sexta-feira, 29 de setembro de 2023

MILITARES QUE DISSERAM "NÃO" À INTENTONA DO 8 DE JANEIRO * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

MILITARES QUE DISSERAM "NÃO" À INTENTONA DO 8 DE JANEIRO
QUAL O LUGAR DO 08 DE JANEIRO NA TENTATIVA DE GOLPE?
MARCO ZERO
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COMENTÁRIO
*Na verdade, a unanimidade dos militares brasileiros, desejavam arduamente, a implantação de uma feroz Ditadura Militar, principalmente o nosso Exército.*

*A questão no entanto, é que o alto comando Verde Oliva, sempre foi totalmente submisso ao Pentágono norte americano e, através dos Agentes da CIA, decidiram obedecer mais uma vez, as ordens do Governo Americano, para que o Golpe Militar não fosse realizado.* 

*Então, agora devemos agradecer eternamente, ao velho da direita do Partido Democrata (quase gagá), Joe Biden, porque se acaso, o direitista/extremista Donald Trump, fosse o Presidente dos Estados Unidos da América, atualmente, a maioria do povo brasileiro, estaria (submissa às baionetas), lambendo as botas da milicada, que iriam eternizarem-se no poder, juntamente com o neonazista Bozo-nazi, além de toda a sua maravilhosa família.*

Dr. Vieira de Mello

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

CARTA DA SBPC * RENATO JANINE RIBEIRO/SBPC

CARTA DA SBPC
RENATO JANINE RIBEIRO/SBPC

Prezados companheiros e companheiras,

Como sabem, a SBPC deflagrou um movimento, ao qual se uniram perto de cem outras entidades, científicas ou da sociedade civil em geral, entre elas a SBPC, a ABC, a ABI, para promover todo ano um Dia de Luta pela Democracia Brasileira. Nosso objetivo é alertar a sociedade e educar, em especial os mais jovens, nos valores da democracia e no repúdio à ditadura, à tortura, à censura, que pareciam mortas e enterradas, mas nos últimos anos conseguiram inesperado e assustador apoio, no Brasil e em outros países. Esta é uma iniciativa da sociedade civil brasileira. Não é, por enquanto pelo menos, uma ação estatal.

Em duas assembleias das entidades, uma em junho e outra em setembro, decidimos fixar para a comemoração o dia 5 de outubro, data da Constituição Federal de 1988. Lembramos e destacamos as frases do dr. Ulysses Guimarães na cerimônia de sua promulgação: Lembramos a frase inicial do histórico discurso do Dr. Ulysses Guimarães na cerimônia de sua promulgação: "Declaro promulgada. O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil”, disse ele. Mais adiante, acrescentou: “Temos ódio e nojo à ditadura. Traidor à Constituição é traidor da Pátria”.

Convidamos sua Universidade, nas pessoas de todos os membros da respectiva comunidade acadêmica, a realizar atividades no dia 5 de outubro, focadas nos valores da democracia e no necessário alerta contra uma ditadura que traz: supressão das liberdades, miséria e fome. Pedimos que realce tanto o aporte negativo das ditaduras, quanto os ganhos em liberdade e qualidade de vida proporcionados pelo regime democrático – que o Brasil ainda necessita consolidar, criando uma cultura vibrante de valores positivos, como a igualdade de oportunidades para todos, já iniciada com a política de ação afirmativa que tanto democratizou o acesso ao ensino superior público e gratuito.

Como disse Ulysses na sua frase final do discurso da promulgação da constituição cidadã: "Termino com as palavras com que comecei esta fala: a nação quer mudar. A nação deve mudar. A nação vai mudar. A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança”. Que a mudança comece pela defesa intransigente da democracia e da solidariedade.

Pedimos, então, que realize neste dia conferências, mesas redondas, simpósios, eventualmente minicursos, que tratem destes temas. Sabemos que o prazo é curto, mas acreditamos no valor desta iniciativa. Pedimos ainda que nos transmita informação sobre as atividades programadas, apenas evitando o horário das 14h às 16h do dia 5 de outubro, quando pretendemos realizar uma mesa redonda única no Brasil todo, para a qual pediremos sua divulgação.

É importante que toda a comunidade científica brasileira – as IES, as sociedades científicas, os Institutos de Ciência e Tecnologia – que tanto se empenhou estes anos na preservação da democracia, esteja unida nesta iniciativa, que desejamos cresça nos próximos anos.

Em breve lhe enviaremos a arte da atividade, que poderá ser utilizada por sua Universidade.

Saudações acadêmicas,

Renato Janine Ribeiro
Presidente da SBPC
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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

AONDE VAI O GOVERNO LULA/ALCKMIN * Nelson de Souza E Silva RJ

 AONDE VAI O GOVERNO LULA/ALCKMIN

 Nelson de Souza E Silva RJ



Esta parceria está de acordo com os objetivos ideológicos da fundação Lehman (objetivos reais e não os utilizados para marketing) relativos à educação. Basta olhar as relações financeiras e ideológicas com as fundações dos irmãos Koch nos Estados Unidos (uma rede de fundações) e porque esses empresários de ultra direita estão entrando pesadamente no setor educação e de comunicação. 

Está é a discussão básica. As grandes corporações internacionais, incluindo as do sistema financeiro já estão implantando sua ideologia no mundo através da entrada no sistema educacional e de comunicação. Vão muito além do neoliberalismo e já constituem o que Jean Ziegler (Presidente do Comitê de Direitos Humanos da ONU) designou no título de seu livro: “Os novos Senhores do mundo e aqueles que lhes resistem”. 

Recomendo a leitura. Conquistar os setores de educação, de saúde e de comunicação faz parte desta estratégia dos “novos senhores do mundo”: grandes corporações internacionais, banqueiros (sistema financeiro), políticos por eles comprados e adestrados, meios de comunicação também por eles comprados. Privatização de todos os meios de produção e de energia + alimentos. 
Os “iluminados” empresários serão a governança mundial.

O ataque às instituições públicas não vai apenas na saúde mas na educação e comunicação, além dos meios de produção

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

MILITARES REDE GLOBO GOLPISMO * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT.BR

MILITARES REDE GLOBO GOLPISMO
( O GLOBO/01/04/1964)

MILITARES DISSERAM "FORA BOLSONARO!!"
MILÍCIA GOIANA EXECUTA FÁBIO ESCOBAR

Em delação, Mauro Cid revela que Bolsonaro fez reunião com cúpula militar para avaliar golpe no país


Cid recebeu estudo sobre 'poder moderador' de militares dois dias após reunião de Bolsonaro com chefes das Forças Armadas


Bela Megale


O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu, no ano passado, com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo, para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar. Se colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil. A informação chegou à atua chefia das Forças Armadas, como um dos fatos narrados em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.


O relato caiu como uma bomba entre os militares. Segundo informações apuradas pela coluna, Cid relatou que ele próprio foi um dos participantes de uma reunião, onde uma minuta de golpe foi debatida entre os presentes.


O dado que mais criou tensão na cúpula das Forças é o de que Cid revelou que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente. Já o comando do Exército afirmou, naquela ocasião, que não embarcaria no plano golpista.


A delação premiada de Mauro Cid é considerada um ponto de partida das investigações. A Polícia Federal tem tratado o tema com cautela e sigilo. Para os fatos serem validados e as pessoas citadas pelo tenente-coronel serem eventualmente responsabilizadas, é preciso que haja provas que corroborem as informações repassadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.


É grande a preocupação entre os militares, sobre os efeitos que o relato de Mauro Cid pode ter, principalmente por envolver membros da cúpula das Forças e ministros que, apesar de estarem na reserva, foram generais de alta patente.


*
Tá correndo a notícia que no dia em que o genocida ameaçou dar o golpe, com a provação e apoio do almirante Garnier, o comandante do exército general Freire Gomes não aceitou e teria ameaçado de prender o golpista mor. O brigadeiro comandante da aeronáutica teria ficado em silêncio, nem aprovando o golpe e nem se colocado contra. Covarde total, pelo menos os outros dois tiveram alguma coragem, caso tudo isso seja verdadeiro. Não importa...

O ministro da defesa José Múcio, aquele que defenda a milicagem a qualquer custo, tem usado essa informação para mostrar que foram os militares quem defenderam a democracia ao se recusarem a dar o golpe. Pura fantasia, papo enganar inglês. Militar brasileiro é golpista por definição histórica e por gênese corporativa. Sem golpes eles não vivem, é como ar que se respira, faz parte do dia-a-dia dos milicos. É uma casta maldita criada para mandar, matar, torturar, são mercenários, gostam e querem ser poder para fazerem o que bem entendem.

A tal ordem e progresso mostra bem quem são. Ordem para mandar e progresso pra corporação militar sempre. Na verdade, todo esse papo é apenas propaganda tentando limpar a merda que fizeram desde o golpe contra a Dilma, em 2016. Como todos sabem que o governo Lula não fará nada contra eles, ao contrário deu mais dinheiro para comprarem brinquedinhos de guerra de segunda ou terceira mão no mercado externo, os militares com a imprescindível ajuda do Múcio, procuram aparecerem como heróis, como defensores da democracia, como legalista e respeitadores da constituição.

Nunca foram, é só acompanhar a História do país pra confirmar esta babaquice sem tamanho. Militar brasileiro só existe para ocupar o país militarmente (basta ver o enorme número de quartéis espalhados, tipo bases de ocupação, sem nenhuma necessidade militar que não seja manter a tal ordem e progresso contra quem queira melhores qualidades de vida), reprimir violenta e cruelmente a população, ter licença para matar e torturar o inimigo interno, continuar ganhando toneladas de dinheiro dos que precisam dos seus favores como o OGROnegócio e bancos e, como casta que são, continuarem distantes do povo, gente essa que odeiam, o cheiro de cavalo é melhor.

Militar brasileiro não presta, não é confiável, só existe para explorar o povo. O resto é conversa pra boi dormir...
(Texto postado por CEP MAGALHÃES)
&
MILITARES

"O atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, é o legalista que disse que, “infelizmente”, Lula havia vencido a eleição. Não tem militar legalista no Brasil. São todos golpistas. Repito: não tiveram força para dar golpe. No entanto, toleraram e protegeram acampamentos golpistas até 10 de janeiro de 2023, apesar de Lula ter vencido a eleição em 30 de outubro de 2022. Militares agiram como fiscais de urna. Curtiram boquinhas no governo Bolsonaro. Ouviram proposta de golpe e ficaram calados. Nunca fizeram mea culpa sobre 64. Infelizmente, não tem joio e trigo. Só joio. Apenas o Múcio e certo jornalismo profissional acreditam em golpismo isolado."

- O jornalista Kennedy Alencar é mais um jornalista que deixa claro que não existe militar legalista no Brasil, nenhum deles respeita a constituição, a bandeira, os valores democráticos, o povo. Desde a origem, a corporação militar, especialmente o exército, só fizeram dar golpes de estado.

A república foi o primeiro e de lá pra cá  foram mais de cem tentativas, entre os que deram certo e os que não deram. Dar golpes de estado faz parte da formação militar, tal qual o escorpião, não podem ir contra a natureza. No momento estão quietos, calados, bateram em retirada. Estão se reagrupando, acumulando mais força, esperando ter uma melhor logística conjuntural para contra atacar e dar o golpe que flopou. Tática normal que todo militar conhece muito bem.

O golpe virá, pode ser daqui a semana, meses, anos, mas acontecerá. Porque essa é a grande marca dos milicos brasileiros, foram criados para isso e somente isso: dar golpes de estado, torturar, matar e desaparecer com os corpos como política de ESTADO é o que melhor sabem fazer. O momento para enfrentar os golpistas militares é agora. Se não, o golpe virá.

(TEXTO ATRIBUIDO A KENNEDY ALENCAR)

ECOS DA MÍDIA

Por que as mídias corporativas sobrevivem e mantêm sua audiência?

Porque os telespectadores não compreendem a FUNÇÃO dos meios de comunicação de massa numa sociedade complexa, e no nosso caso, CAPITALISTA.
A função básica das mídias corporativas é gerar uma ACEITAÇÃO do modelo CAPITALISTA, baseada no MERCADO. Portanto, a EMPRESA-MÍDIA faz PROPAGANDA de outras EMPRESAS que vendem suas MERCADORIAS. E o telespectador entra nesse processo como CONSUMIDOR POTENCIAL das mesmas. EMPRESA-MÍDIA e EMPRESA-MERCADORIA estão umbilicalmente ligadas. A função de ambas, enquanto empresas é a de FATURAR.
Acontece que a EMPRESA-MÍDIA tem um elemento especial: ela PRODUZ IDEOLOGIA. Ela induz, geralmente de abrupta ou de forma homeopática, em pequenas mas regulares doses, uma determinada concepção de sociedade. ELA FORMA A SUA OPINIÃO acerca de TUDO.
O telespectador é levado, pela construção DISCURSIVA-NARRATIVA da EMPRESA-MÍDIA a pensar e agir conforme os agentes políticos e econômicos desejam. Isso também se chama ALIENAÇÃO.

Em 1964, o golpe de Estado no Brasil foi arquitetado por forças políticas, econômicas e sociais nativas com a aquiescência e estímulo logístico e financeiro das multinacionais e governos estrangeiros, notadamente dos Estados Unidos. E claro, com o Departamento de Estado dos Estados Unidos dando todos os suportes necessários.
O Brasil, como país DEPENDENTE e PERIFÉRICO, com uma burguesia
&
ASSOCIADA-DEPEDENTE pode muito, mas não pode tudo.
Precisa do AVAL DA MATRIZ para dar ensejo e continuidade aos seus projetos, inclusive os GOLPISTAS.
Os EUA avaliaram que em 2023 não seria o caso de golpe, visto como algo desnecessário.
Depois dos golpes mais recentes, o de 2016, da deposição da Dilma, da LAVA JATO quebrando as nossas empresas de infra-estrutura pesada, impedimento do Lula ser candidato em 2018 e outras questões etc. etc.o GOLPE não seria necessário: O LULA TERIA VISTO TUDO O QUE O IMPÉRIO É CAPAZ. Não pelos livros, não pelos estudos, não pela teoria. Mas pelos próprios olhos. Sentindo, inclusive, na própria pele. O Império acredita - e acho que ele tem toda razão nisso - a de que Lula vai jogar DENTRO DAS 4 LINHAS estipuladas pelo capitalismo tupiniquim e alhures.
Game over. Os vencedores de ontem continuam a dar as cartas das questões MACRO no país. Ao Lula ficou o gerenciamento das questões menores.
As quatro linhas sempre foram o CERCADINHO imposto pelo IMPERIALISMO aos governantes. Claro, quando isso lhes convém.
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Enquanto o governo federal não tiver a coragem de enfrentar cara-a-cara os militares das três armas, deixar de conciliar e conchavar com esta maldita casta, as atrocidades e chacinas que as PM (Prontos pra Matar) fazem, continuarão pelo país, pouco importa quem seja o governador. 

Na Bahia, em Pernambuco, onde os governadores eleitos seriam progressistas, aliados do governo federal, não importa se do PT ou não, as chacinas continuam. Os jagunços uniformizados travestidos de policiais, obedecendo ou não ordens dos governadores/comandos, continuam matando cruel e impunemente quem acham que devam morrer. Por vingança invadem residências e assassinam os moradores tenham ou não qualquer ligação com a morte de algum soldado profissional jagunço. 

O mesmo acontece com a PRF, sob jurisdição do ministério da justiça, do Dino. A menina baleada na cabeça por um soldado da PRF, que morreu depois de nove dias no hospital, é um exemplo. Durante o tempo em que ficou no hospital, viaturas da PRF apareceram no hospital para que os soldados fossem verificar o carro dos pais da garotinha. Procurando o que? A justificativa dada pelo comando é que estavam no local para protegerem. Proteger quem, carapálida? 

O ministro Dino divulgou que esta esperando que o processo de investigação sobre o acontecido acabe e que o responsável deverá ser responsabilizado criminalmente. Será? 

A casta militar, mesmo em silêncio, retraída, continua no comando de tudo. Exatamente por não ter sido responsabilizada por tudo que aconteceu no país, por estar sendo protegida pelo ministro da defesa José Múcio, por continuar tendo as regalias de todo os tipos, a mensagem é clara e cristalina: estamos vivos e comandando. 

O Dino sabe disso, será que terá coragem de enfrentá-los, ainda mais agora que está sendo cotado para o STF? Antes de tudo ele é um político, sabe das coisas, onde pisar e com quem andar. Só acredito vendo...
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PLANO ESTRATÉGICO 2014-2024 * LIGA NACIONAL DOS CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES DO BRASIL / LIGABOM

LIGABOM
PLANO ESTRATÉGICO 2014 - 2024
LIGA NACIONAL DOS CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES DO BRASIL
LIGABOM
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Plano Estratégico da LIGABOM 2014-2024, o que os Oficiais Militares dos corpos de bombeiros pensam.


Indo direto ao assunto, os oficiais pensam que: “Bombeiros civis e voluntários são ameaças”, consideram os “desastres”, a “Força Nacional de Segurança Pública” e “ o aumento de representação legislativa” como oportunidades, excelentes propagandas na sociedade espetacular a qual permite holofotes para instituições públicas que se portam como empresas.

Se verificarmos o que aconteceu no país na última década veremos que os Corpos de Bombeiros Militares estaduais, estão em franco ataque as iniciativas de bombeiros civis, inclusive com criações de leis federais que limitam os serviços, e impõem sob o estado o recrudescimento do militarismo, que tem levado Associações de Bombeiros Voluntários de terceiro setor a adaptar-se com roupagem organizacional militar para sobreviverem, o que permite um poder absoluto para elites que as controlam.

Por outro, lado os desastres se transformaram em palco onde militares de diversos estados transitam com a ideia de “apoio”, mas que na verdade serve a implementar o “soft power” que inibe a população e sociedade civil de se organizarem com aportes públicos para criarem novas formas de atuarem em Proteção Civil e Emergência, minando inclusive iniciativa de bombeiros civis.

Neste caminho, a Força Nacional de Segurança Pública, passa a ser um dos painéis de ação dos “comandantes” militares para imprimir poder em desastres e trazer credibilidade institucional dentro e fora do Brasil, como numa das últimas “missões” com a de ida de 21 militares ao Canadá, para enfrentamento dos incêndios florestais, ou seja, em pleno governo de esquerda o lobby de militares sendo priorizado e fomentado através do grande tiro no pé, da primeira gestão Lula que foi a criação da Forna Nacional de Segurança Pública, ninho de articulação dos oficiais a nível com influência nas 55 corporações Policiais e Bombeiros Militares e outras 27 Policiais Civis do país, o que fatalmente contribuiu com o bolsonarismo. E por fim, observando o grande avanço no número de políticos oriundos dos corpos de bombeiros militares, que em SC elegeram recentemente um governador na esteira avassaladora do Bolsonarismo. 

O que não está sendo visto, pela esquerda, é que não há aleatoriedade, mas um planejamento calcado em metas e estratégias seguidas fielmente nos últimos anos, inclusive minando o que ele observam como adversários, não a esquerda, mas os Bombeiros Civis, hoje estes, perdidamente apaixonados em grande medida pela mosca da ultra direita. Por outro lado, a esquerda, para os oficiais de alta patente, dos Corpos de Bombeiros nunca foi um problema e se quer é lembrada, justamente pela forma como lidamos e vemos os bombeiros, “ anjos que salvam vidas”.

Logo, fica claro que a esquerda não sabe, mas as articulações militares estão nos escaninhos do Estado Burguês atuando sorrateira e silenciosamente, de maneiras mais ou menos clara, com mecanismos diversos, em reuniões públicas e privadas, ou em jantantes reuniões em salões e restaurantes com políticos e empresários, a atual nobreza, sanguessuga da classe  trabalhadora.

Assim, é a LIGABOM - Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares - a qual hoje é nomeado como Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil, fundando em 2003, é uma associação que serve aos interesses de expor o pensamento e a forma determinante hegemônica de como lidar com a emergência e defesa civil no país, sob a tutela e domínio dos oficiais dos Corpos de Bombeiros Estaduais.

Através das 10 comissões que articulam o pensamento único em áreas da emergência e salvamento que vão, dos resgates urbanos, incêndios florestais, etc. Pode parecer que é algo simples e altruísta, aliás está a melhor estratégia de lidar com o assunto no país, “Bombeiros São heróis, salvam vidas”, logo são impassíveis de críticas e não se manifestam politicamente e são incólumes as ideologias de ultra direita.

O que não é verdade, pois que a essência é, o domínio e controle social, através da dependência ao serviço de militares, portanto ao seu poder. Assim, a Ligabom serve desde sua fundação, até o presente momento, aos interesses do oficialato dos 27 estados da federação, não havendo espaços nem para as praças discutirem e proporem caminhos.

Diante do cenário catastrófico de emergências climáticas e de desastres de mega magnitudes que desponta no horizonte humano, mais que nunca se torna importante e estratégico as classe trabalhadoras vir reivindicar seu poder e direito no que diz respeito à forma como realizar Proteção Civil, e Emergência no país, e no mundo, sendo questão de enfrentar as forças da grande locomotiva que queima tudo como combustível. Para tanto, descortinar as hegemonias e dominações de instituições públicas como os Corpos de Bombeiros Militares e seus tentáculos de roupagem civil como a LIGABOM, além de também dos fantasmas militaristas e centralizadores de diretorias anacrônicas e práticas de mercados dentro de associações civis de bombeiros voluntários que se portam como trampolim da elite para domínios políticos em pequenas cidades, conhecer o Plano Estratégico da LIGABOM é um instrumento de entendimento necessário.


Comuna, setembro, 2023

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terça-feira, 19 de setembro de 2023

O desafio da mobilização popular * Roberto Amaral/SP

O desafio da mobilização popular
Roberto Amaral

Ninguém de bom senso jamais cultivou dúvida quanto às dificuldades que aguardavam o terceiro mandato de Lula (Cândido ficou preso nas páginas de Voltaire). Elas foram anunciadas e levadas a cabo, uma a uma, já a partir do governo Dilma Rousseff, com a decisiva participação do STF e, nele, do inefável Gilmar Mendes, um e outro peças fundamentais na engrenagem do impeachment e no mostrengo em que se converteu a chamada Lava Jato, súcia de juízes e procuradores do MP cujos crimes, hoje de domínio público, aos poucos se vão comprovando.

Clara como o sol do meio-dia era a aliança de vida e de morte do atraso, reunindo no mesmo samburá a política menor (o “Centrão”), a Faria Lima e o reacionarismo estrutural da caserna. Nada obstante a “Carta aos brasileiros” de 2002 e seus dois primeiros governos, Lula é sempre a “bola da vez”: o adversário a ser abatido pelos herdeiros da Casa grande. Assim foi no processo eleitoral de 2022, e assim haveria de ser no governo, fracassadas as tentativas de impedir-lhe a posse. A coalizão de partidos e forças políticas e econômicas que Lula costurou, com a habilidade que ninguém lhe nega, abriu caminho para a terceira eleição presidencial, notável até na magreza de seus números. Mas o arco de alianças eleitoral vitorioso revelou-se insuficiente para assegurar uma governança tranquila, como se vê no dia a dia. A dança das pastas – um ministério que está sempre por ser – é apenas uma das manifestações da insegurança político-partidária do governo, antessala da crise institucional, flagrada como a contradição entre um poder executivo de índole progressista e um Legislativo que se afirma como reacionário, semeador do atraso, beneficiário da má política que se ceva nas burras do erário. As negociações se fazem nos termos da república que temos, e não nos pedem sanção ética, senão a medida de sua efetividade: garantir o governo, primeiro dever de um chefe de Estado, como lembrava o gênio florentino.

O exercício da política, todos sabem, não se dá no espaço sideral e não se cinge à livre escolha dos agentes: entre o querer e a realidade interpõe-se a chamada “correlação de forças”, que condiciona ações de uns e outros. Mas não se trata de império: o homem é sempre sujeito do processo histórico, porque pode sempre alterar as condições objetivas, aquelas legadas pelo passado. Diante do fato histórico ele se define, e escolhe seu destino. Este, o desafio que a história presente coloca para Lula, que precisa precatar-se para fugir do risco de tornar-se prisioneiro das circunstâncias, pois, sabem os negociadores, o acordo de hoje não tem validade preestabelecida e seu termo pode se dar a qualquer momento. É similar ao pacto de Fausto com o diabo. Este cuidado é tão mais precioso quanto as negociações se fazem por detrás das venezianas e à míngua de qualquer discussão pública. Devendo e podendo explicar-se, pois tudo tem a dizer, Lula transfere o ofício para a grande imprensa, que assim se regala no seu papel de desinformar. O povo, que a tudo assiste sem entender, porque nada lhe é dito, se queda em silêncio, e o presidente, conta a imprensa, se pergunta por que “não há mais mobilização popular”, depois de anunciar que “o Centrão não existe”. Ora, presidente, o “Centrão” existe, e não só existe como controla o Congresso (de que o Executivo depende) e, sob sua gerência pessoal, instala-se em nosso governo. E talvez neste fato se possa dizer ao presidente que o povo não está mobilizado porque não é corretamente informado e muito menos foi chamado à lide. Em nenhum momento o presidente se dirigiu ao país para explicar a crise de governo e a necessidade de conciliar com adversários. Dada essa satisfação – um dever tanto político quanto ético – o presidente teria estimulado a mobilização de cuja falta hoje se ressente, estaria mais forte, e, sem dúvida, teria reduzido o alto preço já pago e ainda por pagar às forças do atraso com as quais, não podendo terçar armas, deu o abraço de boa acolhida.

Uma explicação para essa reclamada ausência das massas o presidente pode encontrar no fato concreto de, em pleno décimo mês de um mandato de quatro anos, ainda não dispormos de um ministério confiável, que é como um governo se apresenta. Esse ministério que ainda se equilibra na Esplanada, velho de dez meses, mexido, remexido e sempre à espera de novas mexidas, permanece um gabinete pró-tempore, uma expectativa do que não se sabe que está por vir. E, assim como é alterado, ao sabor de jogos de interesses menores, sem atender a linhas político-programáticas, torna-se um ministério sem feição definida, como as nuvens de verão: ao sabor das pressões. Como reclamar a necessária mobilização das massas sem anunciar-lhe um rumo, para além da notória e muito aplaudida opção do presidente pelo combate à miséria e à fome?

“União e reconstrução” é um slogan razoável, mas distante de sugerir o projeto de país que se requer do governo de salvação nacional, após campanha eleitoral que, necessariamente presa à questão democrática, ingente, não ensejou o debate programático. As políticas táticas, como o Bolsa Família, aguardam o concerto de um programa estratégico que, constituindo um todo orgânico e lógico, fale do curto, do médio e do longo prazos. Este ainda poderá ser o grande legado do governo de centro-esquerda, para além da consolidação democrática.

A única forma de preservar suas conquistas, e esta deve ser a expectativa do bom estadista, é fazê-las patrimônio popular. Por que desprezar essa alternativa, exatamente quando nosso governo é acossado pelo sistema?

A movimentação das massas, como tudo aliás, não é efeito sem causa, não é fenômeno político autônomo, não é obra do acaso e, quando não se trata de instrumento de poder fascista, depende de elementos subjetivos (a palavra de ordem mobilizadora) e objetivos (seu nível de organização política).

Estamos em face de uma relação dialética: a mobilização depende de palavras de ordem tanto concretas quanto corretas, e as políticas de Estado só se sustentam na medida em que constituem patrimônio da coletividade. Portanto, precisam de ser, didaticamente, discutidas com os movimentos sociais: qual, porém, a sustentação social que têm (ou podem ter) as atuais negociações de pastas em busca de apoio parlamentar? De outra parte, e retomo outra obviedade, não é possível manter a política externa, que ainda é, hoje como nos dois mandatos anteriores de Lula, o que de melhor e mais coerente foi ofertado ao país, sem discuti-la com a sociedade, para envolvê-la no projeto de soberania nacional. Como enfrentarmos a violência larvar sem discutirmos com a sociedade sua raiz social? Como enfrentar o reacionarismo e o intervencionismo político da caserna sem discutirmos com a sociedade quais as forças armadas de que o país carece?

Não basta olhar a esmo para o tempo, injustificadamente surpresos, e ao cabo descobrir que somos uma sociedade conservadora e, desvendado o segredo de polichinelo, aceitarmos o cenário oferecido como um édito dos deuses, diante do qual aos mortais, e somos todos, só resta conviver, apacientados os espíritos rebeldes.

Se setores da esquerda organizada precisam se dar conta dos limites do pacto – tanto daquele que levou à eleição e posse quanto o pacto governante-, precisam de, a igual modo, dar consequência à percepção de que muito do que vivemos desde 2013 é decorrência -– de nosso abandono da luta ideológica: caminhando por desvios táticos e incompreensão histórica, terminamos por renunciar à militância, ao “chão de fábrica” e à organização das massas. Ressalvo a exceção em que se constitui o MST. Acompanhámos indiferentes a crise do trabalho na produção capitalista e nos surpreendemos com a crise política do sindicalismo. Mas, acima de tudo, a esquerda renunciou à educação das massas, a mais revolucionária das pedagogias, deixando espaço livre para o avanço do conservadorismo que caminha para o protofascismo, lavrando em todos os estratos sociais.

Essas questões se oferecem para quando forem estudadas nossas dificuldades políticas presentes. Por enquanto, é de bom conselho afastar de nossas cogitações a crença bovarista de que a vitória eleitoral do último 30 de outubro encerra o fim da história.

O horror e a chicana – Dados do Global Wealth Report 2023, divulgados recentemente pelo banco suíço UBS, mostram o Brasil no topo do ranking da desigualdade, superando gigantes como Índia e EUA, com o 1% dos mais ricos concentrando nada menos que 48,4% da riqueza produzida no país. No Japão, a cifra fica em 18,8%, segundo o relatório. Marcio Pochmann, presidente do IBGE, completa a informação aduzindo que os chamados CEO´s (presidentes e diretores de empresas), por aqui, chegam a ganhar 5 mil vezes mais que os seus subordinados, e muitos desses diretores alcançam ganhos superiores a R$ 1 milhão por mês.

Nesse quadro de desigualdade (que Pochmann qualifica como “indecorosa”), os porta-vozes do grande capital – os mesmos que, décadas atrás, tonitruaram ser um “desastre” a implementação do 13º salário sancionada por Jango – agora fazem terrorismo com a perspectiva de se limitar a cobrança de juros escorchantes por parte das instituições bancárias.

No mesmo cenário, a equipe econômica de Lula dá um péssimo sinal ao tentar, por meio de uma chicana, flexibilizar os pisos constitucionais da Saúde e da Educação – essa pequena mas valiosa conquista civilizatória de uma nação que tarda a nascer.

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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

11 SINAIS DO FASCISMO SEGUNDO HUMBERTO ECO * Cândido Grzybowski/iBase

11 SINAIS DO FASCISMO
SEGUNDO HUMBERTO ECO
Cândido Grzybowski/iBase

Segundo pensador italiano, o culto à tradição; a repulsa ao moderno; o machismo; o racismo; a guerra permanente são típicos do “fascismo eterno”. Ou seja, a ameaça já está implantada entre nós, mesmo que não siga seu nome.

Tenho refletido e escrito sobre a perda de vitalidade da democracia. Mas acho que agora já entramos num perigoso caminho de desconstrução da democracia, uma ameaça que vem na esteira do golpe do impeachment e se expressa hoje no nosso governo híbrido, civil-militar, com sua agenda anti direitos. Claro, a institucionalidade democrática formal está mantida até aqui, mas algo por dentro vem corroendo os princípios e valores éticos e políticos vitais da democracia: o respeito incondicional da liberdade de ser, pensar e agir, a busca da maior igualdade possível, com direito à diversidade, convivendo em solidariedade coletiva e baseando tudo em ativa participação cidadã. Tais princípios constituem o substrato de qualquer democracia com potencial de transformar contradições e divergências, de potencial destrutivo, em forças construtivas de sociedades mais livres e justas.

Hoje reconheço um vírus implantado em nosso seio que pode acabar com a democracia e nos levar ao fascismo como regime político. Estamos diante de sinais inequívocos de tal vírus no campo de ideias e valores que foram se revelando e se condensaram na vitória eleitoral e nas falas do presidente e de integrantes do governo empossado. A leitura de um discurso de Umberto Eco, de 24 de abril de 1995, na Universidade de Columbia, Nova York, publicado em espanhol por Bitacora, sob o título Los 14 síntomas del fascismo eterno, me inspirou. Segundo Eco, as características típicas do “Ur-Fascismo” ou “fascismo eterno” não se enquadram num sistema, “…mas basta com que uma delas esteja presente para fazer coagular uma nebulosa fascista” (em tradução livre). Vou lembrar aqui apenas alguns dos indícios do eterno fascismo que Eco aponta e que deixo aos leitores desta minha crônica identificar as suas expressões na realidade brasileira.

Culto da tradição – como se toda a verdade já estivesse revelada há muito tempo e o que precisamos é ser fiéis a ela. O tradicionalismo é uma espécie de cartilha na disputa de hegemonia fascista sobre corações e mentes. O pensamento do principal guru dos “donos do poder”, a pregação das igrejas pentecostais e as falas – quando dizem algo – são impregnados de uma veneração da verdade já revelada em escritos sagrados e de valores espirituais mais tradicionais do cristianismo. “Deus, pátria, família e propriedade”, com a força que estão de volta como pregação, não deixam dúvida. Fascismo e fundamentalismo sempre vêm juntos.

Repulsa ao modernismo – que leva a considerar as conquistas humanas em termos de direitos e de emancipação social como perversidades da ordem natural. Nega-se, em consequência, a racionalidade e, com ela, toda a ciência e a tecnologia. Não falta gente com tal forma de pensar no governo e seus seguidores. Para eles, direitos iguais são um absurdo. Mudança climática é uma “invenção de comunistas”. E por aí vai.

Culto da ação pela ação – fazer e agir, acima de tudo. Como diz Eco, para fascistas “pensar é uma forma de castração”. Daí a atitude de suspeita à cultura, pois é vista como algo crítico. Em consequência, todo mundo intelectual é suspeito. Ainda Eco, “O maior empenho dos intelectuais fascistas oficiais consistia em acusar a cultura moderna e a intelligentsia liberal de ter abandonado os valores tradicionais”.

Não aceitação do pensamento crítico – pensar criticamente é fazer distinções e isto é sinal de modernidade, pois o desacordo é base do avanço do conhecimento científico. O fascismo eterno considera a divergência como traição. Deve-se aceitar a verdade da ordem estabelecida. Daí, “escola sem partido”, sem iniciação ao pensamento crítico e a liberdade de expressão e ação.

O racismo na essência – segundo Eco, com medo da diferença, o fascismo a explora e potencializa em nome da busca e da imposição do consenso. Os e as diferentes não são bem vindos. Por isso, o fascismo eterno é essencialmente racista e xenofóbico. Daí a identificar os diferentes como criminosos a linha é reta.

O apelo aos precarizados e frustrados – todos os fascismos históricos fizeram apelo aos grupos sociais que sofrem frustração e se sentem desleixados pela política. As mudanças no mundo do trabalho, promovidas pela globalização econômica e financeira, são terreno fértil para o fascismo.

O nacionalismo como identidade social – nação como lugar de origem, com os seus símbolos. Os e as que não se identificam com isso são inimigos da nação. Portanto, devem ser excluídos. Podem ser os nascidos fora da nação, como os imigrantes, ou por se articularem com forças externas – o tal “comunismo internacional” – ou, ainda, por não se enquadrarem no padrão “normal” de nacionalidade. O nacionalismo vulgar é o cimento agregador de qualquer fascismo.

A vida como guerra permanente – no fascismo, a gente não luta pela vida, liberdade, bem viver, mas vive para lutar. A violência é aceita como regra e a busca de paz uma balela. Vencem os mais fortes, armados. Há um culto pela morte na luta.

O heroísmo como norma – o herói, um ser excepcional, sem medo da morte, está em todas as mitologias. Aqui basta lembrar a exploração feita daquele atentado em Juiz de Fora. O herói vira mito real.

O machismo como espécie de virtude – em sendo difícil a guerra permanente e a demonstração de heroísmo, o fascismo potencializa as relações de poder na questão sexual, segundo Umberto Eco. Aqui também não faltam manifestações de patriarcalismo e machismo, com intolerância com o que é considerado divergente da norma em questões sexuais. Não há lugar para a liberdade de opção sexual e de gênero.

O líder se apresenta como intérprete único da vontade comum – o povo é o seu povo, o seu entendimento do que seja o povo e sua vontade comum. Como diz Eco, estamos diante de um populismo de ficção.

Chamei atenção aqui para indícios de fascismo total apontados por Umberto Eco – não todos, para não ser enfadonho e talvez desvirtuar o que o autor quis dizer – com a preocupação de dar atenção a ideias e imaginários que estão adquirindo legitimidade mobilizadora no nosso seio. Inspirado no atualmente renegado Antônio Gramsci, exatamente pelo emergente fascismo político e cultural, penso que a conquista de hegemonia no sentido de direção intelectual e moral precede o poder do fascismo pela força estatal. Ou seja, a ameaça de fascismo já está implantada entre nós, mesmo se o regime ainda não parece ser fascista.

Fonte
https://outraspalavras.net/outrasmidias/onze-sinais-do-fascismo-segundo-umberto-eco/
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COMO ESMAGAR O FASCISMO
LEON TROTSKY
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MILITARIZAÇÃO DAS IGREJAS EVANGÉLICAS
CLAYSON

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

ENCONTRO CRÍTICA RADICAL * JORGE PAIVA-CE

 ENCONTRO CRÍTICA RADICAL

JORGE PAIVA-CE

O inacreditável aconteceu. A realidade encostou no pensamento da Crítica Radical. O que ela deve fazer neste momento ?

Faz tempo que propusemos um encontro para construirmos um movimento transnacional emancipatório, único capaz de estar à altura dos desafios do século 21.

O impensável e o impossível, anteriormente apresentados, ganham agora uma atualidade impressionante.

Você que construiu conosco uma amizade com ares emancipatórios está recebendo um convite especial. Venha para este grande desafio. Seu objetivo é construirmos o Encontro Transnacional da Emancipação Humana e Ambiental, a Emancipação do Moderno Sistema Fetichista Patriarcal Produtor de Mercadorias, o Capitalismo.

Nos aniversários de 10 e 8 anos das belas lutas do Cocó e do Hospital e Maternidade da UFC, iniciamos um mutirão para colocarmos o Sítio Brotando a Emancipação à altura das discussões e resoluções do Encontro que nos propõe a Crítica Radical do Valor-Dissociação.

Começa agora a construção, com inúmeras pessoas do Brasil e do Mundo, da maior façanha histórica da Humanidade.

Proposta de pauta:

1 - A Crítica Radical e o Momento Histórico do Brasil e do Mundo

2 - Encontro Transnacional da Emancipação Humana e Ambiental

3 - Propostas e encaminhamentos


12/10/2023
08 Horas - Sede do SINTUFC
Rua Waldery Uchôa, 55

Um abraço!
Crítica Radical

terça-feira, 12 de setembro de 2023

UMA REFLEXÃO PARA OS QUE LUTAM * Abdala Farah-RJ

 UMA REFLEXÃO PARA OS QUE LUTAM

Abdala Farah-RJ


1. O PT venceu a eleição presidencial, não a eleição para o Congresso. Elegemos Lula com uma margem de votos apertada contra aquele que usou todas as possibilidades (legais e ilegais) para vencer o pleito.


2. Precisamos entender que não se muda um cenário de 6 anos de governos neoliberais/extrema-direita com um presidente. Não formamos, infelizmente, maioria no Congresso. Lula tem buscado costurar essa colisão, ainda que de forma não tão agradável para muitos, desde o início.


3. Por isso a escolha de membros do União Brasil e afins para ministérios/cargos importantes. Por isso, o apoio nas escolhas para as presidências das duas casas (Câmara, com Lira e, Senado, com Pacheco). Lula sempre soube que precisaria de mais apoio, de mais base para governar.


4. Não se derrota o fascismo com purismo ideológico ou projeto imediatista. A História nos mostra que URSS e EUA lutaram do mesmo lado para derrubar Hitler e Mussolini (ainda que os EUA tenham defendido a permanência de Franco e Salazar). Nem tudo é para ontem!


5. Porém, muitas coisas são urgentes e imediatas, como o combate à fome, ao desemprego, ao altíssimo custo de vida, retorno do auxílio social real, etc. Nesse ponto @LulaOficial nunca perdeu o foco em suas prioridades: socorrer os mais vulneráveis! Sempre! Desde o primeiro dia!


6. Estamos conseguindo recuperar programas, indicadores e resultados importantes como a redução da gasolina (e seus impactos), a queda no preço do botijão de gás, a volta do bolsa-família, o Programa Mais Médicos para os confins do país e tantos outros em apenas meses!


7. Além disso, Lula tem recuperado de forma brilhante e incansável a imagem e protagonismo do Brasil no exterior. Sim, isso é fundamental não apenas para consolidação e respeito do seu Governo, como também para obtenção de parcerias e investimentos bilionários no país.


8. As inúmeras viagens recentes são parte da estratégia da nossa política externa, de resgate da confiança e resposta dos demais países, potências ou periféricos. Com isso, vamos reconstruindo (em apenas alguns meses!!!) um papel de país forte e com protagonismo local e mundial!


9. Penso que acumulamos tanta ansiedade pela derrota do Golpismo com Temer e dos anos de fascismo com o Genocida que acabamos por cair na tentação de desejar resultados imediatos e puristas. Eu também caí! Respire fundo e reflita sobre tudo isso aqui. Contudo…


10. Não devemos deixar de cobrar, de exigir, de acompanhar e brigar para que as mudanças estejam sempre de acordo com os nossos projetos de país. Sempre fomos assim! A esquerda tem a criticidade e a luta como uma das suas marcas importantes! É sua essência! O dia de ontem…


11. Foi terrível em relação às aprovações no Congresso. A cobrança, contudo, deve recair sobre o Congresso, sobre aqueles que estão votando e abrindo porteiras para a boiada. Cabe, por exemplo, uma crítica forte ao perfil do @PTnoSenado que comemorou um dos resultados…


12. Que as votações fiquem claramente na conta daqueles que defendem o neoliberalismo e rentismo, que querem amassar ainda mais o trabalhador e pobre desse país… Nunca na fatura dos membros dos partidos de esquerda ou ditos progressistas. É isso que tem causado tanta revolta.


13. O Arcabouço Fiscal não é, de longe, aquilo que desejamos, mas tenho certeza que poderemos em algum momento mais avançado rever decisões ali estabelecidas. Hoje temos muitas forças nocivas atuando para desestabilizar e ameaçar o governo Lula. É preciso governar com cautela.


14. A extrema-direita bolsonarista segue vivíssima, com suas redes de fake news e afins ativadas; com seus apoios em lideranças neopentecostais mantidos; com muito dinheiro financiado pelas bancadas do Boi, da Bala e da Bíblia… E assim retornamos ao início desse tuíte, ou seja…


15. Vencemos a eleição para Presidente. Perdemos, em grande parte, a eleição para o Congresso. Eis o desafio: governar com uma base ainda não alinhada. E, nesse sentido, confio absolutamente no Lula. Ele é o cara nesse quesito! Nosso cuidado deverá ser…


16. Para não cair na armadilha golpista de 2013, com os 20 centavos, não vai ter Copa, Revoltados Online e afins. Tem muita gente boa de luta já apedrejando o Governo Lula. Não caia no Golpismo novamente! Pondere! Reflita! Caso contrário, até o Sérgio Moro acabará eleito em 2026. 

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