domingo, 20 de julho de 2025

MILEI DOA A PATAGÔNIA PARA O SIONISMO * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

MILEI DOA A PATAGÔNIA PARA O SIONISMO

Entre todos os problemas econômicos e sociais que o país enfrenta, há um tema profundamente complexo que está passando despercebido nos principais meios de comunicação e na vida cotidiana das pessoas. Está relacionado às conexões íntimas entre o presidente da nação, Javier Milei, e o sionismo: uma ideologia de extrema-direita e nacionalista que impulsionou a criação de um Estado próprio para os judeus, o Estado de Israel.

Esse vínculo não diz respeito apenas ao aspecto religioso, mas, acima de tudo, está ligado a um forte acordo que beneficia alguns poucos empresários próximos a esse país.


“Na América Latina, onde o sionismo tem maior influência, é na Argentina. Ele ocupa posições-chave em nosso país, como nos principais meios de comunicação e nas universidades”, afirma Martín Martinelli, historiador e doutor em Ciências Sociais pela Universidade Nacional de Lanús (UNLu), em entrevista para a ARG MEDIOS.

Assim, o genocídio que o povo palestino está sofrendo (calcula-se que mais de 24 mil palestinos foram mortos pelas Forças Armadas de Israel desde o último mês de outubro) não é completamente denunciado e, em algum ponto, acaba respaldando a versão sionista.

Como Milei abordou o sionismo

Vamos começar pelo início: era o ano de 2021 e o então Javier Milei começava a demonstrar que estava destinado a mais do que ser apenas um comentarista de televisão. A versão oficial de como o líder do Libertad Avanza se converteu ao judaísmo e estabeleceu uma relação mais do que próxima com o sionismo teria ocorrido depois que Milei foi rotulado de “nazista” e “antissemita” nas redes sociais.

Desconcertado por essa acusação, o atual presidente concordou em se encontrar com o economista Julio Goldstein, que, por sua vez, organizou um encontro com Tomás Pener, diretor do movimento Betar. O Betar é um movimento juvenil sionista e revisionista, ligado ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Poucos dias depois, Pener ligou novamente para Milei e apresentou-o ao rabino Axel Wahnish. Desse encontro, surgiu o primeiro “clique” na vida espiritual de Milei: a partir desse momento, o libertário passou a visitar regularmente o centro religioso localizado na Rua Borges, no bairro de Palermo Soho, em Buenos Aires.

Tanto é assim que, mais tarde, o economista propôs a Wahnish que fizesse parte de sua equipe de colaboradores, um convite que o rabino aceitou. Vale ressaltar que, após sua vitória no segundo turno das eleições, Milei nomeou o rabino como embaixador argentino em Israel.


Aqui reside o segundo ponto de relação direta entre Milei e o sionismo, uma vez que Wahnish é membro do rabinato da Comunidade Marroquina Judaica Argentina (Acilba), uma expressão judaica que integra o movimento Chabad Lubavitch.

É importante pausar por um momento para compreender a relevância desse ponto, pois é exatamente onde surgem os vínculos econômicos entre o sionismo e o novo governo da Argentina. 

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