domingo, 18 de abril de 2021

Unificar os verdadeiros revolucionários e anti-imperialistas contra o massacre * Partido Comunista do Povo Brasileiro/PCPB

Unificar os verdadeiros revolucionários e anti-imperialistas contra o  massacre 

Companheiros e companheiras, 

O avanço do massacre dos trabalhadores e do povo brasileiro avança a passos  largos perante a paralisia generalizada no Brasil. 

Se tornou imperioso organizar a resistência com o massacre. A violência dos  ataques tende a colocar as massas em movimento inevitavelmente. Esse é o  verdadeiro motivo do acelerado aparelhamento repressivo do estado e da  burguesia, assim como o fortalecimento das milícias, da incorporação das bandas  criminosas ao estado e dos fascistas. 

Não é mais lógico nem prudente continuar atuando a partir de pequenos núcleos.  As divergências táticas entre os agrupamentos da esquerda revolucionária  devem ser deixadas de lado em prol da defesa das bandeiras de luta contra o  massacre dos trabalhadores e do povo brasileiro e dos povos da América Latina.  O cancelamento da ultra corrupta dívida pública e das privatizações. A saúde e a  educação públicas. O salário mínimo vital e o emprego. O fim do latifúndio e o  “agronegócio”. O rompimento com todas as  imposições do imperialismo e pela  soberania nacional. 

É preciso unir a esquerda revolucionária na defesa do programa  revolucionário 

Muitas das divergências estão ultrapassadas para o presente momento histórico,  pois se relacionam com “ismos” ou grandes personalidades cujas “correntes  revolucionárias” cumpriram um papel, até importante, em épocas determinadas. Ainda onde essa política conduz a não ser à conformação de seitas. 

Precisamos responder à altura das necessidades que os trabalhadores e os povos  têm hoje.  

Também precisamos superar o “egocentrismo” em prol da organização da luta de  massas ao invés de ficarmos pulverizados em aparelhinhos. 

A unidade na luta se tornou imprescindível hoje, inclusive adotando medidas  orgânicas. 

Neste momento, em que a “esquerda” oficial se passou com mala e cuia para o  campo da direita e do imperialismo, dando continuidade ao processo que escalou  a partir da década de 1980, com o chamado “neoliberalismo”, é preciso ocupar o  campo político que ficou aberto, qual uma avenida. Até porque se essa tarefa não  for cumprida, esse campo será ocupado pelo fascismo e/ou esmagado pelas  ditaduras pinochetistas

Precisamos nos agrupar para lutar, unir forças e ideias, e criar o núcleo de um  grande movimento para salvar a nação brasileira. 

Muita gente está morrendo pela pandemia e principalmente pela destruição da  saúde pública, dos empregos, de todos os serviços sociais, num clima  generalizado de insegurança.

Contra o governo Bolsonaro, o fascismo e o imperialismo 

O Brasil, o fascismo e o pinochetismo, e o gado indo para o abate 

Se encontra em andamento uma CPI contra o governo Bolsonaro em relação à  gestão da pandemia. 

Em primeiro lugar, devemos entender o caráter deste governo se não quisermos  ser enganados mais uma vez. 

O governo Bolsonaro estava prestes a cair quando Donald Trump perdeu as  eleições nos Estados Unidos para Joe Biden/ Kamala Harris. Como por arte de  mágica, ele foi reciclado e passou a resumir o conjunto do regime político. 

O governo Bolsonaro 2.0 impôs os presidentes das câmaras dos deputados e dos  senadores de levada. A seguir aprovou a Autonomia do Banco Central por 336  votos a 114 e a abertura de contas em dólares para as grandes empresas  contarem com facilidades adicionais para repatriar os lucros. 

A aprovação da PEC 186, a denominada PEC do Auxílio Emergencial, na prática teve como objetivo reforçar a Lei do Teto para os gastos sociais. 

Agora temos todo o regime político, desde a extrema direita até a “esquerda” oficial teleguiada pelo imperialismo norte-americano para impor o massacre do  povo brasileiro. 

Isto é particularmente grave porque se trata da nova versão da ditadura militar  de 1964, desta vez tomando como modelo o pinochetismo chile e o estado  narcoparamilitar colombiano, para a seguir impo-lo e reforça-lo em toda a  América Latina.
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