A PRINCESA E O IMBROCHÁVEL
A história que seu pai não contou
No Mundo do Faz de Conta
Ou brincando de Advinha,
A minha avó me ninava
Sempre com nova historinha.
Era um tempo fabuloso
Com Histórias de Trancoso
E Contos da Carochinha.
Hoje pra surpresa minha,
Mesmo sem ter realeza,
Um político demagogo,
Fingindo que tem macheza,
Com seu jeito abominável,
Disse que é "imbrochável"
Expondo a sua "princesa".
Para ser princesa inglesa
Não é por discurso ou plano,
É necessário ser filha
Ou neta de um Soberano.
Nenhum discurso imbecil
Faz “princesar” no Brasil
A mulher de “Seu Fulano”.
Ter um sentimento humano,
Ser gentil e ser legal,
Defender sempre as mulheres
E a inclusão racial,
São algumas atitudes
Das senhoras com virtudes
De uma princesa real.
Não pode fazer o mal
E tem que ser respeitosa.
Sem ter nunca praticado
Ação preconceituosa.
E em nenhuma circunstância
Praticar a intolerância
De sexo ou religiosa.
Da vida fantasiosa
Deve sempre largar mão,
Pra preservar na família
A boa reputação,
Sem nunca se envolver,
Muito menos cometer,
Atos de corrupção.
Sendo assim, não pode, então,
Ter vida que desaponta
E nem ser investigada
Numa denúncia que aponta
Uns depósitos ilegais
E com tantos mil reais
De cheques na sua conta.
Quem na vida sempre apronta
Seguindo por tortas linhas
Não pode ser comparada
Com princesas ou rainhas.
Nem quem casou com um atroz
E se envolveu com Queiroz
Nas famosas Rachadinhas.
Quem vive com ladainhas
E costuma difamar,
Usando a religião
Somente pra se arrumar,
Só engana os servos seus,
Pois uma "mulher de Deus",
Jamais vive a blasfemar.
Nunca deve se afastar
D'uma filha ou d'um rebento,
Só porque seu novo esposo,
Inseguro e ciumento,
Não divide o teto seu
Com quem, sem culpa, nasceu
Fruto de outro casamento.
No trono ou no parlamento
O rei tem que ser amável,
Se dirigindo aos vassalos
De maneira respeitável.
Jamais usar baixarias,
Nem tratar com grosserias
Como faz o "imbrochável".
De forma desrespeitável,
Durante a tal pandemia,
Fazia motociatas,
Enquanto o povo morria.
E ao invés de ouvir lamentos,
Agressões e xingamentos
Era o que demais se ouvia.
Falava com ironia
Vendo o mundo em desalinho.
E pra falar da Covid
Usava um jeito mesquinho.
E até fazia gracinha:
É só uma "Gripezinha".
Ou um "Resfriadozinho".
E quando alguém, com jeitinho,
Falou em comprar vacina,
"Na casa da tua mãe"
Soou como uma buzina.
Ter qualquer respeito à vida
No reino do Genocida
Foi provado, não combina.
Indicou a cloroquina
Sem haver comprovação,
Pra tratamento precoce,
Como um grande charlatão.
Desprezando os radicais
Efeitos colaterais
Que matam qualquer cristão.
Além dessa aberração
Debochou o tempo inteiro
De quem pegava Covid
Parecendo um agoureiro.
Com tanta gente morrendo
Ele bradava dizendo:
"E daí? Não sou coveiro".
Negou com seu tom grosseiro
Vacinas pra adolescentes
E fulminando o seu ódio
Contra as pessoas carentes,
Mostrou que não é dos nobres
Quando negou para as pobres
O direito a absorventes.
Com ações inconsequentes
No mandato do "imbrochável"
O país foi destruído,
E de forma deplorável,
Vimos o povo sofrendo
Com muita gente morrendo
Por causa do miserável.
Do seu jeito abominável
Com seu ódio e sua ira,
Disse até que passar fome
No Brasil é uma mentira.
Sempre que pode declara:
"Nordestino é pau de arara,
É cabeçudo e caipira".
Só a morte é o que lhe inspira
E sem amor por criança,
A cadeirinha de trás,
Pra conforto e segurança,
Com o desejo de matar
Ele queria tirar
Para aumentar a matança.
Como do mal não se cansa,
Das BRs quis tirar
As lombadas eletrônicas
Pra ninguém fiscalizar,
Só pra ver os imprudentes
Causarem mais acidentes
E mais pedestres matar.
Com manias de roubar
Junto com milicianos,
Decretou no seu governo
Os Sigilos de Cem Anos.
Também criar por decreto
O Orçamento Secreto
Foi dos seus primeiros planos.
Seus discursos puritanos
E seu costume agressivo
São todos para esconder
Os lucros do seu ativo,
Que já foram declarados
Com seus imóveis comprados
Pagos em dinheiro vivo.
O corte foi excessivo
Na Farmácia Popular,
Também vetou o aumento
Para Merenda Escolar,
Mas pro leite condensado,
Que foi superfaturado,
Ele não soube cortar.
Para o câncer controlar
Tirou verbas do orçamento,
Mas para comprar viagra
Fez superfaturamento.
Na Polícia Federal,
Pra se dar bem no final,
Fez um aparelhamento.
Mostrou enriquecimento
Dentre as suas ambições
Com seus filhos aloprados
Comprando duas mansões.
Como dono de um tesouro
Deu até barras de ouro
Para pastores ladrões.
No plano de habitações
Para casas populares
Cortou verbas no orçamento
Deixando pobres sem lares,
Mas quis a corrupção
Comprando na Educação
Novos ônibus escolares.
O que diz em alguns lugares
Se confirma no presente,
Ao falar: "não levo jeito
Para ser um presidente".
Por defender a tortura
Já disse que a ditadura
Assassinou pouca gente.
Citando o meio ambiente
Só pensa em destruição,
E diz que pra preservar
Só há uma solução,
Grosso que só o estopô:
"É você fazer cocô
Somente um dia, outro não".
Tratoraço pro Centrão
Entrou no seu orçamento
E só quis comprar vacinas
Com superfaturamento.
Fala muito em honestidade,
Porém rouba de verdade
E fica sem argumento.
Pra terminar eu lamento
Se meus versos são hostis,
Pois não consegui fazer
Como os contos infantis.
Olhando a realidade
Eu procurei na verdade
Botar os pontos nos is.
O clima em nosso país
É triste e desolador,
Onde o povo tá vivendo
Os quatro anos de horror.
Como nunca imaginável
A "princesa" e o "imbrochável"
É um filme de terror.
Ismael Gaião.
25/09/2022.
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