sexta-feira, 1 de julho de 2022

Do Movimento UFF Democrática à comunidade acadêmica * MUDE UFF

 Do Movimento UFF Democrática à comunidade acadêmica

O Movimento UFF Democrática - MUD

agradece pelo apoio de tantas e tantos companheiras e companheiros que se empenharam, com ideias e ações, na campanha para a reitoria da UFF, impulsionando a Chapa 2 - Madeira-Wladimir.  


Agradecemos também pelos votos de 2.993 estudantes, 434 docentes e 685 técnicos-administrativos que nos confiaram suas esperanças de uma Universidade democrática, pública, gratuita, laica e socialmente referenciada – orientações fundamentais da Chapa 2. 


Continuaremos leais a esses princípios, defendendo-os em todos os espaços da Universidade e os entendendo como associados às lutas gerais pela democracia, pela justiça social/racial e pelos direitos dos trabalhadores, dos pretos e pretas, dos favelados dos indígenas, das pessoas LGBTQIA+, das mulheres e de todas, todos e todes que construíram e constroem o Brasil e de algum modo são excluídos e discriminados. De nossa parte, seguiremos na luta para transformar a universidade pública em um espaço verdadeiramente popular, a serviço dos trabalhadores, dos mais necessitados e dos que hoje se encontram nas periferias. 


Quanto ao segundo turno dessas eleições, nossa posição é de não alinhamento com qualquer das candidaturas em disputa. 


No entanto, reconhecemos o resultado e o interpretamos como um estágio do desenvolvimento da democracia na Universidade brasileira.


Mais: 1. Consideramos legítimos e respeitamos os posicionamentos diferentes, relativos ao segundo turno, dos coletivos independentes que nos acompanharam nessa campanha; 2. chamamos, a eles e a todas, todos e todes que estiveram conosco, a, em suas decisões, levarem em conta o compromisso com nossas propostas - que sintetizamos abaixo - e o histórico que têm esses candidatos em disputa. 


Relembrando, propomos principalmente: 


Reafirmar a defesa da autonomia universitária e da gratuidade da UFF, revendo as práticas privatistas na universidade.


Constituir, por via de eleição direta da comunidade, nova Estatuinte, introduzindo principalmente elementos de democracia interna em todas as instâncias, assim como a reforma do Regimento Geral de Consultas Eleitorais (RGCE).


Criar mecanismos de transparência e participação realmente democrática que envolvam docentes, técnicos-administrativos e discentes no orçamento da Universidade.


Criação de um compromisso com os direitos e a dignidade dos terceirizados como membros importantes de nossa comunidade acadêmica, lutando contra a precarização de seu trabalho.


Reestruturar a Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), priorizando a transparência, a simplificação de procedimentos e a celeridade. 


Atender às reivindicações do segmento técnico-administrativo nos seus direitos históricos: jornada de 30 horas, fim do ponto biométrico e a defesa do reposicionamento dos aposentados, entre outras pautas expressas na carta programática apresentada pelo SINTUFF.


Garantir a isonomia dos Coordenadores de Curso, com seus respectivos FGs.


Prover os cursos novos, especialmente os de fora da sede, mas também os localizados em Niterói, de docentes, apoio administrativo e demais recursos adequados à qualidade das finalidades de ensino, pesquisa e extensão.


Impulsionar o processo de eleição direta para a direção do HUAP e restaurar a sua condição de Hospital-Escola autárquico, rompendo o contrato com a EBSERH, destacando o descumprimento de cláusulas contratuais e a perda da função social e educativa do Hospital.


Desenvolver Políticas de Assistência e Estudantil, elaboradas com os estudantes, por meio de suas representações, garantindo a gratuidade do ensino em todos os níveis e o pleno apoio à permanência, com atenção especial aos estudantes cotistas, com bolsas automáticas, a exemplo do que já ocorre em outras universidades.


Desenvolver uma política de extensão em articulação com o ensino e a pesquisa e comprometida com a formação profissional na universidade, recuperando o seu caráter dialógico com a sociedade. Para isso, deve ser incentivada e fortalecida como um dos eixos de formação, com a ampliação do número de bolsas e com condições materiais para o desenvolvimento de suas ações.


Aplicar critérios transparentes e democráticos à distribuição de recursos e vagas de concursos para todas as unidades, eliminando as práticas de clientelismo político vigentes e atento às situações mais graves dos cursos novos e do interior.


Reconstruir os padrões de respeito e diálogo das autoridades administrativas com os 3 segmentos e entre esses. 


A luta do MUD e de democratas e progressistas, não importam os matizes, continuará em busca desses valores e dessas mudanças, na UFF.


Finalmente, cumpre dizer que a vigente gestão da UFF (Chapa 1) deu continuidade à política inaugurada há 16 anos e desenvolvida, em 8 anos de mandato, por seu atual adversário (Chapa 3), razão porque, ao longo da campanha, dissemos que se tratavam de duas faces da mesma moeda, um lamentável continuísmo. Mas é da presente gestão (Chapa 1) que devemos cobrar a imediata reparação dos danos provocados, seja porque esses danos aumentaram, seja porque, perdendo ou ganhando, ela ainda permanecerá por 4 meses. Essa reparação imediata diz respeito principalmente ao assédio moral institucional sofrido por docentes e técnicos-administrativos, acentuadamente estes últimos, como também à omissão em face das necessidades de acolhimento e permanência dos estudantes. 


Qualquer que seja a chapa vencedora, que sejam respeitadas as escolhas democráticas de todas, todos e todes que fizeram a campanha da Chapa 2, sem que sofram perseguições ou assédio moral, considerando a autonomia universitária e a liberdade de manifestação na UFF.


Enfim, é quando se aplica perfeitamente a palavra de ordem: A luta continua! Pela UFF que queremos, estamos e seguiremos juntos!


Movimento UFF Democrática                         Junho de 2022.

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