A VITÓRIA
No dia de hoje, 8 de maio, em 1945, comemorava-se a vitória da luta contra o Nazifascismo.
Nos países aliados, o povo nas ruas comemorava a vitória fazendo com os dedos o V de Vitória.
Gritos de júbilo, risos e lágrimas de emoção pela vitória contra os maiores monstros que ameaçaram a humanidade.
Na Rússia, a população tomava as ruas aos gritos e sinais da vitória.
Dado o fuzo horário, o calendário registrava o dia 9 de maio.
A Rússia soviética, foi o país que enfrentou a maior violência da besta nazista, perdendo 22 milhões de combatentes e mais de 30 milhões de civis.
Ao partir para a agressão à Rússia Soviética, ao que ele chamava de bolchevismo judaico ou judaico bolchevismo, o Führer extrapolou.
Adolf Hitler baixou uma diretriz, a ordem dos comissários, que decretava aquela como uma guerra de extermínio.
Todos os comissários políticos deveriam ser fuzilados após serem capturados.
A população deveria ser tratada como inimiga. E os soldados alemães tinham liberdade total para fazer o que bem quisessem e entendessem com as pessoas nas áreas ocupadas.
O marechal de campo Wilhelm Keitel era o comandante supremo do exército nazista invasor e cumpriu com rigor redobrado as ordens do seu Führer, Adolf Hitler.
O todo poderoso marechal de campo nazista agia assim a partir da Operação Barbarossa, invasão da Rússia Soviética, em 22 de junho de 1941.
Mas 4 anos depois, em 8 de maio de 1945, com Berlim submetida ao cerco do Exército Vermelho, Keitel assina a rendição do Exército nazista ao vitorioso general George Zhukov.
Julgado pelo Tribunal de Nuremberg, Keitel foi condenado e enforcado na noite de 16 de outubro de 1946.
Alemanha nazista foi derrotada, terminou a guerra sob escombros. Mas o nazismo não morreu, não foi derrotado, destruído.
O capitalismo precisava e precisa da guerra para sua sobrevivência. Já que ela, a guerra, é o melhor negócio do mundo! Absurdo mas verdadeiro!
Menos de dois meses após o lançamento das duas bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, preparava-se a Guerra Fria.
Um grupo de generais norte americanos deu inicio às tratativas para a criação do que viria a ser a Terceira Guerra Mundial, Guerra Fria.
Com este fim, criaram uma instituição com muito dinheiro, bilhões e bilhões de dólares. E que tinha tudo para dar certo, e deu!
RAND Corporation é o nome de batismo daquela instituição que estuda a guerra, prepara a guerra e desencadeia a guerra, quando oportuno.
O grande mal, o maior de todos os males, passou a ser o comunismo e não mais o nazismo. O nazismo voltou a ser um grande aliado.
O expoente máximo do anticomunismo ficou sento o general norte americano Curtis LeMay. Diz-se dele: “Mal-humorado, agressivo, exigente e, na opinião de muitos, demente.”
LeMay era o mais frio dos generais da Guerra Fria. Com o seu andar de buldogue e charuto no canto da boca, advogava um ataque de surpresa a qualquer inimigo dos Estados Unidos. Quase sempre a Rússia Soviética!
A RAND, um laboratório de ideias, ou think tank em inglês, contratou, cooptou e recrutou os maiores cérebros, engenheiros, cientistas, militares e pesquisadores para compor os seus quadros.
O anticomunismo passou de ideologia capitalista a credo religioso.
Nos Estados Unidos o macarthismo foi caracterizado pela intensa repressão e perseguição política.
Baseando-se em métodos de censura e difamação pela prática de acusações de traição ou subversão, publicadas sem evidências, mas com grande impacto negativo na vida dos denunciados.
A denominação tem sua origem no expoente máximo da "caça as bruxas", o senador republicano Joseph McCarthy, autor de projetos de lei anticomunistas e orador enfurecido no Congresso.
Com o desenrolar da Guerra Fria, o anticomunismo se espalhou pelo mundo afora. Com dezenas de golpes de estado e ditaduras militares.
Até a velha Grécia, pátria-mãe da democracia, foi abatida pelas botas dos coronéis gregos.
Na América Latina, as ditaduras militares contam-se como as mais cruéis e truculentas do planeta.
No Brasil não foi diferente.
Mas o que mais nos assusta é a volta da boçalidade nazifascista através das eleições de 2018, inacreditável!
Defendendo a ditadura militar e as torturas, implantou em Brasília uma cavalocracia!
E os generais, seus companheiros de aventuras, parecem crer que a FEB, Força Expedicionária Brasileira, foi à Itália lutar em defesa do fascismo de Benito Mussoline e de Adolf Hitler.
E. Precílio Cavalcante
Pesquisador da História militar.
Rio de Janeiro, 8 de maio de 2023.
Gloria Eterna a todos aqueles que morreram no combate ao nazifascismo, em qualquer tempo e em qualquer lugar do mundo!
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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho