quinta-feira, 10 de março de 2022

TRISTE SOCIEDADE EM QUE PERDEMOS O DIREITO DE SE INDIGNAR * Adão Alves dos Santos / SP

 TRISTE SOCIEDADE EM QUE PERDEMOS O DIREITO DE SE INDIGNAR

Poeta cordelista Patativa do Assaré
(CRÔNICAS PARA DESEMBURRECER TOMO DCLXXXIII)

PATATIVA DO “ASSARÉEANDO" VOU AGREGAR DIZERES


Não posso negar que as observações de uma criança de seis anos contemple toda a realidade, há fatos anteriores, entre os quais que o migrantes do interior paulista e do norte do Paraná, que chegavam a São Paulo, encontravam dois clubes de futebol, que tinha as torcidas dos paulistanos residentes, Corinthians e Palmeiras, neste tempo o Santos, ainda não tinha torcida por aqui.


Se há fatos anteriores, há também posteriores. Se nos anteriores a existência da violência se dá através das brigas de ruas, já que na primeira destas crônicas, citamos Fred, até ampliaríamos nossa análise, para a origem das hordas, e o controle social pela violência, ainda que seja justamente a violência, não apenas das torcidas, mas a violência política, que é objetivo destas crônicas.


Com a entrada de grupos da classe mérdia, nas torcidas, aquelas brigas de rua, que era impulsionada e impulsionava as rivalidades, esta violência, ganhou os treinamentos das academias de artes marciais, em síntese, a violência foi potencializada. Infelizmente esta violência, que como toda violência é grave, foi também motivada pela rivalidade futebolística, para a violência partidária.


Dentro das torcidas dos três times, que se rivalizavam entre si, mas todas elas tinham um rival comum, a torcida do Corinthians, enquanto os torcedores da classes mérdia, tinham os treinamentos da academia, a torcida do Corinthians equiparava a violência em quantidade.


A violência do futebol, não é um fenômeno paulista, nem mesmo o componente dos treinamentos das academias e, infelizmente não está circunscrita às grandes cidades ou torcidas. Mas os movimentos políticos de direita, trás o treinamento das academias para os conflitos provocados por eles e por policiais igualmente de direita, vítimas da violência, os já, criminalizados, os movimentos de resistência, pois aqui, além de periféricos, a defesa de uma sociedade justa.


Adão Alves dos Santos / SP

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