é uma condenação permanente a essa questão. É um erro pensar que, por ter ocorrido há 60 anos, não deve ser lembrado. Ninguém ousaria dizer que devemos deixar de marcar o dia das vítimas do Holocausto. E isso ocorreu há mais tempo. Quando os países atravessam esse tipo de questões, é muito importante sinalizar as coisas como elas são. E isso deveria ser uma política de estado. E que não dependesse de um governo ou outro. Isso deveria ser transversal a todos os governos que se dizem democráticos.

- Que papel tem essa memória para a construção da democracia hoje?

- É fundamental. Marca as regras de um pacto de convivência que não se pode quebrar em nenhum caso. Quando se esquecem esses pactos é que emergem os discursos autoritários, que reivindicam os crimes e que provocam uma permeabilidade maior das sociedades em relação ao discurso de violência. Isso é muito grave. As grandes tragédias não começam com fatos violentos. Começam com discursos violentos. E precisamos reagir rapidamente. O processo de memória é um valor em si mesmo. Não pelo que ocorreu no passado. É um valor para a construção de uma democracia forte e saudável para o futuro.

- Passamos por quatro anos de um governo que negava a existência do golpe. Isso é reflexo ainda do passado ou deste pacto democrático que não conseguiu ainda ser costurado de novo?

- Podem ser as duas coisas. A democracia precisa ser alimentada todos os dias. Não é algo que podemos dizer que conquistamos e que podemos dormir tranquilos. A democracia precisa ser construída com políticas públicas inclusivas e diárias. Talvez, pela particular situação que atravessa o Brasil, entendo que o governo não tenha hoje a liberdade para fazer o que é devido. E isso é muito grave. Se ele obedece à chantagem das Forças Armadas, seria algo muito grave. Governos não podem funcionar sob chantagem das Forças Armadas.

Além disso, os processos de memórias como garantia de não repetição para evitar futuras violações não são opcionais. São obrigações que os Estados têm diante do direito internacional. Neste caso, portanto, o Estado está descumprindo uma obrigação internacional.

- Qual é essa obrigação?

- Os estados precisam respeitar os direitos humanos e garantir os direitos humanos. Dentro dessa obrigação de garantia, existe o que se chama o dever de prevenção. E isso se faz através de políticas de memória.

- A decisão do governo Lula foi uma surpresa para o senhor?

- Sim. Fiquei surpreendido. Quando essas datas são relembradas, não é uma condenação às instituições. Mas a quem decidiram tomar ações ilegítimas e a quem cometeu crimes. Não se ataca as Forças Armadas democráticas. Não é um ataque às instituições. O que ocorre é que, quem cometeu esses crimes, têm porta-vozes e recorrem a um nocivo espírito corporativo para esconder esses fatos horríveis e que foram devidamente esclarecidos pela Comissão da Verdade.

- Que mensagem o silêncio manda para as vítimas?

- Existem diversas formas de revitimizar as vítimas e esse é um deles. O silêncio é uma maneira de abandonar a quem o estado não deve nunca mais abandonar. É uma maneira de revitimizá-las.

- Há quem diga que o Brasil não deve olhar o passado e que devemos nos concentrar nos desafios de hoje, sem fazer barulhos sobre o passado. Mas o país superou a ditadura?

- Não superou. Se tivesse superado, poderia falar disso sem problemas. O exemplo mais claro que não foi superado é o fato de que não se pode falar sobre isso sem problemas. Recordar os fatos do passado não quer dizer ficar no passado e nem quer dizer não olhar ao futuro. As sociedades recordam o passado. Todos nos lembramos das guerras de independência e ninguém diz que não devemos olhar para isso. Há uma intenção clara de não querer se abordar determinados fatos. Quando alguém diz que não quer fazer barulho ou molestar, o que isso quer dizer é que não se quer molestar os perpetradores. O problema é que, assim, se molesta a quem já foi vítima e voltam a ser vítimas.


Fernanda Montenegro interpreta Sonia de Moraes Angel

4ª Caminhada do Silêncio terá concentração na antiga sede do DOI-Codi de São Paulo

No dia 31 de março , data que marca os 60 anos do golpe civil-militar, ocorrerá em São Paulo a 4ª edição da Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado, com o lema “Para que não se esqueça, para que não continue acontecendo”.

Neste ano, a concentração para o ato será realizada no antigo Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna, o DOI-Codi, a partir das 16h. Já a caminhada em direção ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera, está prevista para começar às 18h. Os participantes do ato poderão levar flores e velas, que serão depositadas aos pés do monumento junto com fotos das vítimas da violência de Estado

Data: 31/03/2024
Horário: 16h (início da caminhada às 18h)
Local da concentração: Antigo DOI-Codi (Rua Tutóia, 921, Vila Mariana)
Destino final da caminhada: Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos (próximo ao Portão 10 do Parque Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Vila Mariana)

Entidades apoiadoras
UNE - União Nacional dos Estudantes
OAB - Ordem dos Advogados do Brasil - São Paulo
Comissão Justiça e Paz de São Paulo
Filhos e Netos Memória Verdade Justiça
Coalizão Brasil Memória Verdade Justiça Reparação e Democracia

Apoio legislativo
Mandato Antonio Donato (PT)
Mandato Beth Sahão (PT)
Mandato Luna Zarattini (PT)

Realização
Instituto Vladimir Herzog
Movimento Vozes do Silêncio
Núcleo de Preservação da Memória Política
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania

Vídeo
Fernanda Montenegro interpreta Sonia de Moraes Angel na Campanha pela Memória e pela Verdade, da OAB/RJ (2010) com apoio da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, pela abertura dos arquivos da ditadura militar

Música
"Achados e Perdidos / Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória"
Compositor:
Gonzaguinha /Editora - Moleque Edições LTDA
Músicos:
Aline Deluna - Voz
Dany Roland - Edição de Vozes, Radiofonia e Samples
Murilo O'Reilly - Percussão acústica e eletrônica
SEMINÁRIO 60 ANOS DO GOLPE

UFF, UFRJ, UNIRIO, UFRRJ, UERJ, UERJ-FFP, PUC e IHGB convidam para o Seminário 60 anos do golpe: história, memória e novas abordagens da ditadura no Brasil. Organizado por Angela Moreira (UFF), Angélica Müller (UFF), Izabel Pimentel (UERJ-FFP), Larissa Corrêa (PUC), Lúcia Grinberg (UNIRIO), Maria Paula Araújo (UFRJ), Renata Moraes (UERJ) e Samantha Quadrat (UFF), o evento ocorrerá em diferentes instituições entre os dias 01 e 05 de abril. A programação está composta por mesas redondas, oficinas para professores da educação básica e licenciandos, homenagens e exposição. Esperamos vocês! #60anosdogolpe #ditaduranuncamais #lembraréresistir


Divulguem, por favor, entre seus contatos e em suas redes sociais!


Em memória de Edson Luís de Lima Souto, estudante brasileiro cujo o assassinato teve um impacto significativo durante o período da Ditadura Militar no Brasil.

Ele nasceu em 1950 e tornou-se conhecido nacionalmente após sua morte precoce em 28 de março de 1968, aos 18 anos de idade.

Edson Luís era um estudante secundarista e trabalhava como garçom para sustentar sua família. Sua morte ocorreu durante um episódio de protestos estudantis no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro.

Os estudantes protestavam contra o aumento do preço da refeição no restaurante, que era frequentado principalmente por trabalhadores e estudantes de baixa renda. Durante os protestos, houve confrontos com a polícia e Edson Luís foi morto com um tiro no peito. Sua morte gerou grande comoção e indignação popular, sendo um dos eventos que contribuíram para aumentar a pressão contra o regime militar que governava o Brasil na época. O episódio ficou conhecido como "Massacre da Boca do Lixo".

A morte de Edson Luís serviu como um catalisador para o aumento da mobilização contra a ditadura militar e é lembrada como um dos eventos marcantes da resistência estudantil e popular no Brasil durante aquele período. Hoje lembramos de sua coragem e seu sacrifício durante os protestos contra a injustiça. Sua voz continua viva, inspirando-nos a lutar por um Brasil mais justo e igualitário.

Fonte: Movimento sem terra

O BRASIL TEM MAIS DE 1600 DESAPARECIDOS NA DITADURA, NEM TODOS CONSTAM NOS ARQUIVOS OFICIAIS - LEMBRAR.PARA MAO REPETIR

60 anos da Ditadura, hoje, falaremos dos desaparecidos Políticos na Ditadura brasileira

E o que isso significa a família
Pelo direito de enterrar nossos mortos, lutemos

Fazendo um apanhado DOS desaparecidos políticos do ES ( FOTO) para levar na caravana Capixaba dos 60 anos da Ditadura, que sairá de Vitória dia 31/03 as 23h rumo a Juíz de Fora, local em que tropas golpistas, comandada por Gal Mourão, rumaram ao RJ para consolidar em o golpe MILITAR- PERIODO MAIS OBSCURO E CRUEL DA HISTORIA DO BRASIL, lembrei de dores que vi e ouvi de familiares que não tiveram o direito de enterrar seus mortos.

A dica de hoje é um documentário de 12' , contando a incansável busca da mãe de Fernando Santa Cruz, em busca do corpo de seu filho. Dona Elzita foi incansável e pouco antes de morrer,

O delegado torturador, Cláudio Guerra revela que 13 guerrilheiros foram incinerados na fazenda Cambaiba , em Campos, dentre eles, seu filho, Fernando Santa Cruz . (Livro biográfico escrito por Rogério Medeiros - Memórias de uma Guerra Suja- esgotado mas livrarias, vendido na internet) que virou documentário no filme Forro em Cambaiba
Em final de 2023 a fazenda , posta pra reforma agrária,foi assentada.

Sobre sequelas, lembro da amiga e por muitos anos revolucionária, Neuzah Cerveira, filha do major Cerveira, outro desaparecido na ditadura na operacao CONDOR , que foi incinerado em Cambaiba, a Nina , na foto de meu arquivo particular, em minha casa em JF, contou - mee muitas coisas que a faziam viva na luta: procurar por seu pai , sempre certa de seu retorno não admite que seu pai foi incinerado, acostumada a esperar por 50 anos por sua volta, sofrendo altos e baixos na saúde mental.
documentario completo Operacao Condor )
O GOLPE MILITAR

O golpe militar de 1964, o quarto golpe, não foi uma exceção. Foi uma regra.
Sempre que o país tenta algum avanço, algum progresso, no campo econômico, político ou social, sempre que tenta alguma melhoria para o povo, vem o freio, o golpe de estado.
O golpe foi executado em 1° de abril, mas os golpistas mudaram a data para 31 de março.
Foi no 1° de abril que se deram os embates físicos em quartéis, navios e bases militares, com enfrentamentos físicos, feridos e mortos!
Mudaram de data porque se envergonhavam do 1° de abril, por ser conhecido pelo povo como o dia da mentira!
Mas o “evento” foi comemorado com um jantar na embaixada americana, na noite de 1° de abril.
Além de mudarem a data, mudaram o motivo. E o golpe passou a se chamar “Revolução”.
A redentora, como ficou sendo classificada.
Desde a Revolução Francesa de 1789, a revolução é tida como um acontecimento glorioso e os revolucionários são considerados heróis do povo.
O golpe militar de 1° de abril de 64, a abrilada, não podia deixar por menos!
Baixaram o Ato Institucional, o primeiro que não levou número.
Pois acreditavam que, com aquele Ato, eles resolveriam todos os problemas brasileiros.
Nem precisariam mais da assistência direta do Império ianque, do Tio Sam.
O golpe foi um produto típico da Guerra Fria.
À época, não houve nenhum golpe militar na América latina sem o patrocínio e o aval do Império ianque.
O Tio Sam seguia os caminhos do Big Stick com rigor!
Big Stick do inglês: "grande porrete" refere-se ao estilo de diplomacia usado pelo presidente Theodore Roosevelt Jr. presidente dos Estados Unidos entre 1901 e 1909),
"fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete.”

O comando geral do golpe ficou a cargo do embaixador americano Lincoln Gordon.
E o comando local ficou a cargo do General Golbery do Couto e Silva.
Ele foi o verdadeiro arquiteto do golpe.
Golbery era um general intelectual, leitor e escritor.
Coisa muito rara no Exército brasileiro!
Para o golpe, ele criou o IBAD, Instituto Brasileiro de Ação Democrática e o IPES, Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais.
Os dois institutos tinham a missão de propagandear a ideologia anticomunista.
O terror anticomunista era trombeteado como um mantra!
E, no caso, todo nacionalista ou democrata era apontado como perigoso comunista!
Começava ali uma forma de manipulação e controle da população!
Mas Golbery foi apenas o arquiteto. O construtor foi o embaixador Lincoln Gordon.
Lincoln Gordon, um indivíduo prepotente e ousado, verdadeiro representante da diplomacia do Império ianque para a Guerra Fria!
Vivia dando entrevistas e fazendo declarações contra o governo João Goulart, insinuando que o Presidente brasileiro estava levando o país para o comunismo.
A mão de obra, para o trabalho de campo, ficou por conta do adido militar da embaixada ianque, o coronel Vernon Walters.
Um coronel americano que falava o português sem sotaque.
Walters era parceiro e cúmplice do marechal Castello Branco.
Os dois planejaram o golpe a quatro mãos.
Castello Branco ganhou a Presidência da República, o que não é pouco!
E Walters ganhou o título de o maior e melhor especialista em golpe de estado.
Do Brasil partiu para o Chile, para preparar o golpe naquele país.
E depois voltou para os Estados Unidos para ser o chefe da CIA.
O que não se pode entender é que os intelectuais do ISEB, Instituto Superior de Estudos Brasileiros, a nata de socialistas, comunistas, democratas; a academia brasileira em peso, não percebesse que estávamos em plena Guerra Fria.
E que o governo João Goulart e o programa das Reformas de Base estavam sendo violentamente contestados como medidas comunistas a serviço de Moscou, Pequim e Havana.
Por trás destas acusações estúpidas e de má fé, encontra-se o embaixador americano e toda a grande imprensa nacional e internacional.
O Presidente João Goulart, ou Jango, era um nacionalista ferrenho!
Colocava os interesses do Brasil acima de tudo! E, no caso, não vacilava!
E o povo brasileiro acordou para a exploração torpe sofrida pelo país!
E tomou as ruas gritando e defendendo o interesse nacional!
Uma onda de nacionalismo varria o país de norte a sul!
Do lado contrário, os entreguistas, defensores dos interesses do Tio Sam, tomaram posição.
Na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar Nacionalista contava com 150 deputados federais.
Todos foram cassados nos primeiros dias da ditadura militar.
Uma das últimas medidas do Presidente João Goulart foi assinar o decreto regulamentando a remessa de lucros que as empresas estrangeiras enviavam para suas sedes.
A maioria das empresas eram norte americanas.
Esta sangria, esta hemorragia era, e é até hoje, o que torna anêmica a nossa economia!
A rapinagem dos recursos do país é efeito da nossa condição de colônia Brazil com “Z” do Império ianque.
Remando em sentido contrário ao dos golpistas, nos últimos dias do governo Goulart, às vésperas do golpe, intelectuais do ISEB repetiam:
“No Brasil as forças armadas são democráticas.
E não há clima para golpes!
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica estão apoiando as Reformas de Base do Presidente João Goulart.”
Não podia haver maior equívoco!
Golbery conseguiu o apoio de mais de noventa por cento da alta oficialidade das forças armadas para o golpe. Mais de oitenta por cento do grande empresariado. E a totalidade dos latifundiários.
Os latifundiários viviam apavorados com a reforma agrária pois, além do programa das Reformas de Base do Presidente João Goulart, temiam o avanço das Ligas Camponesas de Francisco Julião.
E assim, o quarto golpe patrocinado pelo Império ianque implantou uma ditadura militar que durou 20 anos. A tragédia do povo brasileiro!
Uma minoria militar resistiu nos quartéis e bases militares ao avanço dos golpistas.
Foram sacrificados, muitos presos e mortos nas câmaras de torturas!
Mas a luta continuou e continua contra os golpistas atuais.
Contra os bandidos terroristas do 8 de janeiro de 2023, e os seus patrocinadores!
Voltando ao golpe militar de 1° de abril de 64, não faz sentido se falar em golpe militar empresarial.
Pois teríamos de falar: Golpe militar empresarial, latifundiário, eclesiástico.
Eclesiástico, porque a Igreja teve um papel decisivo no preparo e desencadeamento do golpe!
E latifundiário não é empresário e o seu peso no golpe foi inegável!
Chega de penduricalhos!
Foi golpe militar mesmo, como tantos outros!
Com suas peculiaridades, evidente.
NOTA: Neste texto tratamos, apenas, do golpe militar.
A ditadura e suas consequências nefastas é outra história!
É a história da tragédia brasileira nua e crua!

E. Precílio Cavalcante
Capitão de mar e guerra ref. do Corpo de Fuzileiros Navais.
Pesquisador da História militar.
Rio de Janeiro, 30 de março de 2024.
ABAIXO O GOLPISMO E VIVA A LIBERDADE!
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sábado, 30 de março de 2024

AVANTE VENEZUELA ANTIIMPERIALISTA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

AVANTE VENEZUELA ANTIIMPERIALISTA

Todo apoio ao povo trabalhador da Venezuela em sua hercúlea luta contra o imperialismo em nossa América

A Frente Revolucionária dos Trabalhadores (FRT), vem através desta nota, repudiar veementemente as perfídias e infames calunias propagadas pelo presidente brasileiro Luiz Inácio "Lula" da Silva, contra o regime político interno da Venezuela e seu sistema eleitoral.

As intrometidas declarações do Itamaraty e do próprio presidente brasileiro contra o regime político de nosso país irmão, para além de ser uma desprezível intromissão nos assuntos internos de outro país soberano, é expressão patente do servilismo desonroso do governo Lula, diante do imperialismo estadunidense. 

A resposta dura por parte da diplomacia bolivariana contra essa intromissão em seus assuntos internos, que qualificou as declarações do governo brasileiro como parecendo ter sido elaboradas pelos serviços do Estado ianque, foi certeira e na verdade captou a essência de tal servilismo por parte de Lula e seu governo diante dos piores inimigos da humanidade.

Em seu terceiro mandado a frente do Estado brasileiro, o presidente Lula tem dado seguidas mostras de seu alinhamento ao imperialismo dos Estados Unidos em nosso continente, basta lembrarmos sua mesma posição ambígua e vacilante no recente caso de Essequibo, ou mesmo seu decreto do ano passado, permitindo a entrada de mais de 290 militares estadunidenses em nosso território para exercícios e doutrinação de seus homólogos brasileiros.

 Já no que tange a sua política internacional em respeito ao massacre que o Estado sionista de Israel tem cometido contra o povo palestino, apesar de suas declarações certeiras e corajosas denunciando os criminosos israelenses, nenhuma ação prática efetiva contra o Estado genocida foi tomado. Justamente o contrário, Lula e sua equipe tem tratado de pôr panos quentes, contemporizar, como é do seu feitio desde sua época de sindicalista.

Nessa mesma esteira de servilismo diante dos poderosos, recentemente Lula vetou os atos que rememoram e denunciam o golpe militar fascista de 1964 contra o presidente João Goulart e que implementou o terrorismo de Estado e uma regressão histórica da nação que nos afeta decisivamente até os dias de hoje. Também internamente, o governo de Luiz Inácio dá sequência em linhas gerais, ao mesmo programa econômico do governo Bolsonaro, favorecendo acima de qualquer coisa os interesses do rentismo e dos latifundiários contemporâneos do chamado agronegócio, responsáveis pela regressão neocolonial pela qual o Brasil passa.

O mais curioso da intromissão arrogante e servil do mandatário brasileiro e sua equipe diplomática contra o regime político venezuelano, é que esta não toca nem levemente nas seguidas tentativas golpistas da chamada "oposição" contra o governo venezuelano desde há décadas, ainda no período do comandante Hugo Chávez, tudo alinhado e financiado pelos imperialistas bandidos da Casa Branca.

Dessa forma, o que vai ficando claro é o lastimável papel cumprido por Lula e seu governo burguês de mero cumpridor de ordens que vem dá Casa Branca e do Departamento de Estado imperialista. E isso desde seu primeiro mandato a frente do governo brasileiro, quando a serviço do sanguinário George W. Bush, enviou tropas brasileiras para o serviço sujo de neocolonização e repressão ao povo haitiano.

A Frente Revolucionária dos Trabalhadores e a parte honrada do povo trabalhador brasileiro se solidariza aos seus irmãos trabalhadores da Venezuela e seu governo, apesar de nossas profundas divergências políticas em relação a este último.

Afirmamos o direito soberano do povo venezuelano conduzir seus assuntos, de combater firmemente o golpismo pró imperialista em sua pátria.

E mais uma vez repudiamos o serviço sujo do governo Lula em se colocar como vergonhoso ventrículo do imperialismo norte americano em nossa grande pátria americana.

Frente Revolucionária dos Trabalhadores
FRT
NOTA VENEZUELANA

Caracas, 26 de marzo de 2024 

Camarada 

Roberto Bergoci 

Representante Frente Revolucionario de Trabajadores-FRT. Brasil. – 

Camarada: 


Reciba un saludo solidario y revolucionario en nombre del pueblo  venezolano y del Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), en ocasión de  compartir con usted, información relevante sobre las próximas elecciones  presidenciales de la República Bolivariana de Venezuela, que tendrán lugar el  28 de julio de 2024. 

Al respecto, le informamos que; producto del consecuente esfuerzo del  Presidente Nicolás Maduro Moros en la construcción e implementación del  diálogo, en pleno respeto al “Acuerdo Parcial sobre la Promoción de Derechos  Políticos y Garantías Electorales”, firmado con sectores de las oposiciones  nacionales y luego de un amplio proceso de consultas con los movimientos  sociales, empresariales, sindicatos y 43 partidos políticos del país, se elevó a  nuestro Poder Electoral, una hoja de ruta sugerida para desarrollar las  elecciones presidenciales en nuestro país que por mandato constitucional  deben realizarse durante el año 2024. 

En este sentido, el Consejo Nacional Electoral con base en sus facultades  constitucionales y previa revisión a los acuerdos entre los diversos sectores de  la sociedad, el pasado 5 de marzo, anunció su decisión de convocar a  elecciones presidenciales para el período 2025-2031, conforme al siguiente  cronograma:

- Presentación de postulaciones de los candidatos: del 21 al 25 de  marzo. 


- Actualizaciones del censo electoral: del 18 de marzo al 16 de abril. - Campaña electoral: del 4 al 25 de julio. 

- Elecciones Presidenciales: 28 de julio de 2024. 

- Inicio del período constitucional 2025-2031: 10 de enero de 2025 

Apreciado camarada: 

Esta será la elección N° 31 en los últimos 25 años y quedará registrada  como uno de los eventos más trascendentes e importantes en nuestra historia  republicana, en la que nos preparamos con alegría para consolidar la  vigesimonovena victoria electoral para la Revolución Bolivariana, por eso  deseamos sea testigo presencial de este evento este próximo 28 de julio-2024. 

Reciba nuestro abrazo y garantías de contar con nuestra solidaridad  activa y a tiempo con la causa que mutuamente defendemos.  

Vicepresidencia Asuntos Internacionales PSUV: asuntosinternacionalespsuv1@gmail.com   

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1964 NUNCA MAIS * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

1964 NUNCA MAIS
PELOTÃO DO GOLPE

CASA DE TORTURA

É isto que significou o 8 de Janeiro.

6 de janeiro de 2024
Orlando Calheiro*

Passado um ano da tentativa de golpe, o antropólogo Orlando Calheiros reflete sobre o que os terroristas realmente queriam.

Já faz um ano que assistimos à barbárie causada por apoiadores de Jair Bolsonaro em Brasília. Mas o que esses golpistas realmente desejavam?

Vou dizer algo contraintuitivo: não há nada historicamente excepcional no 8 de Janeiro. E compreendo seu estranhamento lendo isso e lembrando da quebradeira. Afinal, quando vimos algo semelhante?

Esse é nosso primeiro ponto crucial: o que assistimos no 8 de Janeiro foi “apenas” o aspecto mais superficial de um evento cujas raízes estão plantadas no centro da nossa ideia de nação. Apesar de toda a selvageria, não havia nada de novo ali.

Bolsonaro e seus apoiadores não representam um desvio sombrio na marcha civilizacional brasileira. Uma marcha que supostamente se reinicia com o fim da ditadura, se consolida com a eleição de Fernando Henrique Cardoso e atinge o seu ápice durante os primeiros governos Lula.

Tratá-los assim reforça as paixões que mobilizam os movimentos de extrema direita no país. Afinal, eles próprios se imaginam como uma resposta à suposta marcha progressista, tida como um projeto de destruição.

Quando olhamos para o contexto político que antecede o golpe de 1964 e para o que antecede o 8 de Janeiro, vemos que os movimentos conservadores se imaginavam como os últimos defensores de uma nação em declínio moral.

Houve nos dois momentos, também, uma campanha de terror promovida por veículos de comunicação (e hoje por meio das redes) sobre o que poderia acontecer se o que consideravam como “esquerda” continuasse no poder.

Não por coincidência, João Goulart foi deposto antes mesmo de poder implementar as reformas de base que prometiam revolucionar as estruturas sociais. “Prometiam”, pois Jango não tinha apoio político para implementá-las.

O apoio popular ao golpe de 1964 se constrói pelo medo do que imaginavam que ele poderia fazer, e não pelo que fazia. Afinal, os grupos políticos que se sentiam ameaçados estavam e permaneceram no poder.

Há algo semelhante no contexto que antecede o 8 de Janeiro. A despeito de bons avanços em algumas áreas cruciais, como a distribuição de renda e o acesso à saúde e à educação, a marcha que supostamente se reinicia com a redemocratização nunca foi capaz de cumprir as promessas de transformar o país em uma democracia.

Seguimos com dispositivos herdados da ditadura e do próprio período colonial, como a estrutura racista da sociedade e as questões fundiárias.

Não por acidente, alguns dos avanços desse período, como a citada melhora na distribuição de renda, acabaram sendo rapidamente fagocitados pela estrutura conservadora da sociedade brasileira, terminando por reforçá-la.

Digo isso mirando o posicionamento político de boa parte da classe média que se formou durante os primeiros anos do governo do PT, especialmente no Sul e no Sudeste.

Na política institucional, a situação é ainda pior. Grupos políticos conservadores e/ou oriundos da ditadura nunca estiveram longe do poder. Diria, inclusive, o contrário.

Os movimentos conservadores vêm aumentando consideravelmente a sua presença no Parlamento, tornando-se base de governos progressistas, como o próprio PT.

O golpe em 2016 é um sintoma desse movimento: a forma como o impeachment de Dilma Rousseff é aprovado sem grande resistência, inclusive com o apoio de ministros do próprio governo, demonstra como o país jamais se libertou da ordem conservadora.

A  emergência do bolsonarismo e a eleição de Jair Bolsonaro são apenas uma consequência natural da permanência dessa estrutura. O 8 de Janeiro também.

Concebê-los como movimentos extraordinários seria uma postura negacionista, que ignora a permanência dessa estrutura e seu fortalecimento.

Isso porque a tal ordem que eles defendiam nunca esteve de fato ameaçada. Ela apenas cresce e se fortalece no país.

Até políticos e grupos que se consideram progressistas ou de esquerda defendem abertamente alguns de seus valores – especialmente em áreas como a segurança pública ou a defesa dos interesses do agronegócio.

A tal ameaça à “ordem” que mobilizou os golpistas do 8 de Janeiro não passa de uma realidade alternativa, um pânico moral alimentado constantemente pela propaganda de setores que se beneficiam dessa mesma ordem, como os militares.

Setores que nunca foram de fato ameaçados. Por isso, repito: o que os golpistas realmente desejavam? O Brasil de sempre.

E isso nos ensina que, enquanto não houver uma ruptura efetiva com essa “ordem”, uma política que busque fugir dessa lógica antiga que rege o Brasil, veremos outros 8 de Janeiro se repetindo.

FORA MILICO
GOLPISMO
OPERAÇÃO CONDOR
MOURÃO GOLPISTA
Nada contra a pessoa de Mourão, mas essa manifestação, por si só, exige a prisão preventiva em função da tentativa de justificar uma ação contra o STF.
O retorno de alguns militares ao poder no governo anterior, abriu esse horror político que presenciamos. O país precisa ser devolvido "de fato" à população civil. Infelizmente, a ditadura militar no Brasil não foi superada. 
BRAGA NETO 08/01/2023
Aos Generais Golpistas prisão, julgamento e punição civil.
Por: Bolivar Meirelles

Ulisses Guimarães e os constituintes não fizeram seus papéis. Anistiaram, sob pressão, criminosos, torturadores, estupradores e assassinos dos governos militares ditatoriais do pós 1964. A Constituição vigente sob pressão do Ministro do Exército de José Sarney, o General Leônidas Pires Gonçalves não reverteu ao Serviço Ativo os militares Legalistas de 1964 que defenderam o Governo de João Goulart. Não adianta colocar na conta dos militares, apenas, o golpismo. O depoimento do governo número três de Lula explicita que, a maioria das Força Armadas, pelo Alto Comando, foi legalista no período que antecedeu e se expôs no 8 de janeiro de 2023, já no Governo três de Lula. Assumam, pois, os Civis  sim, os Civis, o seu papel: punam, após nítido julgamento, os militares, inclusive generais culpados. O Comandante do Exército nesse fatídico 8 de janeiro de 2023, o General de 4 estrelas Júlio César de Arruda não pode ser esquecido. Haja mais necessidade de explícita culpa?! Exemplo excelente seria o Poder Civil se impor. O Presidente , Lula já o fez, demitiu o insubordinado Comandante do Exército que, além de nítido comprometimento com o incompetente quebra quebra, queria nomear para o comando de batalhão estratégico, em Goiânia, capital de Goiás, o insubordinado ex ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o Tenente Coronel Mauro Cid. Haja provas contundentes de um insubordinado General de quatro estrelas! Para não falar no General Heleno, golpista desde os idos de Ernesto Geisel, quando, como ajudante de ordens, do General Frota, já ajudava a dar Golpe no Ditador à época. Julguem e, se comprovada a culpa, punam, não com superficial punição de regimento militar, sim prisão de Juiz Civil, cassação de carta patente inclusive. General de Exército hoje, ex general de Exército no pós demissão calcada em assertivo julgamento. O Poder Civil tem outra chance de assumir o seu papel. Ulisses Guimarães e os constituintes dessa carta atual tiveram chance, vacilaram ou, apenas, cumpriram as suas vontades de "subservientes" aos comandos militares. Não venham, não continuem na interminável "ladainha" de imputar, apenas, aos militares sua "vocação" golpista. Até pelo fato de que no 8 de janeiro de 2023 ter ficado bem explícito de que a insubordinação de poucos militares de alta patente foi travada pela maioria legalista dos Altos Comandos das Forças Singulares: Exército, Marinha e Aeronáutica. Não venham, pois, com o cansativo argumento de que a culpa dos golpes de Estado é, fundamentalmente, dos Militares. Assumam suas culpas vacilantes membros civis dos Poderes Civis. Assim o Povo Brasileiro espera. Essa seria a maior homenagem ao Brasil nesse primeiro ano do quebra quebra do 8 de janeiro de 2023.

General de Brigada Reformado Bolivar Marinho Soares de Meirelles

ASSALTO AO COFRE PÚBLICO
CARTA DO GOLPE
MINUTA DO GOLPE

Em delação, Mauro Cid revela que Bolsonaro fez reunião com cúpula militar para avaliar golpe no país


https://oglobo.globo.com/blogs/bela-megale/post/2023/09/em-delacao-mauro-cid-revela-que-bolsonaro-fez-reuniao-com-cupula-militar-para-avaliar-golpe-no-pais.ghtml

21/09/2023 08:23 - César Gomes. RJ: 

Bela Megale


O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu, no ano passado, com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo, para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar. Se colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil. A informação chegou à atua chefia das Forças Armadas, como um dos fatos narrados em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.


O relato caiu como uma bomba entre os militares. Segundo informações apuradas pela coluna, Cid relatou que ele próprio foi um dos participantes de uma reunião, onde uma minuta de golpe foi debatida entre os presentes.


O dado que mais criou tensão na cúpula das Forças é o de que Cid revelou que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente. Já o comando do Exército afirmou, naquela ocasião, que não embarcaria no plano golpista.


A delação premiada de Mauro Cid é considerada um ponto de partida das investigações. A Polícia Federal tem tratado o tema com cautela e sigilo. Para os fatos serem validados e as pessoas citadas pelo tenente-coronel serem eventualmente responsabilizadas, é preciso que haja provas que corroborem as informações repassadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.


É grande a preocupação entre os militares, sobre os efeitos que o relato de Mauro Cid pode ter, principalmente por envolver membros da cúpula das Forças e ministros que, apesar de estarem na reserva, foram generais de alta patente.

HINO DO BOZO

quinta-feira, 28 de março de 2024

DENUNCIAR O GOLPISMO SEMPRE * Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro/OAB.RJ

DENUNCIAR O GOLPISMO SEMPRE
OAB lembra Golpe de 1964 ‘para não esquecer e jamais repetir’ em 1 de abril

Em meio a debates que antagonizam a importância de mobilizar a sociedade nos 60 anos do golpe militar de 1964 e a necessidade de não insistir no assunto para viabilizar o apaziguamento social pós-governo fascista, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) irá realizar o evento “Lembrar para não esquecer e jamais repetir – 60 anos do Golpe de 1964: violação à democracia”.

No dia 1 de abril, das 13h às 18h, no Plenário Evandro Lins e Silva, a OAB receberá a sociedade civil para uma série de atividades que lembrarão os anos de profundo autoritarismo e de crimes – até hoje não solucionados – cometidos pelo Estado durante os anos em que o Brasil teve sua democracia sequestrada pelos militares.

O presidente da Ordem, Luciano Bandeira, será acompanhado, na mesa de abertura, pela vice-presidente Ana Tereza Basilio, o secretário-geral Álvaro Quintão, Mônica Alexandre, secretária-adjunta, Marcello Oliveira, tesoureiro e Jorge Folena, presidente da Comissão de Justiça de Transição e Memória da OAB.

Após a abertura haverá a apresentação da peça “Re-acordar”, do grupo teatral Tucaarte, com direção e participação de Amir Haddad. Um painel, a partir das 13h30, com a presidência de Jorge Folena e um debate no final do dia trarão palestras que tratarão dos contextos histórico, social, ideológico e político que se somaram para criar o fato político que jogou o país em 21 anos de direitos cerceados.

Confira a programação completa:

13h – Abertura
Luciano Bandeira – presidente da OABRJ
Ana Tereza Basilio – vice-presidente da OABRJ
Álvaro Quintão – secretário-geral da OABRJ
Mônica Alexandre – secretária-adjunta da OABRJ
Marcello Oliveira – tesoureiro da OABRJ
Jorge Folena – presidente da Comissão de Justiça de Transição e Memória da OABRJ

13h30 – Apresentação da peça “Re-acordar” (Grupo Teatral Tucaarte)
Dramaturgia, direção e participação de Amir Haddad

15h – Palestras
Presidência do painel
Jorge Folena – presidente da Comissão de Justiça de Transição e Memória da OABRJ

15h15 – O que foi o golpe de 1964?
Lincoln Penna – professor de história da UFRJ e membro da Casa da América Latina

16h – Ato Institucional n 1 de 1964: violência contra a ordem constitucional
Sérgio Sant’Anna – professor de Direito Constitucional da Ucam e membro da Comissão de Justiça de Transição e memória da OABRJ

16h45 – Golpe de 1964 e os militares na política brasileira
Denise Assis – jornalista e mestre em comunicação social pela UFRJ

17h30 – Debate
Anderson Bussinger – diretor do Centro de Memória e vice-presidente da Comissão de Justiça de Transição e Memória da OABRJ
Paulo Joeal Bender Leal – coordenador do Centro de Memória do IAB e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santo Ângelo/RJ

Realização: comissão de Justiça de Transição e Memória/OABRJ
Local: Plenário Evandro Lins e Silva | Av. Marechal Câmara, 150 – 4 andar

Texto: Rodrigo Mariano/Senge RJ
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