ATÉ QUANDO A SOCIEDADE IRÁ SER CÚMPLICE DOS NEGACIONISMOS?
Embora sejamos obrigados a admitir, a pandemia, ou melhor, os cenários que permitiram a eleição do bozo, trouxeram ao cotidiano brasileiro, algo que só conhecíamos pela literatura, o negacionismo em relação à vacina, já que até então nosso país era referência em alcance das campanhas de vacinação.
Obviamente, também éramos céticos sobre a capacidade da ciência chegar a uma vacina contra um vírus novo em tão pouco tempo, mas felizmente a ciência surpreendeu e há uma prevenção segura disponível em qualquer posto de saúde, as atuais UBSs, só que justamente quando enfrentamos um vírus com uma alta taxa de contaminação e com letalidade inegável, aparece entre nós, algo muito comum nas terras do tio Sam.
Se também éramos céticos, quanto a possibilidade de haver uma vacina em tão pouco tempo, não podemos fingir ser céticos quanto as constantes ondas da pandemia, muitos menos que são exatamente os não vacinados que são em média 90% dos ocupantes fãs UTIs, já ouvi de negacionista que se são eles que estão adoecendo, o que é que a sociedade tem a ver com isto? Infelizmente para esta minoria que se nega a tomar a segura dose de vacina, ou muito mais grave, se nega a vacinar os filhos e que há duas contas do negacionismo deles que impactam diretamente nas contas públicas, quando estas pessoas adoecem, fazem uso de recursos públicos para o tratamento e, por não se vacinarem, facilitam a constante mutação do vírus que termina, por limitar a exigência da proteção aos vacinados.
Quando disse dois impactos, faltei com a cabalidade da verdade, mesmo quando este negacionista é internado em planos particular de saúde, os custos dos necessários tratamento insiste no custo das mensalidades dos planos. Em outras palavras, os custos das teimosias são inevitavelmente sociolazados, cabê-nos então dizer a estes negacionistas, já que eles insistem e negar, que nos neguemos a arcar com os custos da ignorância deles.
Já que eles não querem vacina, fiquem também com as contas da teimosia.
Adão Alves dos Santos / SP
Sobre o termo "negacionismo", como eu disse em outros comentários, é um termo relativo e subjetivo, pois o termo pode ser usado de diversas formas, até mesmo para se referir o que a pessoa discorda etc. Como exemplo, negacionismo das ciências brandas, negacionismo da filosofia, negacionismo das ciências espirituais, negacionismo da metafísica, negacionismo da extrafísica, negacionismo dos limites da ciência, negacionismo dos benefícios da religião e espiritualidade, negacionismo da vida após a morte, negacionismo do relativismo, negacionismo do pósmodernismo, negacionismo das críticas a ciência, negacionismo das críticas ao ateísmo... E o termo "negação da ciência" é bastante relativo e subjetivo, pois o que se define "negar" a "ciência"? É algo bastante relativo e subjetivo, pois pode ser usado para atacar críticas a ciência, ao método científico e as ideias de que a ciência é limitada e as ideias de que existem áreas fora dos limites da ciência. E também, existe uma diferença entre negar as vacinas e "negar" as narrativas do cientificismo militante, do fanatismo científico, do fundamentalismo científico, do totalitarismo científico, o extremismo científico, do neopositivismo, do psicoateísmo e do neuroateísmo sobre a realidade e sobre o mundo como um todo; e não se pode confundir ambas.
ResponderExcluirAbout the term "denialism", as I said in other comments, it is a relative and subjective term, as the term can be used in different ways, even to refer to what the person disagrees with, etc. As an example, denialism of soft sciences, denial of philosophy, denial of spiritual sciences, denial of metaphysics, denial of extraphysics, denial of the limits of science, denial of the benefits of religion and spirituality, denial of life after death, denial of relativism, denialism of postmodernism, denial of criticism of science, denial of criticism of atheism... And the term "denial of science" is quite relative and subjective, because what is defined as "denying" "science"? It is quite relative and subjective, as it can be used to attack criticism of science, the scientific method, and ideas that science is limited and ideas that there are areas outside the boundaries of science. Also, there is a difference between denying vaccines and "denying" the narratives of militant scientism, scientific fanaticism, scientific fundamentalism, scientific totalitarianism, scientific extremism, neopositivism, psychoatheism and neuroatheism about reality and the world as a whole. ; and the two cannot be confused.
Guilherme Monteiro Jr.
Anônimo16 de dezembro de 2021 17:06
ResponderExcluirE sobre não "acreditar" em ciência, existe uma diferença entre você não acreditar em coisas que estão dentro do domínio das ciências naturais e coisas que estão fora do domínio das ciências naturais, exemplo, tudo bem em não acreditar nas narrativas/interpretações que o psicoateísmo e o neuroateísmo oferecem a religião e espiritualidade, assim como as interpretações "científicas" de coisas espirituais, religiosas e filosóficas. Não acreditar nas narrativas/interpretações do cientificismo, positivismo, neoateísmo, materialismo, racionalismo etc é diferente de não acreditar em ciência. E sem contar que o termo "ciência" como é usado se refere apenas as "ciências duras", e existem tanto as ciências suaves quanto as ciências espirituais, e também pessoas que acreditam 100% nas ciências duras costumam não acreditar e ainda negar as ciencias suaves e as ciências esprituais. Então é algo bem mais complicado do que aparenta ser, e infelizmente, a maioria das pessoas não conseguem ver isso...
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Anônimo8 de fevereiro de 2022 13:48
Concordo com você, camarada, existe uma diferença bem grande entre não acreditar que a Terra é redonda/globo/geoide ou não acreditar que as vacinas funcionam para não acreditar nas narrativas do psicoateísmo/neuroateísmo/neopositivismo sobre religião, espiritualidade, esoterismo e metafísica ou não acreditar/seguir o neopositivismo, ateísmo militante, cientificismo militante, ceticismo militante (ceticismo científico) e ser um crítico da ciência, do ateísmo, do cientificismo, do antiteísmo e do ceticismo. São coisas bem diferentes, e isso me deixa bem irritado e nervoso grande parte das vezes, pois chega a ser absurdo e até mesmo charlatanismo isso que fazem. Esses neopositivistas e fanáticos ateus são um problema e estão por toda a parte na Internet, e é de suma importância o combate aos mesmos. Pois como eu disse em outros comentários, em artigos no meu blog e no Quozio (archive-today e wayback machine), evidências científicas, comprovação científica e status científico não provam nem dizem nada, apenas que x se correlaciona com y. Só isso, e custa as pessoas entenderem isso hoje em dia. A crítica à ciência e a crítica ao ateísmo são bem necessárias hoje em dia, principalmente nesse mundo de neopositivismo, ateísmo militante, ceticismo militante e cientificismo militante.
I agree with you, comrade, there is a big difference between not believing that the Earth is round/globe/geoid or not believing that vaccines work in order not to believe the psychoatheism/neuroatheism/neopositivism narratives about religion, spirituality, esotericism and metaphysics or not believe/follow neopositivism, militant atheism, militant scientism, militant skepticism (scientific skepticism) and be a critic of science, atheism, scientism, antitheism and skepticism. They are very different things, and this makes me very angry and nervous most of the time, because what they do is absurd and even quackery. These neopositivists and fanatical atheists are a problem and they are everywhere on the Internet, and it is of paramount importance to combat them. Because as I said in other comments, in articles on my blog and in Quozio (archive-today and wayback machine), scientific evidence, scientific proof and scientific status do not prove or say anything, only that x correlates with y. That's all, and it's hard for people to understand that these days. The critique of science and the critique of atheism are very necessary nowadays, especially in this world of neopositivism, militant atheism, militant skepticism and militant scientism.
Guilherme Monteiro Jr.
Anônimo13 de fevereiro de 2022 11:10
ResponderExcluirAnticientificismo Crítico
O anticientificismo crítico, as vezes, anticiência crítica, é uma forma de anticientificismo, de anticiência e de crítica ao cientificismo e à ciência, que busca unir as noções do anticientificismo e da anticiência com a crítica à ciência e de crítica ao cientificismo. Onde que considera válida as críticas à ciência e ao cientificismo e as encorajando e as promovendo, principamente as críticas mais duras, assim como permitindo que as pessoas tenham a liberdade de serem contrárias a ciência e ao cientificismo, desde que tenham uma base filosófica e epistemológica para o mesmo. O anticientificismo crítico surge como forma de combater o negacionismo de ciências suaves, o negacionismo de ciências espirituais, o negacionismo de ciências pós-empíricas, e o negacionismo de doenças mentais; também considerando as noções de negacionismo, de pseudociência, de delírio e de besteira como sendo relativas e subjetivas. O anticientificismo crítico também defende a crítica e o combate ao ateísmo militante, ao antiteísmo, ao fanatismo ateu, ao extremismo ateu, ao cientificismo, ao cientificismo militante, ao fanatismo científico, ao extremismo científico, ao materialismo cientificista, ao neopositivismo, ao ceticismo militante, ao ceticismo científico, ao humanismo secular, ao antimentalismo, e ao neopositivismo.
A ciência está tomada pelo neopositivismo, pelo fanatismo ateu, e pelo fanatismo científico, o que justificaria o anticientificismo crítico de Guilherme Monteiro Junior, que tem mais como objetivo a crítica da ciência e ao cientificismo em si do que a negação da ciência e do método científico.
Anônimo10 de fevereiro de 2022 20:51
ResponderExcluirTudo bem ser anticiência, é a opção da pessoa, assim como ser anticiência pode ser algo bom, pois leva o surgimento da crítica à ciência e do combate ao cientificismo (principalmente ao cientificismo militante e o fanatismo científico), o ateísmo militante, o antiteísmo, o neopositivismo e ao materialismo cientificista em si. Além de possibilitar o surgimento de novas bases epistemológicas e filosóficas como um todo e permitir o pluralismo epistemológico e o pluralismo filosófico; o mesmo para o negacionismo em si. Sem contar que várias pessoas que demonizam a "anticiência" e o "negacionismo científico", defendem o negacionismo de doenças mentais (como no caso de Luciano Lobato e Lucy Johnstone), o negacionismo das ciências espirituais (como Bibi Bailas, Daniel Foschetti Gontijo, João Julio Cerqueira, Carlos Orsi e Natalia Pasternak), além do negacionismo das ciências suaves (como Bill Nye, Richard Dawkins e o próprio Stephen Hawking, além de vários usuários do Quora, YouTube e Facebook). Logo, vemos que negacionismo e anticiência são coisas bem relativas e subjetivas, e a questão é saber quando e como ser anticiência e negacionista e quando não ser.
It's ok to be anti-science, it's the person's option, just as being anti-science can be a good thing, as it leads to the emergence of criticism of science and the fight against scientism (mainly militant scientism and scientific fanaticism), militant atheism, anti-theism , neopositivism and scientific materialism itself. In addition to enabling the emergence of new epistemological and philosophical bases as a whole and allowing epistemological pluralism and philosophical pluralism; the same for denialism itself. Not to mention that several people who demonize "anti-science" and "scientific denialism", defend the denial of mental illness (as in the case of Luciano Lobato and Lucy Johnstone), the denial of the spiritual sciences (such as Bibi Bailas, Daniel Foschetti Gontijo, João Julio Cerqueira, Carlos Orsi and Natalia Pasternak), in addition to the denialism of the soft sciences (such as Bill Nye, Richard Dawkins and Stephen Hawking himself, as well as several Quora, YouTube and Facebook users). Therefore, we see that denialism and antiscience are very relative and subjective things, and the question is knowing when and how to be antiscience and denialist and when not to be.
Guilherme Monteiro Jr.
Anônimo13 de fevereiro de 2022 11:22
ResponderExcluirA dita ciência "baseada em evidências" é apenas uma das formas da burguesia mundial e dos neopositivistas de promoverem o que eles defendem e as pautas deles para fins aristocráticos e de forma a ser totalmente aceitos, onde qualquer questionamento ou crítica é instantaneamente chamado de "negacionismo", "anticiência", "besteira", "delírio", "irracional", "obscurantismo" e "terraplanismo", o mesmo para quaisquer outras coisas com o adjetivo "baseado em evidências" na maioria dos casos, onde só evidências "científicas" e "objetivas" são válidas, como se fossem as únicas evidências que existissem, e onde que vão fazer de tudo para convencer as pessoas do que eles acreditam, seja-as ignorando por completo ou envolvendo elas em discussões longas e infinitas que nunca vão levar a lugar nenhum... É isso que o cientificismo e o neopositivismo fazem com a sociedade, e o pior é ver gente dita de esquerda radical e de esquerda revolucionária defendendo isso cientificismo e neopositivismo...
The so-called "evidence-based" science is just one of the ways of the world bourgeoisie and neopositivists to promote what they defend and their agendas for aristocratic ends and in order to be fully accepted, where any questioning or criticism is instantly called " denialism", "anti-science", "bullshit", "delusion", "irrational", "obscurantism" and "flat-earthism", the same for anything else with the adjective "evidence-based" in most cases, where only evidence " scientific" and "objective" are valid, as if they were the only evidence there is, and where they will do everything to convince people of what they believe, either by ignoring them completely or by involving them in long and endless discussions that never will lead nowhere... This is what scientism and neopositivism do to society, and the worst thing is to see people called radical left and revolutionary left defending that scientism and neopositivism...
Anônimo13 de fevereiro de 2022 11:22
ResponderExcluirO neopositivismo conseguiu absolutizar, limitar, restringir, aristocratizar e burocratizar tanto as coisas que qualquer ideia empreendedora ou tecnológica ou de ponta que seja relacionada a ciência e que ainda não foi desenvolvida, testada ou que ainda está no papel é chamada de "pseudocientífica" independentemente de quão prática e possível seja ela, a menos que você seja um grande aristocrata e/ou um milionário/bilionário para colocar ela em prática. Estamos vivendo tempos sombrios com o neopositivismo, se o pós-modernismo é "ruim", então podemos dizer que o neopositivismo é dez mil vezes ruim e prejudicial que o neopositivismo, pois além de não podermos ter ideias novas, também não podemos sequer questionar a ciência, o cientificismo, o ateísmo, o materialismo, o secularismo e o neopositivismo em si, que já somos chamados de "negacionistas científicos" e de "anticiência. Espero que um dia essa situação catastrófica passe e que possamos voltar a viver em um mundo onde o neopositivismo não é mais hegemônico, não duvido nada que já tenha neopositivistas chamando países de "delirantes" e falando que não existem "evidências" para países e que devemos impor um imperialismo globalista do pior nível que consegue ser pior que todos os estereótipos do globalismo unidos em uma coisa só.
Neopositivism has succeeded in absolutizing, limiting, restricting, aristocratizing, and bureaucratizing things so much that any entrepreneurial or technological or cutting-edge idea that is related to science and that has not yet been developed, tested, or is still on paper is called "pseudoscientific" regardless. of how practical and possible it is, unless you are a great aristocrat and/or a millionaire/billionaire to put it into practice. We are living in dark times with neopositivism, if postmodernism is "bad", then we can say that neopositivism is ten thousand times bad and harmful than neopositivism, because in addition to not being able to have new ideas, we cannot even question the science, scientism, atheism, materialism, secularism and neopositivism itself, which we are already called "scientific denialists" and "anti-science. I hope that one day this catastrophic situation will pass and that we can go back to living in a world where neopositivism is no longer hegemonic, I have no doubt that neopositivists already call countries "delusional" and say that there is no "evidence" for countries and that we must impose globalist imperialism of the worst level that manages to be worse than all the stereotypes of globalism united in one thing.