quinta-feira, 27 de maio de 2021

É HORA DE IR ÀS RUAS * Partido Comunista do Povo Brasileiro/PCPB

É HORA DE IR ÀS RUAS

O primeiro de maio, dia de luta dos trabalhadores, demonstrou aquilo que já denunciávamos. Não existe espaço vazio em política, e a extrema direita sabe muito bem disso. No primeiro de maio, as ruas deveriam ter sido ocupadas pelos trabalhadores, denunciando o genocídio, exigindo o Fora Bolsonaro, Vacina Para Todos e Auxilio Emergencial Digno. Mas quem saiu às ruas foram os defensores dessa política suicida, que não é só a pandemia, mas também a política econômica que agravada pela pandemia empurra milhões à pobreza, à miséria, ao desemprego, ao subemprego e o enriquecimento da burguesia monopolista. A não ida às ruas organizadamente enquanto esquerda, num movimento político organizado pelo Fora Bolsonaro, demostra claramente a ideia da subestimação política.

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É algo muito estranho quando se diz que o fascismo está aí, que tem golpe, que é preciso agir, e na prática deixar o caminho aberto para os fascistas e para os golpistas, ou seja, abandono das ruas que sempre foram um local de tradição da esquerda e dos trabalhadores sindicalizados.

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Da mesma forma, jogar as soluções dos problemas do povo para as eleições em 2022 é um absurdo diante de tamanho massacre, causado pelo arrocho econômico e pela pandemia. O significado dessa situação deveria ser logicamente, a mobilização com todos os meios, para pôr o fim de um governo que promove tal genocídio político. A questão de pensar ou não em relação à eleição não é o fator central. A centralidade está em lutar ou não lutar, pois só agindo na atualidade se consegue unir de forma positiva o hoje com o amanhã.

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Diz-se que o movimento está em descenso no Brasil e que, portanto, a luta de resistência é o elemento principal. Mas quando se abandona as ruas, em tempo que ainda é permitido usá-las como forma de denunciar nossos inimigos (e mesmo que não fosse deveríamos sempre buscar) e atrair o povo para a luta, e passar a atuar contra aqueles que estão querendo usá-las para isso, só pode ser uma resistência Social Democrata, daqueles que já fizeram os votos, que o institucional é o caminho máximo de toda a tática antifascista. Ora, que resistência é essa, sem mobilização do povo, nem mesmo no primeiro de maio, nem mesmo que seja de uma pequena parte do povo que denuncie a conjuntura genocida e passe à ação prática? Como abrir clareiras no golpe, sem que o lado de lá não sofra nenhuma pressão popular das ruas, de forma organizada? Se é possível contar com algumas ações no institucional, essas só terão consequências na luta, pela ação das ruas.

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A Esquerda e o povo nas ruas são os únicos elementos que farão o genocídio e a pandemia tomar outro caminho, pois enquanto permanecer Bolsonaro, Mourão e toda essa corja, a situação não só vai continuar, também irá se agravar. Além do mais, o quadro que se avizinha é um quadro que, se o proletariado sentir a sua força, irá bem mais longe, não só do que estamos pensando, isto é, de tirar Bolsonaro, Mourão e sua corja ou de ganhar as eleições em 2022, mas de uma retomada de luta do povo brasileiro em defesa da soberania, de sair das cordas e partir para a ofensiva. Parece que a concepção de resistência é o invólucro para não lutar com toda a força. Resistir é o momento em que as forças que resistem devem estar preparadas em todos os campos para todos os embates. Parece que o que se quer, é entregar as armas para não lutar. Em épocas de resistência é que se avança a passos firmes e ambiciosos, pois caso contrário, quando a resistência é vitoriosa, pensa que já se ganhou a guerra, e daí põe se tudo a perder.

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A negação que leva a negação tornou-se o episódio mais emblemático de nossa luta no Brasil. E o primeiro de maio comprova isso. Ao tratarmos os bolsonaristas de negacionistas, nós próprios estamos negando a luta na rua contra aqueles que são os responsáveis pela pandemia e pela miséria sem precedentes do povo brasileiro. Não é uma negação da negação logicamente, como lei da dialética, pois se assim fosse, o movimento confrontaria o golpe, contra aquilo que está caduco e não vacilaria em sair ao ataque. Além disso, se essa dialética da negação fosse usada, se entenderia que quando os saltos estão prestes a ocorrer, o objeto a ser transformado (no caso o golpe e o fim do governo Bolsonaro) se apega àquilo que mais lhe dá a aparência de que não há mudanças, às forças mais conservadoras, e dessa forma, exige que as novas forças deem um passo à frente, mostrando se são realmente o novo, demostrando a que vieram.

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Por isso, se a esquerda pensa em derrotar o golpe, pôr fim ao governo Bolsonaro e sua corja, de buscar um novo caminho para o povo, é hora de tomar a história nas mãos e sair as ruas e colocar esse governo de imediato pra correr, e não ficar escondido e contemplando medidas e decisões da direita, que podem até ser interessantes diante do contexto, mas acreditem, são medidas e soluções para eles e contra o próprio povo e a esquerda. Pois mirem-se nos exemplos de Biden, o grande democrata que veio armado até os dentes para rebentar os movimentos progressistas e Socialistas do mundo inteiro.

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Às ruas pelo Fora Bolsonaro, Mourão e sua corja.

Abaixo o Fascismo.

Em defesa do povo colombiano, atacado pelo governo fascista de Ivan Duque.

Por um Brasil soberano e socialista.

Dia 29 povo nas ruas!

terça-feira, 25 de maio de 2021

Política de organização * PCPB

Política de Organização


Documento pela construção da revolução brasileira, primeiro passo para a revolução latino-americana e mundial.

Apresentamos aos camaradas, as seguintes propostas para avançarmos no projeto da criação de uma organização revolucionária internacionalista, tendo como finalidade ser um embrião e ponto de apoio para a formação de um autêntico partido comunista brasileiro, baseado no método do centralismo democrático; amparado num programa revolucionário dos trabalhadores brasileiros e latino-americanos; rechaçando o oportunismo, o cretinismo eleitoreiro e parlamentar, bem como a conciliação de classes; nossa proposta se ancora no melhor da tradição e do legado do marxismo revolucionário, adaptado à nossa realidade como verdadeira bussola e ciência proletária. Desde já, propomos uma organização que se oriente pelo signo do marxismo leninista e que, neste sentido, declare guerra intransigente, sem quartel à burguesia e seus lacaios, de direita e de “esquerda”. Nosso norte só pode ser a revolução socialista; a destruição violenta do modo de produção capitalista; a ditadura do proletariado e o comunismo.

Abaixo apresentamos algumas propostas de caráter organizacional aos companheiros, ciente de nossas condições e limitações do momento. O documento que segue aos camaradas possui puramente um caráter de esboço, devendo ser criticado e acrescentado coletivamente:

1-Nome da Organização:

A vanguarda revolucionária do proletariado se encontra na atual quadra histórica, afetada gravemente por uma profunda fragmentação, divisões e subdivisões em seu seio: depois de quase 200 anos do Manifesto Comunista e mais 100 da Revolução de Outubro, nos encontramos diante de uma indigência orgânica e fragmentados em pequenas Ligas. Os fenômenos do centrismo e do sectarismo, agrava sobremaneira esse quadro, afetando em cheio as possibilidades dos revolucionários em se enraizarem profundamente na classe e ganhar sua confiança, necessidade das mais importantes para uma vanguarda revolucionária: apartado da classe e do conjunto das massas operárias não pode haver saída.

Visando colaborar no sentido de darmos os primeiros passos para a superação deste problema, propomos uma organização que aglutine o que pode haver de melhor entre os operários revolucionários, superando posições sectárias que se formam em critérios baseadas nas determinadas “escolas” marxistas: as diversas “escolas”, “trotskystas”, “stalinistas”, “maoístas”, “gramiscianos”, “lukacsianos”, etc., subdivisões que somente contribuiu para fragmentar o movimento comunista internacional.

Ao nosso ver, nossa organização deve agrupar todos os revolucionários que aceitam o programa marxista da revolução brasileira e latino-americana; socialista, antiimperialista e que cumpram decisivamente os critérios estabelecidos internamente para um militante. Dessa forma propomos como título de nossa organização: PARTIDO COMUNISTA DO POVO BRASILEIRO - PCPB.

Composição

Uma organização revolucionária séria, precisa antes de tudo contar com revolucionários profissionais, preparados para a arte da guerra contra a burguesia e seu Estado. Dessa forma, uma organização que se propõe a combater e conspirar contra o Estado burguês necessita antes de tudo, ser um verdadeiro Estado maior de nossa classe, sabendo sempre e sem vacilar, que lutamos contra inimigos poderosos.

Com plena consciência de nossas condições, propomos a formação dos seguintes organismo internos:

Estrutura:
 nacional
estadual
municipal

Comitê de Organização
Responsável pela elaboração teórica, programática e ideológica da organização;

Comitê Estratégico:
Direção prática e direta da organização. Responsável pela elaboração das atividades, pelas questões de segurança e tática;

Comitê Editorial:
Dirige a imprensa da organização, como o blog, boletim-jornal, canal do You Tube, etc. Este Comitê deve ser composto por um ou dois camaradas que integram os Comitês de Organização e Estratégico, e deve ser responsável pelas pautas de nossa imprensa;

Escola de quadros:
O crescimento teórico e programático de cada militante, é condição necessária para o desenvolvimento de toda a organização. Neste sentido, propomos a criação de um núcleo de formação de quadros, longe de “eslcolasticismo” ou pedantismo, mas autenticamente comunista e revolucionário. A mesma proposta acima deve se desdobrar nos estados.

Organismos de Base:

É composto por camaradas que se aproximarem da organização no dia a dia. Devem ser recrutados após um detalhado informe sobre os mesmos fornecidos por um integrante. Após isso, o OB - Organismo de base - determina um membro para realizar encontros de estudo e debate com o mesmo de modo o mais pedagógico possível, até verificar seu recrutamento ou não; e dependendo de sua aceitação da nossa linha política, ele poderá integrar a organização ou atuar como simpatizante. Quando ocorrer o aumento de aspirantes, a organização precisa formar grupos de círculos, com os quais poderá desenvolver estudos e ações coletivas.

Nossos grupos de app devem ser mantidos e podem estar recrutando e\ou aproximando estes contatos, lembrando que os camaradas dirigentes devem estabelecer respeitosamente e de forma indireta a linha política em tal grupo, respeitando é lógico, a democracia operária neste fórum.
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sábado, 22 de maio de 2021

O Internacionalismo Proletário e o Movimento de Massas * George Kuntz / RJ

 O internacionalismo proletário e o movimento de massas


Em cima da escalada da crise capitalista mundial, os revolucionários temos como dever organizarmos a resistência contra o aumento dos ataques por parte da burguesia contra os trabalhadores e o movimento de massas.

O imperialismo, principalmente o imperialismo norte-americano, busca descarregar o maior peso da crise sobre os povos da América Latina porque é a região que domina de maneira mais contundente.

Nesse sentido, a política geral, que é reduzir as condições de vida ao máximo, adquire especial truculência na região.

O principal problema que a burguesia imperialista tem que resolver é como evitar uma grande onda de quebradeiras em massa que possa levar o movimento de massas a um grande ascenso. Para evita-lo colocou em pé uma política que tem um componente militar preponderante e do qual a política de estados de sítios generalizados faz parte, junto com o aumento da agressividade propagandísticas, que é ainda pior que a que acompanhou a imposição do chamado “neoliberalismo” com o objetivo de conter a escalada da crise que tinha se aberto com a crise de 1974.

Os volumes de capitais fictícios adquiriram dimensões apocalípticas e aumentando.

Fica cada vez mais evidente que sem colocar em pé uma força capaz de enfrentar e derrotar a burguesia imperialista é impossível evitar que os trabalhadores e as massas sejamos esmagados.

O aumento da pressão do imperialismo imposto pela escala da crise tem levado a enorme enfraquecimento do centro da política e ao fortalecimento dos polos. O movimento de massas e revolucionário hoje aparece como muito fraco, mas a escalada do descontentamento social coloca o campo fértil para o fortalecimento. Por isso a burguesia responde com o fortalecimento do fascismo, o endurecimento do regime político e a política de guerra.

 

 Qual internacionalismo?

Muitas organizações da esquerda, inclusive da esquerda revolucionária, muitas vezes confundem o internacionalismo proletário com o apoio a governos da burguesia.

Nas atuais condições, essa política se torna muito crítica, além de um erro político muito grave.

Um dos componentes fundamentais do internacionalismo proletário é o apoio aos trabalhadores de todo o mundo, mas mantendo a independência de classe de todos os setores da burguesia. Isso é marxismo e leninismo básico.

O apoio a ações nacionalistas de determinados povos e governos deve ser dado de maneira parcial, condicional e somente no que efetivamente significar luta


contra o inimigo principal, o imperialismo, e desde que ajude a fazer a avançar a luta pela destruição do capitalismo mundial. E com a condição de que seja mantida a independência de classe, até porque a burguesia, assim como a pequeno burguesia, sempre procuram, por causa do caráter de classe, canalizar toda luta para a institucionalidade burguesa.

Para aplicar essa política, ainda é preciso considerar questões táticas como a diferença entre discursos e a prática de determinados governos, o que requer o conhecimento da realidade objetivo. Muitas organizações por limitações, muitas vezes ficam se pautando pela imprensa burguesa ou a propaganda de governos burgueses.

Tarefas colocadas hoje

O internacionalismo proletário é concreto e não tem nada a ver tanto com ficar a reboque de setores da burguesia como de ficar na mera diletância.

Os revolucionários hoje temos como dever organizarmos a luta nos países onde atuamos. Mas devemos considerar essa luta como parte da luta regional e mundial dos trabalhadores e dos povos contra o capital, as burguesias locais e o imperialismo.

Precisamos promover e organizar o apoio ativo aos povos e trabalhadores que estão efetivamente lutando, buscando estabelecer ações práticas e coordenadas.

Uma maneira concreta de apoiar a luta dos povos e dos trabalhadores é por meio da organização de campanhas de divulgação dessas lutas; de ajuda financeira; da formação de uma organização de Direitos Humanos que empreenda campanha em contra da repressão, dos assassinatos e de todas as violações dos direitos humanos, o que inclui a campanha pela liberação dos presos políticos.

A aproximação com as organizações que estão efetivamente lutando contra a opressão do capital deve acontecer por meio de comitês de enlace que permitam o conhecimento da atuação dessas organizações na prática.

Essa aproximação pode começar por meio de comitês de enlace que assumam a forma de comitês de propaganda e que possam evoluir para outras ações concretas como as campanhas financeiras, a solidariedade efetiva na questões dos Direitos Humanos e outras, que levem à realização de atividades e ações concretas cada vez mais coordenadas.

Sem a unidade dos trabalhadores, dos povos oprimidos e dos revolucionários é impossível derrotar a burguesia armada até os dentes. 

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quinta-feira, 20 de maio de 2021

Conferência especial da PCOA * Partido Comunista do Povo Brasileiro/PCPB

CONFERÊNCIA ESPECIAL DA PCOA 
Análise de conjuntura:
Colômbia, Chile, Venezuela e Palestina.
Apresentação: Nelson Herrera / PSUV
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#Ayer celebramos una reunión del PCOA, donde 75 líderes de 23 países, analizaron colectivamente el despertar de los pueblos (una visual de la actual situación de  Colombia y de los procesos constituyente de Chile y Venezuela). Adicionalmente, se presentó la Declaración del PCOA con Pueblo Palestino.

  https://youtu.be/FGH1jlPtqEs 

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Presença: 75 delegados representando 23 paises, entre os quais o Brasil, através do Secretário Geral do PCPB Georgr Kunz.
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terça-feira, 18 de maio de 2021

Saludos Jesus Santrich hasta la victória * Partido Comunista do Povo Brasileiro/PCPB

SALUDOS JESUS SANTRICH HASTA LA VICTÓRIA


 ```LOS QUE MUERE POR LA VIDA

NO PUEDEN LLAMARSE MUERTOS.```

Informamos a Colombia y al mundo con dolor en el corazón, la triste noticia de la muerte del comandante Jesús Santrich, integrante de la Dirección de las FARC-EP, Segunda Marquetalia, en una emboscada ejecutada por comandos del ejército de Colombia el 17 de mayo.

Sucedió en la Serranía del Perijá, zona binacional fronteriza, entre El Chalet y la vereda Los Laureles, dentro de territorio venezolano. Hasta ese lugar penetraron los comandos colombianos por orden directa del presidente Iván Duque. La camioneta donde viajaba el comandante fue atacada con fuego de fusilería y explosiones de granadas. Consumado el crimen, los asesinos le cercenaron el dedo meñique de su mano izquierda. Unos minutos después, cerca del lugar, rápidamente, los comandos fueron extraídos en un helicóptero de color amarillo rumbo a Colombia.

A su familia, nuestras más sentidas condolencias. Los acompañamos en su desolación infinita y en la tristeza que embarga su alma. Santrich cayó libre; libre como quería. Libre soñando la Nueva Colombia en paz completa, con justicia social, democracia y vida digna para su gente, para los pobres de la tierra, los excluidos y discriminados, y la población inerme por estos días atacada brutalmente por el ejército y la policía en las calles por orden de la monstruosa tiranía de Duque y Álvaro Uribe. Ha partido Santrich hacia la eternidad con todas sus luces encendidas, con la visión geopolítica de Bolívar y Manuel soñando la victoria de la unidad, la hermandad y la solidaridad de los pueblos del continente.

La noticia de la muerte de Santrich no salvará al arrogante tirano Iván Duque de la ira popular desatada. Al pueblo colombiano movilizado desde hace 20 días en protesta permanente contra el mal gobierno, le pedimos, en homenaje a Santrich, no aflojar en su justa lucha y a lanzarse con todas sus fuerzas a derrotar a este maldito régimen que nos está exprimiendo hasta el alma. Lo llamamos a Seguir peleando en las calles hasta tener un nuevo gobierno del pueblo y para el pueblo, más humano, que piense en la dignidad de la gente y no solo en acrecentar los privilegios de las oligarquías, un gobierno sin corruptos ni ladrones del Estado, como lo quería el comandante caído en la lucha.

Salud por los que han partido, pero que siguen con nosotros, como Jesús Santrich, el hombre que luchó de manera consecuente por una paz para Colombia sin traiciones y sin perfidia.

Pueblo colombiano,
por la victoria,
A LA CARGA !

FARC-EP
Segunda Marquetalia        

Mayo 18 de 2021

PATRIA O MUERTE CAMARADAS
*VENCEREMOS*

A crise do capital e a ofensiva fascista * Everton Barboza/RS

A CRISE DO CAPITAL E A OFENSIVA FASCISTA

Everton Barboza / RS

“Não existe espaço vazio na luta de classes”. 

Faz algum tempo que viemos resgatando esta frase e não é por acaso! A crise sistêmica do capital avança a passos largos, acirrando as contradições sociais e gerando conflitos e confrontos tanto internos quanto externos. As contradições entre as classes são expostas de forma cada vez mais aberta e clara: agudizam-se no mundo todo. O que antes era “facilmente” escamoteado pela burguesia agora torna-se algo cada vez mais difícil, partindo em direção ao impossível. Embora ainda não sejam poucos os que defendem ilusões como “todos juntos para sair da crise, mais fortes e melhores”, os ataques aos direitos do proletariado e os genocídios impostos a esta classe (tanto o pandêmico, quanto o proporcionado diretamente pelas armas) não cessam. Vemos, junto a isso, o aumento da fome, da miséria e da exploração, fatores que acabam deixando evidente que não é possível um projeto para toda a população em uma sociedade dividida em classes.

Neste sentido, as burguesias organizam-se no mundo todo. Visam não enfraquecer diante da crise, mas não só isso: buscam seu fortalecimento, para que assim possam aumentar seu poder e garantir e perpetuar o controle em diferentes ramos da produção. Na obra “O Capital”, Marx já havia explicado que os capitalistas buscam o monopólio como forma de escapar da crise. Daí um dos motivos do acirramento dos conflitos bélicos entre as potências em momentos de crises. Hoje não tem sido diferente. Acirram-se os ânimos na Síria, na Ucrânia, nas ofensivas contra a Venezuela, contra o povo palestino, entre outros – sem falar entre as ameaças que envolvem diretamente as grandes potências: EUA, China e Rússia.

Lênin, no “Imperialismo: fase superior do capitalismo”, demonstra que o monopólio, conquistado e fortalecido por setores da burguesia em momentos de crise, não cumpre o papel de superação da crise do sistema, mas pelo contrário, a acentua. Assim, gera maior acumulação e concentração do capital e também, como consequências, mais desigualdades, mais dificuldades para as massas proletárias, mais fome, mais miséria…

O marxismo nos ensina também que toda revolução nasce de uma crise, mas que nem toda crise tem como consequência uma revolução. E esta é a principal reflexão que propomos aqui neste texto.

É inegável a crise sistêmica do capitalismo nos dias de hoje. Assim como são inegáveis também as contradições que se consolidam cada vez mais entre as diferentes burguesias nacionais, aumentando os riscos de conflitos bélicos mundiais, além de aprofundar aqueles que já estão ocorrendo. Também é destacável o fortalecimento de setores da burguesia que, em meio à crise, aumentam sua concentração de capital, seu controle sobre diferentes ramos da produção, seus objetivos monopolistas.

Por outro lado, o sofrimento proletário se aprofunda, crescem diariamente as fileiras desta classe, com setores da pequena burguesia sendo empurrados paulatinamente para ela, através das reformas neoliberais, do desemprego e da concentração do capital. Negar que se cria uma situação revolucionária diante do quadro atual é, sem dúvida alguma, negar o marxismo.

Mas, como afirmamos anteriormente, nem toda crise tem como consequência uma revolução. Mediante vacilos, sejam eles oriundos dos movimentos sociais ou dos partidos de esquerda, a revolução ainda parece estar fora da pauta do proletariado – pelo menos no Brasil. É imprescindível que pensemos a respeito! É indispensável que se perceba, do ponto de vista proletário, qual é o papel e a responsabilidade dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais como um todo na atual conjuntura. Precisamos destas reflexões transformadas em ações para resistir aos ataques burgueses e garantir que o agravamento da crise sirva para consolidar uma ofensiva proletária e revolucionária.

A conjuntura, como tudo, não é estanque, ela está sempre em movimento. Há, claramente uma ofensiva burguesa no mundo que aniquila tudo que representa um entrave para a maior acumulação de capital em momento de crise, tanto do ponto de vista econômico, quanto do ponto de vista político. Os ataques aos sindicatos, a execução daqueles que se dispõem a lutar, os planos para a derrubada de Maduro e do chavismo na Venezuela, os golpes dados e aprofundados em diversos países, como é o caso do Brasil, são algumas exemplificações que deixam esta constatação evidente.

Mais especificamente no nosso país, percebemos que há um vacilo por parte da esquerda. A esquerda brasileira vacila, quando demonstra letargia para desenvolver e mobilizar uma luta real e de combate, que possibilite ao proletariado uma resistência de verdade, que avance para a tão necessária transformação social. Mas por que este vacilo? Podemos citar alguns fatores: como a crença na institucionalidade, na democracia burguesa e no “bom senso” de alguns setores da burguesia nacional; ou mesmo no “Contrato Social” burguês, na “compreensão sensível” do imperialismo ianque etc.. Ilusões ou mentiras oportunistas motivadas principalmente por lideranças de concepções pequeno-burguesas e por uma aristocracia operária que se formou e consolidou à frente, no geral, deste setor, moldando-o ideologicamente.

Vamos retomar a frase que inicia este texto: “Não existe espaço vazio na luta de classes”. Por quais motivos temos a resgatado tanto? A repetimos para destacar que uma conjuntura de crise pode sim levar a uma revolução, porém, se movida por incompreensões, oportunismos, vacilações e medo de ousar, pode levar a um quadro de fascismo generalizado. O fascismo, que é uma manifestação concreta da burguesia dada a crise objetiva do capital monopolista, dá sinais de ofensividade em todo o planeta. Na França já desponta como uma forte possibilidade eleitoral. Em Mianmar executa um golpe genocida sob olhares perplexos. Na América Latina garantiu a vitória eleitoral de seus representantes no Equador, mira para o Peru e avança com as armas apontadas contra os lutadores da Colômbia. No Brasil vem demonstrando força através de atos de rua, por meio da atuação de milícias e da impunidade “triunfante” mediante seus crimes horrendos.

Enfim, para o fascismo a ordem é avançar sem vacilos, garantido assim, um terreno fértil para que setores monopolistas da burguesia consolidem seus desejos de concentração de capital e de controle cada vez maior de diferentes setores da economia, atropelando como um tanque a tudo e a todos que se dispõem a resistir. Esse avanço é muito mais facilmente viabilizado em um quadro de desorganização de uma luta real e combativa de resistência proletária. “Não existe espaço vazio na luta de classes”, repetimos. Se a esquerda não se organiza, não se dispõe a mobilizar e incentivar o proletariado a ir para as ruas e para o combate contra algo tão sério, a burguesia ocupa este espaço, cumpre com este papel, chamando-o para as ruas. Para isso, se utiliza da indignação das massas com as instituições apodrecidas do capitalismo, com as injustiças sociais, mobilizando-as em favor de seus algozes. Esse é o caminho que tem se concretizado na conjuntura atual.

Aqueles que verdadeiramente querem resistir ao fascismo e que verdadeiramente anseiam pela revolução e pelo socialismo, precisam disputar com afinco este espaço que está sendo ocupado pela burguesia. A rua é nossa! Sempre que não tivemos força para ocupá-la, os retrocessos foram trágicos. Não será diferente agora. O papel dos lutadores é garantir que esta crise gere uma revolução. Eximir-se dessa tarefa em um quadro como esse, é ser conivente com o fascismo e portanto, é sujar as mãos com o sangue proletário, conscientemente ou não.

É preciso organizar as massas proletárias para combater o fascismo nas ruas e transformar o sentimento de classe em si para classe para si! Comemorarmos o “sucesso” de atos online abraçados com a direita não é o caminho para a transformação social, é sim, o caminho que tem pavimentado a ofensiva do fascismo, do neoliberalismo e do sofrimento proletário. Aliás, qualquer caminho que aponte para uma resistência virtual para derrotar o fascismo e então longe das ruas, nada mais é do que uma triste ilusão, ou uma mera e perigosa mentira oportunista.

O antídoto para o fascismo é a luta combativa e massiva nas ruas! Esse é o único caminho que pode fazer a burguesia tremer e realmente colocá-la em xeque.

– A vacina para o Brasil é o Fora Bolsonaro e sua corja!

– Abaixo o fascismo!

– Às ruas!

– Ousar lutar, ousar vencer!Ap

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“Não existe espaço vazio na luta de classes”. Faz algum tempo que viemos resgatando esta frase e não é por acaso! A crise sistêmica do capital avança a passos largos, acirrando as contradições sociais e gerando conflitos e confrontos tanto internos quanto externos. As contradições entre as classes são expostas de forma cada vez mais aberta e clara: agudizam-se no mundo todo. O que antes era “facilmente” escamoteado pela burguesia agora torna-se algo cada vez mais difícil, partindo em direção ao impossível. Embora ainda não sejam poucos os que defendem ilusões como “todos juntos para sair da crise, mais fortes e melhores”, os ataques aos direitos do proletariado e os genocídios impostos a esta classe (tanto o pandêmico, quanto o proporcionado diretamente pelas armas) não cessam. Vemos, junto a isso, o aumento da fome, da miséria e da exploração, fatores que acabam deixando evidente que não é possível um projeto para toda a população em uma sociedade dividida em classes.

Neste sentido, as burguesias organizam-se no mundo todo. Visam não enfraquecer diante da crise, mas não só isso: buscam seu fortalecimento, para que assim possam aumentar seu poder e garantir e perpetuar o controle em diferentes ramos da produção. Na obra “O Capital”, Marx já havia explicado que os capitalistas buscam o monopólio como forma de escapar da crise. Daí um dos motivos do acirramento dos conflitos bélicos entre as potências em momentos de crises. Hoje não tem sido diferente. Acirram-se os ânimos na Síria, na Ucrânia, nas ofensivas contra a Venezuela, contra o povo palestino, entre outros – sem falar entre as ameaças que envolvem diretamente as grandes potências: EUA, China e Rússia.

Lênin, no “Imperialismo: fase superior do capitalismo”, demonstra que o monopólio, conquistado e fortalecido por setores da burguesia em momentos de crise, não cumpre o papel de superação da crise do sistema, mas pelo contrário, a acentua. Assim, gera maior acumulação e concentração do capital e também, como consequências, mais desigualdades, mais dificuldades para as massas proletárias, mais fome, mais miséria…

O marxismo nos ensina também que toda revolução nasce de uma crise, mas que nem toda crise tem como consequência uma revolução. E esta é a principal reflexão que propomos aqui neste texto.

É inegável a crise sistêmica do capitalismo nos dias de hoje. Assim como são inegáveis também as contradições que se consolidam cada vez mais entre as diferentes burguesias nacionais, aumentando os riscos de conflitos bélicos mundiais, além de aprofundar aqueles que já estão ocorrendo. Também é destacável o fortalecimento de setores da burguesia que, em meio à crise, aumentam sua concentração de capital, seu controle sobre diferentes ramos da produção, seus objetivos monopolistas.

Por outro lado, o sofrimento proletário se aprofunda, crescem diariamente as fileiras desta classe, com setores da pequena burguesia sendo empurrados paulatinamente para ela, através das reformas neoliberais, do desemprego e da concentração do capital. Negar que se cria uma situação revolucionária diante do quadro atual é, sem dúvida alguma, negar o marxismo.

Mas, como afirmamos anteriormente, nem toda crise tem como consequência uma revolução. Mediante vacilos, sejam eles oriundos dos movimentos sociais ou dos partidos de esquerda, a revolução ainda parece estar fora da pauta do proletariado – pelo menos no Brasil. É imprescindível que pensemos a respeito! É indispensável que se perceba, do ponto de vista proletário, qual é o papel e a responsabilidade dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais como um todo na atual conjuntura. Precisamos destas reflexões transformadas em ações para resistir aos ataques burgueses e garantir que o agravamento da crise sirva para consolidar uma ofensiva proletária e revolucionária.

A conjuntura, como tudo, não é estanque, ela está sempre em movimento. Há, claramente uma ofensiva burguesa no mundo que aniquila tudo que representa um entrave para a maior acumulação de capital em momento de crise, tanto do ponto de vista econômico, quanto do ponto de vista político. Os ataques aos sindicatos, a execução daqueles que se dispõem a lutar, os planos para a derrubada de Maduro e do chavismo na Venezuela, os golpes dados e aprofundados em diversos países, como é o caso do Brasil, são algumas exemplificações que deixam esta constatação evidente.

Mais especificamente no nosso país, percebemos que há um vacilo por parte da esquerda. A esquerda brasileira vacila, quando demonstra letargia para desenvolver e mobilizar uma luta real e de combate, que possibilite ao proletariado uma resistência de verdade, que avance para a tão necessária transformação social. Mas por que este vacilo? Podemos citar alguns fatores: como a crença na institucionalidade, na democracia burguesa e no “bom senso” de alguns setores da burguesia nacional; ou mesmo no “Contrato Social” burguês, na “compreensão sensível” do imperialismo ianque etc.. Ilusões ou mentiras oportunistas motivadas principalmente por lideranças de concepções pequeno-burguesas e por uma aristocracia operária que se formou e consolidou à frente, no geral, deste setor, moldando-o ideologicamente.

Vamos retomar a frase que inicia este texto: “Não existe espaço vazio na luta de classes”. Por quais motivos temos a resgatado tanto? A repetimos para destacar que uma conjuntura de crise pode sim levar a uma revolução, porém, se movida por incompreensões, oportunismos, vacilações e medo de ousar, pode levar a um quadro de fascismo generalizado. O fascismo, que é uma manifestação concreta da burguesia dada a crise objetiva do capital monopolista, dá sinais de ofensividade em todo o planeta. Na França já desponta como uma forte possibilidade eleitoral. Em Mianmar executa um golpe genocida sob olhares perplexos. Na América Latina garantiu a vitória eleitoral de seus representantes no Equador, mira para o Peru e avança com as armas apontadas contra os lutadores da Colômbia. No Brasil vem demonstrando força através de atos de rua, por meio da atuação de milícias e da impunidade “triunfante” mediante seus crimes horrendos.

Enfim, para o fascismo a ordem é avançar sem vacilos, garantido assim, um terreno fértil para que setores monopolistas da burguesia consolidem seus desejos de concentração de capital e de controle cada vez maior de diferentes setores da economia, atropelando como um tanque a tudo e a todos que se dispõem a resistir. Esse avanço é muito mais facilmente viabilizado em um quadro de desorganização de uma luta real e combativa de resistência proletária. “Não existe espaço vazio na luta de classes”, repetimos. Se a esquerda não se organiza, não se dispõe a mobilizar e incentivar o proletariado a ir para as ruas e para o combate contra algo tão sério, a burguesia ocupa este espaço, cumpre com este papel, chamando-o para as ruas. Para isso, se utiliza da indignação das massas com as instituições apodrecidas do capitalismo, com as injustiças sociais, mobilizando-as em favor de seus algozes. Esse é o caminho que tem se concretizado na conjuntura atual.

Aqueles que verdadeiramente querem resistir ao fascismo e que verdadeiramente anseiam pela revolução e pelo socialismo, precisam disputar com afinco este espaço que está sendo ocupado pela burguesia. A rua é nossa! Sempre que não tivemos força para ocupá-la, os retrocessos foram trágicos. Não será diferente agora. O papel dos lutadores é garantir que esta crise gere uma revolução. Eximir-se dessa tarefa em um quadro como esse, é ser conivente com o fascismo e portanto, é sujar as mãos com o sangue proletário, conscientemente ou não.

É preciso organizar as massas proletárias para combater o fascismo nas ruas e transformar o sentimento de classe em si para classe para si! Comemorarmos o “sucesso” de atos online abraçados com a direita não é o caminho para a transformação social, é sim, o caminho que tem pavimentado a ofensiva do fascismo, do neoliberalismo e do sofrimento proletário. Aliás, qualquer caminho que aponte para uma resistência virtual para derrotar o fascismo e então longe das ruas, nada mais é do que uma triste ilusão, ou uma mera e perigosa mentira oportunista.

O antídoto para o fascismo é a luta combativa e massiva nas ruas! Esse é o único caminho que pode fazer a burguesia tremer e realmente colocá-la em xeque.

– A vacina para o Brasil é o Fora Bolsonaro e sua corja!

– Abaixo o fascismo!

– Às ruas!

– Ousar lutar, ousar vencer!

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Tribuna Proletária debate conjuntura * Partido Comunista do Povo Brasileiro/PCPB

 TRIBUNA PROLETÁRIA

DEBATE CONUNTURA
https://www.youtube.com/watch?v=2TB5iPD_KXw 
-&-
Toda 4ªfeira, às 19 horas, a Tribuna Proletária e o PCPB - Partido Comunista do Povo Brasileiro, convida seus amigos, círculos políticos e militantes para uma análise dos principais assuntos da conjuntura brasileira e mundial , sempre com um tratamento didático, sem sociologismos, para que todos possam participar em nível de igualdade. 

Não perca. Seja bem vindo!
***

terça-feira, 11 de maio de 2021

CARTA DE REPUDIO AOS ATAQUES DE ISRAEL À PALESTINA * Partido Comunista do Povo Brasileiro/PCPB

 PARTIDO COMUNISTA DO POVO BRASILEIRO PCPB


CARTA DE REPUDIO AOS ATAQUES DE ISRAEL À PALESTINA


As ações do Estado de Israel contra a Palestina vem recebendo o mais veemente repúdio de toda a comunidade internacional em defesa do


DIREITO DE AUTO DETERMINAÇÃO DOS POVOS. 


Frente aos trágicos acontecimentos em Jerusalém, capital da Palestina, e em todo o país, bem como dos bombardeios criminosos a Gaza, que já fazem dezenas de mortes, crianças incluídas, e centenas de feridos, o Partido Comunista do Povo Brasileiro - PCPB -  empenha o seu grito de protesto:


TODO APOIO AO POVO PALESTINO!


Nesse sentido, rechaça o apartheid e a limpeza étnica na Palestina, expulsando moradores de suas casas para beneficiar judeus; acusa Israel pela judaização de Jeruzalem impedindo a realização de cultos e atos religiosos tradicionais; e vem publicamente denunciar o projeto metódico do estado racista de Israel de despalestinização, descristianização e desislamizaçaõ para se apoderar da cidade sagrada de diversos povos.


Porquanto, reforça as denúncias de que o sionismo é a mais repulsiva forma de racismo nos dias atuais e que Israel é um regime de apartheid, conforme apontam documentos da ONU, de outras organizações internacionais e de diversas ONGs de direitos humanos, dentre elas Human Rights Watch e B’Tselem, a maior israelense do gênero, crime apurado pelo Tribunal Penal Internacional, somado aos de guerra e de lesa humanidade.

Finalisa apelando às autoridades, organizações da sociedade civil e aos povos irmãos que denunciem os crimes de Israel na Palestina e apoiem a luta do povo palestino para seguir vivendo em paz em sua terra, o Estado da Palestina, com Jerusalém sua capital.

TODO APOIO ÀS LUTAS DO POVO PALESTINO

TODO RESPEITO AO DIREITO DE AUTO DETERMINAÇÃO DOS POVOS

Secretário Geral: George Kunz 

PARTIDO COMUNISTA DO POVO BRASILEIRO

PCPB

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segunda-feira, 10 de maio de 2021

UNIDADE DOS REVOLUCIONÁRIOS * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

UNIDADE DOS REVOLUCIONÁRIOS

A luta pela organização do Proletariado no Partido é a tarefa que a Classe Operária tem no enfrentamento da Luta de Classes.


O Partido Revolucionário do Proletariado deve existir para dirigir a Revolução. Isso parece óbvio, mas não é. O que tem ocorrido majoritariamente em Partidos que se reivindicam como a Organização do Proletariado é o abandono da Luta de Classes, da luta pela Revolução, da Ditadura do Proletariado, somado à subordinação à ordem burguesa, à defesa das instituições parlamentares e à democracia burguesa como algo de valor universal. No mínimo, um Comunista Revolucionário tem que desconfiar das ditas instituições.

Mas, o que é preciso considerar em um Partido Político para poder conhece-lo verdadeira e profundamente? Debruçar-se sobre esta questão permite que reconheçamos a essência das organizações partidárias, em especial, aqui, das proletárias revolucionárias.

Devemos, destacadamente, identificar a classe que ele (o Partido) defenderá e, portanto, os objetivos que quer atingir na defesa da classe. No nosso caso, enquanto comunistas, como afirmaram Marx e Engels no Manifesto do Partido Comunista, temos uma vantagem diante dos outros Partidos que defendem o trabalhador: a de saber de antemão o resultado dessa luta na defesa proletária, onde essa luta levará, ou seja, à revolução, ao socialismo e ao comunismo.

Além disso, o que parece ser uma pequena diferença em relação aos demais partidos irmãos, (as táticas e estratégias na defesa do proletariado) é na verdade uma diferença entre a água e o vinho, pois, para os comunistas, esta defesa envolve tarefas teóricas e práticas que, dispensadas por negligência, por liberalismo, por preguiça ou por concepção, comprometem não só a luta atual, mas o futuro dela.

Comprova-se a ideia do parágrafo acima quando lembramos da afirmativa de Engels de que o Partido é o Estado Maior da Classe Operária, ou seja, é o elemento centralizador da luta de classes contra a burguesia, é aquele que tem diante de si, a tarefa de dirigir, comandar e ser o elemento do qual o proletariado não pode prescindir na luta. Portanto, o Partido para Engels, tem a importância que o Estado tem para as classes exploradoras desde o desmonte do período gentílico até os dias atuais, sob o domínio burguês.

Com esses aspectos e muitos outros, Lênin, de conhecimento profundo do Marxismo e defensor da Revolução Proletária, teve, desde o início, a convicção clara de que em cada tropeço na teoria, na sua formulação limitada, na sua ação prática não correspondente, o proletariado se desarmava na luta contra a burguesia. Por isso a sua célebre frase de que sem teoria revolucionária não existe sequer movimento revolucionário.

Dessa forma, Lênin passou a pensar a luta de classes, a Revolução, o Partido, não como Bernstein (que dizia-se Marxista ortodoxo e afirmava que o movimento é tudo e o objetivo é nada) mas como toda a formulação de Marx e Engels ensinavam. Bernstein na verdade liquidava com a organização proletária e o seu Partido. Ajudava os exploradores a se manter no poder.

Na construção do Partido Revolucionário, o que mais se viu em cada virada da luta de classes, foi a bandeira do oportunismo tremular sob as perspectivas burguesas e pequeno-burguesas. E como Lênin as vencia? Não abrindo mão do Marxismo e, na verdade, através dele, dando o desenvolvimento necessário as exigências de cada luta, desde as mais simples até as mais complexas.

A concepção interna de Partido, o seu funcionamento, o princípio que lhe dá rumo, foi um tema que levou a um confronto que se estendeu por um longo período entre duas alas do partido proletário na Rússia, os Bolcheviques e os Mencheviques. Na obra “Um passo em frente, dois passos atrás” Lênin demonstra que toda a viragem do oportunismo estava centrada em um único tema, isto é, na questão do funcionamento interno do Partido, ou ainda, no princípio norteador daquele que pretendia ser o Estado Maior da Classe Operária. Ali, tendências que tinham sido vencidas no programa, em disputas menores e maiores, se fundiram em uma luta clara entre os oportunistas e os revolucionários.

Destaca-se também, em um partido revolucionário do proletariado, a reafirmação do Centralismo Democrático como princípio geral e orientador de todo o Partido. Além disso, a ideia de que não existe militante “solto”, ou seja, que não esteja vinculado a uma organização e, assim, organizado, devendo responder em sua militância à sua organização.

Muitas organizações autodenominadas de vanguarda proletária presenciam suas “lideranças” caírem em um preciosismo academicista e vaidoso. Tentam reafirmar em tom triunfante que as posições das suas organizações foram aprovadas em reuniões, plenos, conferências e congressos passados e que, portanto, devem ser seguidas de forma dogmática, sem considerar a dinamicidade da realidade, pois assim determina seus estatutos.

Em sua época Lênin enfrentou também esse problema. Ele criticava, por exemplo, Martov por encher o estatuto do Partido com frases ocas, que não diziam nada. Os oportunistas atacavam Lênin, dizendo que suas ideias eram diferentes daquelas da qual desenvolvera em “O que fazer?”. Segundo eles, havia agora o desenvolvimento de um Partido burocratizado. Lênin, naquele momento, se manifesta contra a ingenuidade dos seus contestadores pelo fato de não saberem distinguir o que era antes – início da preparação da criação de um Partido Revolucionário – do agora – período exato da sua formação.

Lênin sempre procurou em todas as lutas desenvolvidas pelo Partido, dar um conteúdo Marxista para as interrogações e disputas que se apresentavam no dia a dia. Questões como a quantidade do proletariado que deveria estar nas fileiras do Partido, ou sobre o Partido ante a luta de classes não poder ser um caudatário do proletariado, mas sim deve estar à frente nas tarefas teóricas e práticas, ou ainda sobre o Partido desenvolver e dar elaboração clara a todas as novas manifestações da luta de classes, com base no Marxismo, procurando saber sempre o centro da luta de classes que está em disputa, estabelecendo novas tarefas às novas forças, etc.

Um Partido prático, exige uma teoria avançada, sem a qual não é possível responder a todas as “sacanagens” da qual inúmeros pensadores burgueses estabelecem a cada dia e, além disso, das novas conformações que assumem de maneira particular, ou geral, a luta de classes. Porém, temos atualmente em nosso país, não uma nem duas, mas muito mais de cinco organizações que se dizem Marxista-Leninistas. Mas o Marxismo-Leninismo continua sendo um Enigma? Essa pergunta torna-se necessária diante desse grande número de organizações ditas Marxistas-Leninistas que apresentam diferentes concepções teóricas e práticas e, muitas vezes, até antagônicas. Estas organizações apresentam uma análise diversificada de compreensão da realidade objetiva, mesmo que todos manifestem em sua estratégia, a necessidade da Revolução Proletária Socialista.

Vemos que a Tática é um elemento não menos importante na luta de classes do que a própria estratégia. Na famosa obra de Lênin “Duas táticas da social democracia na revolução democrática”, a compreensão sobre a Revolução burguesa Russa colocava Mencheviques e Bolcheviques em campos opostos frente a luta de classes. O simples fato de se omitir em expressar opinião ou disputar a luta prática, mesmo com todas as auto-críticas, já está marcado pelo descompromisso frente à luta de classes, pois limitam o dimensionamento da luta no grau necessário. Nesse sentido, independentemente de qual seja as convicções de todas essas organizações, sua estrutura interna etc., todas, sem exceção, pecam em não tratar de buscar uma unidade mínima, que permita estabelecer um contato o mínimo que seja, diante das ameaças de fascismo. Esse contato, o mais simples possível, pode significar muito, quando a luta recrudescer.

A constituição de uma Frente de Esquerda Revolucionária é um primeiro passo na construção do Partido Revolucionário. A luta de classes tende a ditar os passos subsequentes dos quais não resolve adiantá-los, pois, os mesmos, só terão projeções concretas, se essa iniciativa for tomada. Todas as organizações que partem do pressuposto de que não adianta buscar essa unidade mínima com os demais, ignoram porém que não é uma exigência de cada segmento em separado, é uma exigência da própria luta de classes no Brasil e que o proletariado está desarmado também pela dispersão.

Entendemos que o Enigma interno de organização do Partido Marxista-Leninista passou a ser um Enigma externo, isto é: o de saber encontrar essa unidade, sob todas as diferenças que cada organização tem, em prol da luta Revolucionária. Isso torna possível que os partidos comprometidos com a Revolução assumam aqui no Brasil a tarefa de realmente serem o Estado Maior da Classe Operária.

Não negamos a necessidade da formação de uma frente mais ampla que a Frente Revolucionária. Pelo contrário, defendemos a aglutinação de uma Frente de Esquerda, não de uma Frente Ampla, com setores fascistas fantasiados de republicanos, como alguns setores que se creem progressistas tem defendido.
Mas aqui, nos detemos mais detalhadamente na discussão da formação da Frente Revolucionária, pois nosso debate neste texto se empenha em avançar sobre a urgente questão da formação do Partido Revolucionário Comunista no Brasil.

Diante da crise do capital agravada pela pandemia do corona vírus, o Brasil poderá encarar uma situação revolucionária.

Cabe a Frente Revolucionária, através dos seus Partidos, grupos e tendências, a elaboração de um Programa que atraia amplas massas. O Partido não pode existir longe do povo. O conteúdo proletário da Revolução no Brasil, é um fator fundamental para que possamos assumir a hegemonia na Tomada do Poder. Temos que pensar e projetar a Revolução sobre os aspectos da realidade latino americana e sobretudo brasileira, elaborada como um acontecimento, fora da ordem burguesa.

A condição para a unidade do Partido Revolucionário Comunista é a linha correta, comprovada pela prática. Quando a linha política não é correta, leva a divisão. A Linha Política correta é um polo de atração. A política é de onde partem todas as ações práticas do Partido. Ela se manifesta tanto no processo como no final das ações. Nossa política deve ser sempre decodificada, isto é, explicada para as massas. Esta relação direta com o povo, possibilitará conferirmos a correção, ou não, da política aplicada.

– Fora Bolsonaro!

– Viva a Unidade dos Comunistas Revolucionários!

– Ousar Lutar, Ousar Vencer!!!

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Massacre em Jacarezinho * Partido Comunista do Povo Brasileiro/PCPB

MASSACRE EM JACAREZINHO

Foto: Jacarezinhonews

O mundo assiste estarrecido a mais uma ação terrorista do Estado capitalista contra os trabalhadores. Desde a Colômbia ao Bairro do Jacarezinho, localizado na zona norte da Cidade Maravilhosa/Rio de Janeiro - referência turística mundial - a matança de pessoas humildes e indefesas ocorrida no dia 06 de Maio de 2021 matou sem a menor piedade, à margem de qualquer lei, desrespeitando determinação do STF - Supremo Tribunal Federal, e com o único objetivo: oferecer espetáculos para uma mídia covarde. 

Este ataque militar contra uma comunidade carente traz aspectos próprios de uma guerra. É a primeira apresentação do atual governador Cláudio Castro, eleito como vice junto com outro assassino chamado Witzel. Ela representa o coroamento de uma série de ataques militares contra bairros e favelas onde o narcotráfico se instalou sob os olhares complacentes do Estado. Portanto, nada  justifica este tipo de atuação policial, uma vez que isso não oferece nenhuma garantia  quanto aos propósitos de oferecer paz e segurança à população atingida. A demonstração de tal governante deixa explícita a sua política de aplicação da violência como seu instrumento de diálogo com a sociedade. 
A invasão da Comunidade do Jacarezinho representa o mais violento ataque militar ocorrido nos últimos tempos nesta cidade. O total de mortos alegado pelo porta-voz do governador de que foram 25 vítimas não representa a verdade, pois as famílias ainda estão recolhendo parentes fuzilados e jogados nos valões. As cenas reproduzidas pela mídia covarde foram feitas sob autorização dos comandantes da operação, portanto não refletem o ocorrido. Ou seja, desde o resultado até ao discurso oficial, tudo não passa de uma farsa montada para produzir espetáculos cinematográficos de autopromoção do recém empossado governador. O destaque nisso tudo fica creditado à DPCA - Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, responsável pela denúncia de aliciamento de crianças pelo tráfico.
Por tudo isso, as entidades organizadas da Comunidade do Jacarezinho estão buscando seus direitos junto aos órgãos jurídicos institucionais competentes, na tentativa de fazer justiça e denunciar os responsáveis nos foros apropriados.

Nesse sentido, o PCPB se solidariza com a classe trabalhadora do Jacarezinho e redondeza e se põe à disposição para apoiar as suas iniciativas.

ABAIXO A VIOLÊNCIA!
CHEGA DE CHACINAS!!
PELA CONSTRUÇÃO DO GOVERNO DOS TRABALHADORES!!!
NENHUMA IMPUNIDADE SERÁ TOLERADA!!!!
PARTIDO COMUNISTA DO POVO BRASILEIRO / PCPB

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Solidariedade com o povo colombiano * Partido Comunista do Povo Brasileiro/PCPB

 Solidariedade com o povo colombiano 


Nós abaixo assinantes, viemos a publico expressar o nosso repúdio contra a  brutal repressão e massacre promovido pelo estado narco-paramilitar  colombiano. 

O governo de Iván Duque tentou impor em plena “pandemia” o aumento  generalizado dos impostos, inclusive sobre produtos de primeira necessidade, na  cesta básica. 

Duque é um afiliado do ex presidente Uribe Velez que foi um afiliado de Pablo  Escobar, do cartel de Medellín. 


Posteriormente, o imperialismo norte-americano decidiu acabou com o poder  dos cartéis para ele próprio, por meio das suas agências e bases militares (há  nove na Colômbia) controlar o tráfico da cocaína, de onde saem as verbas  secretas para promover diversos tipos de agressões militares. 

A política do assassinato das lideranças sociais e política é a norma na Colômbia. 


Essa política é muito similar à da “democracia pinochetista” chilena onde há mais  de três mil presos políticos, mais de 500 pessoas estupradas pela política  pinochetista para promover o terror, mais de 400 com os olhos arrancadas por  balas e a região da Araucanía, onde mora a nação Mapuche, militarizada. 


Esses são os modelos que o imperialismo busca impor no Brasil para estende-lo  a toda a América Latina. Uma “versão moderna” das genocidas ditaduras  militares da década de 1970. 


Cabe aos verdadeiros revolucionários, anti-imperialistas e lutadores sociais  solidarizamos com os povos colombianos e chilenos, assim como promovermos a  solidariedade internacionalista, efetiva e na prática, além da simples  propaganda. 


Assinam, 

Gazeta Revolucionária 

PCPB (Partido Comunista do Povo Brasileiro) 

Anserp (Associação Nacional dos Servidores e Perseguidos) 

Imprensa Popular 

UST (União Sindical dos Trabalhadores) 

Tribuna Classista 

Ação Popular Comunitária

Emprego e Vida

Política Revolucionária

ATC

Pátria Latina

Portal Cuba Hoje


Secretário Geral do PCPB George Kunz



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Comunicado Urgente de organizações chilenas

Como Piñera, Duque ao Tribunal Penal Internacional! 

A Colômbia não pode suportar mais mortes, nem mais injustiças, nem mais fome. 

Iván Duque, parceiro de Piñera em Cúcuta, intensifica a repressão militarizada  contra o povo colombiano; implanta o bloqueio de informação tentando tornar  invisível o massacre que está em curso na Colômbia. Dessas terras clamam por  apoio internacional e é nosso dever responder. 

As assembleias territoriais e organizações populares chilenas e Wallmapu, agrupadas na Referência Política Social, RPS, expressam seu mais forte apoio e  solidariedade ao povo colombiano que luta e resiste nas ruas de Cali e outras  cidades contra a repressão militar e policial de Uribe Estado hoje administrado  por Duque, um fantoche do narcotráfico, das corporações transnacionais e do  imperialismo norte-americano. 

Cali, onde a repressão tem sido mais feroz, acorda a cada dia com mais pessoas  assassinadas, mutiladas, estupradas, detidas. São o efeito das mesmas práticas  repressivas que já conhecem os setores populares e os povos em resistência no  

Chile. É a política dos Estados policiais e militarizados que são a outra face do  mercado livre, do extrativismo e da dominação do grande capital. 

O povo colombiano não cresceu apenas por causa de um simples aumento de  impostos; Esse foi o gatilho, assim como a ascensão do metrô no Chile. Como  disseram, estão nas ruas “há tantos anos, décadas, de opressão, de injustiça e por  uma paz que nos foi negada”. São as mulheres que mais falam, os jovens que se  manifestam contra os aparatos repressivos, os trabalhadores que não aguentam  mais, os camponeses, os indígenas e os afro que, já cansados, assumem o  protesto com mais força. A Colômbia não pode suportar mais mortes, mais  injustiças e mais fome. 

Como RPS, do Chile e do Wallmapu, apelamos a todas as organizações populares  e de trabalhadores, ativistas político-sociais e todas as pessoas com um mínimo  de sensibilidade às injustiças, a apoiar ativamente o povo colombiano.  Intensificar os contatos com as organizações populares de Cali e da Colômbia,  enviando a nossa solidariedade e oferecendo ao mundo as nossas redes de  divulgação para quebrar o bloqueio da informação; iniciar campanhas de  denúncia da repressão em curso no Chile e no exterior; para desafiar a presença  e os negócios da capital colombiana no Chile. 

Referente Político Social - RPS 

Assinam-se as assembleias e organizações populares que se agrupam na  Referência Política Social e outras organizações que decidiram aderir: 

https://plrchile.com/comunicado-urgente-como-pinera-duque-al-tribunal penal-internacional/ 

Chile, 4 de maio de 2021.