quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

PLANO CÔNDOR 2.0 RENASCE NA AMÉRICA LATINA * Luis Ernesto Guerra/ Coordenadoria Antiimperialista

PLANO CÔNDOR 2.0 RENASCE NA AMÉRICA LATINA
Com o Plano Equador com cunho imperialista dos EUA
Luís Ernesto Guerra, 29/01/24

Fundo:

Nossa América nasceu independentista, tecida a partir das lutas e resistências de nossos povos originários.

Desde o primeiro processo de emancipação e independência liderado pelo General Simón Bolívar, considerado o pai da Grande Pátria, vigora a sua profunda convicção revolucionária, expressa na Carta ao Coronel Patricio Campbell, durante a sua visita a Guayaquil, a mesma que na sua A estrutura core expressa: “Os Estados Unidos parecem destinados pela Providência a atormentar a América com miséria em nome da liberdade”.


Ele não se enganou, a sua grande ideologia nos desafia e nos chama a manter viva a batalha das ideias, a luta e a resistência tecidas com a unidade na diversidade a partir de uma geopolítica de emancipação, independência e justiça social.

A subversão política e ideológica do imperialismo norte-americano tem reconstruído uma grande agenda de Segurança Hemisférica e Continental baseada na chamada "Guerra Fria", os ossos neofascistas das ditaduras civis-militares, violentamente repressivas, nascidas no chamado Cone Sul durante a década de setenta, blindadas pela impunidade, pelo cerco e pela interferência para deter a Revolução triunfante de Cuba e a gigantesca ascensão de massas causada pela heróica guerra revolucionária do povo do Vietname, Laos e Camboja contra os Estados Unidos, para impedir a expansão da justiça social.

Ou seja, o imperialismo aplicou uma forte estrutura e agrupamento anticomunista que causou profundas consequências e violações dos direitos humanos e fundamentais na Nossa América, fundamentalmente no Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai, Equador, Bolívia e Brasil.

A Colômbia sempre permaneceu presa a regimes oligárquicos ultraconservadores muito repressivos que historicamente tiveram o apoio incondicional de uma força pública a serviço do bloco de poder hegemônico, do capitalismo embrionário e selvagem, o que mostra uma crise sistemática e estrutural, que se torna muito perigoso por continuar a considerar-se o gendarme da humanidade.

Durante os séculos XX e XXI, a partir de uma matriz anticolonial e antiimperialista, podemos assistir ao ressurgimento de uma segunda independência inacabada e num processo permanente de disputa pela geopolítica da dominação do imperialismo norte-americano, convertida na metástase que corrói a soberania dos nossos povos, tecidos de luta e resistência permanentes.

65 anos depois de comemorar o triunfo doRevolução Cubana e a entrada em Havana da irmã mais velha das Antilhas, nossa região também clama com indignação há mais de seis décadas que o bloqueio tenha se tornado um crime deIsso machuca a humanidade, acrescentou medidas coercivas unilaterais; Contudo, a luta e a resistência a estas operações genocidas insanas do imperialismo não detêm um povo atacado por violações recorrentes desencadeadas durante a pandemia de covid-19 e pós-pandemia.

Contudo, o crocodilo contra-revolucionário de Miami e da Florida não parou de incubar as suas agências imperialistas como: Federal Bureau of Investigation (FBI); Agência Central de Inteligência (CIA); Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID); Fundação Nacional para a Democracia (NED), entre outros, para penetrar, através da captação de públicos de adolescentes e jovens, no sonho americano de uma migração que hoje é criminalizada.

Ao mesmo tempo, mais sanções são implementadas através de ordens executivas e rotulando Cuba como um país que patrocina o terrorismo, um cliché recorrente na lógica da ciberespionagem, a moeda tortuosa e decadente do dólar convertida em arma ideológica de sanções.

Ele também se alistouSandinista Nicarágua, rebelde, rebelde e revolucionário ao qual o General Sandino legou ao Comandante Daniel Ortega: “Patria Libre o Morir”; A Venezuela com a penetração fracassada de guarimbas criminosas e neofascistas, um presidente em Nárnia Juan Guaidó, tentativas de assassinato e o legado chavista ainda está em vigor: “vá para o inferno, seus malditos ianques”. Hoje continua novamente sob cerco, interferência e boicote a um processo eleitoral presidencial, embora as sanções tenham sido relaxadas porque o petróleo e o gás são exigidos pelo imperialismo norte-americano.

A revolução colorida e várias formas de cerco imperialista foram implementadas, mas falharam.

Ele caiuMuro de Berlim, eclodiu a chamada "Primavera Árabe", o Peru foi encurralado por um "neoliberalismo" de matiz fascista com Fujimori, cometeu violações insanas dos direitos humanos; Ele foi condenado por cometer crimes terríveis deIsso machuca a humanidade, agora grátis. O bloco oligárquico neofascista que detém o controle do poder reprime os setores sociais e populares e os povos indígenas.

EmColômbiaEm 75 anos de sangue, é implementado o chamado Plano Colômbia, quase duas décadas desde que foi implementado; de mortes de milhares de jovens chamados de falsos positivos, com sete bases militares.

O manual de guerra total às drogas, ao tráfico de drogas, fracassou, porque esse não era o verdadeiro objetivo.

A grande agenda de combate aos grupos armados: o M19 que acabou entregando suas armas, as FARC e o ELN, nas agendas de paz, e os dissidentes armados tornaram-se tenentes da violência e do crime organizado, o que fez nascer o Equador como laboratório do reconfigurado Plano Cóndor 2.0, pontilhado pelo Plano Colômbia.

Equador Está localizada entre dois países que são os maiores produtores do alcalóide do mundo, Colômbia e Peru respectivamente.

Além disso, por estar localizado em uma posição geográfica estratégica no Oceano Pacífico, com sete portos, o porta-aviões natural da província insular de Galápagos, porta de entrada para a América Central e o Caribe, é uma joia preferida do imperialismo, que não só tem uma grande importância geopolítica, mas também económica, para acompanhar e sabotar a segunda onda progressista de diferentes nuances políticas e ideológicas, que aposta na integração, na solidariedade, na cooperação, na nova ordem multicêntrica e multipolar liderada pela China e pela Federação Russa, como os BRICS . Ou seja, o plano de contingência para frear o avanço da China na região, impedindo concomitantemente a consolidação de: CELAC, ALBA-TCP, UNASUL, MERCOSUL.

No entanto, não vemos mudanças profundas na base social dos povos da Nossa América, uma vez que se mantém o “neoliberalismo” com um certo tom de keynesianismo social.

O imperialismo norte-americano regressou com maior força para reconquistar o seu grande fornecedor de energia emercadorias, a mineração metálica e não metálica, o triângulo do lítio, a energia limpa compatível com o aquecimento global, os abundantes aquíferos de água doce e a agenda imperialista se estende ao Peru encurralado por uma ditadura neofascista, com o golpe de Estado cometido contra o presidente constitucional Pedro Castillo , Hoje na prisão, mais uma vítima do Plano Cóndor 2.0 e de um grande aglomerado de regimes “neoliberais libertários” como o criado na Argentina com Milei.

ABolívia Mantêm-no em permanente vigilância e os olhos guerreiros do imperialismo não deixaram de estar atentos na Salvador de Bukele, que rotulou os jovens tatuados de “trutas maras” [principal quadrilha criminosa do país], construiu megaprisões, cujo verdadeiro o significado é a criminalização da pobreza, terríveis violações dos direitos humanos mantidas em silêncio pela “comunidade internacional”.

O imperialismo americano, para além da sua crise sistémica e estrutural, é muito perigoso devido à sua tentativa recorrente de expandir os conflitos abertos na Ásia Ocidental [antigo Médio Oriente], apoia e acompanha o estado sionista de Israel com a violência genocida contra a Palestina; Na Europa de Leste, a NATO agita o seu braço armado, bombardeou o Iémen e os seus olhos estão fixos na República Islâmica do Irão, que nunca estará subordinada ao consenso desastroso de Washington.

Como hipótese:

A Cúpula de Segurança Continental realizada em Quito, Equador, em setembro de 2022, tornou-se o prelúdio para a concepção de agendas e roteiros de reconfiguração, reconstituição do Plano Condor 2.0, Guerra Fria 2.0, ciberespionagem, monitoramento por satélite, inteligência artificial, robótica, drones, Comando Sul , visita recorrente de Anthony Blinken

Secretária de Estado do governo federal dos EUA, General Laura Richardson Chefe do Comando Sul.

Falemos claramente, Republicanos e Democratas são o mesmo ponto bifacial de cerco e ingerência em Nossa América, com a reativação da Doutrina de Segurança Hemisférica e Continental, que expressa o combate ao povo subjugado, hoje tatuado como inimigo interno e terrorista, reativam o militar, onde o Estado-nação submetido ao imperialismo está em risco e seriamente ameaçado.

Não podemos perder da análise o gigante Brasil, semeado de seitas e proselitismo religioso por Bolsonaro que o borrifou de neofascismo.

Marx certa vez expressou: “a religião é o ópio do povo” e o progressista Lula abre caminho para o retorno do neofascismo neoliberal e libertário, xenófobo, misógino e racista.

EmChile novamente o povo, a revolta social extinta com a continuidade de uma Constituição feita à imagem e semelhança das masmorras genocidas pinochetistas.

No Uruguai e no Paraguai as coisas não vão bem.

A região é fortemente penetrada pela USAID, que faz ao pé da letra o trabalho nefasto, perverso e insano da CIA, bem como por um grande grupo de ONG financiadas pelo imperialismo, que defendem o modelo de democracia construído sobre o consenso e o establishment de Washington. , Adotam slogans ambientalistas e feministas, defendem direitos de acordo com o padrão imperialista e os duplos padrões, não os direitos humanos violados, a tortura, o desaparecimento forçado, os julgamentos extrajudiciais, que até as mães e avós da Praça de Maio exigem a recuperação de seus filhos e netos, bem como um grande véu de impunidade que se espalha pela nossa região americana, com mais de três mil presos políticos.

A Colômbia e o governo de Gustavo de Petro o monitoram; sete bases militares ianques ainda permanecem lá.

Por enquanto, Petro mantém as mesas de diálogo para a assinatura do acordo de paz para transformar a Colômbia numa potência mundial da vida.

Equador: laboratório exemplar do Plano Cóndor 2.0

O Equador ficou preso durante sete anos por três regimes neofascistas: Moreno ativou a desinstitucionalização do Estado, implementou o ódio e a perseguição política seletiva, promoveu a proscrição política,Guerra jurídica enotícias falsas, eliminou os ministérios da justiça e dos direitos humanos e deu rédea solta e livre arbítrio aos grupos do crime organizado, entregou-se aos braços perversos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial; dívida paga em plena pandemia de Covid-19; a dívida externa aumentou, tornando-se eterna; Ele foi o melhor operador da OEALMAGRO e do imperialismo.

Com Lenin Moreno começaram os massacres nas prisões e Lasso culminou em transformar o Equador no laboratório do Plano Cóndor 2.0, agora com os maiores dados de violência e insegurança de Nossa América e a presença de gangues ligadas a cartéis de narcotráfico, um verdadeiro crime transnacional. justiça, Polícia e Forças Armadas, sistema judiciário, Ministério Público.

Hoje é evidente e confirmado que o Plano Cóndor 2.0 já está na região e Laura Richardson e alguns secretários do Departamento de Estado dos EUA fornecerão toda a assistência técnica, armamentista e de treinamento aos militares e policiais e através de seus complexos militares e industriais eles irão construir mega prisões e eles venderão armas.

O empobrecido inimigo interno, ou seja, o povo, pagará a grande conta do estado de emergência, do conflito armado interno, e não internacional, declarado pelo regime neoliberal de Daniel Noboa Azín, pró-sionista onde o imperialismo e o sionismo agirão com liberdade vontade, as empresas militares e americanas terão status diplomático, jurisdição criminal norte-americana.

Desta forma, consolida-se o renascimento do Plano Cóndor 2.0 em Nossa América.

Concomitantemente, é importante afirmar que a luta de classes se aprofundou e o Equador nada mais é do que a hibridização de planos: Colômbia e Mérida do México, com forte impacto dos cartéis de Sinaloa, Jalisco Nueva Generación, as máfias dos Balcãs: albaneses , da Sérvia e Montenegro, crime de drogas contra dissidentes colombianos.

O ex-presidente Guillermo Lasso deixou três acordos ou tratados assinados com os Estados Unidos, hoje executados pelo presidente Noboa que viabilizam o Plano Equador, para a permanência das tropas do Comando Sul por cinco anos

Isto se traduz em alienação de soberania, submissão, subordinação a uma potência estrangeira que mais uma vez aprisiona o Equador como objetivo geopolítico na região. Já o fez na Segunda Guerra Mundial, no início dos anos 2000, interrompida por dez anos de governo da Revolução Cidadã e retomada no regime atípico de Noboa, para dar continuidade ao Plano Cóndor 2.0.

É importante mencionar que estes acordos tiveram decisão favorável do Tribunal Constitucional do Equador, o mais alto tribunal de interpretação da Constituição, o que excluiu flagrante e inconstitucionalmente a Assembleia Nacional do Equador, que deveria conhecer e debater estes (acordos) sob o o mandato e o espírito constituinte.

O Plano Cóndor 2.0 e o Plano Equador mantêm um país sitiado pela polícia e pelos militares, o povo equatoriano preso pela guerra cognitiva, pelo medo, pela psicose coletiva, pelo estado de exceção e pela declaração de conflito armado interno não internacional, com toque de recolher, liberdade de reunião proibida, invasão domiciliar, criminalização da pobreza, estigmatização da alteridade sociocultural devido à sua cor melanina.

A Constituição autoriza o uso progressivo da força pela polícia e pelos militares, mas não a violência que resulte em violação dos direitos humanos.

Tornou-se uma grande ameaça ter uma tatuagem e os eruditos cujo devido processo constitucional é violado, conforme também determinado pelo Direito Internacional Humanitário.

Por enquanto, Noboa é o melhor operador do imperialismo norte-americano ao implementar e implementar a presença das forças militares norte-americanas, que terão imunidade diplomática, bem como das empresas que construirão duas megaprisões e que darão continuidade ao objectivo militar de combater e tomar derrubar os grupos do crime organizado, o crime internacional, o povo convertido em inimigo interno e o narcocapitalismo que se tornou a tábua de salvação e o oxigénio do "neoliberalismo" em declínio e do seu capitalismo selvagem, que mantém as organizações sociais letárgicas e populares, ao sindicalismo sempre preso pela os regimes neofascistas que continuam no Equador, que cumprem rigorosamente a grande agenda do imperialismo norte-americano, agora com o Plano Cóndor 2.0.

Porém, as ações a serem implementadas devem ser a continuidade da batalha cultural e das ideias com a unidade na diversidade, tecendo a luta e a resistência das organizações sociais e populares, das diversidades sociopolíticas e culturais, dos povos indígenas, de todos a partir de uma geopolítica da nossa emancipação americana, solidária, anti-hegemónica e anti-imperialista.

Alerta! Milei é sionista, Bukele é sionista e Noboa, o jovem presidente millennial, também é sionista e intervencionista contra a Venezuela.

Alerte a nossa América Anti-imperialista que vamos vencer!

Finalizou citando frases do Comandante Che Guevara:

“Sejamos o pesadelo daqueles que tentam tirar os nossos sonhos”;

E Vladimir Ilitch Lenin:
“Sonhar é necessário, mas com a condição de acreditarmos seriamente no nosso sonho, de examinarmos cuidadosamente a vida real, de compararmos as nossas observações com o nosso sonho, de realizarmos escrupulosamente a nossa fantasia.”
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sábado, 27 de janeiro de 2024

ABIN DO BOZO BABOU * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

ABIN DO BOZO BABOU

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Esquema ilegal de espionagem na Abin buscava proteger família Bolsonaro, vigiar adversários e criar fake news; entenda
Investigação da PF encontrou indícios de uso indevido do órgão de inteligência sob o comando de Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliado de Bolsonaro que, atualmente, é deputado federal.
Por g1


O esquema ilegal de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigado pela Polícia Federal tinha três objetivos principais: proteger membros da família Bolsonaro, vigiar adversários políticos do governo e criar fake news. A informação é da jornalista Daniela Lima, que concedeu entrevista ao podcast O Assunto que foi ao ar nesta sexta-feira (26).

Segundo apuração da PF, a Abin pode ter sido "instrumentalizada" para monitorar ilegalmente autoridades e pessoas envolvidas em investigações, além de desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O uso indevido do órgão teria ocorrido sob o comando de Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliado de Bolsonaro que, atualmente, é deputado federal.

"Agora há indícios claríssimos de que a inteligência do Brasil, situada dentro do guarda-chuva do Gabinete de Segurança Institucional, vinculado, portanto, diretamente à Presidência da República, foi utilizado para espionar ilegalmente integrantes do Supremo Tribunal Federal, govenadores, deputados e senadores durante a gestão anterior. É um escândalo o que se desdobra a partir de agora", diz Daniela Lima.

A jornalista explicou no podcast as motivações do esquema ilegal. "Você tem, por exemplo, operações de contrainteligência que envolvem uma blindagem aos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Abin serviu para investigar e abastecer Flávio Bolsonaro numa saída jurídica no inquérito das rachadinhas e também atuou para blindar Jair Renan Bolsonaro na apuração de tráfico de influência", explicou.

Veja os principais pontos da operação que investiga espionagem ilegal da Abin
Daniela Lima comenta espionagem ilegal de ministros do STF, governadores e parlamentares

Fabricação de fake news

"Você tem uma segunda motivação: vislumbrar, vigiar adversários políticos. Então, manda um drone no então governador do Ceará, Camilo Santana. Rodrigo Maia [ex-presidente da Câmara] passa a ser vigiado também... E também tem a terceira 'perna', que era usar a Abin, delegado de polícia, para fabricar fake news", concluiu.
A jornalista destacou como exemplo do uso da agência para fabricação de fake news o caso em que o ex-presidente Jair Bolsonaro disse estar sendo alvo de uma suposta tentativa de golpe logo após Rodrigo Maia ter uma reunião com o ministro do Supremo Gilmar Mendes.

1.500 números de telefone observados

No episódio desta sexta-feira de O Assunto, Daniela Lima e Natuza Nery informam que investigações apontam mais de 60 mil registros coletados pela ferramenta FirstMile, tecnologia de empresa israelense que monitorou irregularmente a localização de celulares. Esses registros são relativos a cerca de 1.500 números de telefone que teriam sido ilegalmente observados pela Abin.

Daniela Lima também relaciona o atual escândalo da Abin aos inquéritos das milícias digitais e do 8 de janeiro: “O uso de equipamento público para arapongagem se insere no contexto de ataque à democracia e às instituições”.

Daniela Lima fala sobre como Ramagem foi usado para defender os filhos de Bolsonaro.

FONTE:
G1
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MAIS "ABIN DO BOZO BABOU"

sábado, 20 de janeiro de 2024

II Encontro Anti-imperialista de Solidariedade e Amizade entre os Povos * COORDENADORA ANTIIMPERIALISTA PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE - DF

II Encontro Anti-imperialista de Solidariedade e Amizade entre os Povos
COORDENADORA ANTIIMPERIALISTA PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE
II ENCONTRO ANTIIMPERIALISTA DE SOLIDARIEDADE E AMIZADE ENTRE OS POVOS
VÍDEO DOCUMENTÁRIO * COORDENADORA ANTIIMPERIALISTA PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

A QUEM SERVE A REPÚBLICA BRASILEIRA? * Pedro César Batista/Gabriela Gomes - DF

A QUEM SERVE A REPÚBLICA BRASILEIRA?

Pedro César Batista
Gabriela Gomes

Desde a chegada do primeiro colonizador no Brasil, a realização do que chamou “independência” ou da proclamação da República, os povos originários, os escravos, os pobres e explorados, cada um a seu tempo, nunca deixaram de fazer a resistência, travar suas lutas e enfrentar os que impuseram a ferro, fogo, chumbo e muito sangue o controle do poder. Assim foi em qualquer fase da história, o mesmo que se dá na atual fase da República, com suas normas, políticas e jurídicas, que tem a única função em preservar o sistema econômico, o capitalismo, garantir que as riquezas, as propriedades e os privilégios permaneçam com a minoria que detém o poder econômico. Estes, mesmo que cedam algumas migalhas, para aplacar possíveis revoltas e dizer que buscam reduzir as desigualdades, sempre foram implacáveis no uso da violência contra quem ousa enfrenta-los.

Será que a República brasileira serve à maioria do povo, os trabalhadores, os pobres, os miseráveis?

Repetindo a ação da Coroa portuguesa, quando o filho de D. João, Pedro, em 7 de setembro de 1822, decretou a independência do Brasil, antes que os movimentos independentistas que eclodiam por todo o país obtivessem a vitória, seguindo o exemplo do exército liderado por Simón Bolivar, que libertava os povos colonizados pela Espanha, as classes detentoras do poder, em 15 de novembro de 1889, comandada pelos marechais e liderado por Deodoro da Fonseca, fizeram um movimento armado e implantaram a República dos Estados Unidos do Brasil. Chegaram a definir uma bandeira provisória sendo a cópia fiel da bandeira estadunidense. Marcava-se assim um período de mudanças segundo os interesses das oligarquias enquanto o povo que lutava pela república era descartado.



Em 134 anos, desde a implantação da República, muitas mudanças ocorreram na história nacional, a grande maioria delas lideradas pelos próprios detentores das riquezas, com a clara intenção de que tudo permanecesse igual a antes, sem mudar nada da estrutura econômica ou das relações de poder político da sociedade, sempre preservando as grandes massas excluídas de seus mais legítimos direitos e, principalmente, do controle político do Estado, sendo-lhes, distribuído então as migalhas, assim “tudo volta a ser como dantes no quartel de Abrantes”, como disseram os portugueses após a invasão de Napoleão, em 1808, em Portugal.

Um ano antes da criação da República brasileira, em 13 de maio de 1888, a monarquia, pressionada a nível internacional e pelas lutas dos Quilombos, formalizou o fim da escravidão. Foram 358 anos com o povo negro sendo “mãos e pés dos senhores”, servindo a Casa Grande e atendendo os colonizadores. O Brasil foi o último país a acabar com essa chaga. Enquanto que o Haiti foi pioneiro, acabou com a escravidão em 1793 e conquistou sua independência em 1804 (certamente um dos motivos do ódio do imperialismo e das elites a esse povo). Importante destacar, também, que nos mais de cinco séculos de existência do Brasil, o tráfico de escravos foi o setor econômico que mais faturou em toda a história nacional. Mais que o agronegócio atualmente, aliás, este são os verdadeiros herdeiros dos senhores da Casa Grande, que iniciaram fortuna com o trabalho escravo. Não podemos esquecer o extermínio dos povos indígenas, que não se sujeitaram a serem escravos e foram dizimados. Em 1500 o Brasil possuía mais de 1000 etnias, atualmente existem pouco mais de 300.



Logo depois da criação da República, entre 1896 e 1987, o novo poder, preocupado com a sua sobrevivência, colocou milhares de homens do Exército, com as mais modernas armas da época, inclusive a “matadeira”, como os caboclos chamavam o fuzil automático, para dizimar a comunidade sob o comando de Antônio Conselheiro, que queria formar “rios de leite e mel” no sertão baiano. “Canudos não se rendeu”, afirmou Euclides da Cunha, em Os sertões, obra que permitiu conhecer a primeira grande obra da República e seu Exército, que deixou mais de 20 mil sertanejos mortos, homens, mulheres e crianças, todos pobres, assassinados com a perversidade histórica da Casa Grande.

A terra, então a principal fonte de produção de riquezas, sempre foi considerada um direito sagrado, legal e exclusivo dos senhores, repassado aos seus herdeiros ao longo dos séculos. Após a efetivação legal do fim da escravidão, a Lei de Terras foi um dos instrumentos jurídicos para impedir que o povo escravizado tivesse acesso à terra para viver, plantar e morar. O latifúndio segue conservado e imaculado desde a chegada do colonizador, com o sistema de sesmarias, as Capitanias Hereditárias e a Lei de Terras, mantido quando os governos se negam a fazer a reforma agrária.

A queda da velha república, com a chamada Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, levou ao governo uma nova oligarquia. Com Vargas se iniciou a criação do que é hoje o Estado brasileiro, mesmo com todas as campanhas e ações para desconstruí-lo. A partir da implantação do Estado Novo, criou-se uma estrutura jurídica e política que não existia. A ditadura do Estado Novo impôs censura, repressão, tortura e morte, desarticulou o PCB, entregou Olga Benário a Hitler e, ainda assim, ganhou o apoio das amplas massas. Seu fim veio com a Assembleia Nacional Constituinte, em 1946, eleita de forma ampla e participativa, com aparente liberdade, que durou pouco mais de um ano, com o General Eurico Gaspar Dutra cassando o PCB e a bancada de parlamentares do partido. Em 1950, após o retorno de Vargas, eleito presidente, tentaram dar outro golpe, impedido com o suicídio do presidente trabalhista.

Será que esta República serve à maioria do povo brasileiro, os trabalhadores, os pobres, os miseráveis?

Em 1964, outro golpe foi dado, durou 21 anos, que prendeu, torturou, exilou e matou que lhe fez oposição ou lhe enfrentou em todos os campos. A ditadura de 1964 manteve a estrutura econômica, reforçando principalmente os latifundiários e entregando as riquezas nacionais ao capital internacional. Este golpe foi pensado e organizado a partir da Casa Branca, a sede da Casa Grande a nível mundial, que continua comandando governos serviçais em vários países, independente de quem governe, impondo a política neoliberal, com privatizações e assegurando a preservação da concentração da riqueza, da violência institucionalizada contra os pobres, negros e marginalizados.



A esquerda que tem suas raízes nas lutas pela transformação radical da sociedade, com a destruição do sistema capitalista e a implantação do socialismo, em sua quase totalidade se institucionalizou e vestiu a camisa e a defesa da ordem sistêmica. Propagam sem nenhuma vergonha a defesa da democracia burguesa, que entrega seus anéis para manter seus dedos, levando a imensa maioria da população a acreditar que somente com o direito ao voto poderá mudar, ao mesmo tempo que permanece sem acesso ao conhecimento, à terra, à educação de qualidade e critica, sem falar de uma consciência histórica, que permita forjar a consciência de classe, unidade e organização para avançar na transformação da sociedade. Se estes setores defendem a ordem, a extrema direita, sustentando-se no anticomunismo, na defesa da propriedade, da família e de deus, velhos discursos ainda anteriores à Revolução francesa, propagam a desobediência, a negação de estruturas do estado e o retorno à práticas que aprofundem a exploração do trabalho, usando para isso concessão pública, como canais de televisão, e privilégios, como a isenção de impostos para igrejas. Uma inversão muito bem construída, especialmente a partir da negação da luta de classes e da destruição do sistema de exploração e apropriação do resultado do trabalho, imposto pela burguesia por meio do sistema capitalista. Inclusive há setores, que se autointitulam, mas, de fato estão preocupados em se adaptarem e usufruírem privilégios oferecidos pelo estado e tornaram-se correias de transmissão do sistema e defensores e incansáveis da ordem.

O Estado, sob a República, criado para impedir que um desposta pudesse usá-lo para atender seus interesses, manteve a estrutura que somente tem a finalidade de ser o garantidor da ordem vigente, como destacou Marx, atender aos interesses da classe que o controla. Para isso, mantém um “corpo de parasitas”, com uma poderosa estrutura burocrática, militar e jurídica, organizada para evitar mudanças estruturais e que qualquer mudança que possa ocorrer preserve a essência do sistema. Todo o aparato jurídico tem a finalidade de conservar a propriedade, considerada o maior de todos os bens, mais que a vida, principalmente a vida das massas miseráveis e empobrecidas.

Entretanto, isso nunca impediu que as classes trabalhadoras, as massas deserdadas e sem o direito às propriedades, sem deter o poder econômico, possuindo apenas o trabalho para vender e o direito a um voto sempre ousassem se organizar, lutar pelos seus direitos e combater as classes detentoras de propriedades e riquezas, com seus governantes que defendem a ordem e o sistema para que nada mude.



A história nos revela o poder dos povos perante todas as formas de opressão impostas desde a independência ou da proclamação da República. Permite-nos enxergar o que Machado de Assis destacou como o “Brasil real” e o Brasil oficial - o Brasil do povo, com os “melhores instintos” e o país “caricato e burlesco” forjado por nossas antigas oligarquias, pelos atuais donos do agronegócio ancorados na máquina estatal que somente serve aos interesses do capitalismo e da burguesia internacional, o imperialismo. O Brasil real é a vida de todos os brasileiros, que sofrem com a expropriação de suas riquezas naturais, que resistem pelos seus direitos perante as migalhas que lhe são oferecidas, que lutam dia após dia e que respiram o descaso e a violência daqueles que insistem em permanecer adormecidos no Brasil oficial, na terra do bel prazer do capital.

É a história de lutas de nossos povos, do verdadeiro povo brasileiro que clareia nossas necessidades, nossa materialidade e fortalece a luta pela transformação radical da sociedade. É a história que nos guia e guiará para a superação de todas as injustiças, de toda a opressão burguesa que tudo usa para impedir que a classe trabalhadora, as camadas populares se deem as mãos e avance na luta pela sua verdadeira libertação.

Será que esta República, em sua história, tem servido à maioria do povo brasileiro, aos trabalhadores, aos pobres, aos miseráveis?

Pedro César Batista, jornalista
Gabriela Gomes, geografa
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domingo, 14 de janeiro de 2024

A direita organizada se mobiliza em 40 grupos para tumultuar a Conferência Nacional de Educação * Paulo Motoryn

A direita organizada se mobiliza em 40 grupos para tumultuar a Conferência Nacional de Educação.


VAMOS DEFENDER A EDUCAÇÂO!!!

Se você, de esquerda ou progressista, não se mexer, irão tomar conta de praticamente tudo. E papers não serão suficientes para mudar este quadro. Ou você começa a fazer parte dos movimentos sociais ou não haverá movimento social.

Do intercept

Sábado, 13 de janeiro de 2024
A força-tarefa bolsonarista.

Passado um ano da tentativa de golpe, o antropólogo Orlando Calheiros reflete sobre o que os terroristas realmente queriam.

Uma mobilização secreta de grupos bolsonaristas está se preparando para influenciar a Conferência Nacional de Educação, a Conae, com pautas de extrema direita. O objetivo declarado da força-tarefa é "formar famílias em todos os estados brasileiros" para lutar contra o "aparelhamento ideológico da educação".

Para isso, os extremistas levarão a Brasília, onde a etapa nacional da Conae ocorre, entre 28 e 30 de janeiro, na Universidade de Brasília, temas como homeschooling e o Escola Sem Partido.

A Conae é um evento convocado pelo Fórum Nacional de Educação, um órgão de participação da sociedade civil nas políticas do Ministério da Educação, com o objetivo de construir o Plano Nacional de Educação, o PNE, para o período de 2024 a 2034.

A conferência tem como foco principal a promoção de uma educação inclusiva e comprometida com o desenvolvimento sustentável, mas a chamada "Força Tarefa Conae" promete direcionar os debates para pautas alinhadas com a extrema direita.

Por meio de mais de 40 grupos no WhatsApp, a força-tarefa bolsonarista está convocando participantes para uma série de palestras e atividades com especialistas na área da educação. Essas palestras, que começaram no último 8 de janeiro, apresentam um cronograma extenso, incluindo temáticas como "crise de autoridade na educação" e "opção de gênero" – um termo que, por si só, já denota uma visão preconceituosa do tema, além de ser condenado por especialistas.

Apesar do engajamento de centenas de militantes bolsonaristas por meio do WhatsApp, chama a atenção que o esforço não tem sido divulgado em redes sociais abertas, como o Twitter e o Facebook – o que demonstra que a incidência na Conae tem um fator "elemento surpresa", para pegar desprevenidos o governo Lula e os participantes da conferência.

Uma das principais estratégias é "denunciar a ditadura educacional do texto referência" do Plano Nacional de Educação, que será votada no Conae.

Entre os palestrantes confirmados para "qualificar" a participação dos patriotas na Conae estão acadêmicos de extrema direita, como Inez Augusto Borges, Adriana Marra e Fernando Nassi Nader. Cada um deles aborda temas específicos. São eles, respectivamente: educação cristã, crise de autoridade na educação e presença da família na educação. Os assuntos, segundo a organização, têm "relevância para a educação e a família brasileira".

As atividades do grupo têm apoio da Associação Nacional de Educação Domiciliar e da Confederação Nacional das Associações de Pais de Alunos, entidades de extrema direita engajadas no tema da educação – a última, inclusive, integra o Fórum Nacional de Educação, responsável pela convocação da Conae.

Os participantes dos 47 grupos criados na comunidade do WhatsApp da "Força Tarefa Conae" estão sendo instigados a se organizar por frentes de trabalho, relacionadas a diferentes temas educacionais, e a se reunirem virtualmente para discutir estratégias de incidência na Conae.

A mobilização sugere um esforço concentrado para direcionar as discussões da conferência para visões conservadoras – e, mais que isso, tumultuar o evento de participação social da gestão Lula.

Ouvi a coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, para que ela analisasse as ações da força-tarefa bolsonarista. Segundo ela, a mobilização é um "sintoma preocupante" de um movimento mais amplo na sociedade brasileira e global.

"Esse movimento tem sido acentuado por extremismos de direita, que reagem de maneira hostil a políticas voltadas para garantia de direitos, equidade e liberdades individuais. Esta reação tem gerado a ascensão de populismos extremistas de direita, movimentos reacionários e violentos, que buscam minar os avanços conquistados em prol de uma sociedade mais inclusiva e justa", comentou.

Pellanda apontou, no entanto, que os bolsonaristas podem ter chegado "tarde demais" ao processo de participação. "É notável que esse grupo, pequeno diante do tamanho da Conferência, foi pego de "calças curtas", avaliou.

Paulo Motoryn
Repórter Colaborador
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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

CADEIA PARA TODOS OS GOLPISTAS * Marcelo Auler/247

CADEIA PARA TODOS OS GOLPISTAS

Restam 22 militares que a CPMI propôs o indiciamento por envolvimento com a tentativa de golpe. Sobre as investigações em torno deles, nada se sabe”, diz Auler.

“A Polícia Federal não é subordinada ao MPF (Ministério Público Federal), e, portanto, define suas próprias estratégias de investigação. O MP (Ministério Público) é titular da ação penal. Na investigação, manda a Polícia”;

O comentário é do diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, delegado Andrei Rodrigues, ao rebater críticas à instituição feitas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, em entrevista à Folha de S.Paulo – Trabalhei com provas, diferente da Lava Jato, diz subprocurador que denunciou 1.400 pelo 8/1.

Coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos dentro do MPF – cargo do qual se afastou com a posse de Paulo Gonet na Procuradoria Geral da República (PGR) -, coube ao subprocurador analisar e apresentar denúncias junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A crítica à Polícia Federal surgiu ao ser cobrado sobre a punição dos militares das Forças Armadas que também apoiaram o golpe e ainda não foram denunciados ou sequer indiciados criminalmente. Carlos Frederico praticamente jogou no colo da polícia a responsabilidade por essa situação:

“Nós não participamos diretamente das primeiras medidas relativas aos militares das Forças Armadas. O Ministério Público só foi notificado quando já estava tudo pronto. Como começou essa investigação das Forças Armadas? Juntaram em torno de 80 militares naquele complexo de treinamento da Polícia Federal e ouviram todos juntos. Simultaneamente. Isso traz prejuízo para a investigação”.

ANEXO

É verdade que, para punir os militares pelo 8 de Janeiro, antes precisamos saber quem são os culpados. Então, segue uma lista (tem de general a sargento), de militares INDICIADOS pelo relatório final da CPMI do Golpe, incluindo seu comandante-chefe. Seu envolvimento com os atos antidemocráticos está mais do que demonstrado.

1. Jair Messias Bolsonaro
2. Tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid
3. General Walter Souza Braga Netto
4. General Augusto Heleno Ribeiro Pereira
5. General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira
6. General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
7. Almirante Almir Garnier Santos
8. General Marco Antônio Freire Gomes
9. General da reserva Ridauto Lúcio Fernandes
10. Coronel Antônio Elcio Franco Filho
11. Sargento Luís Marcos dos Reis   
12. Coronel Jean Lawand Júnior 
DECANOS DO GOLPISMO

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

ANOS DE CHUMBO * RONILDO ANDRADE/PB

ANOS DE CHUMBO
DOCUMENTOS REVELADOS

Quem vivenciou, ou leu sobre o Regime Militar (Ditadura 1964-1985), sabe do que os militares são capazes, foram vinte e um anos de perseguição, prisão, tortura e assassinatos de opositores.

Além de muitos escândalos de corrupção e obras inacabadas.

Roubos e contrabando de uísques, perfumes e roupas de luxo, envolvido capitão Ailton Guimarães.

Um dos maiores torturadores de presos políticos, delegado Sergio Fernandes Fleury.

Foi acusado pelo MP por associação ao tráfico de drogas e extermínio, apontado como líder do esquadrão da morte e proteção ao tráfico.

Governadores biônicos.

No Paraná, Haroldo Leon Peres, escolhido governador, foi descoberto tempos depois que ele era ladrão em Maringá, e foi pego extorquindo um empreiteiro.

Outro governador envolvido em várias denúncias, o conhecido Paulo Maluf, foi acusado de corrupção no caso Lutfalla, empresa têxtil de sua mulher, sobre empréstimos no BNDE.

Era prática do Regime Militar, mordomias de Ministros e servidores financiados com dinheiro público.

Uma piscina térmica na casa do Ministro das Minas e Energia.

O Ministro do Trabalho tinha 28 empregados.

Na casa do Governador de Brasília, frascos de laquê e alimentos eram comprados em grande quantidade, 6800 pãezinhos tinham sidos comprados num mesmo dia.

Obras inacabadas:

A mais famosa delas é a rodovia transamazônica, BR 230, que começa em Cabedelo na PB.

O que eram proibidos e confiscados, eram liberados para servidores.

Era uma verdadeira farra com dinheiro do povo.

Esses foram alguns casos de corrupção no Regime Militar.

Durante a Ditadura Militar, 191 brasileiros que resistiram ao regime foram mortos.

210 estão até hoje desaparecidos.

Foram localizados apenas 33 corpos.

Totalizando 434 militantes mortos e desaparecidos.

Ao elegerem o genocida, parece até que desconheciam a história ou estavam com saudades dos tempos de chumbo.

Os quatro anos de destruição do Brasil , pelo desgoverno, foram uma amostra do que viria a seguir.

Já imaginaram o que estaria acontecendo se o genocida tivesse se reeleito?

RONILDO ANDRADE/PB



sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

NAZISSIONISMO ATACA O PADRE JULIO LANCELLOTTI * ROBSON SÁVIO-SP

NAZISSIONISMO ATACA O PADRE JULIO LANCELLOTTI 
ROBSON SÁVIO-SP
A extrema-direita persegue quem pratica a ética cristã

A Câmara Municipal de SP aprovou uma CPI que, nitidamente, é uma perseguição política ao padre Júlio Renato Lancellotti .

É execrável a perseguição político-religiosa àqueles que trabalham em prol da justiça e são comprometidos com os empobrecidos e os "descartáveis" [como diz o papa Francisco] da sociedade.

Padre Júlio é um exemplo da ética cristã: se compromete com o povo oprimido; sua fé é engajada e amorosa. Sua vida e sua práxis são farol e profecia. Pratica o Evangelho que escandaliza porque vive o que prega.

Tem uma vida de imitação a Cristo: simplicidade, partilha, generosidade e amorosidade.

Sua fidelidade ao Cristo incomoda, porque ele carrega a única verdade que importa ao cristianismo autêntico: o amor.

Receba, Padre Júlio nossa solidariedade.

E que a extrema-direita saiba: o Padre Júlio não está sozinho.

Vamos divulgar e compartilhar mensagens de apoio e solidariedade ao padre Júlio. 
(Robson Sávio)


quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

DEFENDER A PALESTINA É COMBATER A EXTREMA-DIREITA NO BRASIL * Munir Naser/Monitor do Oriente

DEFENDER A PALESTINA É COMBATER A EXTREMA-DIREITA NO BRASIL

Desde a partilha da Palestina com a resolução 181 da ONU em 1947 até os dias atuais, a causa Palestina é uma referência de resistência e inspiração para os povos oprimidos em todo mundo. A relação dos Black Panter’s ( Panteras Negras ) com a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) era notória. Para Jean Genet, militante anticolonial, antiracista, poeta e escritor, tanto os afro-americanos quanto os palestinos sofriam com a mesma opressão colonial.

No Brasil, o Movimento Negro Unificado (MNU) tem relações com a OLP desde a ditadura militar (1964-1985). Diante dessa conjuntura, a OLP em 1980 promoveu em São Paulo o encontro e a manifestação pública da organização no Teatro de resistência Ruth Escobar, porém os sionistas tentaram intimidar e silenciar vozes palestinas no ato, mas, graças à solidariedade e à força do recém fundando MNU, a garantia política do movimento e das falas foram exitosas. Além disso, juntamente com o Movimento dos Trabalhadores sem Terra, a Central Única dos Trabalhadores e o Movimento dos Trabalhadores sem Teto, o MNU entregou uma carta ao Governo Brasileiro exigindo o fim dos acordos comerciais com Israel, principalmente de caráter bélico e de inteligência/tecnologia.

Portanto, por que defender a causa Palestina no Brasil é combater a Extrema-direita?

Elencado com as principais reivindicações do povo brasileiro, que são reformas profundas diante das estruturas de poder que atualmente estão com crise de representatividade popular, descrédito nas instituições e na justiça, a causa Palestina aponta, ainda mais forte na conjuntura atual, um norte de resistência a ser seguido. O povo oprimido no Brasil colocou Luís Inácio Lula da Silva com suas próprias mãos no poder, mesmo contra a máquina pública, o assédio dos patrões, as operações golpistas da PRF, porém a estrutura do Estado ainda está bolsonarizada. O chantagista da União, Arthur Lira, o faminto centrão e a força da Extrema-direita no Brasil fazem com que a tarefa de reconstruir o país seja mais difícil.


As críticas duras do embaixador de Israel no Brasil ao Partido dos Trabalhadores, além do ferimento de protocolos diplomáticos atentando contra a soberania do país se reunindo com líderes da oposição no parlamento brasileiro, além do inelegível e investigado que promoveu o governo mais reacionário da história do Brasil até a redemocratização, Jair Bolsonaro, mostra a natureza perversa e anti-povo e o que representa o sionismo em qualquer lugar.

Desumanizando os palestinos como se fossem ‘incivilizados’ demais para serem salvos – Cartoon [Sabaaneh/Monitor do Monitor do Oriente]

Diante disso, é um aceno ditatorial e imperialista de Israel, pois, ao se reunir com os golpistas que financiaram e agitaram os atos antidemocráticos do dia 08 de janeiro de 2023, chantagea o governo brasileiro aos seus desejos perversos. Não é coincidência que golpistas e terroristas invadiram a sede dos poderes carregando bandeiras de Israel, é coerente até com suas ideologias.

Combater isso faz se necessário para sobrevivência de uma democracia popular. Como combatemos? Pedindo o fim da cooperação militar e tecnológica proposta no ano de 2019 pelo então governo genocida. Além do fim de relações diplomáticas com estado de apartheid Israelense, que apesar dos crimes contra palestinos e o genocídio em prática com mais de 70 dias de bombardeios, o agravante é o atentado contra a soberania brasileira .

O fim dos acordos militares e comerciais impactariam diretamente a relação de opressão do povo negro no Brasil e do povo indígena. Pois, as armas que são usadas nas periferias e as táticas militares são importadas do estado racista de Israel. As armas que matam o jovem negro no país são as mesmas que matam crianças e mulheres palestinas na Cisjordânia e em Gaza. Os equipamentos de inteligência, softwares, materiais de empresas mineradoras são utilizados para invasão de terra indígena no Brasil e na Palestina. Além da segurança da democracia que esteve novamente danificada, que contou com inteligência e tecnologia israelense para o grampeamento de autoridades, ministros, servidores públicos de maneira ilegal por meio de funcionários da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).


Independentemente de ideologia, 61% dos brasileiros não concordam com a violência em Gaza promovido por Israel de acordo com a Genial Quaest. Diante desses números, a reivindicação de um cessar-fogo imediato, a autodeterminação do povo palestino e o fim da cooperação militar pode ser um caminho fértil que elenca na perspectiva de mobilização para pressionar o Governo e o parlamento em relação à desmilitarização da polícia e o fim da violência pública, em relação à reforma agrária, em relação à reforma política, dentre outras necessidades do povo brasileiro.

Consequentemente, denunciando e mostrando ao povo brasileiro quem apoia o genocídio do povo palestino e os intensos crimes contra humanidade são dos deputados e autoridades de extrema-direita.
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