OS INCONTÁVEIS LIXOS DA HISTÓRIA RECENTE
(CRÔNICAS PARA DESEMBURRECER TOMO D300XXVIII)
Sabemos que a história sempre é contada a partir de uma versão, quase sempre a versão de quem está vencendo a guerra das narrativas, assim é comum que com passar do tempo, alguém deixa de ser herói, para ser vilão, o contrário também é verdadeiro.
As elites sempre cobram suas histórias, cabe aos outros "99,9%" da população reivindicarem seu lugar na história, sabendo principalmente que justamente pela guerra de versões, muitas pessoas que não são e, que jamais serão elites, defendem a mesma narrativa das elites, apenas pelo falso orgulho de se sentir do lado certo, ainda que radicalmente errado, da história.
Assim conquistas sociais, aparecem como dádiva, fazendo questão de ignorar a luta do povo, quase sempre é ignorada, assim o golpe da independência, que é vendido como "presente" do filho e herdeiro da metrópole, para onde, vai renunciando o trono da pátria que ele teria libertado.
A história avança no tempo e, com diversos saltos no tempo, chegamos ao golpe de 2016, precisamos inevitavelmente passar rapidamente pela pré-história deste período desde o golpe, que é a construção de um partido dos trabalhadores, que apesar de ser dos trabalhadores, sofreu toda a série de ataques de diversos setores de trabalhadores, que mesmo vivendo sob uma ditadura militar, optaram por não "OPTAR". O tempo passa e o PT, alcança vitórias eleitorais, todas aquelas infundadas desconfianças, facilmente sucumbem ao "mar de denúncia".
É justamente aqui que o juizeco inventor de provas, o marreco de Maringá, consegue uma projeção de "pop-star", o heroísmo do marreco não durou uma década, com o revelar da verdade, processos contra o PT, são anulados pela justiça, a prisão ilegal do candidato favorito às eleições de 2018, é revogada, não antes de diversos ataques a democracia e a soberania nacional.
Muitos dos avanços, entre os quais os ganhos reais do salário mínimo, perdeu-se, neste processo. Se hoje o juizeco está a caminho do devido "latão de lixo da história", no entanto as mais de seiscentas e setenta mil mortes pela covid, é um ônus, o qual devemos cobrar, não só do bozo e seus bolzominius, ou da mídia partidária e quase sempre anti-povo. Se o marreco de Maringá, tem inegavelmente lugar de destaque nesta macabra história.
Devemos no entanto lembrar que a mídia e o marreco não conseguiram este êxito, se não houvesse uma pré-disposição para compra da versão onde só as elites podem vender suas versões. Aqui também cabe um novo olhar.
Adão Alves dos Santos / SP
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