segunda-feira, 30 de outubro de 2023

DIARIO DA PALESTINA * Bruno Wallace/RJ

DIARIO DA PALESTINA
Atualizações de guerra "Z"
Rio de Janeiro, Brasil.
30 Outubro 2023

O declínio do império Unipolar Zion-Anglo-Amerikansk, o fim do Ponzi esquema petro dólar como moeda de reserva mundial, e a ascensão do mundo social multipolar emergente.









Artigo conciso compilado de
Informações de domínio público, fatos históricos, BRICS, os crimes de guerra sionistas, o genocidio colonial em Gaza e os últimos acontecimentos da incursão, através da operação militar especial russa para a *desnaZificação* da Ucrânia; o seu efeito no mundo em geral, incluindo questões geopolíticas que forjam o equilíbrio de poder na guerra em curso, que determina e estabelece o nosso futuro comum: um planeta-prisão hegemônico *unipolar* ou um mundo *multipolar* com tolerância para diferentes modos de governança.

É tão grotesco ver os ocidentais dizerem uns aos outros como Israel e os palestinianos se odeiam, condenando a perda de vidas, culpando as religiões e culpando a natureza humana.

Nada mudou desde a época da escravidão e do genocídio em massa dos amerindios povos originarios americanos.

As pessoas estão muito ocupadas agarrando-se aos seus lugares dentro da máquina de matar. Eles vêem mortes e destruição, mas não veem a máquina, pois vêem que ela fechará suas mentes junto com seu mundo. Mas ver isso é o primeiro passo para sair desta formação social destrutiva.

Sendo um Estado colonial clássico, Israel está fazendo a única coisa que sabe fazer. Enquanto o Ocidente continuar a apoiar, isso vai consumar o genocídio palestino.

Os palestinianos têm dentro de si a capacidade de se levantarem contra o Hamas para se libertarem. Ou o Hamas pode render-se voluntariamente. Duas escolhas reais aí.

Esta visão não está apenas a ser promovida de má-fé pelos apologistas israelitas.

Parece repercutir nas pessoas comuns que presumivelmente sabem muito pouco sobre as histórias da Palestina ou dos movimentos coloniais de colonização, como o movimento sionista que fundou Israel.

Vamos nos aprofundar brevemente em ambos.

Em primeiro lugar, os movimentos coloniais de colonos distinguem-se do colonialismo padrão – como o domínio britânico na Índia – pelo fato de a população colonizadora sionista desejar não apenas roubar os recursos da população nativa originaria, mas também substituir a própria população nativa.

Existem muitos exemplos disto: os colonos europeus desapropriaram os povos nativos no que hoje chamamos de Brasil, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, América Latina por exemplo…

A definição de genocídio no direito internacional descreve exatamente o que aqueles europeus fizeram à população local: assassinatos em massa; infligir condições calculadas para provocar a destruição física de toda ou parte da comunidade nativa; prevenção de nascimentos na população local; ttransferir à força crianças nativas para a população colona.

Os colonos europeus brancos que hoje se autodenominam brasileiros, americanos, canadianos, australianos e neozelandeses nunca tiveram de responder pelos seus crimes contra esses povos nativos.

O que possivelmente explica porque é que a mentalidade acima é tão comum – e porque é que os países europeus e os seus colonos coloniais estão hoje a alinhando-se com o resto do mundo para apoiar Israel à medida que este intensifica o genocídio industrial em Gaza.

A verdade é que a ordem mundial “ocidental” foi construída sob o genocídio e escravidão. Brasil e estados unidos por exemplo foram fundados com a escravidão de africanos e o genocidio de povos indígenas ..

Israel está apenas seguindo uma longa tradição marca registrada de europeus…

Os movimentos coloniais de colonos sempre acabam cometendo genocídio.

Na África do Sul, uma população colonial em grande desvantagem numérica chegou a uma “acomodação” com a população nativa: o sistema era conhecido como apartheid.

O grupo branco ficou com todos os recursos e privilégios. O grupo de negros foi autorizado a viver, mas apenas em guetos e na miséria.

Nestas circunstâncias, a paz só é possível quando o projeto colonial dos colonos é abandonado, o poder é partilhado e os recursos são distribuídos de forma mais equitativa. Isto aconteceu, embora de forma imperfeita, com a queda do apartheid na África do sul.

O modelo final para uma população colonial colonizadora é conduzir a população nativa para além da fronteira, num acto de limpeza étnica.

Esta foi a opção preferida de Israel em 1948 e novamente em 1967, quando decidiu expandir as suas fronteiras ocupando as restantes terras palestinas na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza.

Os palestinos em Gaza são uma lição prática sobre as várias formas como uma população nativa pode ser abusada por um movimento colonial de colonos.

A maioria são refugiados ou descendentes de refugiados das operações de limpeza étnica de Israel em 1948.

Por outras palavras, as casas das suas famílias estão no que hoje chamamos de Israel. Eles foram expulsos de suas terras para um pequeno enclave, que será governado durante os próximos 19 anos pelo Egito.

Quando Israel tomou Gaza durante a guerra de 1967, teve de recorrer à segunda opção de colonização dos colonos: o apartheid.

Assim, transformou o enclave numa prisão ao ar livre, ou – se formos mais honestos – num campo de concentração e de torturas e exterminios de longa duração.

Gaza é uma versão grande – e, com o cerco de 16 anos de Israel, cada vez mais dura – dos municípios que detinham as populações negras nativas na África do Sul do apartheid.

O que vemos agora é que Israel reconhece finalmente que o modelo do apartheid não conseguiu subjugar o desejo dos palestinos de liberdade e dignidade.

Ao contrário da África do Sul branca, Israel não procura paz e reconciliação. Está revisitando outras opções coloniais dos colonos: Genocídio e limpeza étnica.

No atual ataque a Gaza, Israel está a implementar um modelo misto: genocídio para aqueles que permanecem em Gaza, limpeza étnica para aqueles que conseguem sair (assumindo que o Egipto finalmente ceda e abra as suas fronteiras).

Nada disso tem a ver com o Hamas.

O máximo que se pode dizer é que a resistência do Hamas forçou a mão genocida de Israel.

Teve de abandonar o seu modelo de cerco-apartheid – a prisão a longo prazo de uma população sem recursos, sem liberdade de circulação, sem água potável, sem comida e sem empregos… sem futuro…

Israel Em vez de reconciliação, regressou às fórmulas testadas e comprovadas de genocídio e limpeza étnica.

O Hamas é um sintoma das décadas de trauma que os palestinos passaram em Gaza, e não a causa desse trauma.

A derrubada do Hamas pelos palestinos, ou a rendição do Hamas, não transformariam Gaza num Dubai-no-Mediterrâneo.

Para os palestinos, ainda haveria prisioneiros, embora possivelmente fossem permitidas condições ligeiramente melhores.

Se duvida disso, olhe para a Cisjordânia, que é governada não pelo Hamas, mas pela indolente Autoridade Palestiniana de Mahmoud Abbas.

Ele chama a cooperação em segurança com Israel – suprimindo, em nome de Israel, o desejo de liberdade dos palestinos – um dever “sagrado”.

A sua maior aspiração é uma solução diplomática que crie um mini-Estado palestiniano severamente circunscrito.

Se Israel não pode permitir a liberdade na Cisjordânia sob Abbas, como irá alguma vez dar liberdade à pequena Gaza, mesmo sem o Hamas, especialmente depois de as Nações Unidas terem declarado o enclave como fundamentalmente “inabitável” em 2020?

Israel nunca poderia permitir que os palestinianos saíssem da sua prisão em Gaza porque o seu rápido crescimento em número é visto como uma ameaça à maioria judaica de Israel.

Lembre-se: as populações coloniais coloniais existem para substituir a população nativa, não para fazer a paz com ela, não para partilhar recursos, não para lhes dar a sua liberdade.

Israel está fazendo a única coisa que sabe fazer. E enquanto o Ocidente estiver na torcida, isso incluirá o genocídio.

Os israelenses sionistas são considerados o maior malfeitor do mundo moderno: o colonizador. Isto é importante porque, nesta concepção, a justiça só pode ser feita quando os colonizadores tiverem partido. É por isso que o cântico que exige que a Palestina seja livre “do rio até ao mar” provoca arrepios nas espinhas dos judeus.

Porque esse slogan não exige uma mera retirada israelita da Cisjordânia ocupada.

O que a maioria dos judeus ouve é uma exigência de até outros judeus de que Israel desapareça completamente. E que os Judeus Israelitas ou se arrisquem a viver numa futura Palestina sob o domínio do Hamas – ou saiam. Mas para onde?

Vamos substituir “israelenses” por “sul-africanos brancos”, que também eram um povo colonizador.

A queda do apartheid exigiu que eles “saíssem”? Acho que uma rápida pedquisa descobrirá que eles ainda estão lá.

Sim, todos nós compreendemos que “a maioria dos judeus” se assusta com um canto que apela à libertação dos palestinianos da subjugação e do confinamento ao estilo do apartheid na sua própria terra natal.

Claro, os judeus estão assustados. Israel e os seus apologistas, entre os quais líderes europeus têm dito aos judeus durante décadas para terem medo, tal como os apologistas do apartheid na África do Sul disseram aos brancos que seriam massacrados se um homem negro algum dia governasse o país.

Os brancos só deixaram de ficar assustados quando as Terras Livres do início da década de 1990 foram forçadas a mudar de tom.

Além do mais, tal enquadramento classificaria todos os israelitas sionistas – e não apenas os colonos da Cisjordânia – como culpados do pecado do colonialismo.

Há Um grande número de pessoas – muitas delas, sem dúvida, incluindo aqueles judeus temerosos que se preocupam – que estão explicitamente a pedir que os palestinianos sejam exterminados, que apoiar abertamente o genocídio em Gaza – ecoando Políticos israelenses e líderes militares israelenses com armas nucleares que há muito defendem uma 'Shoah', ou Holocausto, em Gaza.

Talvez a razão pela qual algumas pessoas à margem dos meios de comunicação social estejam relutantes em juntar-se ao coro do establishment que condena o Hamas seja porque este está a ser tão abertamente aproveitado para desculpar o assassinato de crianças palestinianas.

Quando os nossos políticos e meios de comunicação transformam isto num jogo de soma zero, quando reescrevem o direito internacional para tornar o corte de alimentos e água aos palestinianos um dever legal e moral, talvez se possa compreender porque é que as pessoas podem ser reticentes em alimentar as chamas do genocídio.


É aqui que você termina quando vê esse conflito monocromático, como um conflito entre o certo e o errado.

Porque o falecido romancista e activista pela paz israelita Amos Oz nunca foi tão sábio como quando descreveu o conflito Israel/Palestina como algo infinitamente mais trágico: um choque de direita contra direita. Dois povos com feridas profundas, uivando de dor, fadados a partilhar o mesmo pequeno pedaço de terra…

Tudo isso poderia ser mudado se esses dois povos predestinados e traumatizados realmente começassem a “partilhar o mesmo pequeno pedaço de terra” – numa solução de Estado social, como finalmente aconteceu na África do Sul.

Na verdade, essa é a única maneira de um projeto colonial de colonização terminar sem genocídio ou limpeza étnica de um lado ou de outro.

A mídia em vez disso, castiga outros por tratarem a catástrofe que se desenrola em Israel e em Gaza como um jogo de futebol em que todos devem tomar partido – mesmo quando ela próprio, tão obviamente, toma partido: a favor de fechar os olhos ao genocídio em Gaza.

Então, este não é um jogo de futebol. Não há necessidade de espectadores que torcem por um time contra o outro, incitando o time escolhido a ir cada vez mais a extremos. Isto não é um jogo, por uma razão sombriamente óbvia. Não há vencedores – apenas perdas sem fim.

Não, houve vencedores. Ao longo de 75 anos, Israel recebeu apoio generoso – militar, diplomático, financeiro – da Europa e dos EUA para o ajudar a levar a cabo a limpeza étnica dos palestinos.

Com base neste apoio - e na integração de Israel no complexo militar-industrial do Ocidente - Israel tornou-se um país beligerante muito rico, rico em terras que roubou ao povo nativo.

Sim, vive com um certo grau de insegurança – o preço que paga, tal como todas as sociedades coloniais de colonos, até “terminarem o trabalho”, como explicou um dos principais historiadores de Israel – por desapropriar e oprimir o povo nativo.

Mas até 7 de Outubro era claro para os israelitas que valia a pena viver com essa insegurança, tendo em conta todos os outros benefícios.

Israel não quer espectadores em Gaza. É por isso que o enclave mergulhou na escuridão. Nenhum de nós agora pode saber que horrores estão acontecendo lá neste momento.

Gaza está destruída faminta e morrendo aos milhares sem energia, sem água, sem comida e sem algum repórter com avesso à internet para dizer adeus ao mundo…

PALESTINA VENCERÁ!!!

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

NAZISSIONISMO NO BRASIL II * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

NAZISSIONISMO NO BRASIL II

TERRORISTA GIL DINIZ
CONHEÇAM SEU PROJETO DE LEI

*

AS PALAVRAS NÃO SÃO INOCENTES!

Carlos Matos Gomes

Guerra e Terrorismo — A propaganda de Israel e dos seus aliados (cúmplices) desenvolveram um dicionário específico para apresentar a situação em Gaza. Os porta-vozes de Israel e dos Estados Unidos foram treinados para o utilizar e difundir. Estão a fazê-lo e a servirem-no em doses maciças.

Israel está em guerra com o Hamas, garantem. É falso, o estado de Israel está em guerra com os palestinianos desde 1948, o Hamas foi criado em 1987. É um conhecimento de cultura geral. Sem investigação muito aprofundada é fácil saber que ocupação da Palestina foi e está a ser conduzida pelos judeus herdeiros dos movimentos terroristas desde os anos trinta do século vinte, quando começaram a lutar contra os ingleses, que tinham mandato da Sociedade da Nações de protetorado na Palestina desde o final da I Grande Guerra e que se manteve até ao final da II Guerra Mundial, quando os ingleses entregaram formalmente a Palestina à ONU, recém criada e aos Estados Unidos e à URSS para a condução prática do imbróglio do que fazer com os judeus sobreviventes do Holocausto. Esses movimentos lutaram através da imposição do terror para expulsar os palestinianos das suas terras e casas, sem olhar a meios.

O Exército de Israel, que se esconde debaixo da inocente, mas falaciosa designação de Forças de Defesa de Israel (IDF na designação anglo saxónica), tem antepassados que é fácil conhecer e que os jornalistas e comentadores só não apresentam porque esse conhecimento é inconveniente para versão da Verdade Única que deve ser imposta. O mais antigo e direto é o Haganá, uma organização de judeus sionistas, a primeira a utilizar o terrorismo na Palestina. Como é comum nas histórias dos movimentos terroristas, o Haganá, que também agiu como instrumento dos ingleses, sofreu várias dissidências, cada uma mais radical que a organização-mãe. Uma, o Irgun, comandado por Menhachem Begin, que chegaria a primeiro ministro de Israel, realizou a célebre operação de terror contra o Hotel Rei David, que matou 91 pessoas, na maioria quadros ingleses. Outra das dissidências designava-se Lehi, e os ingleses referiam-na como o Stern Gang. Estas organizações foram responsáveis pelo afundamento do navio Patria, com 1600 judeus, que o Reino Unido estava a transferir para as ilhas Maurícias. As organizações de judeus sionistas preferiram matar outros judeus (duas centenas morreram afogados) a deixar que fossem para um local que não a de povoar a “sua Palestina”. Todos estes “respeitáveis” movimentos sionistas se reconverteram de terroristas em Força de Defesa de Israel .

O “Exército de Israel” tem como base ideológica o sionismo e percebe-se assim melhor que o final de “cada ato de defesa” contra os palestinianos se tenha traduzido na conquista mais território, que irá até conseguirem criar a “Grande Palestina”, uma invenção dos sionistas com recurso a mirabolantes interpretações bíblicas.
O objetivo do Exército de Israel nesta operação em Gaza é, numa primeira fase, “limpar o território” dos seus habitantes, criar um espaço vazio, sem habitantes (no men land), para justificar a ocupação por israelitas, numa segunda fase. Não há nenhuma guerra contra o Hamas, que é apenas o mais recente movimento de resistência palestiniana, mas um ataque aos palestinianos de Gaza (que elegeram o Hamas para o seu governo) com a finalidade de deslocar um povo através do terror, porque a alternativa apresentada por Israel à sua fuga será a chacina!

O Hamas é apenas mais um dos vários movimentos organizados de resistência, como foram a OLP, a Fatah, a Frente Popular de Libertação da Palestina, as intifadas. Todas refletem a parcialidade e a violência da injustiça inicial da distribuição de terras da Palestina patrocinada pela ONU com a criação do Estado de Israel, o tal que tem o direito de tudo poder fazer para se “defender”: palestinianos, com 70% da população, tiveram direito a 45,4% do território, os judeus, com 30% da população, tiveram direito a 53,5% do território. Jerusalém seria partilhada. Os sentimentos resultantes de uma violação, de um assalto à mão armada, de uma ocupação não se destroem à bomba, mesmo que de fósforo, nem à metralhadora, nem com carros de combate, nem com F16!

Israel tem o direito de se defender — Todos têm o direito de se defender, mesmo os recém-chegados! A questão não é de direito, é de análise da realidade: tem sido e continua a ser Israel quem ataca para impor o seu modelo de sociedade. Os palestinianos são quem se defende e defende o direito de permanecer num território que nunca abandonaram! Não saíram da sua terra para atacar os judeus, alguns dos quais (os descendentes dos que não foram procurar outros destinos que de Damasco os levaram até à Rússia e à Península Ibérica) habitaram a Palestina em boa convivência com os palestinianos até um judeu austríaco pregar o sionismo no final do século dezanove e, meio século mais tarde, as potências europeias vencedoras da Segunda Guerra Mundial despacharem os judeus para uma terra onde se governassem e que até esteve para ser Angola.

O ataque do Hamas aos colunatos junto à fronteira de Gaza é um terrível ato de terror que merece a mais forte condenação, pois atingiu pacíficos civis que estavam em suas casas ou a divertir-se. A afirmação dos evangelistas ao serviço da verdade única contém vários sofismas (mentiras):

- Os colunatos, que substituíram os Kibutz, militarizando-os e eliminando os princípios de socialismo e de vida em comum que os distinguiu no início, são instalações militares e todos os seus membros (incluindo as famílias) são militares e cumprem funções dentro da manobra militar do Estado e das Forças Armadas. São sentinelas, postos de observação e primeira linha de combate. Desempenham, com as diferenças de tempo e lugar, o importante papel na manobra militar que as aldeias estratégicas desempenharam na guerra colonial portuguesa em Angola, Guiné e Moçambique. Ou o papel dos colonatos criados com portugueses idos da Metrópole para se instalarem em zonas de fronteira da guerra. Esteve prevista instalação de um milhão de colonos na região da barragem de Cabora Bassa, para servirem de barreira, em conjunto com a albufeira ao avanço da FRELIMO. São condenáveis todas as mortes violentas. Sem falsos moralismos, mas há violências mais condenáveis que outras, e há violências condenáveis e violências aceitáveis e há violências que merecem operações mediáticas e há violências silenciadas. Existem com certeza cenas de violência na Ucrânia tanto o mais chocantes do que a do ataque do Hamas ao colunato! Há violências desculpáveis, as dos nossos e violências condenáveis, as dos outros! Há violências cuja exploração e condenação é mais vantajosa para o desenvolvimento de dada a uma estratégia do que outras. Estamos em plena manobra de ação psicológica. A velha Psico da guerra colonial!

Para os portugueses, em particular para alguns dos ditos “especialistas militares” a classificação de terroristas e de ações terroristas devia ser muito cuidadosa, se o conhecimento da História fosse considerado fator indispensável à análise do presente. Em 1972 Marcelo Caetano, chefe do governo, afirmou ao general Spínola, governador e comandante-chefe na Guiné, que preferia uma derrota honrosa do que negociar com terroristas. Um afirmação que Marcelo Caetano iludiu, procurando conversações com o PAIGC, em Londres, com o MPLA através de um assessor da embaixada de Roma, e com a Frelimo através do engenheiro Jardim, que conduziu ao 25 de Abril de 1974 e ao reconhecimento dos “terroristas” como os únicos interlocutores viáveis para a independência das colónias, e que passaram a ser os políticos com quem os governos portugueses vieram a manter relações baseadas no mutuo respeito.

O governo de Israel optou pela política de Caetano afirmar que não negoceia com terroristas. A diferença é que o sionistas que dominam a máquina militar de Israel consideraram os palestinianos animais, seres que devem ser eliminados pelos homens do povo eleito, com que não podem conviver, nem negociar, embora os palestinianos sejam semitas, como os judeus. Os nazis só tinham classificado os judeus como sub-humanos e decidiram para eles a solução final das câmaras de gás. Imagina-se o que preparam os israelitas para os animais palestinianos!

O último sofisma é a introdução do Irão como base desta resistência dos palestinianos. É o inimigo do momento, como anteriormente já foram o Líbano, o Egito, a Síria, até a Jordânia, criados à medida dos interesses da grande estratégia dos EUA. O Irão foi há muito erigido como o objetivo principal e final da estratégia americana de destabilização do Médio-Oriente, que começou com a invasão do Iraque. Israel é a principal base dos EUA no Médio Oriente. É um clássico dos espetáculos de boxe: colocar um lutador em cada canto. Também é um princípio da propaganda de Goebbels: iluminar e referir apenas um inimigo, dar-lhe um rosto e um nome. Agora o que está a dar é apresentar o Hamas como o desafiador do campeão Israel! Resta, silenciada, realidade: a violência de 75 anos imposta por colonos vindos de fora anos sobre uma comunidade autóctone. Mas resta um problema sério: os Estados Unidos terão capacidade para lutar simultaneamente no Médio Oriente contra o Irão e na Eurásia contra a Rússia, na Ucrânia? Com que apoio dos EUA podem contar aqueles que fazem guerras em seu nome? Esta é a pergunta que fazem Netanyahu e Zelesnki. É de ucranianos e de palestinianos a carne que está a sofrer os efeitos do dilema dos Estados Unidos que prometeram apoio eterno e incondicional à Ucrânia e a Israel!

Desmontar as falácias do discurso de apresentar o vilão como vítima não significa a concordância com os métodos do Hamas — que reproduzem os do seu inimigo e devem merecer o mesmo repúdio — nem a preferência pelos valores e tipo de sociedade que propõe. Mas tão só a de recusar a parcialidade do discurso dominante, as grosseiras mentiras em que assenta e a comparar as soluções do sionismo para Gaza com a experiências portuguesas na guerra colonial contra organizações consideradas terroristas, mas que concentravam em si as ansias de afirmação dos seus povos, entidades portadoras de uma cultura e com direito a viver segundo os seus costumes na terra que desde sempre e sem hiatos ocuparam.

Gaza não pode ser um gigantesco massacre de Wiriamu. Mas há quem defenda que sim.
*

Terrorismos ou terroristas?


Para todos que ainda usam o termo terrorista para classificar grupos e organizações que lutam pela liberdade de um país ou região e contra o colonialismo ainda existente no planeta, uma informação. Mandela foi um terrorista. Dilma também, assim como Lamarca, Marighella, "Pepe" Mujica, Salvador Allende, frei Beto, Che Guevara, Zumbi dos Palmares, Patrício Lumumba, até o Lula poderia ser incluído nesta lista, assim como tantos outros líderes e libertadores em vários países. 


O termo terrorista foi e continua sendo, usado intensamente pelos países colonialistas/imperialistas para designar toda e qualquer organização de luta e/ou lideranças dos movimentos de libertação nacional nos países e/ou regiões colonizadas e exploradas pelo Capital. À medida que estas organizações libertárias começaram a lograr êxito, os países colonialistas/imperialistas passaram a usar da mesma forma de luta para manter o controle dos países colonizados ou passar a controlar outros que estejam nos objetivos de exploração capitalista-imperialista. 


Junto dos grupos de oposição das classes sociais oportunistas em países chaves, que concordavam em ter apoio e dinheiros dos países colonialistas/imperialistas, o Capital passa a financiar a existência de organizações político-paramilitares sob o argumento falso de que estariam lutando pela independência do país e/ou da região contra o perigo soviético, durante a guerra fria, ou contra qualquer perigo que os países colonialistas/imperialistas definam como tal . Com ataques de bombas, atentados, assassinatos etc. provocam o caos na sociedade justificando uma intervenção e/ou golpe de estado pró países colonialistas/imperialistas. 


Ou seja, o termo terrorismo ou terrorista, para designar alguém ou alguma organização contrária aos interesses do Capital, virou um meme universal para desclassificar pessoas ou organizações que lutam contra a exploração colonialista/imperialista. Na realidade, são os países colonialistas/imperialistas que usam e abusam de todo tipo de violência brutal e cruel para manter o controle do Capital nas suas mais variadas formas sobre o país colonizado (exploração econômica das riquezas locais e o controle social-político da população contra qualquer tipo de oposição ao colonialismo). 


Alguns exemplos são necessários. A libertação de Angola do colonialismo Português se deu por meio da organização de luta chamada Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Haviam, também, dois outros movimentos, a União dos Povos de Angola (UPA) e o Movimento de Libertação do Enclave de Cabinda (M.L.E.C). África do Sul, no tempo do apartheid, os EUA e Portugal apoiavam a UNITA contra o MPLA, por sua vez apoiados pelos soviéticos e pelo Conselho Nacional Africano (CNA). Esse apoio colonialista/imperialista a UNITA resultou num aprofundamento da guerra de independência de Angola. 


De 1961 a 1975, ano em que acabou a guerra de libertação angolana, não significou o fim da guerra civil. EUA e África do Sul bancaram conflitos internos que duraram até o ano 2002, apoiando a continuidade da luta contra o governo angolano recém liberto do jugo colonial português. 


Mais recentemente, a criação do Hamas feita pelos EUA e por Israel, em 1987, para dividir o movimento de libertação da Palestina. Ou a criação do ISIS, grupo armado islâmico iraquiano, que para muitos analistas foi mais uma criação dos americanos e israelenses para intervenção militar e ocupação de regiões na Síria, especialmente aquelas onde tem petróleo e gás. 


Em suma, chamar de terroristas grupos e/ou pessoas tem uma conotação explicitamente colonialista/imperialista. O uso intensivo de grupos armados pelas potências coloniais/imperiais nos mais variados rincões do planeta, para facilitar a ocupação militar, política e a exploração econômica nestes países, carrega uma narrativa histórica. 


Quando interessa ao poder colonial/imperialista, esse ou aquele grupo armado ou pessoas, passam a ser considerados terroristas. Quando os grupos armados estão defendendo os interesses colonialistas/imperialistas, mesmo que usem das mesmas táticas e armamentos dos grupos considerados terroristas, não são considerados como tal, mas "lutadores pelas liberdades democráticas". Essa hipocrisia é proposital, realça bem o que significa desqualificar grupo de lutas em países ou regiões colonizadas, com a pecha terrorista. 


Hamas é terrorista? As organizações de luta sionistas durante a ocupação inglesa na Palestina (1923-1948), Irgun Zvai Leumi (Organização Militar Nacional), o Etzel ou o Lehi, foram terroristas? Lembrando que o Irgun, era liderado por Menahem Begin, fundador histórico da direita israelense e que, em 1977, foi primeiro-ministro de Israel. Begin foi um terrorista? Bibi, o atual primeiro-ministro israelense, é um terrorista? Israel é um estado terrorista?


CEP MAGALHÃES/SP

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

REDE GLOBO OFENDE O POVO PALESTINO * REVISTA FORUM

REDE GLOBO OFENDE O POVO PALESTINO
-DOIS PAUS-MANDADOS DA GLOBO-

Nas coberturas internacionais da grande imprensa brasileira, a linha editorial predominante sempre será aquela que esteja em acordo com os interesses das agendas externas das potências imperialistas. Não há exceção.

Nesse sentido, para tentar atrair a adesão do público, os discursos geopolíticos da mídia recorrem a determinados atalhos cognitivos (recursos linguísticos para tornar inteligível para o cidadão comum a caótica configuração das relações internacionais) e utilizam estratégias de manipulação como enquadramentos, fragmentação dos fatos, ocultação de condicionantes históricos e escolha de certas fontes em detrimento de outras.

No último sábado (7), a manchete dos noticiários internacionais dos principais veículos de comunicação do país (com poucas variações) foi a seguinte: “Ataque do grupo terrorista palestino Hamas surpreende Israel”.

Para o leitor/telespectador/ouvinte que não está familiarizado com a geopolítica palestina, a impressão é a de que o Estado de Israel foi “vítima” de um “ataque gratuito” dos “terroristas do Hamas”.

No entanto, se trata de pura manipulação midiática.

Conforme afirmou o professor Reginaldo Nasser, em entrevista à Fórum, o rótulo de “terrorista” ao Hamas é completamente inadequado, haja vista que o grupo, atualmente, é uma organização política que, na verdade, deflagrou uma operação militar contra o cerco ao seu território (Faixa de Gaza). Ou seja, não houve um “ataque à Israel”, mas uma “reação legítima” à ocupação israelense exercida sobre o território pertencente, por direito, ao povo palestino.

Mas as manipulações midiáticas não pararam por aí. Como já bem apontou Perseu Abramo, uma das principais estratégias de manipulação da grande imprensa brasileira é o chamado “padrão de ocultação”, que se refere à ausência e à presença dos fatos reais na produção jornalística. Não se trata, evidentemente, de fruto do desconhecimento, e nem mesmo de mera omissão diante do real. É, ao contrário, um deliberado silêncio militante sobre a realidade.

Desse modo, é ocultado nos noticiários a informação de que Gaza – cercada por terra, mar e ar pelo Estado de Israel – apresenta uma das piores situações humanitárias no mundo (onde a insegurança alimentar é extremamente alta, chegando a 75-80% e, ainda por cima, há um controle rigoroso sobre a entrada de alimentos).

Além disso, é importante lembrar do silêncio midiático sobre a recente onda de ações do governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu contra os palestinos, sobretudo em locais sagrados para o Islã, como a Mesquita de Al-Aqsa. Trata-se do motivo alegado pelo Hamas para a ofensiva contra Israel. Qualquer jornalismo minimamente plural, que ouve os dois lados de um conflito, teria mencionado esta questão.

Consequentemente, na grande mídia, as investidas do grupo palestino contra o Estado Sionista não tiveram causas; somente consequências. Desse modo, ocultando os fatos citados acima, é possível construir a narrativa de “ataque terrorista surpresa contra Israel”.

Mas não basta rotular o Hamas como “terrorista” e Israel como “vítima”, constituindo o atalho cognitivo maniqueísta de dividir o mundo entre “bem” e o “mal”. É preciso gerar aquilo que o linguista francês, especialista em Análise do Discurso, Patrick Charaudeau, chama de “efeito patêmico”, cujo objetivo é o engajamento/envolvimento da instância da recepção, por meio de performance no mundo dos afetos, despertando no público sentimentos como ódio, compaixão, tristeza e/ou solidariedade.

Assim, são incessantemente mostradas imagens das vítimas israelenses dos “ataques do Hamas”. As perdas do outro lado, diga-se de passagem, em número muito maior, são estrategicamente negligenciadas. Não por acaso, as reportagens em Israel privilegiam as perdas humanas; enquanto as notícias sobre Gaza enfatizam as perdas materiais.

Também nessa linha, é construído o discurso de que o exército de Israel visa somente “instalações militares” e o Hamas “ataca, sobretudo, a população civil; logo, é terrorismo”.

Felizmente, essa manipulação foi desmentida pela professora Isabela Agostinelli dos Santos, em plena Globonews, no programa Edição das 17h, ao afirmar que, qualquer pesquisa rápida, é suficiente para se constatar que os bombardeios de Israel atingiram civis e hospitais em Gaza. Portanto, segundo a professora, “os palestinos têm o direito de se defender, da forma como puder”.

No entanto, ao contrário de Isabela, a maioria dos “especialistas” ouvidos pela mídia sobre o conflito Israel-Hamas se limitaram a repetir os mesmos chavões, maniqueísmos e lugares-comuns presentes nas “análises” de articulistas “isentos”, como Demétrio Magnoli, Jorge Pontual e Guga Chacra. “A Comunidade Internacional condena os ataques terroristas do regime do Hamas a Israel”, foi o que mais se ouviu/leu nos noticiários nos últimos dias.

Aqui, os discursos geopolíticos da mídia recorrem a um recurso metonímico, que visa difundir os interesses das grandes potências como se também fossem os interesses de todo o planeta. A expressão “Comunidade Internacional” não está relacionada a um possível consenso entre as diferentes nações sobre uma questão geopolítica. Ela geralmente reflete tacitamente os posicionamentos dos Estados Unidos e seus aliados.

Países como China, Rússia, Noruega e Suíça, membros da “Comunidade Internacional”, não rotulam o Hamas como uma “organização terrorista”.

Já o termo “regime” está associado a autoritarismo, desrespeito aos direitos humanos ou ausência de liberdades individuais. Nessa lógica, não vemos nos noticiários referências como “o regime de Israel” ou “o regime dos Estados Unidos”.

Por fim, remetendo à memória geopolítica do público, a mídia hegemônica está tentando emplacar a narrativa de que o “ataque terrorista do Hamas” é o “11 de setembro israelense”.

Isso não é por acaso. O “11 de setembro” talvez seja o maior exemplo de como o “evento midiático” substituiu o “acontecimento histórico” no imaginário coletivo. A maioria das pessoas não lembra do “11 de setembro” em toda sua complexidade, como uma “resposta” dos povos muçulmanos a anos de humilhações impostas pelos Estados Unidos (o “acontecimento histórico”); mas a partir das imagens de indivíduos se jogando desesperadamente das Torres Gêmeas do World Trade Center (o “evento midiático”). Ou seja, lembram da “forma” em detrimento do “conteúdo”.

Assim, os ataques de Al Qaeda e Hamas – contra Estados Unidos e Israel, respectivamente – podem ser percebidos como algo que “aconteceu do nada”, por meio das ações de “fanáticos muçulmanos”.

No entanto, ao contrário de duas décadas atrás, quando os grandes grupos de comunicação reinavam praticamente soberanos no tocante à difusão de informações sobre os principais acontecimentos planetários; atualmente, com as redes sociais, temos acesso a visões alternativas sobre a geopolítica global, o que torna mais difícil para a mídia hegemônica transformar sua construção discursiva em “versão oficial” de um determinado acontecimento (naquilo que Noam Chomsky designava como “consenso fabricado”).

Por isso, mais do que nunca, é importante desvelar a ideologia dos noticiários internacionais, seus mecanismos manipuladores e armadilhas discursivas.

Receptores críticos, que checam informações e comparam diferentes tipos de fontes dificilmente serão alvos vulneráveis às narrativas da grande mídia.

Assim, ao compreendermos a linguagem utilizada pelos veículos de comunicação, não ficamos reféns de uma linha editorial que busca explicações simplórias e tendenciosas para os mais complexos temas da atualidade. Significa, sobretudo, não se tornar um “analfabeto geopolítico”.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

NAZISSIONISMO SE MOSTRA NO BRASIL * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

NAZISSIONISMO SE MOSTRA NO BRASIL
DENÚNCIA DA PROFESSORA BERENICE BENTO
-EIS AS CARAS DOS BOZONAZIS-

(Nesta sexta-feira, 20, dois deputados bolsonaristas, Gustavo Gayer (PL-GO) e Júlia Zanatta (PL-SC), divulgaram pelas redes sociais uma lista de nomes de ativistas e organizações pró-palestina que se opõem ao massacre perpetrado pelo Estado de Israel em Gaza.

Na mesma mensagem, Gayer também afirmava que acabava “de encaminhar um ofício para a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil informando, às autoridades competentes uma lista de políticos, entidades e civis brasileiros que, publicamente, já manifestaram apoio ao grujpo terrorista Hamas”. A lista aparece numa imagem timbrada com a logo da Câmara dos Deputados, e “Gabinete do Deputado Federal Gustavo Gayer”. Entre os nomes “denunciados”, além de uma série de deputados, partidos e organizações, está a da ativista pró-palestina e militante do PSTU, Soraya Misleh.


O deputado bolsonarista protagonizou recentemente um caso de racismo ao afirmar, em entrevista concedida a um podcast, que os africanos não têm “capacidade cognitiva” para ter democracia. Já a deputada Júlia Zanatta ficou conhecida por utilizar uma tiara de flores, muitas vezes associada a movimentos supremacistas, embora ela negue. O adereço, para a deputada, visa “exaltar a feminilidade e representar a cultura alemã”. Zannata pediu a seus seguidores que “listassem” nos comentários os nomes de quem deveria ser perseguido.

Já Gayer chegou a postar nas redes a lista com os nomes que, segundo ele, enviou à embaixada norte-americana, mas, num ato de covardia e prevendo que a imagem já circulava, apagou.
Perseguição e intimidação

Além de expressar um papel vergonhosamente subserviente aos EUA e ao nazi-sionismo do Estado de Israel, colocando-se na condição de reles espiões da embaixada norte-americana e capachos do Estado terrorista isralense contra os brasileiros, os deputados bolsonaristas tem como objetivo perseguir e intimidar qualquer um que se coloque contra as atrocidades cometidas pelo Estado de Israel na Palestina. É um artifício já utilizado pelo bolsonarismo país afora contra opositores, reeditado agora em favor da campanha empreendida pelo sionismo no Brasil.

“A exposição de quem minimamente expressa a solidariedade ao povo palestino e humanidade contra o genocídio em Gaza incita o ódio, a xenofobia, o racismo, serve à propaganda de guerra em curso para justificar a matança, inclusive de milhares de crianças pelos bombardeios criminosos de Israel. Faz coro ao macarthismo para calar a solidariedade e da desinformação que tem as mãos sujas de sangue palestino“, afirma Soraya Misleh

“Mas como tem se mostrado em várias partes do mundo, isso não vai silenciar as vozes que se levantam por justiça e libertação nacional nessa luta anticolonial em que a resistência do povo palestino é legítima sob todos os meios“, reforça.

É necessário que todos os ativistas e movimentos rechacem esse tipo de lista e tentativa de intimidação e perseguição.PSTU)
&
ANEXOS ORESTES

Segue a lista feita pelo deputado Caucasiano Gayer e a deturpada Júlia da tiara, com todos os nomes denunciados ao governo americano. Eles solicitaram inclusive, que o governo americano cancele o visto e proíba a entrada de todos os nomes da lista. Todos que estão listados podem e devem representar contra os dois deputados na justiça, no mínimo, por difamação e calúnia.

LISTA DOS PERSEGUIDOS

CARAS DOS NAZI-TERRORISTAS


xxx
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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

TERRORISTA BOM É TERRORISTA PRESO * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

TERRORISTA BOM É TERRORISTA PRESO


*PL 5064/2023*


*BORA VOTAR NÃO*


Concede anistia aos acusados e condenados pelos crimes definidos nos arts. 359-L e 359-M do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, em razão das manifestações ocorridas em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.


domingo, 22 de outubro de 2023

AGENDE SEU APOIO À PALESTINA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

AGENDE SEU APOIO À PALESTINA
29/11 
DIA MUNDIAL DE APOIO À CAUSA PALESTINA
PASSEATA



MOBILIZAÇÃO

URUGUAI
BRASIL - RJ 19/10
SÃO PAULO, 22/10
BELO HORIZONTE - MG 22/10

A PAZ QUE LUTAMOS NÃO É A DOS CEMITÉRIOS

A ideia de paz que permeia o imaginário dos indivíduos e que, de certa forma, se tornou conceito quase absoluto é a ausência de guerra, conflito armado entre partes.


Trata-se de uma concepção simplista e ideologicamente sorrateira.


Paz pode até ser um estado de espírito, mas quando falamos de sujeito coletivo o entendimento é mais complexo 


Como podemos falar de paz quando um exército armado invade corriqueiramente nossas casas e estupra nossas mulheres, nossas filhas e mata nossos maridos e nossos filhos?


Como podemos falar e até mesmo pensar em paz quando a comida não chega à nossa mesa e nossas crianças choram de fome?


Como podemos encontrar a paz quando nossos salários não nos permitem um só dia de lazer ou comprar aquele presente no dia do aniversário do nosso filho?


Vivemos em estado de massacre, esta é a verdade, e se um dia resolvermos reagir, nos chamarão de terroristas.


Se não nos matam com um tiro de fuzil, nos metralham com a agonia da fome, da miséria, do abandono e da exploração.


A paz que queremos não é a dos mortos. 


Queremos que o lucro das grandes empresas não nos tire a dignidade, o direito de ir e vir, de comer e dançar nas noites de lua cheia.


O clamor da paz não pode servir de alento para a dor das nossas costas lanhadas pela chibata do capital.


Queremos a paz, mas sem a invasão dos nossos lares e a violentação das nossas mulheres; sem o assassinato das nossas crianças e adolescentes.


O colonizador e o capitalista explorador nunca nos trarão a paz. A colonização e a exploração são armas de guerra, que tiram vidas ou aprisionam nossas almas com a dizimação da nossa cultura.


Queremos o fim da guerra colonizatória e da escravização e assassinato dos nossos povos. Só assim teremos paz na terra aos seres humanos de boa vontade.


Lúcio Carril

Sociólogo


sábado, 21 de outubro de 2023

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA HOMENAGEIA NETANYAHU * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA HOMENAGEIA NETANYAHU

VERGONHA!

Depois de massacrar mais de 1.000 crianças palestinas em Gaza em menos de 10 dias, o Estado de Rondônia no Brasil concede o título de cidadão honorário ao Primeiro Ministro de Israel, o genocida Benjamin Netanyahu, por proposta do Deputado Marcelo Cruz.


sexta-feira, 20 de outubro de 2023

NÃO À PERSEGUIÇÃO SIONISTA * Comitê de Solidariedade à Palestina - DF

NÃO À PERSEGUIÇÃO SIONISTA


Acompanhamos entristecidos e indignados há mais de 75 anos os cruéis ataques de Israel contra o povo palestino. O que um dia foi uma terra de paz e dignidade tem sofrido a destruição de cidades e povoados, e a expulsão de milhões de homens, mulheres e crianças.

Resistir aos atos terroristas de Israel se torna uma necessidade, além de um direito assegurado pela Carta das Nações Unidas, diante da brutalidade que se abate sobre a Palestina.

Repudiamos a caça que está em curso contra quem tem se posicionado contra o terror que Israel impõe aos moradores de Gaza. Não podemos considerar aceitável a repetição da perseguição praticada pelos EUA após a Segunda Grande Guerra, conhecida como “Macarthismo”, quando qualquer pessoa que manifestava simpatia ao comunismo era demitida, perseguida e passava a fazer parte de uma relação de alijados de direitos.

Manifestamos, portanto, nossa solidariedade ao ex-presidente da EBC, Hélio Doyle, demitido de suas atribuições por tomar posição ao lado das vítimas do sionismo, bem como ao companheiro Sayid Marcos Tenório, demitido e ameaçado semana passada e a várias outras pessoas que neste momento passam pela mesma perseguição.

Repudiamos a campanha de mentiras da mesma grande imprensa que sustentou um golpe no Brasil, apoiou o nazifascismo e agora realiza uma verdadeira caça aos apoiadores do povo palestino.


Brasília, 19 de outubro de 2023
Comitê de Solidariedade à Palestina - DF