O FIM DO FASCISMO
Bozonazi e sua horda
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A Revolução dos Cravos, ou o 25 de abril em Portugal, foi a revolta de um grupo de oficiais do exército português contra o fascismo salazarista.
Ditadura Salazarista
O Salazarismo, dirigido por Antônio de Oliveira Salazar, teve início em 1933. No mesmo ano em que Adolf Hitler subiu ao poder na Alemanha.
Em 1928 Salazar assume o ministério das finanças e começa a urdir o regime fascista que se implantaria 5 anos depois.
É sempre assim. A implantação do fascismo tem sempre um período de maturação. Que pode ser de muitos meses ou anos.
Assim, em 1932, Salazar foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros e, conforme a nova constituição de 1933, alcançava plenos poderes.
Autoritarismo, censura, repressão, exílios, guerras coloniais foram as características do salazarismo. Para controlar a população, havia a atuação da PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) - a polícia política.
E como não podia deixar de ser, a religião teve um papel relevante no Estado fascista português.
O Vaticano teve grande influência na implantação e desenvolvimento do regime fascista em todos os países da Europa.
Na Itália, o Vaticano foi o maior promotor do fascismo.
Na Espanha de Francisco Franco a igreja católica predominava.
O Portugal fascista de Salazar, em si, já era um convento católico, onde a Igreja mandava e desmandava.
O santarrão Salazar se confessava e comungava todos os dias. E o cardeal Cerejeira dizia que a palavra liberdade era pecado mortal.
E note-se: O catolicismo era a religião oficial, a única permitida. Os evangélicos ou bíblias, como eram chamados com desdém, eram proibidos. Coisa do Diabo diziam.
O 25 de Abril, ou a Revolução dos Cravos foi o movimento político-militar mais bonito do século XX! “Foi bonito a festa pá...”
A canção Grândola, Vila Morena e as flores, os cravos, fizeram brotar a alma do povo português.
Revolução é a festa do povo, alguém já disse.
Enquanto isto, do outro lado do Atlântico, aqui no Brazil com “Z”, colônia do Império ianque, o fascismo ocupa o poder, hoje, agora, 2022.
O “mito”, Duce ou Führer, brasileiro senta na cadeira de presidente da república.
Seguindo o mesmo caminho de todo o fascismo — Italiano, espanhol ou português, o fascismo requentado à brasileira cumpriu o período de maturação e aliança com os grupos corporativos.
O fascismo não é um movimento político partidário no estilo tradicional mas uma matéria pútrida que leva anos fermentando. É o lixo e o esgoto da história.
É a parasita venenosa que destrói a árvore verde da liberdade!
Os três poderes republicanos são cooptados, subjugados, desmoralizados ou destruídos.
Vejamos o que está acontecendo com o cerco ao STF, Supremo Tribunal Federal. Cerco e tentativa ostensiva de desmoralização. Isto é sumamente perigoso!
No nazifascismo o exército tradicional deve ser contido ou ser cúmplice do sistema.
Uma pequena cúpula de generais lacaios impõe o domínio militar sobre a tropa terrestre.
Na Alemanha nazista, o marechal Willian Keitel submeteu o antigo exército alemão. A verdadeira força militar passou a ser SA e posteriormente a SS.
Ou as milícias, como vem sucedendo, aqui em casa, no fascismo requentado.
O fim do general Willian Keitel foi a forca, na noite de 16 de outubro de 1946.
A próxima vítima e a mais importante, aqui, será o Exército, que será substituído pelas milícias, no fascismo requentado. Com o programa de armamento da população que está sendo promovido.
Os generais palacianos cúmplices do fascismo, militantes do “partido fardado” que querem transformar o país em um quartel, precisam pensar e repensar!!
Os oficiais portugueses que comandaram o 25 de abril de 1974, estão morrendo no esquecimento da mídia nacional portuguesa e internacional.
Mas não! E nunca serão esquecidos por aqueles que lutaram e lutam contra o fascismo e a opressão em quaisquer lugares do mundo! Desencadearam um movimento revolucionário que não puderam sustentar.
Mas sem querer, provaram uma verdade irretorquível: O militar não serve para governar, de forma nenhuma e em lugar nenhum do mundo.
Aqui damos como exemplo os combatentes da ZOB, organização judaica de combate que em 1943, certos da morte, comandaram o levante do Gueto de Varsóvia.
Deixaram um exemplo eterno de resistência à opressão para nós brasileiros e todos os homens e mulheres que dão a vida pela liberdade!
VIVA A LIBERDADE E ABAIXO O NAZIFASCISMO!!!
E. Precílio Cavalcante, capitão de mar e guerra ref. do Corpo de Fuzileiros Navais.
Ilha de Paquetá, 25 de abril de 2022.