quinta-feira, 6 de outubro de 2022

A PRINCESA E O IMBROCHÁVEL * Ismael Gaião / RN

 A PRINCESA E O IMBROCHÁVEL

A história que seu pai não contou


No Mundo do Faz de Conta

Ou brincando de Advinha,

A minha avó me ninava

Sempre com nova historinha.

Era um tempo fabuloso

Com Histórias de Trancoso

E Contos da Carochinha.


Hoje pra surpresa minha,

Mesmo sem ter realeza,

Um político demagogo,

Fingindo que tem macheza,

Com seu jeito abominável,

Disse que é "imbrochável"

Expondo a sua "princesa".


Para ser princesa inglesa 

Não é por discurso ou plano,

É necessário ser filha 

Ou neta de um Soberano.

Nenhum discurso imbecil

Faz “princesar” no Brasil

A mulher de “Seu Fulano”.


Ter um sentimento humano,

Ser gentil e ser legal,

Defender sempre as mulheres

E a inclusão racial,

São algumas atitudes

Das senhoras com virtudes

De uma princesa real.


Não pode fazer o mal

E tem que ser respeitosa.

Sem ter nunca praticado

Ação preconceituosa.

E em nenhuma circunstância

Praticar a intolerância

De sexo ou religiosa.


Da vida fantasiosa

Deve sempre largar mão,

Pra preservar na família 

A boa reputação,

Sem nunca se envolver,

Muito menos cometer,

Atos de corrupção.


Sendo assim, não pode, então,

Ter vida que desaponta

E nem ser investigada

Numa denúncia que aponta

Uns depósitos ilegais

E com tantos mil reais 

De cheques na sua conta.


Quem na vida sempre apronta

Seguindo por tortas linhas

Não pode ser comparada

Com princesas ou rainhas.

Nem quem casou com um atroz 

E se envolveu com Queiroz 

Nas famosas Rachadinhas.


Quem vive com ladainhas 

E costuma difamar,

Usando a religião

Somente pra se arrumar,

Só engana os servos seus,

Pois uma "mulher de Deus",

Jamais vive a blasfemar.


Nunca deve se afastar

D'uma filha ou d'um rebento,

Só porque seu novo esposo,

Inseguro e ciumento,

Não divide o teto seu

Com quem, sem culpa, nasceu 

Fruto de outro casamento.


No trono ou no parlamento

O rei tem que ser amável,

Se dirigindo aos vassalos

De maneira respeitável.

Jamais usar baixarias,

Nem tratar com grosserias

Como faz o "imbrochável".


De forma desrespeitável,

Durante a tal pandemia,

Fazia motociatas,

Enquanto o povo morria.

E ao invés de ouvir lamentos,

Agressões e xingamentos

Era o que demais se ouvia.


Falava com ironia

Vendo o mundo em desalinho.

E pra falar da Covid 

Usava um jeito mesquinho.

E até fazia gracinha:

É só uma "Gripezinha".

Ou um "Resfriadozinho".


E quando alguém, com jeitinho,

Falou em comprar vacina,

"Na casa da tua mãe"

Soou como uma buzina.

Ter qualquer respeito à vida 

No reino do Genocida

Foi provado, não combina.


Indicou a cloroquina

Sem haver comprovação,

Pra tratamento precoce,

Como um grande charlatão.

Desprezando os radicais

Efeitos colaterais 

Que matam qualquer cristão.


Além dessa aberração

Debochou o tempo inteiro

De quem pegava Covid

Parecendo um agoureiro.

Com tanta gente morrendo 

Ele bradava dizendo:

"E daí? Não sou coveiro".


Negou com seu tom grosseiro

Vacinas pra adolescentes

E fulminando o seu ódio

Contra as pessoas carentes,

Mostrou que não é dos nobres 

Quando negou para as pobres

O direito a absorventes.


Com ações inconsequentes

No mandato do "imbrochável"

O país foi destruído,

E de forma deplorável,

Vimos o povo sofrendo

Com muita gente morrendo

Por causa do miserável.


Do seu jeito abominável 

Com seu ódio e sua ira,

Disse até que passar fome

No Brasil é uma mentira.

Sempre que pode declara:

"Nordestino é pau de arara,

É cabeçudo e caipira".


Só a morte é o que lhe inspira

E sem amor por criança,

A cadeirinha de trás,

Pra conforto e segurança,

Com o desejo de matar

Ele queria tirar

Para aumentar a matança.


Como do mal não se cansa,

Das BRs quis tirar

As lombadas eletrônicas

Pra ninguém fiscalizar,

Só pra ver os imprudentes

Causarem mais acidentes

E mais pedestres matar.


Com manias de roubar

Junto com milicianos,

Decretou no seu governo

Os Sigilos de Cem Anos.

Também criar por decreto

O Orçamento Secreto

Foi dos seus primeiros planos.


Seus discursos puritanos

E seu costume agressivo

São todos para esconder

Os lucros do seu ativo,

Que já foram declarados 

Com seus imóveis comprados

Pagos em dinheiro vivo.


O corte foi excessivo

Na Farmácia Popular, 

Também vetou o aumento 

Para Merenda Escolar,

Mas pro leite condensado,

Que foi superfaturado,

Ele não soube cortar.


Para o câncer controlar

Tirou verbas do orçamento,

Mas para comprar viagra

Fez superfaturamento.

Na Polícia Federal,

Pra se dar bem no final,

Fez um aparelhamento.


Mostrou enriquecimento

Dentre as suas ambições

Com seus filhos aloprados

Comprando duas mansões.

Como dono de um tesouro

Deu até barras de ouro

Para pastores ladrões.


No plano de habitações 

Para casas populares

Cortou verbas no orçamento

Deixando pobres sem lares,

Mas quis a corrupção 

Comprando na Educação 

Novos ônibus escolares.

 

O que diz em alguns lugares

Se confirma no presente,

Ao falar: "não levo jeito

Para ser um presidente".

Por defender a tortura 

Já disse que a ditadura 

Assassinou pouca gente.


Citando o meio ambiente

Só pensa em destruição,

E diz que pra preservar

Só há uma solução,

Grosso que só o estopô:

"É você fazer cocô

Somente um dia, outro não".


Tratoraço pro Centrão

Entrou no seu orçamento

E só quis comprar vacinas

Com superfaturamento.

Fala muito em honestidade,

Porém rouba de verdade

E fica sem argumento.


Pra terminar eu lamento

Se meus versos são hostis,

Pois não consegui fazer

Como os contos infantis.

Olhando a realidade

Eu procurei na verdade 

Botar os pontos nos is.


O clima em nosso país 

É triste e desolador,

Onde o povo tá vivendo 

Os quatro anos de horror.

Como nunca imaginável

A "princesa" e o "imbrochável"

É um filme de terror.


Ismael Gaião.

25/09/2022.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho