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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Escrachando o fascismo * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT-BR

 ESCRACHANDO O FASCISMO

TEXTO DE BERTOLT BRECHT

Brecht: Como poderá alguém dizer a verdade sobre o fascismo ao qual é contrário, sem querer falar do capitalismo que o produz? Que aspecto prático poderá ter esta “verdade”? Os que são contra o fascismo, sem tomar posição contra o capitalismo, os que lastimam a barbárie como resultado da barbárie, parecem pessoas que querem comer sua porção de vitela sem abatê-la. Querem comer a vitela mas não querem ver o sangue. Contentam-se em saber que o açougueiro lava as mãos antes de trazer a carne. Não são contra as relações de propriedade que produzem a barbárie. São apenas contra a barbárie. Levantam a voz contra ela e fazem isso em países onde existem perniciosas relações de propriedade, mas onde os açougueiros ainda costumam lavar as mãos antes de servir a carne.
(Trecho extraído do panfleto político escrito por Bertolt Brecth em 1934, em plena Alemanha hitlerista)

As organizações nazistas no Brasil nunca foram investigadas.

Monark e Kataguiri são pintos no lixo.  

O desenrolar do novelo das fake deve chega nas células nazistas. 

A Polícia Federal já tem um grande volume de informações das chamadas milícias digitais, aquelas que atacaram o STF e as urnas eletrônicas.

O Brasil teve o maior partido nazista do mundo, fora da Alemanha nas décadas de 1920 a 1930. 

Trazidos pela migração alemã, ainda nas décadas de 20/30, se concentraram nos estados do Sul: RS, SC, PR, SP.

No período da ditadura tiveram até jornal circulando, clandestinamente.

Em 1978, bancas de revista foram incendiadas em Brasília e em outras cidades, do país.

Em Brasília circulava um capitão da Marinha, chamado Nei Mohn, conhecido ex-integrante do Centro de Informações da Marinha (CENIMAR), que era nazista confesso. Não escondia.

Ele tinha uma casa em Sobradinho onde, numa batida policial, foi descoberto um arsenal de armas, suástica, bandeira e livros nazistas. A imprensa da época deu matérias.

Ele foi apontado por vários jornais e revistas de comandar atentados, não só em Brasília, mas em outros estados. 

As células nazistas continuam em atividade, seduzindo principalmente jovens, com discurso de ódio nas redes sociais. 

Laurez Cerqueira do FB

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O QUE É FASCISMO

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A IMPERCORRÍVEL DISTÂNCIA ENTRE O FEICHE, "FASCISMO" E O COMUM, "COMUNISMO"!

Quando mudamos para o alto da Brasilândia, não tínhamos fogão a gás, nem o caminhão de entregas chegava aqui, cozinhávamos em fogão de lenha, assim todos os dias íamos ao mato buscar um feiche de lenha, para fazer fogo, qual minha mãe, ou irmã mais velha, ficava por quatro horas, de plantão, até o feijão cozinhar.

O feiche, amarrado com um pedaço de pano, ou a própria camisa, facilitava o manejo, "domínio", mas em casa o feiche, era desfeito, para a quebra e queima. É exatamente esta a simbologia par trás do fascismo. Primeiro se junta o que julga diferente de si, (etnias, opções sexuais, religiosas, o próprio sexo, não homem branco e rico, cultura, etc...", depois dentro de cada um dos grupos, os indivíduos são separados para a quebra individual. Situação radicalmente oposta ao que é comunismo, que vem da palavra comum.

Se novo nazi-fascismo, a segregação é o tom da organização, no comunismo a organização é o tom da organização e, é justamente esta organização que faz o homem branco e rico temer o comunismo, e faz com que ele sempre que se imagina ameaçado, recorrer ao fascismo, para afastar a ameaça que muitas vezes, só a certeza que este homem branco e rico tem, já que sua riqueza é fruto da exploração do trabalho dos outros.

Se o medo do comunismo endossa a ação do homem branco e rico, porque a mulher, mesmo a rica, esta, "acomodada nas benéfices sociais" as demais mulheres ou integrantes das classes intermediárias ou mesmo dos excluídos defendem tal absurda ideologia, o sequestro dos patrões culturais, principalmente o religioso.

Com este "sequestro cultural", o inquilino de um barraco na favela, ou o empregado de um pequeno comércio, a anti-comunista, para defender a propriedade do senhorio, ainda que este seja claramente um explorador" mas o pequeno comércio, não faz parte do objetivo do comunismo, por não fazer parte da grande propriedade.

Enquanto o nazi-fascismo, segrega os excluídos para beneficiar os privilegiados, o comunismo torna todos comuns.

Adão Alves dos Santos/SP

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Negros, as vítimas esquecidas da Alemanha nazista

"A história dos afro-alemães aprisionados em campos de concentração e usados como cobaias por Hitler. Estima-se que 2 mil deles viviam no país durante o período – mas, das 75 mil pedras em memória às vítimas, apenas quatro são de pessoas negras"
Os negros são as vítimas esquecidas da Alemanha nazista, diz Marianne Bechhaus-Gerst, professora de Estudos Africanos na Universidade de Colônia. A perseguição deles sob os nazistas definitivamente “não é enfatizada o suficiente”, acrescenta.
É difícil estimar quantos negros viviam na Alemanha quando os nazistas tomaram o poder, em 1933. Embora alguns fossem originários do efêmero império colonial alemão na África (1884-1919), tratava-se, na verdade, de “uma população muito diversa e ainda assim consideravelmente móvel”, diz Robbie Aitken, professor da Sheffield Hallam University, na Inglaterra, e especializado em história da Alemanha negra
.”


PROVOCAÇÃO COMO TÁTICA

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ANTIVACINA A SERVIÇO DO FASCISMO


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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

ACEITA SER MANIPULADO: TENHA ÓDIO DE POLÍTICA! * FREI BETO / SP

 ACEITA SER MANIPULADO: TENHA ÓDIO DE POLÍTICA!

 

Frei Betto / SP


       Há uma tradicional maneira de caçar ratos: basta colocar um pedaço de queijo dentro de uma armadilha. O roedor sente o cheiro da iguaria e, ágil, corre para devorá-la. Ao se aproximar, comete um erro involuntário que lhe custa a vida: pisa no mecanismo que fecha, automaticamente, a ratoeira, aprisionando-o.

       É o que faz o populismo de direita para neutralizar potenciais adeptos das teses progressistas. Apregoa o ódio à política. Alardeia que todos os políticos são corruptos! (Inclusive seus adeptos...). Substitui as pautas sociais pela de costumes. Reforça o moralismo farisaico. Assim, convence muitas pessoas a ter aversão à política.

       Quem tem ódio da política é governado por quem não tem. E tudo que os maus políticos querem é que tenhamos bastante nojo da política para, então, dar a eles carta branca para fazerem o que bem entenderem. O que mais temem é que participemos da política para impedir que seja manipulada por eles.

       Não existe neutralidade política. Existe a doce ilusão de que podemos ignorar a política, abdicar do voto e ficar recolhido ao nosso comodismo. Ao agir desta forma, nos tornamos o rato que come tranquilamente o saboroso queijo, sem ainda se dar conta de que perdeu a liberdade e, provavelmente, a vida.

       Ninguém escapa dos dois únicos modos de fazer política: por omissão ou participação. Ao ficar alheio à conjuntura política, ignorar o noticiário, evitar conversas sobre o tema e nos abster nas eleições, assinamos um cheque em branco à política vigente. A omissão é uma forma de adesão à política e aos políticos que, no momento, dirigem a política do país no qual vivemos. 

       O outro modo é a participação, que tem duas faces: a dos que apoiam a política vigente e a dos atuam para mudá-la e implantar um novo projeto político.

       As forças políticas de direita, que naturalizam a desigualdade social, acusam muitos políticos de corruptos (às vezes, com razão!). Mas não propõem ignorarmos a política. Propõem substituir os políticos por empresários, dentro da lógica capitalista de privatização do espaço público e do Estado. Foi o caso do governo fracassado de Macri, na Argentina, e de muitos outros exemplos mundo afora.

 

Em tudo há política

       

       A política não é tudo, mas em tudo há política. Desde a qualidade do café que tomamos todas as manhãs até as condições humanas (ou desumanas) de nossas moradias. Tudo na vida de cada um de nós depende da política vigente no país: a qualidade de nossa educação escolar, o atendimento à saúde, a possibilidade de emprego, as condições de saneamento, transporte, segurança, cultura e lazer. Não há nenhuma esfera humana alheia à política. Inclusive a natureza depende dela – se as florestas são ou não preservadas, se as águas são ou não contaminadas, se os alimentos são orgânicos ou transgênicos, se os interesses do capital provocam ou não desmatamentos e desequilíbrio ambiental. A qualidade do ar que respiramos depende da política vigente. 

       Um dos recursos que a direita utiliza para dominar a política é a manipulação da religião, em especial no continente americano, onde a cultura está impregnada de religiosidade. A modernidade logrou estabelecer uma saudável distinção entre as esferas política e religiosa. Isso após longos séculos de dominação da política pela religião. Hoje, em princípio, o Estado é laico e, na sociedade, a diversidade religiosa é respeitada e tem seus direitos assegurados, tanto no âmbito privado (crer ou não crer), quanto no público (manifestação de culto).

       Atualmente, os religiosos fundamentalistas querem confessionalizar a política. Usar e abusar do nome de Deus para enganar os incautos. Ora, nem a política deve ser confessionalizada, pois tem que estar a serviço de crentes e não crentes, nem a religião deve ser partidarizada. A Igreja, por exemplo, deve acolher todos os fieis que comungam a mesma fé e, no entanto, votam em candidatos de diferentes partidos políticos.

       Isso não significa que a religião é apolítica. Não há nada nem ninguém apolítico. Uma religião que acata a política vigente está, de fato, legitimando-a. Toda religião tem como princípio básico defender o dom maior de Deus – a vida, tanto dos seres humanos quanto da natureza. Se um governo promove devastação ambiental ou privilegia os ricos e exclui os pobres, é dever de toda religião criticar este governo. Sem pretender ocupar o espaço dos partidos políticos, como, por exemplo, apresentar um projeto de preservação ambiental ou de reforma econômica. Em sua missão profética, cabe às confissões religiosas abrir os olhos da população para as implicações éticas da política deletéria do governo. 

       No caso dos cristãos, entre os quais me incluo, é sempre bom frisar que somos discípulos de um prisioneiro político, Jesus de Nazaré. Ele não morreu de acidente nas escadarias do Templo de Jerusalém, nem de doença na cama. Foi perseguido, preso, torturado, julgado por dois poderes políticos e condenado a morrer assassinado na cruz. Foi considerado subversivo por defender os direitos dos pobres e ousar, dentro do reino de César, propor outro reino, o de Deus, que consiste em um novo projeto civilizatório baseado no amor (nas relações pessoais) e na partilha dos bens da Terra e dos frutos do trabalho humano (nas relações sociais).

       Portanto, não há como alguém escapar da política. Estamos todos imersos nela. Se a política que predomina hoje em nosso país e no mundo não nos agrada, busquemos meios para alterá-la. A realidade atual de nosso país e do mundo resulta da política adotada nas décadas precedentes. Cabe a cada um de nós se decidir: acatar ou transformar? 

       Um dos exemplos mais curiosos de que tudo tem a ver com a política é este: o último mês do ano é dezembro, que equivale ao numeral dez. Antes dele, novembro, nove. Atrás, outubro, oito. Precedido por setembro, sete.  E quantos meses tem o ano? Doze! 

       Eis a política: na Roma antiga o ano compreendia 304 dias e tinha 10 meses: martius, aprilis, maius, junius, quintilis, sextilis, september, october, november e december. Mais tarde foram acrescidos os meses de janus e februarius.

       Para homenagear os césares, o senado romano mudou os nomes de quintilis para julho, em honra do imperador Júlio César, e sextilis para agosto, em honra de César Augusto.  Como havia a alternância de 31/30 nos dias de cada mês, não era admissível que o mês de Augusto tivesse um dia a menos que o de Júlio. Assim, arrancou-se um dia de fevereiro. Julho e agosto são os únicos dois meses do ano que se sucedem com 31 dias cada um. 

       Podemos não saber que a política está em tudo, mas está. Porque o ser humano não inventou, e acredito que nem inventará, outra maneira de organizar a sua convivência social a não ser através da política.

 

Frei Betto é escritor, autor de "A mosca azul" (Rocco), entre outros livros. Livraria virtual: freibetto.org 

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Bertolt Brecht 123º aniversário * FRT

 BERTOLT BRECHT 

RECORDANDO A UN POETA REVOLUCIONARIO  ANTIFASCISTA.              


“..Se impone tanta verdad en la medida en que nosotros la impongamos. La victoria de la razón sólo puede ser la victoria de los que razonan.."BB


Augsburgo, Alemania 10 de febrero de 1898. Ese día nació Eugen Berthold Friedrich Brecht, mejor conocido  como BERTOLT BRECHT, genio creador del denominado "Teatro Épico", destacado militante comunista, comprometido intelectual revolucionario, poseedor de un sobresaliente desarrollo ideológico y estético, considerado como uno de los autores más influyentes y destacados del siglo XX.

Cuando Bertolt tenía 16 años, la Primera Guerra Mundial estalló y pronto se transformó en un absoluto desprecio a lo que la guerra estaba causando en su entorno. Varios de sus amigos de la infancia se alistaron en el ejército para perder la vida por una razón que Brecht siempre consideró vana. Gracias a su padre estudió nociones de medicina, las cuales le evitaron tener que estar en el frente de combate mientras hizo el servicio militar obligatorio.


En la segunda mitad de la década de los 20 se comenzó a considerar comunista, aunque sin incorporarse a la militancia activa. Se le conocía como "el comunista sin partido".


En 1954 la URSS le concedió el Premio Lenin de la Paz. Murió dos años después, a los 58 años de edad, víctima de un infarto.


Hoy, a 123 años de su natalicio, lo recordamos con estas palabras..


"Desconfíen del gesto más trivial y en apariencia sencillo. Y sobre todo examinen lo habitual. No acepten sin discusión las costumbres heredadas. Ante los hechos cotidianos, no digan 'es natural'. En una época de confusión organizada, de desorden decretado, de arbitrariedad planificada y de humanidad deshumanizada, nunca digan 'es natural'. Para que todo pueda ser cambiado, reconozcan la regla como abuso. Y donde aparezca el abuso, pónganle remedio."

Bertolt Bretch 

Presente!

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