quinta-feira, 22 de junho de 2023

O EXÉRCITO E O GOLPISMO * E. Precílio Cavalcante - RJ

O EXÉRCITO E O GOLPISMO 
(Posto isso, passou da hora de proibir, por lei, que militares da ativa participem de partidos políticos, de se candidatarem ao executivo e Legislativo e de assumirem qualquer escalão da administração pública não militar.)
*

 O Exército brasileiro não pode e não deve ser responsabilizado pelos golpes e badernas provocados por uma minoria de generais e coronéis indisciplinados.

Falo como militar que conhece muito bem o quartel, a caserna.   

 Uma facção de desordeiros fardados que age e atua como um “partido fardado”.  

Esta facção do Exército, este “partido fardado”, envenena todo o resto da tropa. 

Não obedecem à disciplina militar nem à hierarquia, princípios sagrados a qualquer corporação armada!

 Desobedecem à Constituição e ao Estatuto dos Militares. Esquecem até o juramento à bandeira a que todos os militares brasileiros são obrigados. 

Não se comportam como um partido qualquer, mas como um superpoderoso partido que, de armas em punho e dedo no gatilho, exige obediência dos poderes Legislativo e Judiciário. 

Tentam transformar o país em um grande quartel. 

 Julgam-se intocáveis, seres superiores, acima do bem e do mal, imunes a quaisquer reparos ou críticas. Quase semideuses! 

Como se tocados pela sabedoria de Minerva julgam as suas escolhas e concepções  políticas  e sociais como sendo as únicas certas e verdadeiras.

 E que devem ser aceitas pelo povo. Ou pelos eleitores, no caso da política partidária. 

Nunca se conformaram nem se conformam com a vitória de uma oposição democrática e popular que atenda aos anseios do povo. Conspiram contra a liberdade, a ordem e a democracia.

 "Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara", afirmou Lawand Junior em um áudio a Cid, em 1º de dezembro de 2022.

Os conspiradores devem ser presos e julgados.

 E com toda certeza não serão torturados! 

A tortura que o chefão sempre defendeu! 

 No Exército há centenas de oficiais jovens: capitães, majores e coronéis precisando ser promovidos e alcançarem o generalato.

 Assim o Brasil terá um Exército de oficiais jovens.

 E mandar para a compulsória ou expulsar os golpistas e implantar a ordem nos quartéis. 

Este “partido fardado” é um câncer que deve ser extirpado, com urgência, para evitar o colapso do Exército e a sua substituição por milícias, ao gosto do chefe nacional. 

O “Deus, pátria e família”, da AIB, Ação Integralista Brasileira, de Plínio Salgado, o fascismo brasileiro, não vencerá. 

O Exército brasileiro não é constituído por fascistas. Não e não! 

Estou falando como militar que sabe o que está dizendo, quero repetir!

 O que o atual ministro da defesa está propondo é um Exército de intendentes ricos e orçamento manipulado para beneficiar os fornecedores e resolver a crise atual.

 Isto não resolve e não convém, em absoluto! 

Esta é a solução proposta pelo atual ministro da defesa, que entende tanto de forças armadas quanto o general Pazuello entende de medicina, nada!

 O Presidente Lula precisa de uma assessoria para questões militares séria, competente e confiável. 

E não há ninguém melhor do que o atual comandante do Exército, general Miguel Ribeiro Paiva.


Abaixo o nazifascismo e viva a liberdade!


E. Precílio Cavalcante, capitão de mar e guerra ref. do Corpo de Fuzileiros Navais.

E pesquisador da História militar. Rio de Janeiro, 18 de junho de 2023.


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