A POESIA SOBE AO PALCO
Alex Camboim Maia
Aqui onde vivemos sempre fomos tratados pelos "detentores do poder", como sendo apenas mercadoria barata.
Imagino que infelizmente no dia 4 de outubro teremos que escolher qual veneno primeiro nos mata.
Somos colocados de lado eternamente como se fossemos ignorantes ou primatas.
Somos apenas produtos sem valor, onde não adianta choro, tragédia ou popular clamor.
Injustos fazem as leis, bem na nossa vez.
E o que resta para vocês?
Hoje vi mais um homem e uma mulher sem ter o que comer, indo atrás de comida em latas.
Enquanto isso, mais um resto de alimento alguém cata.
Nem falarei da gasolina e seu infame aumento neste momento.
Tragicômico é o nosso cotidiano.
Há ainda assim quem "passe pano" para toda a desgraça que nos cerca.
Enquanto isso a inflação, o bolso dos menos abastados aperta.
Quem lucra com a crise e com o caos?
Há quem interessa tantos atos egoístas, egocêntricos e maus?
Por que a classe política tem tanta esperteza e ligeireza para obter dinheiro do povo;
Mas para resolver os problemas dos mais pobres de forma totalitária nunca tem destreza?
Por que em meio a tanta destruição não conseguimos ver esperança e beleza?
Victor Hugo no livro os miseráveis fez críticas sociais a época que houve o período da Insurreição Democrática.
Me pergunto se o mesmo tivesse vindo para o Brasil, enxergaria aqui a representatividade do povo através da república e sua dita democracia?
A fome, a desigualdade social, a violência, a ausência dos direitos essenciais aqui é sempre estática e geográfica.
Segundo o autor Victor Hugo a sociedade de Paris é descrita em seu livro com seus personagens e pessoas pobres e miseráveis.
Pois bem Victor Hugo, se estivesse aqui no Brasil você com certeza iria chorar.
Você conseguiria ver nossos problemas e os solucionar?
Aqui, no momento atual e sempre me parece que estamos apenas escolhendo o que primeiro "irá nos matar".
Se opor a burguesia aqui, é algum tipo de "heresia"?
Alex Camboim Maia
Sou pobre, confesso,
Sou pobre, até por opção,
Opto, não pela pobreza,
Opto mesmo é pela riqueza.
O riqueza, pela qual opto,
Não é pela riqueza de bens,
Não opto apenas quela riqueza do bem,
Opto inclusive pela riqueza da ética.
Quando opto pela pobreza,
Opto na verdade pobreza ciente,
Um cliente cientista,
Cientista de um ciência que não domino.
Sou cliente e consciente do limite da produção.
O planeta Terra não produz,
Riqueza para que todos sejam ricos.
Não clamo pela pobreza com princípio,
Defendo a pobreza como consequência,
Consequências, consequência da produção.
Prefiro integrar a todos,
Dentro da perspectiva da ética,
Dentro da ética ver toda mesa com pão.
Prefiro integrar a todos,
Dentro da perspectiva da ética,
Dentro da perspectiva da ética,
Permitir a liberdade da ideia,
Ideia que não limite o pão.
Quero um país para todos.
Um país onde nunca se roube,
Nem mesmo roubando o pão,
(Legalmente pagando menos),
Pela mão que elabora o pão.
Anesino Sandice
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