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domingo, 15 de maio de 2022

DOSSIÊ DA LIBERDADE DE IMPRENSA * Rogerio Christofoletti / Federação Nacional dos Jornais - FENAJ

DOSSIÊ DA LIBERDADE DE IMPRENSA
Data: 29/04/2022Autor: Rogerio Christofoletti2

CONFIRA O DOSSIÊ


O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lançam na próxima terça-feira, 3 de maio, o dossiê “Ataques ao Jornalismo e ao Seu Direito à Informação”, uma publicação que aprofunda o debate sobre a violência contra o jornalismo no Brasil e seus impactos nos direitos da sociedade, como o direito à informação. Para marcar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e apresentar o dossiê, uma live no YouTube reúne a presidenta da federação, Maria José Braga, e um dos coordenadores do grupo de pesquisa, Rogério Christofoletti. A live começa às 19h30 com transmissão simultânea por canais de sindicatos dos jornalistas de todo o Brasil no Facebook.

Produzido ao longo de três meses e dividido em quatro capítulos, o dossiê parte dos dados apresentados no “Relatório de Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa 2021”, elaborado anualmente pela FENAJ desde 1998, e analisa aspectos que envolvem o ambiente hostil para a atividade jornalística no país. “O monitoramento dos ataques é fundamental para documentar a escalada da violência, mas apontamos também no dossiê como a precarização do trabalho e a perseguição aos jornalistas afetam as vidas das pessoas comuns”, afirma Christofoletti. A presidenta da FENAJ explica que o lançamento da publicação no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é uma maneira de contribuir para o debate público e de ajudar a consolidar direitos no Brasil. Afinal, ataques ao jornalismo também ajudam a corroer a democracia e as conquistas civilizatórias acumuladas há décadas.

O dossiê

Com 41 páginas e em formato eletrônico para download, a publicação oferece análise, interpretação de cenários e recomendações práticas para o combate à violência contra os jornalistas.

Na primeira seção, assinada pelo professor Alisson Coelho, os números ganham rostos e nomes, com as histórias por trás dos casos que vão de campanhas difamatórias nas mídias sociais, como ocorreu com o repórter independente, Ed Wilson Araújo, a ameaças e intimidações diretas, como aconteceu com o editor-executivo de The Intercept Brasil, Leandro Demori.

Em seguida, a pesquisadora Janara Nicoletti traça uma relação nem sempre aparente entre a precarização do trabalho dos jornalistas e a violência que afeta esses profissionais. Por meio de relatos dramáticos e no diálogo com outros estudos, Janara mostra como as ameaças não vêm apenas de fora do campo profissional, mas muitas vezes estão no próprio local de trabalho, na forma de sobrecarga, assédios ou de atraso no pagamento de salários, como o que vem ocorrendo no Diário de Pernambuco desde 2019.

Discutir como os atentados à liberdade de imprensa, por meio de ataques a jornalistas, e a violação de Direitos Humanos, especialmente do Direito à Informação, é o foco da terceira seção do dossiê, assinada pelo pesquisador Rogério Christofoletti. Mais que problema de uma categoria profissional específica, a situação deveria preocupar a todos os cidadãos. Por meio de entrevistas com especialistas de instituições independentes que acompanham os riscos à liberdade de expressão e de imprensa em diversos países, como a Artigo 19 e a Repórteres Sem Fronteiras, o contexto brasileiro é analisado de forma aprofundada.

De autoria do presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo (SBPJOR), Samuel Pantoja Lima, a quarta seção encerra o dossiê levando a questão da violência contra jornalistas e as ameaças à liberdade de imprensa a representantes de diversos setores da sociedade. Em destaque, o resgate sobre o Projeto de Lei 191/15 do deputado federal Vicentinho (PT/SP), que tem a proposta de federalizar os crimes contra a atividade jornalística. Ao final, o também coordenador do objETHOS enumera um conjunto de recomendações práticas para mitigar a violência contra jornalistas no Brasil.

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quinta-feira, 24 de março de 2022

Cidadania digital é um direito * Instituto Telecom

CIDADANIA DIGITAL É UM DIREITO

A sociedade capitalista tem como pressupostos o lucro, a competição destruidora, o consumo exacerbado. Todos esses fatores trazem consequências graves para o meio ambiente, a extinção de valores humanos, bens materiais se sobrepondo às relações humanas, guerras e aprofundamento das desigualdades sociais. É uma sociedade do desperdício, do supérfluo, da exclusão.


Enquanto poucos usufruem das mais avançadas tecnologias, a maior parcela ainda está submetida a condições de saúde, saneamento, tecnologias do século XIX. Exemplo cruel são as telecomunicações, essenciais para o exercício da cidadania.


Análise recente da União Internacional de Telecomunicações (UIT) constatou que os pacotes de internet fixa ficaram menos acessíveis no mundo em 2021, incluindo o Brasil. As pessoas tiveram que dispor de uma parcela maior de sua renda para pagar pelo mesmo serviço.


O levantamento, divulgado pela Teletime, mostra que os preços relativos da banda larga fixa no ano passado representaram em média 3,5% da renda nacional bruta per capita (GNI) em 180 países – ou acima dos 2,9% registrados em 2020. “No Brasil, os dados de 2021 indicam que a Internet fixa exigiu 3,49% da renda nacional bruta per capita – em 2020, o indicador apontava para 2,51%, o que já representava um aumento em comparação com o ano anterior”, diz a publicação.


O fato é que, no Brasil, o acesso digital é um total desastre. Pesquisa TIC Domicílios do CETIC.br 2020 dá ideia do tamanho do fosso digital que existe em nosso país. Entre os indivíduos das classes A (100%) e B (99%), o uso de Internet era quase universal, ao passo que entre os indivíduos das classes D e E a parcela de usuários de Internet era de 64%.O controle da infraestrutura de rede em nosso país está nas mãos das irmãs Vivo, Claro, TIM e Oi que concentram mais de 60% de toda banda larga, redes de celular, TV por assinatura.


A falta de conectividade atinge cerca de 6 milhões de alunos brasileiros que não possuem acesso à internet banda larga fixa ou móvel em casa. Desses, 4,2 milhões são alunos do Ensino Fundamental, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. Grave. Como garantir a cidadania plena a essas pessoas que não conseguem nem acessar a internet?


Para o Instituto de Defesa do Consumidor- Idec, “consumidor não é apenas aquele que tem poder aquisitivo e participa do mercado de consumo, mas todos os cidadãos que têm direito ao acesso a bens e serviços essenciais para uma vida digna”. Na semana/mês do consumidor vale a pena refletir sobre quantos são os excluídos numa sociedade capitalista forjada pelo lucro e que não responde às demandas essenciais de cada cidadão.


Para mudar isso é preciso construir uma sociedade da cooperação, da solidariedade, do diálogo. Menos consumo exagerado e mais inclusão social/digital.


Instituto Telecom, Terça-feira, 22 de março de 2022

www.institutotelecom.com.br

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