segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

As quinta e sexta colunas brasileiras * Quantum Bird

As quinta e sexta colunas brasileiras
Quantum Bird [*] 

Recentemente, em seu amplamente elogiado artigo "Revisiting Russia’s 5th and, especially, 6th columns" (disponível em inglês e português ), Andrei Raevsky, do Blog do Saker, retomou o seu conceito – bastante original – de sexta coluna, focando-se no panorama político e conjuntura geopolítica russa.

Neste pequeno artigo, pretendo aplicar os conceitos expostos por Raevsky ao Brasil e, tanto quanto possível, identificar, pelo menos indiretamente, os principais membros e facções que compõem a sexta coluna brasileira.

Antes de analisarmos a sexta coluna propriamente dita, convém relembrar que os tipos que compõem a quinta coluna no Brasil são basicamente os membros da elite e classe média compradoras locais. Essas pessoas – políticos, militares, empresários, acadêmicos, artistas ou intelectuais – são notórias por seu anti-nacionalismo explícito, vulgar e, despudoradamente, servil. Desprovidos de qualquer traço de brio nacional ou civilizatório, passaram a ser referidos como vira-latas na cultura popular.

Os quinta colunistas brasileiros gostam de se apresentar como neoliberais ou neoconservadores, mas na verdade são desprovidos de verdadeira ideologia. São apenas um resquício do passado colonial e escravista brasileiro; sempre dispostos a servir à metrópole estrangeira dominante no momento, contra os interesses nacionais. Mais especificamente, falamos de adeptos do consenso de Washington – com muitos portadores de diploma de economia egressos das Universidades de Chicago, Harvard e outras da Europa e dos EUA . São defensores explícitos, ou implícitos, da Doutrina Monroe e violadores seriais de direitos humanos.

Historicamente, essa gente se aglutina politicamente em torno dos partidos de direita locais e de uma certa rede local de televisão. E esse é um aspecto importante, pois em toda América Latina, e o Brasil não é uma exceção, as pautas principais de esquerda são a justiça social, o anti-imperialismo e o nacionalismo, no sentido de conquista e manutenção da soberania plena.

O que é a sexta coluna ?

O último parágrafo da seção anterior já contém a resposta. Concisamente, os integrantes da sexta coluna, parecem atuar como anti-imperialistas, nacionalistas e defensores dos direitos humanos etc, mas suas ações consistentemente promovem os mesmos interesses perseguidos pelos quinta colunistas. Esta aparente contradição entre fins, meios e, principalmente, consequências, fornece aos integrantes da sexta coluna a cobertura necessária para realizar operações psicológicas complexas e infectar setores importantes da sociedade, sempre promovendo a agenda imperial.

O wokeismo tropical ou "o ultimato Borg"

O movimento woke tem sido discutido na mídia corporativa e alternativa, e existem bons artigos sobre isso, de forma que não pretendo me aprofundar muito na definição do wokeismo em si. Em vez disso, escolhi esse trecho do Manual do Mentícidio: Wokeness, que no meu entender basta para compreender o conceito:

Wokeness é a euforia sobre gênero e raça.
A euforia em psicologia é o estado mental de felicidade agravada. ... Os wokes estão extremamente eufóricos com a descoberta de todas as raças e gêneros. Para eles, ser woke é a coisa mais importante do mundo.
É causada pela liberação excessiva de neurotransmissores dopamina e serotonina em seus cérebros, levando a uma sensação de extrema felicidade. As pessoas wokes estimulam seu sistema de prazer entregando-se ao sexismo e ao racismo incessantes.

Então é isso. O wokeismo é uma doutrina identitarista radical, instrumentalizada com uma série de mecanismos bastante intrusivos, divisivos e perturbadores que tenta ditar como as pessoas devem agir e pensar. O objetivo final dos identitaristas wokes é substituir a diversidade real por uma versão falsa e simplificada, restrita à questões raciais superficiais e definições de gêneros artificiais.

Os identitaristas wokes fazem parte da sexta coluna porque num primeiro momento seu identitarismo pode soar honesto, e de fato dialogar causas legítimas como as reivindicações por justiça racial, direitos das mulheres, povos indígenas etc.

Entretanto, fica logo evidente que o identitarismo woke não é sobre as condições sociais objetivas, mas sobre a difusão do próprio identitarismo, que promove na população hospedeira, agitação social, fragmentação e anomia. A decorrente fragilização das estruturas sociais e a perda de foco no debate político, impossível de ser seguido por indivíduos agora confusos sobre sua própria raça e seu gênero, cria um ambiente propício para a infiltração das estruturas e agendas imperiais.

O caráter violento da agenda identitarista woke se manifesta explicitamente através do fenômeno popularmente conhecido como cancelamento, aplicado pela coletividade identitarista woke contra aqueles que resistem à sua doutrinação.

O comportamento dos identitaristas wokes com aqueles que não aderem às suas causas se assemelha muito com o comportamento dos Borgs, proferindo seu famoso ultimato,

"A resistência é inútil. Você será assimilado".

De fato, o website Memory Alpha, mantido pelos fans de Jornada nas Estrelas, documenta:

Os Borg são uma pseudo-espécie de organismos cibernéticos mostrados no universo ficcional da franquia Star Trek.
[...] os Borg usam melhoramentos cibernéticos reforçados como um meio de atingir aquilo que eles acreditam ser a perfeição.
[...]
Os Borg se tornaram um símbolo na cultura popular para qualquer rolo compressor contra o qual "a resistência é inútil".
[...] A procura da perfeição é a única motivação dos Borg, uma perfeição mecânica e sem emoção. Isso é alcançado através da assimilação forçada, um processo que transforma indivíduos e tecnologia em Borg, melhorando-os — simultaneamente controlando — por meio de implantes sintéticos.

E assim são os identitaristas wokes.

Os tucanos vermelhos

Os tucanos são uma família de aves que vivem nas florestas tropicais da América Central e América do Sul. Como todos sabem, um tucano com penas nas cores da bandeira brasileira é também o mascote do PSDB, partido social-democrata brasileiro, notório pela sua política de extrema direita e neo-liberalismo econômico radical e privatista, que arruinou o Brasil na década de 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso – outra similaridade com a Rússia, que sofreu do mesmo mal no mesmo período. Tudo isto faz dos tucanos verde-amarelos membros orgânicos da quinta coluna. Até aqui, nenhuma novidade.

Acontece que no panorama político brasileiro, os tucanos verde-amarelos não são os únicos membros da família Ramphastida. Existem os exóticos tucanos vermelhos. Refiro-me aos quadros políticos que na prática compartilham da mesma ideologia, mas infestam os partidos de esquerda. O número exato desses elementos é difícil de estimar, pois na maior parte do tempo esses personagens interpretam bem o papel de esquerdistas, evitando expor sua verdadeira filiação ideológica simplesmente não abordando temas como soberania, anti-imperialismo, combate e erradicação efetiva da pobreza, estatização dos setores estratégicos da economia etc.

Entretanto, a plumagem vermelha desses tucanos cai, inexoravelmente eles exercem o poder e tomam decisões. Claro, geralmente é tarde demais, pois já foram eleitos e, de fato, é daí que vem boa parte do dano que eles causam. Quando não estão traindo o povo legislando ou implementando leis e atos que amplificam a penetração do imperialismo no país, os tucanos vermelhos gastam seu tempo sabotando as organizações populares. Isso é feito promovendo pautas divisivas, alienantes e desmobilizadoras. Muitos tucanos vermelhos da atualidade são também identitaristas wokes. Outros, mais sutis, mas não menos perigosos, posam como intelectuais e produzem conteúdo deturpador da história e da cultura nacional e internacional, promovendo mitos claramente contra-producentes para a agenda da consolidação da soberania. Os tucanos vermelhos são mestres em implodir, alienar e cooptar organizações populares.

Três exemplos, antes de passarmos à próxima categoria:

1. O ex-candidato a presidente pelo Partido dos Trabalhores (PT), que como ministro da educação no governo Lula promoveu um aumento significativo do financiamento, e consequente endividamento, dos estudantes brasileiros ao priorizar a ampliação do setor privado do ensino superior no país, tudo enquanto pousava como um construtor de universidades públicas. Atualmente, o mesmo personagem dedica-se a torpedear todo e qualquer avanço da luta anti-imperialista na América Latina, atacando da Venezuela até a Nicarágua. Recentemente sentiu que deveria também atacar a Rússia, por promover o multipolarismo e respeitar o Brasil, re-estabelecendo os contatos normais e protocolares com o governo atual.

2. Os líderes do MST, Movimento dos Sem Terra, que cuspiram na história da organização e a envolveram com o turbo-capitalismo financista predatório global. O MST hoje tem títulos na bolsa de valores e participa de organizações sediadas em Washington DC, em parceria com entidades com tubarões do capitalismo global.

3. A rede de influenciadores digitais e youtubers wokes, que se vendem como esquerdistas, mas não passam de impostores intelectuais que aceitam de bom grado, quando não concorrem por, doações das fundações dos imperialistas do capitalismo central, para comprar pacotes de likes e visualizações, a fim de promover suas atividades perturbadoras da coesão social.

O terceiro setor

No Brasil, o complexo obscuro e emaranhado das Organizações Não-Governamentais (ONGs) é, por motivos igualmente crípticos, chamado de terceiro setor.

Críptico porque as ONGs estão repletas de funcionários e ex-funcionários públicos e tipicamente interagem com as organizações governamentais via um esquema clássico de porta giratória, seguido geralmente de escadas rolantes ascendentes.

As ONGs fornecem o ambiente perfeito para a distribuição das pautas e financiamentos das entidades do imperialismo, sob o disfarce de prestação de serviços úteis ao público, por isso as classifico como integrantes da sexta coluna. Como se costuma dizer

"Quem paga a banda, escolhe a música".

O dinheiro é injetado no topo do sistema, via editais temáticos e doações pelos suspeitos usuais, e em seguida é redistribuído de forma capilarizada, de modo que é muito fácil de ser seguido. De fato, não é incomum encontrar pessoas que contribuem doando dinheiro e trabalho para ONGs sem nunca perceberem que estão colaborando com a promoção de guerras híbridas, por exemplo. A ausência de uma legislação específica para rotular essas entidades como agentes estrangeiros e regular mais atentamente suas atividades, transformou o Brasil no paraíso das ONGs.

Conclusões

O conceito de quinta, e principalmente, sexta colunas são muito úteis para entender o cenário político brasileiro, ininterruptamente agitado por operações psicológicas e uma confusão ideológica enorme. Existem milhares de outros exemplos e cobri-los exigiria um livro, provavelmente volumoso. Felizmente não é necessário cobrir todos os casos para identificar os sexta colunistas. De fato, basta aplicar o critério já indicado por Andrei Raevsky: "cui bono?" Ou seja, quem ganha ou sai fortalecido com as operações dos agentes suspeitos, mas aparentemente bem intencionados ? A resposta indicará o caminho.

20/Fevereiro/2022

CONFIRA
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domingo, 27 de fevereiro de 2022

PROIBIDO ESQUECER OS CARACAZOS * Freddy Parra / Eduardo Marapacuto - Venezuela

 PROIBIDO ESQUECER OS CARACAZOS

33 anos depois da Rebelião Popular de 27 de fevereiro de 1989, que o povo empreendeu contra as políticas de fome da ditadura partidária dos governos de Punto Fijo, e fiéis às nossas convicções revolucionárias, firmes contra o ataque das forças burguesas , nacionais e estrangeiros, em pé para lutar contra o imperialismo e o terrorismo, dirigimo-nos a vós, com disciplina e humildade, aquilo que nos dá ser filhos do povo sofrido, submetido e explorado há mais de 520 anos pelas mãos dos nossos inimigos de classe, como é, e sempre foi, a burguesia; e também como filhos de Bolívar, que sonhava com uma América Latina unida, e de nosso eterno camarada Chávez, que nos mostrou o caminho para sermos definitivamente livres e soberanos.


E nesta ocasião o fazemos por, com a coragem que nos é dada por nunca ter desistido, resistindo e lutando constantemente para alcançar a bela Pátria que todos nós merecemos, cheia de paz, justiça social, respeito, amor, trabalho, honestidade e solidariedade entre irmãos de bom coração, exigir de vocês, usar o poder político que nós, os pobres da Venezuela, transferimos para vocês, na aplicação da Constituição e das Leis, e na administração da força pública, para , de forma contundente, e sempre apegada às leis da Nação, é aplicada contra os pequenos grupos violentos da burguesia, grupos que pretendem dar um golpe contra nosso governo, democraticamente eleito pela maioria; causando, não só a destruição dos bens da Nação, mas também o assassinato de irmãos venezuelanos, para criar as condições ideais para uma intervenção das forças militares norte-americanas.


Os inimigos do Povo devem ser julgados como terroristas, assassinos e traidores da Pátria. Que não haja mais impunidade para aqueles grupos que, desde 2002, atuam aberta e livremente contra os mais vulneráveis ​​de nossa sociedade. Você não deve dar beligerância política àqueles que através da violência, atos terroristas e promoção da interferência estrangeira tentam romper o fio democrático do Estado. O diálogo com eles já é insuficiente. Aplicar a Lei e a Justiça.


Senhor Presidente, Nicolás Maduro, sempre com o objetivo de fortalecer as alianças entre as forças revolucionárias nacionais e internacionais, e fortalecer o caráter revolucionário do governo que preside, conforme a última ordem de nosso Comandante Supremo, Hugo Rafael Chávez Frías, e eleito pelos pobres da Venezuela; Nesta guerra de classes que está sendo travada na Venezuela, dizemos que é com esse mesmo povo pobre e sofredor, com suas bases, com seus grupos e organizações sociais que demonstraram coerência e apego aos ideais revolucionários, com quem você deve se encontrar para dialogar , concertar e especificar as novas leis revolucionárias, socialistas e profundamente democráticas, de cunho popular, anti-imperialista e solidário, que devem reger a nossa Nação; deve ser endossado por toda a cidade, dando o leme, sem medo, com determinação, para a esquerda; aprofundar e radicalizar o processo revolucionário.


Lembre-se que todo o povo revolucionário é filho de Bolívar e Chávez, que entre nós não deve haver privilégios nem elites poderosas, mas que todos devemos gozar de direitos iguais. É por isso que essas castas privilegiadas dentro do governo, que por trás da burocracia e das instituições se enriquecem ao trair o legado de Chávez, devem ser eliminadas.


As revoluções são forjadas pelos povos, pelos pobres, pelos trabalhadores, pelos indígenas, pelos estudantes, desde que tenham profundo amor ao seu país.


A burguesia nunca o fará, nem mesmo de um ministério. Ela se constrói a partir e com os bairros, os campos, os humildes, os esperançosos, os mais necessitados; para que o resultado seja justiça social, paz e amor. É com eles, com seu poder de decisão, que deve ser construída a agenda revolucionária do país que queremos, não com a burguesia.


Senhor Presidente, em meio a esta guerra de classes, entre o Povo e a Burguesia, nós o elegemos para ser a favor de nossa causa, que é a causa de Guaicaipuro, Bolívar e Chávez.


Resgatando a Memória Histórica.


Para cima aqueles que lutam! ! ! 


A única luta que se perde é a que se abandona! ! ! 


Só a luta nos libertará! ! ! 


Da Venezuela 🇻🇪 Terra de Libertadores 530 anos após o início da Resistência Antiimperialista na América e 211 anos após o início de nossa Independência.


Coordenador Simón Bolívar 

Caracas - Venezuela 🇻🇪.

fevereiro de 2022.

33 ANOS DE 27 DE FEVEREIRO: QUANDO O POVO ACORDA!*Eduardo Marapacuto

 Quase sempre procuro aproveitar o tempo de cada dia para escrever minhas idéias e pensamentos com a intenção clara e prudente de submetê-los à revisão de cada um que me lê diariamente. Não é um risco, mas um aprendizado, pois a 

 *Escrever* representa para mim um ritual de consciência militante e revolucionária. Por isso, é um convite constante a *escrever nossas próprias idéias,* ou seja, devemos *ler, escrever e publicar.* 


Hoje, 27 de fevereiro, é o 33º aniversário daquele outro *27 de fevereiro de 1989, um dia em que a situação acordou tensa e que a vida do povo venezuelano era extremamente terrível. Imagine, governavam os Adecos, com um legado de corrupção em todos os níveis de seu sistema nervoso, a pobreza pendurada nas pálpebras dos olhos de cada família, que não bocejava para não perder a força da alma; por outro lado, o governo e até o próprio Estado, de corpo e alma aos desígnios do FMI e do Banco Mundial; enquanto isso, a classe dominante da oposição com o aroma da mariposa e o povo recolhendo as migalhas que a elite traiçoeira deixava após cada farra. 

Como afirmamos em diferentes análises e cenários, os dias 27 e 28 de fevereiro de 1989 marcam a data exata *da ruptura histórica com a fase desastrosa do puntofijismo* e, juntamente com o 4F, são o ponto de partida que marcou o início do colapso dos corruptos. democracia.


A decomposição progrediu tão seriamente que alguns anos depois, o presidente Adeco foi *removido como ladrão.* Esta história deve ser contada a todos que desconhecem essa verdade. E além disso, também devemos lembrar as histórias sobre a *"parlamatraca", a "Serra Nevada", Lusinchi e Blanca Ibañez,* Cecilia Matos e muitos outros que governaram este país sob o véu protetor da *barraganería*


Hoje, 33 anos após o chamado *"caracazo",* as condições históricas apontam para outra etapa, de renascimento, de resistência e de continuar avançando na revolução, independência e plena soberania. 


Vamos falar desse dia histórico e construir uma nova história, pois já faz 33 anos que o povo venezuelano *acordou* do amargo período do puntofijista.


De algum lugar em La Mancha, domingo, 27 de fevereiro de 2022



 EFEMÉRIDES DA GERAÇÃO DE DIAMANTE 

            (1958-1998)


  • 27 DE FEVEREIRO DE 1989


  • HOMENS E MULHERES CAÍDOS NO CARACAZO


À MEMÓRIA DE YULIMAR REYES


*Em 27 de fevereiro de 1989*, fazia 30 anos de governos puntofijistas, após a fuga de Pérez Jiménez. 

*Em 2 de fevereiro de 1989*, iniciou-se o sétimo e segundo governo de Carlos Andrés Pérez (1988-1992), que desde o governo de Rómulo Betancourt (1958-1963), foi Ministro das Relações Interiores (MRI) e co-responsável pela inúmeros crimes, não só contra dirigentes políticos e militantes dos partidos de esquerda, mas contra o povo pelo simples fato de se manifestar: o Massacre de La Concordia, em 4 de agosto de 1959, entre outros. 


*Em 27 de fevereiro de 1989*, devemos analisá-lo dentro do contexto político, social e econômico, ocorrido durante esses 30 anos: Massacres (Cantaura 1982; Yumare 1986; Amparo 1987), Assassinatos seletivos, Extermínio e bombardeios em áreas camponesas, A repressão brutal e criminosa (política de Estado) às manifestações e protestos e, mais gravemente, os DESAPARECIMENTOS FORÇADOS à dissidência política.


*Em 27 de fevereiro de 1989*, a política econômica se manifestou com o alto custo de vida, escassez dos artigos da chamada "cesta básica", além da escassez e do galopante aumento de preços, a remarcação de produtos .


*Em 27 de fevereiro de 1989*, a política social é rudemente expressa com desemprego e demissões em massa; serviços públicos ruins, privatização da educação e saúde pública gratuita era inexistente.


*Em 27 de 1989* o semáforo acendeu no vermelho, paralisando todos os serviços, diante da atitude do governo, ao minimizar o valor exato dos protestos, que se multiplicaram pela paralisação do transporte "público" entre Caracas-Guarenas-Guatire, aumentando o preço do ingresso, liderado pelos alunos do Instituto Politécnico Universitário Luis Caballero Mejías, de Guarenas, e depois a solidariedade do Instituto Pedagógico e da UCV, de Caracas.


*Em 27 de fevereiro de 1989*, ele transformou o protesto local em Guarenas em um protesto coletivo, não pelo aumento das tarifas, mas pelo aumento geral do alto custo de vida.


*Em 27 de fevereiro de 1989*, ele não encontrou liderança e a anarquia popular dos bairros se multiplicou automaticamente. A chamada "classe média" ou "profissional" não participou lá, por isso o protesto foi silenciado no ponto das execuções coletivas, eles se mataram por matar, sem contemplação, eles fizeram uma verdadeira *carnificina humana* com o pobres, para assustar a população "marginal", assim chamada pelos "cientistas sociais burgueses". A carnificina humana, que hoje é conhecida como *capacidade de destruição em massa* pelas forças militares em operações de guerra, mas na Venezuela foi realizada em um confronto desigual, uma população "marginal desarmada". 

O PUNTOFIJISMO aplicou, pela primeira vez na América Latina, o Desaparecimento Forçado como política de Estado, mas também foi pioneiro na aplicação de *Massacres* contra um povo indefeso, sem direito a chutar, ou seja, sem *Direito Humanitário* violando todos os acordos internacionais.


*A 27 de Fevereiro de 1989*, cai YULIMAR REYES, estudante de Serviço Social da Faculdade de Ciências Económicas e Sociais (FACES) da UCV. Uma líder estudantil, militante de sonhos e ativista de ideais nobres, como milhares de estudantes que a precederam desde 1958.


*O Massacre de 27 de fevereiro de 1989* por sua magnitude é inquantificável em número ou número de mortos, (calculado em 3.000 mil) já que a maioria das vítimas foi apanhada nas ruas e enterrada, sem qualquer controle forense do governo adeco de Carlos Andrés Pérez. 


🚩 HONRA E GLÓRIA AOS MILHARES DE CAÍDOS NO CARACAZO.


🚩 *A MEMÓRIA É A ÚNICA COISA QUE O TEMPO NÃO DESTRÓI*


🚩 TEMOS A VERDADE, SOMOS DEVEDORES À JUSTIÇA 


NA LUTA CONTRA O SILÊNCIO E 


FRENTE SOCIAL DOS FAMILIARES E AMIGOS DOS ASSASSINADOS E DESAPARECIDOS


HUGO CHÁVEZ FALA SOBRE O 27 DE FEVEREIRO
&
OUÇAM A RÁDIO DEL SUR
...

FNL OCUPA ÁREA PÚBLICA * Frente Nacional de Luta Campo Cidade/FNL

 FNL OCUPA ÁREA PÚBLICA

FRENTE NACIONAL DE LUTA CAMPO E CIDADE

Aproximadamente 100 famílias ocuparam uma área pública de150 hectares, na madrugada deste sábado, 25, localizada na região administrativa de Sobradinho, em Brasília.


A área tem servido a grileiros que tem a finalidade de ocupar para especular, enquanto o Distrito Federal possui mais de 100 mil famílias sem a garantia de um teto, bem como as áreas rurais servem a especuladores, quando milhares de famílias lutam por um pedaço de terra para plantar e viver.


A área ocupada pertence a Terracap, órgão público que não cumpre a função social, atuando com um latifundiário, ao mesmo tempo que a população sobre grandes necessidades.


A Frente Nacional de Luta Campo e Cidade - FNL realiza nestes dias o Carnaval Vermelho, com ocupações urbanas e rurais na defesa de moradia, terra e dignidade.


A FNL está organizada em 12 estados brasileiros, tendo na capital federal e no país desenvolvido a defesa da reforma agrária e urbana, especialmente no momento que o INCRA sofre um grande desmonte e é dirigido por um latifundiário da UDR, que ataca os povos indígenas, quilombolas e camponeses pobres.









Colaboração: Jornalista Pedro Cesar Batista - TVC do Distrito Federal
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Vai ter guerra na Amazônia * Claudio Angelo / SP

Vai ter guerra na Amazônia
Claudio Angelo

No fim do ano passado tive o privilégio duvidoso de passar quase 20 dias viajando pela Amazônia. Desci a BR-163 de Santarém até Castelo dos Sonhos, no Pará, e na volta percorri a Transamazônica de Itaituba, a capital brasileira do ouro ilegal, até Altamira. Estava acompanhado de Tasso Azevedo, um dos arquitetos das políticas que levaram à queda do desmatamento entre 2005 e 2012 e, em alguns trechos, da jornalista Giovana Girardi, que cobre meio ambiente há mais tempo do que ela gosta de admitir.

Em todos os lugares, mas especialmente no sul do Pará, me senti no famigerado putsch de 7 de setembro na Esplanada. Em Novo Progresso, cidade que come, bebe e respira crime ambiental, era difícil encontrar um estabelecimento comercial ou uma porteira de fazenda sem uma bandeira do Brasil na fachada. Adesivos do “mito” adornavam carros. Uma loja de caça e pesca exibia orgulhosa banners de “não é pelas armas, é pela liberdade”. Para andar sozinho sem despertar suspeitas, colei um adesivo de “Bozo 2022” na mochila, mas na porta do hotel Tasso logo me avisou da futilidade do esforço: “Você é a única pessoa de máscara na cidade, todo mundo vai saber que você é de fora”.

Novo Progresso está vivendo seu grande momento. Em seus restaurantes lotados, onde uma pizza é vendida a 130 reais, em suas concessionárias de pás carregadeiras e lojas de motosserras, em seus silos e frigoríficos, tudo recende a um lugar onde está correndo dinheiro. Dinheiro de garimpo clandestino, de venda de terra grilada, de gado criado dentro de uma área protegida vizinha à cidade, de soja colhida onde antes era o gado e antes do gado era o grilo e antes do grilo era a mata. Novo Progresso e as vizinhas Castelo dos Sonhos (um distrito de Altamira), Trairão e Itaituba reelegerão Jair Messias Bolsonaro por larga margem em outubro deste ano.

Bolsonaro deu a essas e outras cidades amazônicas exatamente o que prometera na campanha e o que elas sempre desejaram: liberdade total. Seu governo arrancou o superego do chamado “setor produtivo” ao assegurar que o Estado, na forma do Ibama, da Polícia Federal, da Agência Nacional de Mineração e outras, não mais perturbaria o trabalho honesto e suado dessas pessoas de bem. Em janeiro deste ano, gabou-se do serviço bem feito ao dizer que “reduzimos em 80% (sic) as multagens (sic)” no campo.

Embora a redução não tenha sido de 80% (por que Bolsonaro não mentiria sobre isso também?), todos os indicadores de desempenho do Ibama em sua gestão, ano após ano, são os piores das últimas duas décadas. O governo disponibiliza dinheiro para a fiscalização ambiental como um decoy. Enquanto a imprensa e John Kerry perseguem o fetiche dos recursos, o governo os disponibiliza, mas garante que eles não servirão para nada. O homem amazônico da fronteira ganhou segurança para fazer o que faz de melhor desde a década de 1970: privatizar terras públicas, incorporando sua madeira, os nutrientes de seu solo e seus minérios.

À primeira vista, Novo Progresso é a própria realização da visão de Paulo Guedes de um mundo onde o setor privado opera sem travas, sem regulações e sem o dedo do Estado. Quem chegar primeiro leva, escolhe-se entre ter emprego e ter direitos e frequentemente “meritocracia” se mede pela quantidade de balas no revólver. O problema é que, como toda utopia anarcocapitalista, essa também tem muito de “anarco” e pouco de “capitalista”. A economia da fronteira amazônica só prospera porque é enormemente subsidiada. A terra é de graça; os nutrientes do capim que engorda o boi são de graça; e os efeitos climáticos do desmatamento, a mãe de todas as falhas de mercado, não são abatidos do preço da arroba de carne nem da saca de soja. A conta quem paga é você a cada enchente em Itabuna, cada deslizamento em Franco da Rocha e cada seca que esgota a energia das hidrelétricas do Centro-Sul. Para os homens (porque são quase sempre homens) de bem da Amazônia, the mamata never ends. E a teta nunca foi tão generosa quanto na era Bolsonaro. E é por isso que em 2023, não se engane, a floresta vai entrar em guerra.

Com a possibilidade felizmente cada vez mais plausível de o facínora perder a eleição, o próximo presidente vai precisar fazer uma escolha muito difícil sobre a Amazônia. Pode deixar tudo como está, com a economia de metade do território entregue ao crime organizado. Ou pode intervir. E aí o bicho vai pegar.

Porque qualquer intervenção que se faça para conter o ecocídio e o etnocídio em curso na Amazônia necessariamente terá de envolver a volta do Estado por meio de ações pesadas de comando e controle. As grandes investigações do Ibama e da PF, com prisões de funcionários públicos, apreensão de gado, embargo de fazenda de deputado e queima de equipamento de amigo de senador, terão de voltar a ser rotina. O finado Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, que vigorou de 2004 a 2019, vai ter de fazer um retorno triunfal. E o “setor produtivo” vai precisar voltar a ter medo de satélite.

Se o eleito for Luiz Inácio Lula da Silva, essa responsabilidade será redobrada. Em seu governo começaram a ser adotadas as medidas que levaram à queda do desmatamento (que ele próprio passou a torpedear depois, mas essa é outra história). Lula, que andou visitando os chefes de governo climaticamente conscienciosos da Europa, sabe que um choque de gestão ambiental com drástica redução do desmatamento é a primeira medida a ser adotada para que o Brasil seja novamente aceito à mesa da comunidade internacional.

Nada disso vai acontecer com o Exército gastando meio bilhão de reais para distribuir panfletos educativos aos bandidos ou com o governo pedindo moderação à turma da motosserra. Há três anos eles estão com a chave da adega e um passe livre no Bahamas; não serão simplesmente persuadidos a ficar sóbrios e castos só porque o filme do Brasil está queimado e o planeta está tostando. Haverá, anote, bloqueios de rodovia, passeatas, atentados a escritórios do Ibama, veículos queimados, agentes alvejados. O helicóptero do órgão ambiental incendiado dentro de um aeroclube em Manaus em janeiro foi só um aperitivo do que vem por aí. Para citar apenas um exemplo, há um CAC (clube de atiradores, esse instrumento da milicianização oficial do país) sendo construído no meio do nada numa fazenda em Castelo dos Sonhos a 40 quilômetros de uma terra indígena. Ninguém faz uma coisa dessas num lugar desses para treinar atletas para a Olimpíada de Paris.

Haverá pressão total de prefeitos e parlamentares locais sobre governadores recém-eleitos e do Centrão sobre o Planalto para um enorme “deixa disso”, um acordo “com Supremo, com tudo” para mudar a legislação ambiental e “pacificar de vez” o campo. Foi esse o papo usado em 2010 para mudar o Código Florestal, em 2012, o que não apenas não pacificou coisa alguma como pôs fim ao ciclo virtuoso de queda na devastação da Amazônia.

O próximo ocupante do Palácio do Planalto terá de chegar a Brasília em janeiro com tampões no ouvido e amarrado ao mastro para não sucumbir ao canto de sereia da flexibilização das leis. Ao mesmo tempo, terá de estar preparado para uma reação violenta de patriotas armados a qualquer plano sistemático para reduzir as taxas de desmatamento. Bolsonaro pode até ir embora, mas o bolsonarismo criou raízes na floresta e não vai largar o osso fácil. Dois mil e vinte e três será um ano tenso, ruidoso e possivelmente sangrento na Amazônia.
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*Claudio Angelo* nasceu em Salvador, em 1975. Foi editor de ciência do jornal Folha de S.Paulo de 2004 a 2010 e colaborou em publicações como Nature, Scientific American e Época. Foi bolsista Knight de jornalismo científico no MIT, nos Estados Unidos. Lançou, em 2016, pela Companhia das Letras o livro A espiral da morte, sobre os efeitos do aquecimento global, ganhador do Prêmio Jabuti na categoria Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática.

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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Transição das Ditaduras no Conesul e suas permanências / Brasil Cotidiano Especial

Transição das Ditaduras no Conesul e suas permanências
Brasil Cotidiano Especial
MAIS CARLOS ASNAREZ

O NAZISMO VOLTOU - A Ucrânia que a imprensa não mostra * Prof Lejeune Mirhan / SP

O NAZISMO VOLTOU 

A Ucrânia que a imprensa não mostra


Hitler vive na Ucrânia! O nazismo, que achávamos morto, ressurge com força a partir do golpe contra o presidente Yanucovych de fevereiro de 2014, inteiramente bancado e apoiado pelos Estados Unidos e seu lacaios europeus. São cenas fortes, chocantes. Os fracos não devem ver o vídeo. É um documentário de 13 minutos que precisa ser assistido. Temos que recortar as cenas mais fortes e divulgá-las à exaustão. Os líderes que eles clamam como herois tratam-se Stepan Banderas (1909-1959) e Roman Shukhevych (1907-1950), sendo que este último se alistou nas fileiras das tropas nazistas quando da invasão da Ucrânia após a chamada operação Barbarossa, em dezembro de 1940 que levou quatro milhões de soldado em direção à URSS para destruí-la. Ao passar pela Ucrânia, parte da população saudou os nazistas como libertadores. Shukhevych entrou em um batalhão que assassinou mais de cem mil poloneses. É contra o nazismo que assola a Ucrânia novamente desde 2014 que os antifascistas de todo o mundo lutam neste momento. Putin empreende missão de limpeza e desnazificação daquela região. Putin faz hoje o que fizeram juntos Roosevelt, Churchil e o grande comandante do exército vermelho, Joseph Stálin, odiado pela burguesia e, claro, por parte da esquerda mundial. Essa mesma dita esquerda que hoje ataca mais a Rússia do que Biden, os EUA e os governos clientes europeus. Uma vergonha para a humanidade. Divulguem à exaustão esse vídeo. Vamos enterrar de vez Hitler na Ucrânia, no Brasil e em qualquer lugar do mundo, Nazismo nunca mais. Não passarão. Abraços
Prof. Lejeune Mirhan / SP

VAMOS MARCAR EM CIMA * Sindicato dos Enfermeiros do Rio e Janeiro / RJ

 VAMOS MARCAR EM CIMA



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*Os servidores municipais da saúde do Rio estão há mais de 10 anos na luta pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)*

O PCCS é uma promessa de campanha do prefeito Eduardo Paes, mas até agora só tá na promessa.
Os profissionais de saúde são valorizados pela sociedade, só falta o Eduardo Paes reconhecer.

Atuando na linha de frente do combate à pandemia do coronavírus, mais do que nunca esses profissionais precisam ser valorizados.

*Vamos pressionar o prefeito* para que, finalmente, faça justiça aos  funcionários públicos que zelam pela saúde das pessoas.

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

BOLSONARO DESGRAÇA O ENSINO MÉDIO * Leonardo Chacal / SP

BOLSONARO DESGRAÇA O ENSINO MÉDIO

Reforma do ensino médio: menos conhecimento oferecido, mais precarização do trabalho docente, aumento da burocratização das relações no "chão da escola".

É um caos. Mil e uma matérias oferecidas e nada de conhecimento clássico, científico e histórico. Lixo. Uma confusão.

Que tipo de indivíduo ela contribui para formar? Mais "ignorante", do ponto de vista do conhecimento, mais iludido com o futuro "empreendedor" e menos interessado em ir a própria escola. Lixo.

Quem quer entendê-la precisa, antes de tudo, entender a própria precarização do trabalho que promove o capital. É o ponto de partida. Senão cai-se em analises que reduzem tudo a política partidária e governamental; como também denúncias de cunho moralista.

A escola pública torna-se, cada vez mais, um galpão de gente. Curral de futuros desempregados, precarizados ou assassinados pela polícia.

Leonardo Chacal

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

ENDÊMICA BURRICE * Wladimir Tadeu Baptista Soares / RJ

 ENDÊMICA BURRICE

Há uma burrice endêmica

Visível neste meu país. 

E burrice não tem cura e nem tratamento. 

Há gente burra com diploma de doutor,

E Há gente sem diploma 

Que burra não é. 

O burro não consegue ter um pensamento crítico,

E ele se convence da sua própria opinião. 

Há burro ateu e burro religioso,

Burro jornalista e burro parlamentar.

Tem gente burra que vive muito bem na política,

Tem gente burra nos tribunais.

Tem gente burra prescrevendo remédios,

E gente burra ensinando por aí. 

Há gente burra no meio artístico,

Há gente burra em todo lugar.

Há gente burra se alimentando de mentiras,

Acreditando em coisas impossíveis de acreditar. 

E essa gente burra está no meio de nós todos,

Cada vez mais arrogantes, agressivos e sem pudor.

Essa gente burra dá as costas para a ciência,

Não tem leitura e nem conteúdo para argumentar.

É uma gente abraçada a um revisionismo histórico,

Adorando suásticas e qualquer ditador militar.

São burros no comando de uma nação inteira,

Procurando destruir a inteligência

daqueles que sabem pensar. 


Wladimir Tadeu Baptista Soares 

Cambuci/Niterói - RJ 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

ATÉ QUANDO A SOCIEDADE IRÁ SER CÚMPLICE DOS NEGACIONISMOS? * Adão Alves dos Santos / SP

 ATÉ QUANDO A SOCIEDADE IRÁ SER CÚMPLICE DOS NEGACIONISMOS?

(CRÔNICAS PARA DESEMBURRECER TOMO DCLXVII)


Embora sejamos obrigados a admitir, a pandemia, ou melhor, os cenários que permitiram a eleição do bozo, trouxeram ao cotidiano brasileiro, algo que só conhecíamos pela literatura, o negacionismo em relação à vacina, já que até então nosso país era referência em alcance das campanhas de vacinação.


Obviamente, também éramos céticos sobre a capacidade da ciência chegar a uma vacina contra um vírus novo em tão pouco tempo, mas felizmente a ciência surpreendeu e há uma prevenção segura disponível em qualquer posto de saúde, as atuais UBSs, só que justamente quando enfrentamos um vírus com uma alta taxa de contaminação e com letalidade inegável, aparece entre nós, algo muito comum nas terras do tio Sam.


Se também éramos céticos, quanto a possibilidade de haver uma vacina em tão pouco tempo, não podemos fingir ser céticos quanto as constantes ondas da pandemia, muitos menos que são exatamente os não vacinados que são em média 90% dos ocupantes fãs UTIs, já ouvi de negacionista que se são eles que estão adoecendo, o que é que a sociedade tem  a ver com isto? Infelizmente para esta minoria que se nega a tomar a segura dose de vacina, ou muito mais grave, se nega a vacinar os filhos e que há duas contas do negacionismo deles que impactam diretamente nas contas públicas, quando estas pessoas adoecem, fazem uso de recursos públicos para o tratamento e, por não se vacinarem, facilitam a constante mutação do vírus que termina, por limitar a exigência da proteção aos vacinados.


Quando disse dois impactos, faltei com a cabalidade da verdade, mesmo quando este negacionista é internado em planos particular de saúde, os custos dos necessários tratamento insiste no custo das mensalidades dos planos. Em outras palavras, os custos das teimosias são inevitavelmente sociolazados, cabê-nos então dizer a estes negacionistas, já que eles insistem e negar, que nos neguemos a arcar com os custos da ignorância deles.


Já que eles não querem vacina, fiquem também com as contas da teimosia.


Adão Alves dos Santos / SP

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