quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Margem Equatorial - Petrobrás: A soberania vendida em lotes * Reynaldo José Aragon Gonçalves/AEPET

Margem Equatorial - Petrobrás: A soberania vendida em lotes

Defender o meio ambiente é imperativo. Mas enquanto a estatal brasileira se tornava vilã ambiental, o país entregou à Chevron, ExxonMobil e Shell direitos de exploração da Margem Equatorial. Sinal de que além de ecológica, a questão é geopolítica

A Petrobras passou mais de uma década bloqueada por exigências técnicas, pareceres contraditórios e campanhas ambientais seletivas. Enquanto isso, empresas estrangeiras como Chevron e ExxonMobil conseguiram acesso à Margem Equatorial sem resistência. Este caso não é sobre preservação ambiental. É sobre quem realmente decide o futuro do Brasil. E, neste episódio, quem decidiu não foi o Brasil.

No dia 17 de junho de 2025, o Brasil entregou à Chevron, ExxonMobil, Shell e outras multinacionais o controle sobre uma das regiões mais estratégicas de sua matriz energética: a Margem Equatorial.

O leilão promovido pela ANP ofertou 192 blocos exploratórios, sendo 63 nessa região, arrecadando R\$ 1,2 bilhão. O que a mídia tratou como sucesso financeiro foi, na verdade, a culminância de uma longa operação de deslegitimação simbólica da Petrobras e de esvaziamento da capacidade do Brasil de decidir soberanamente sobre seus recursos energéticos.

Durante mais de 13 anos, a Petrobras tentou, sem sucesso, obter licença ambiental para perfurar um poço exploratório na região. Apesar de ter cumprido exigências técnicas e apresentado estudos robustos, a estatal foi sistematicamente bloqueada por pareceres ambíguos, entraves regulatórios e uma campanha pública que a transformou em vilã ambiental.

O Ibama, por exemplo, indeferiu o pedido da Petrobras com base na ausência de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) que, tecnicamente, não era obrigatória.

Em paralelo, ONGs ambientalistas, muitas delas financiadas por fundações internacionais, atuaram com intensidade contra o projeto da Petrobras, ampliando o discurso do “risco à Amazônia” em editorias, redes sociais e pareceres públicos.

Mesmo com evidências técnicas indicando que os blocos estavam a centenas de quilômetros da foz do Amazonas e que o impacto sobre os biomas seria controlado, a narrativa dominante foi a da destruição iminente.

O curioso é que o discurso ambiental evaporou quando empresas estrangeiras demonstraram interesse. Durante o processo que antecedeu o leilão da ANP, não houve protestos relevantes, notas de repúdio ou mobilização digital contra a participação da Chevron, da ExxonMobil ou da Shell.

A mesma Margem Equatorial que era intocável para o Estado brasileiro tornou-se, subitamente, uma nova fronteira de oportunidade para o capital estrangeiro. Sinal de que o problema nunca foi apenas ambiental — era geopolítico.

Após o leilão, com os contratos assinados, algumas ONGs voltaram a se manifestar contrariamente à exploração. Mas o estrago já estava feito. A omissão estratégica durante o período crítico permitiu que o leilão ocorresse com fluidez e sem pressão social. Essas idas e vindas não revelam incoerência, mas método: o objetivo foi bloquear a Petrobras, não necessariamente o projeto de exploração.

O caso escancara uma das formas mais sofisticadas de guerra do século XXI: a guerra informacional. Trata-se da ocupação do campo das ideias, da percepção e das narrativas que moldam o senso comum. A opinião pública brasileira foi lentamente induzida a rejeitar qualquer iniciativa de soberania energética que envolvesse o Estado.

A Petrobras passou a ser tratada como uma empresa obsoleta, burocrática, ineficiente e poluidora. Esse processo não foi espontâneo: foi articulado por um ecossistema formado por editorias econômicas, ONGs transnacionais, influenciadores digitais, consultorias regulatórias e plataformas tecnológicas.

A erosão simbólica da Petrobras foi essencial para que o leilão não gerasse repúdio. Quando a população já não reconhece sua estatal como ferramenta de soberania, não há resistência organizada à sua exclusão. O Estado foi convencido a agir como despachante do capital externo, e a sociedade, treinada a acreditar que qualquer alternativa nacional é automaticamente ineficaz.

Essa é a dimensão mais perigosa da guerra híbrida: o inimigo não precisa mais invadir; basta convencer. E o convencimento se faz com mídia, métricas, pareceres, hashtags e relatórios. O que se perde não é apenas a capacidade de explorar um bloco de petróleo. O que se perde é a capacidade de existir como sujeito político autônomo.

Defender o meio ambiente é imperativo. Mas permitir que essa causa seja instrumentalizada por interesses que não respondem à população brasileira é um erro grave. A Margem Equatorial é apenas um exemplo. A verdadeira disputa é pela soberania informacional. E nenhum país soberano entrega sua narrativa e seu petróleo ao mesmo tempo. A menos que já tenha perdido os dois.

TODOS CONTRA A REFORMA ADMINISTRATIVA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

TODOS CONTRA A REFORMA ADMINISTRATIVA

"No dia 29 de outubro, servidoras e servidores públicos de todo o país vão a Brasília para um grande ato nacional contra a Reforma Administrativa (PEC 32) e pelo cumprimento dos acordos de greve. Essa proposta ameaça direitos históricos, enfraquece os serviços públicos e abre caminho para mais terceirizações e precarização. Por isso é de extrema importância que todas e todos ergam suas vozes para lutar contra este retrocesso.

As entidades sindicais que participam da mobilização nacional estão organizando caravanas de ônibus saindo do Rio de Janeiro com destino a Brasília, no dia 28/10, em horário ainda a ser definido, e o retorno programado para o dia 30/10. O SINTIFRJ garantirá a ida de todas e todos, além de diária de alimentação, para quem quiser integrar a caravana.

Para participar da Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa em Brasília é necessário preencher o formulário que segue abaixo.

As inscrições serão até o dia 23 de outubro. Garanta sua vaga preenchendo o formulário de inscrição:

Faça parte dessa luta em defesa dos serviços públicos e dos direitos da classe trabalhadora e venha fortalecer essa mobilização nacional!

Em unidade, podemos barrar a Reforma Administrativa e defender o serviço público que o povo precisa!"

FONTE
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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Nota de Falecimento * Revista Nas Entrelinhas/IFBA

Nota de Falecimento

É com profundo pesar que o Nas Entrelinhas comunica à comunidade do Instituto Federal da Bahia (IFBA): alunos, professores, técnicos administrativos e prestadores de serviços, o falecimento da Senhora “DEMOCRACIA”.

Desde o início do ano de 2020 ela já vinha sofrendo com uma doença chamada “Patrimonialismo” que é caracterizada pela confusão e conflito dos conceitos daquilo que é “público” e “privado”. Estavam a Reitora e o seu Consorte dentro do Consup decidindo os rumos do IFBA como se o fizessem com o orçamento familiar.

A doença evoluiu para um câncer muito comum em alguns modelos de gestão, chamado “Autoritarismo”. Esse tipo de câncer é caracterizado pelo poder absoluto que implementa regras próprias e subverte normas, impondo os seus interesses e subordinando a todos, principalmente, aqueles que de alguma forma do poder autoritário se beneficiam, a obediência cega à sua autoridade.

O domínio dos espaços de deliberação e decisão no IFBA foi a primeira estratégia do autoritarismo da gestão e tem o propósito de consolidar o controle do poder e influência, e dessa forma impedir que vozes e pensamentos contrários sejam lançadas e reproduzidas no meio acadêmico e institucional. Foi assim lá nos idos do ano de 2021, na eleição para o Consup. Foi assim na eleição de 2023 também para o Consup, Reitor(a) e Diretores(as) de campi, subvertendo, inclusive, o Estatuto do IFBA (Art. 11, II) e o Regimento Interno do Consup (Art. 2º, II e Art. 33, VIII), e não foi diferente nesta última eleição.

A Reitora e Presidenta do Consup, usando do seu autoritarismo e abusando do poder, sob os olhares e pensamentos desprovidos de senso crítico dos Conselheiros, impôs a sua vontade e transferiu os poderes que até então eram do Consup e dos Conselheiros para as Comissões Eleitorais, tanto em 2023 quanto na última eleição para o Consup (2025-2027). É bom a comunidade rever esses momentos para que não caiam no esquecimento.

O ataque fulminante à DEMOCRACIA institucional veio nesta recente eleição para o Consup, mais uma vez usando a própria “democracia” para disfarçar e consolidar o seu autoritarismo.

Feriu o princípio constitucional da “Publicidade”. Não utilizou todos os meios institucionais oficiais disponíveis para dar amplo conhecimento à comunidade interna. A chamada para registros de candidaturas ao Consup só foi divulgada no ifba-oficial@listas.ifba.edu.br no dia 13 de agosto de 2025, faltando pouco mais de 9 horas para o encerramento. De acordo com o princípio da “Publicidade” (Art. 37 da CF/88) é dever da Administração conferir aos seus atos a mais ampla divulgação possível, principalmente quando os administrados forem individualmente afetados pela prática do ato. Isso cerceou o direito de servidores da oposição apresentarem candidaturas.

A Reitora permitiu, acintosamente, que o seu Consorte (que desta vez não teve muita sorte, ficou como suplente) se candidatasse à representação no Conselho do qual ela, a Reitora, é Presidenta, escancarando e jogando na cara da comunidade do IFBA o conflito de interesses, já combatido no âmbito do Consup entre 2020-2021.

O Consorte, que fez uma campanha digna do Congresso Nacional (nababesca), sem o mínimo de vergonha, como se tivesse dispondo do patrimônio familiar, usou e abusou da máquina pública: beneficiou-se de vídeo publicado no Instagram pelo Pró-Reitor de Ensino - assim se apresentou - no qual declarou o seu apoio ao candidato. Apropriou-se indevidamente de um vídeo institucional, onde a Pró-Reitora da PRODIN enalteceu a importância da eleição para a democracia na Instituição. O vídeo é institucional e tem caráter informativo. A apropriação foi indevida.

Um outro candidato também docente, do campus de Jacobina, beneficiou-se de um vídeo publicado no Instagram pelo Diretor-Geral, que assim se declarou e externou o seu apoio. Já um outro docente, apoiador ou preposto, do campus de Irecê usou o seu e-mail pessoal institucional (o que é permitido) e enviou mensagem para uma infinidade de docentes, através do e-mail oficial institucional "docentes.ire@ifba.edu.br" (o que é proibido pela norma eleitoral), pedindo votos para o candidato e convidando a todos para irem juntos com ele, configurando o uso da máquina pública.

É claro que tudo isso desequilibrou o pleito eleitoral porque comprovadamente favoreceu indevidamente os candidatos. E na tentativa de salvar a velha Senhora “DEMOCRACIA” que agonizante dava os seus últimos suspiros, apresentamos recursos, impugnações, além de expormos os vícios gritantes no Regulamento Eleitoral.

Infelizmente, a Comissão Eleitoral que, como aquela de 2023, sem o fiel da balança, “jogou a última pá de cal” e julgou como IMPROCEDENTES os recursos e impugnações.

A Senhora “DEMOCRACIA” morreu, mas deixou “sementes”. Essas serão cuidadas, trabalhadas e preparadas longe dos olhares herodianos.

Consup 2025-2027, eleição de cartas marcadas.
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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Pelo Direito á Cidade * Movimento Resistência Popular – MRP

Pelo Direito á Cidade
E-mail edsondfspw@gmail.com/www.mrpbrasil.org

Assunto: Solicitação urgente de apoio financeiro para pagamento de fiança

Prezados(as),

Venho, por meio deste, fazer um apelo urgente por apoio financeiro para o pagamento da fiança no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), necessária para garantir a liberdade de dois militantes do Movimento Resistência Popular (MRP), presos injustamente por exercerem seu direito legítimo à luta por moradia e justiça social.

Esses companheiros foram detidos no Acampamento Renascer, espaço de resistência que abriga dezenas de famílias em situação de vulnerabilidade. A prisão ocorreu de forma arbitrária, como parte de uma escalada de repressão que tenta sufocar os movimentos populares e criminalizar quem ousa lutar por dignidade.

Não é a primeira vez. Esses militantes vêm sendo perseguidos há muitos anos — enfrentando processos, ameaças e tentativas de silenciamento. A fiança imposta é mais do que um valor financeiro: é uma barreira política, uma tentativa de desmobilizar, de punir quem se organiza coletivamente contra a desigualdade.

Diante da gravidade da situação e da impossibilidade de arcar com esse valor, recorremos à solidariedade de todos e todas que acreditam na justiça, na liberdade e na força dos movimentos sociais. Cada contribuição é um gesto de resistência, um ato de coragem diante da injustiça.

Para contribuições, seguem os dados bancários:

Associação Religiosa Cultural, Habitacional e Agrícola (ARCA )

Agência: 0001

Conta Corrente: 5058601-1

Instituição: 403 - Cora

Nome da Empresa: ASHRSC

PIX: CNPJ: 11.294.756/0001-07

A liberdade desses companheiros depende da nossa capacidade de nos unir. Que a solidariedade fale mais alto do que a repressão.

Atenciosamente,

Edson Silva

Movimento Resistência Popular – MRP

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

21 DE SETEMBRO ABRIU UM ESPAÇO PARA A RETOMADA DA LUTA DE MASSA * LIGA COMUNISTA BRASILEIRA - LCB

21 DE SETEMBRO ABRIU UM ESPAÇO PARA A RETOMADA DA LUTA DE MASSA

Domingo, 21 de setembro, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas contra a PEC da bandidagem e a anistia aos golpistas. Na semana seguinte, a Comissão de Constituição e Justiça sepultou a PEC da Bandidagem, em um claro reflexo da mobilização popular.

Os deputados da extrema-direita e da direita disfarçada de Centrão acreditavam que poderiam aprovar medidas de acordo com seus interesses. Escudados em uma maioria eventual, eleita com dinheiro do orçamento secreto, chantagem religiosa e domínio territorial do crime organizado, os deputados fascistas e fisiológicos tentaram criar parlamentarismo de fato.

A tentativa de blindagem e autoanistia foi a gota d'água. É visível o cansaço da população com a pauta fascista, a constante perda de direitos e as derrotas impostas à classe trabalhadora.

Abre-se um espaço significativo para a retomada da luta política de massas.

Os acontecimentos da semana passada provam que mesmo o Congresso mais reacionário desde o fim da ditadura não passa infenso à mobilização de massas. Não se pode parar a mobilização depois dessa vitória pontual. Existem diversas bandeiras justas, que sensibilizam a classe trabalhadora e o povo, como a luta pelo fim da escala 6x1 e pela afirmação da soberania nacional.

O plebiscito pelo fim da escala 6x1, apesar das limitações e da mobilização abaixo do potencial, foi um marco importante. A partir dos resultados do plebiscito, é necessário intensificar a campanha do fim da escala 6x1.

O fascismo ainda não foi derrotado, apesar de seu evidente desgaste. A condenação de Bolsonaro e de quatro generais de último posto é um duro golpe para a corrente fascista. Porém, a ideologia e a prática fascista tem disseminação social. A corrente bolsonarista tem força nas Forças Armadas, no judiciário, no ministério público e nas polícias, além de várias categorias da burocracia pública.

Para derrotar o fascismo é preciso que a classe trabalhadora e os setores populares superem a armadilha do eleitoralismo, mantendo mobilização permanente nas ruas.

Manter a força nas redes e nas ruas. Unificar as lutas. Defender os direitos sociais e do trabalho, as liberdades democráticas e a soberania nacional.

LIGA COMUNISTA BRASILEIRA - LCB

sábado, 27 de setembro de 2025

25 ANOS DA 2ª INTIFADA * Brasil de Fato

25 ANOS DA 2ª INTIFADA

Segunda Intifada Palestina, iniciada em 2000, completa 25 anos em um cenário de recrudescimento da violência contra o povo palestino. Ao BdF Entrevista, da Rádio Brasil de Fato, Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), avaliou que o atual genocídio em Gaza escancara ao mundo a verdadeira face de Israel.

“Nesse momento, nós temos a humanidade enxergando a cara feia do sionismo, a cara feia de Israel, que nunca tinha aparecido. Essa cara não é nova, só que as pessoas estão vendo essa cara agora, porque este é um genocídio televisionado”, disse.

Rabah destacou que a Segunda Intifada nasceu de uma grande frustração com os Acordos de Oslo, firmados em 1993. Para ele, a morte de Yitzhak Rabin, então premiê israelense, e a ascensão de figuras como Ariel Sharon, ex-primeiro-ministro de Israel, e Benjamin Netanyahu, atual premiê israelense, sabotaram qualquer possibilidade de paz.

“Ariel Sharon se opunha a qualquer solução negociada. Ele chega ao poder [em 2001] e, imediatamente, começa a invadir cidades palestinas da Área A e, logo em seguida, cerca Hebron, a própria Ramallah. Inclusive, ao invadirem Ramallah, cercam a Muqata, a sede do governo palestino em que ficava [o ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser] Arafat”, recordou.

A chamada Área A é a parte da Cisjordânia que deveria estar sob controle palestino, conforme os Acordos de Oslo, enquanto Hebron e Ramallah são duas das principais cidades da região. A Muqata, em Ramallah, era o complexo governamental onde Arafat ficou sitiado até sua morte, em 2004.

Segundo o presidente da Fepal, a militarização da Segunda Intifada também foi usada como justificativa por Israel para ampliar a repressão. “Há quem diga que ela se militariza no seu segundo momento e, ao se militarizar, teria dado a Israel argumentos públicos e midiáticos. Em história não existe ‘se’. Nós temos o que aconteceu”, afirmou.

11 de setembro e fim da liderança de Arafat

Para Rabah, os ataques de 11 de setembro de 2001 mudaram drasticamente a percepção mundial sobre os árabes e reforçaram a repressão israelense. Ele lembra que o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deu o aval a Sharon para isolar e eliminar lideranças palestinas.

“Bush filho autoriza Ariel Sharon a implementar medidas de eliminação política e física de Yasser Arafat. Há também uma coordenação para a eliminação da liderança do Hamas”, apontou. O falecimento de Arafat em 2004 e a prisão de Marwan Barghouti, considerado uma espécie de “Nelson Mandela palestino”, simbolizaram o enfraquecimento das lideranças internas da resistência.

Reconciliação palestina e papel internacional

Apesar das divisões, Rabah se mostrou otimista com o processo de reconciliação nacional, mediado pela China em 2023, que tenta uma reunificação política entre as facções palestinas. Ele defendeu a integração do Hamas e da Jihad Islâmica à Organização para a Libertação da Palestina (OLP). “A OLP assume todo esse processo, em um governo de unidade nacional, com uma administração provisória exclusivamente para a reconstrução de Gaza”, explicou.

O dirigente também celebrou os reconhecimentos do Estado da Palestina por países ocidentais como Reino Unido, França, Canadá, Austrália e Japão, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciada na última terça-feira (23). “Esses países não poderão, pelo menos em tese, apoiar o genocídio na Palestina ou a eliminação da população palestina porque eles reconhecem o Estado da Palestina”, afirmou.

Genocídio em curso

Para Rabah, a ofensiva israelense atual busca não apenas exterminar palestinos, mas também apagar provas de crimes de guerra. “Nós vamos impedir que se investigue. Então nós vamos matar todos os jornalistas, todos os médicos, destruir todos os hospitais, todos os prontuários médicos, destruir todos os documentos, destruir tudo para dificultar a investigação do genocídio”, denunciou, referindo-se às ações de Israel e dos EUA.

Apesar da gravidade do momento, ele aposta que o processo de descolonização da Palestina seguirá a mesma trajetória de resistência que derrubou o apartheid na África do Sul. “A luta é uma sequência de vitórias, derrotas, acúmulo, e há um momento em que o Apartheid deixou de ser admissível. Nesse momento, nós temos a humanidade enxergando a cara feia do sionismo. Esse genocídio nunca custou tão caro”, projetou.

25 anos da Segunda Intifada palestina | BdF Entrevista Ualid Rabah
RÁDIO BRSIL DE FATO

BOLETIM FRT OUT 2025 * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

TODO APOIO A DOM ORVANDIL * Roberto Bergoci/SP

TODO APOIO A DOM ORVANDIL

Cirurgia de Córnea para Dom Orvandil

Dom Orvandil, conhecido por sua atuação na defesa dos direitos da classe trabalhadora e dos pobres, e por seu trabalho no no canal np YouTube ( TV CP 12 ), necessita de apoio financeiro para uma cirurgia oftalmológica.

Ele apresenta visão ofuscada em ambos os olhos, sendo necessário um **transplante de córnea no olho direito**. O procedimento será realizado no Hospital Oftalmológico de Sorocaba, que já o incluiu na fila de espera para transplante, com previsão de 2 a 4 meses. Exames pré-operatórios foram solicitados para prepará-lo para a cirurgia.

Apoio inicial dos Professores Dora Incontri e Alysson Mascaro permitiu a realização de consultas e exames diagnósticos em Sorocaba, confirmando a viabilidade da recuperação visual.

**O valor necessário para esta etapa é de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).** Este montante cobrirá:

* Passagens aéreas (ida e volta Goiânia-Sorocaba).
* Custos da cirurgia e procedimentos associados.
* Hospedagem em Sorocaba para o período de observação médica pós-operatória (3 dias).

Para contribuir com esta necessidade, utilize a Chave PIX: **domorvandil@gmail.com**
Apoio solidário de amig@ e companheir@s. Contribua e compartilhe!

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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

ILICH RAMÍREZ LIVRE JÁ * Frente Nacional de Coletivos Revolucionários Sergio Rodríguez/VE

ILICH RAMÍREZ LIVRE JÁ
AVISO URGENTE
ÀS AUTORIDADES DA REPÚBLICA FRANCESA
AGORA A COMUNIDADE INTERNACIONAL

Nós, organizações que defendem os direitos humanos, a justiça e a dignidade dos povos, emitimos esta declaração para exigir firme e imediatamente a repatriação de Ilich Ramírez Sánchez, vítima de prisão prolongada e injusta em solo francês.

Durante décadas, o Sr. Ramírez Sánchez foi privado de liberdade em condições amplamente questionadas por organizações internacionais de direitos humanos. Sua situação não apenas representa uma violação dos princípios fundamentais de justiça e humanidade, mas também um claro exemplo de perseguição política e judicial com base em motivações ideológicas.

A França, como um Estado que se orgulha de ser o berço dos direitos humanos, não pode continuar a ignorar as inúmeras vozes ao redor do mundo que pedem a libertação e a repatriação de Ilich Ramírez Sánchez. Sua saúde foi gravemente afetada por anos de confinamento em condições desumanas, agravando ainda mais a urgência de seu retorno ao seu país de origem.

Nós exigimos:

1. A transferência imediata de Ilich Ramírez Sánchez para a Venezuela, sob os princípios da soberania nacional e do direito internacional.
2. Respeito irrestrito à sua integridade física e psicológica, bem como acesso a cuidados médicos adequados durante o seu repatriamento.
3. A cessação de todas as formas de tortura, tratamento cruel ou degradante a que tenha sido submetido durante a sua detenção.

A luta pela liberdade de Ilich Ramírez Sánchez é uma luta por justiça e dignidade para todos aqueles que foram silenciados por sistemas opressores. Não descansaremos até conseguirmos sua libertação.

Pela vida, pela liberdade e pela soberania dos povos!
Repatriação agora!

Konuko
Coletivo Resistência e Rebelião.
Frente Nacional de Coletivos Revolucionários Sergio Rodríguez

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

FORA TRUMP - CALENDÁRIO DAS LUTAS ANTIIMPERIALISTAS * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

FORA TRUMP - CALENDÁRIO DAS LUTAS ANTIIMPERIALISTAS
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Movimentos populares fazem atos contra tarifaço de Trump nesta sexta-feira em todo o país. Protestos acontecem nas principais capitais

Movimentos populares realizam nesta sexta-feira (1º) protestos contra o tarifaço imposto ao Brasil pelo regime de Donald Trump nos Estados Unidos. Os atos ocorrem em locais públicos e em frente a representações diplomáticas estadunidenses.

Na quarta-feira (30), Trump assinou a ordem para iniciar a cobrança das tarifas, mas deixou setores estratégicos fora da taxação.

Os atos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília acontecem nos consulados e na embaixada dos EUA. Já os de Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus e Recife ocorrem nas regiões centrais das cidades.

A iniciativa Quem manda no Brasil é o povo brasileiro! Contra o tarifaço de Trump é uma parceria da União Nacional de Estudantes (UNE) com as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.

O tarifaço que passa a valer em 6 de agosto eleva – salvo algumas exceções – o custo das exportações brasileiras aos EUA em 50%, atingindo setores do agro e tecnologia, entre outros. A medida de Donald Trump – assumidamente orquestrada por Eduardo Bolsonaro — tem sido encarada como uma tentativa de interferir no sistema Judiciário brasileiro para livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro de responsabilidade no plano de golpe frustrado após perder as eleições de 2022.

Analistas apontam que as taxas elevadas equivalem a sanções políticas e visam obter vantagens como acesso à terras raras – importantes para a indústria de tecnologia – o sistema financeiro (substituindo o Pix) e a não regulação das big techs.

FONTE
BRASIL DE FATO

terça-feira, 16 de setembro de 2025

TORTURADOR BOM É TORTURADOR SEM SALÁRIO SEM EMPREGO SEM APOSENTADORIA * Carta Capital

TORTURADOR BOM É TORTURADOR SEM SALÁRIO SEM EMPREGO SEM APOSENTADORIA
Projeto de lei suspende remuneração de militares condenados por violência contra mulheres na ditadura.

A proposta, de autoria das deputadas Sâmia Bomfim e Luiza Erundina, tramita na Câmara... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/projeto-de-lei-suspende-remuneracao-de-militares-condenados-por-violencia-contra-mulheres-na-ditadura/. O conteúdo de Carta Capital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de Carta Capital vivo e acessível a todos

O Projeto de Lei 795/25 prevê a suspensão de salários e aposentadorias de militares condenados por crimes de violência contra mulheres na ditadura militar. Isso inclui agressões físicas, psicológicas, sexuais e contra a saúde reprodutiva.

A proposta... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/projeto-de-lei-suspende-remuneracao-de-militares-condenados-por-violencia-contra-mulheres-na-ditadura/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos

Enquanto durar a suspensão, o militar não terá direito a receber qualquer tipo de subsídio, adicional ou gratificação relacionados ao cargo ou função pública. Se houver revisão criminal e o militar for absolvido, ele terá direito a receber os valores... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/projeto-de-lei-suspende-remuneracao-de-militares-condenados-por-violencia-contra-mulheres-na-ditadura/. O conteúdo de Carta Capital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de Carta Capital vivo e acessível a todos

Afronta às vítimas

Autoras do projeto, as deputadas Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Luiza Erundina (Psol-SP) ressaltam que a Comissão Nacional da Verdade, em seu relatório final, destacou a prática sistemática de violações de direitos humanos, incluindo vio... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/projeto-de-lei-suspende-remuneracao-de-militares-condenados-por-violencia-contra-mulheres-na-ditadura/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos

Próximos passos

A proposta será analisada em caráter conclusivo (sem deliberação em plenário) pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Ci... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/projeto-de-lei-suspende-remuneracao-de-militares-condenados-por-violencia-contra-mulheres-na-ditadura/. O conteúdo de Carta Capital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de Carta Capital vivo e acessível a todos.

FONTE