É PRECISO ENFRENTAR OS TRAIDORES DO BRASIL QUE SE DISFARÇAM DE VERDE E AMARELO
O patriotismo da extrema-direita é mentiroso. Sua base social são as facções mais reacionárias da burguesia brasileira e das camadas médias, majoritariamente brancas. Ambos têm ódio do Brasil e do seu povo. O país, para eles, não passa de um ativo a ser espoliado em negócios escusos associado ao capital financeiro para lhes garantir uma vida luxuosa. Para eles, o povo não passa de carne barata a ser explorada e “gasta” com sobrecarga de trabalho, baixos salários e sem acesso a direitos básicos e serviços públicos decentes. Essa bandalha disfarça sua política entreguista e anti-povo com o uso do verde e amarelo.
O patriotismo eles é uma caricatura artificial e desonesta. Não se importam em entregar as riquezas do país ao capital estrangeiro. Muito menos se indignam com as condições precárias em que vive a maioria do povo. E agora, para defender os interesses restritos, querem recolocar Bolsonaro na eleição presidencial de 2026. Para isso, tramaram com o governo Trump um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, caso Bolsonaro não seja anistiado. Também apontam como condição para o fim do tarifaço o fim do Pix e a entrega de nossas reservas de minerais raros.
A guerra de Trump e da família Bolsonaro contra o Brasil não tem motivação comercial. Os Estados
Unidos são uma potência imperialista em decadência. O ataque tem motivação geopolítica e o alvo são os BRICS. E o Brasil é peça-chave nessa disputa. Por isso Trump quer salvar Bolsonaro, já que teria um candidato completamente alinhado aos interesses imperialistas, pois declarou em fevereiro que caso possa ser candidato a presidente em 2026, e seja eleito, vai tirar o Brasil dos BRICS e permitir a instalação de bases militares gringas em território brasileiro.
O atual cenário é muito perigoso para a soberania brasileira e para a luta de classe em nosso país. Talvez em nenhum outro país dos BRICS o imperialismo encontre tão grande apoio interno das classes dominantes, das camadas médias e em certos ramos do aparelho de Estado, como as Forças Armadas. Para termos uma ideia dessa subserviência, mesmo com a soberania do país sob ataque de Trump, as forças armadas brasileiras anunciaram a manutenção de todos os acordos, compra de equipamentos e parcerias com as forças armadas estadunidenses. Inclusive de exercícios militares conjuntos com tropas dos Estados Unidos previsto para acontecer no final deste ano em Pernambuco.
Não se pode contar com essa gente para defender o Brasil da guerra híbrida que Trump e a escumalha bolsonarista trama contra nosso país. Como já fizeram em outros momentos da história brasileira, recorrem a ajuda estadunidense
para ganhar apoio nos conflitos internos. O preço pago é a venda da soberania nacional e a submissão do Brasil aos interesses imperialistas.
Por isso, Lula precisa urgentemente convocar o povo à luta. Precisa usar a cadeia nacional de rádio e tevê para politizar as causas desse conflito, expor o que está em jogo nesse tarifaço, denunciar as maquinações dos traidores do Brasil que apoiam Trump e indicar a necessidade de resistirmos. Só o povo trabalhador mobilizado pode derrotar os entreguistas internos e as pretensões intervencionistas do imperialismo.
O que está em disputa não é apenas o quanto seremos taxados. O que está em causa é se nós, a massa trabalhadora que sustenta esse país, aceitaremos sem resistir que a classe dominante brasileira empurre o país para a condição de serviçal dos interesses estadunidenses. Tal luta pela garantia da soberania nacional tem enorme potencial de unificar a massa trabalhadora brasileira em todos os seus segmentos e estratos. Para isso, além de encarar as pretensões imperiais de Trump, devemos denunciar os vende-pátrias que buscam disfarçar sua covardia e subserviência vestindo verde e amarelo e arrotando patriotismo de araque.
Viva a unidade do povo trabalhador brasileiro!
Abaixo os vende pátria! Fora imperialismo!
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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho