LIBERTAS QUAE SERA TAMEM
Nós nem cremos que escravos outrora
Ora, ora, ora.
Tenha havido em tão nobre País
Is, is, is
Hoje o rubro lampejo da aurora
Bora, bora, ora!
Acha irmãos, não tiranos hostis
Hostis, tis, isssssiu.
Era uma vez...É ainda
300 anos É ainda
Escravidão...Tem ainda
Acabou não...Não ainda.
Hoje é o dia...
É de novo
De um combate
Bate, late, apanha,
Não grita, é silêncio
Perde e ganha
E a escravidão continua
Agora sem navios, pelourinho
Ou importação de pessoas
Negras ou não
Sob o sol inclemente e a terra nua.
A escravidão continua.
Agora nua e crua
Escondida em retirada
De direitos desde sempre
Atinge adultos e a meninada.
Mas o negro e as chamadas
Minorias que são muitas mais
Sofrem dobrado o preconceito
As desigualdades as diferenças
Sexuais ou raciais.
Não importa aos tiranos
Matar de fome
Explorar o trabalho
E na hora de pagar
Ato falho
Canalhice agora tem outro nome.
Liberdade! Liberdade!
Tenha pena da nossa gente
Não sabemos o que é isso
Há escravos com ou sem escravidão
Ordem de quem?... - de quem não sente
Liberdade! Não tarda não!
Sequestram nossos direitos
Mudam a Constituição
E nós, mansos cordeiros
Tosquiados em nossos valores
Sambamos nossa dor,
Cantamos nossas dores.
Mas então essa pandemia
Não permite carnavalar
Suar nossa agonia
Nossa dor, gritar na avenida
A morte de mais de 600 mil
Que faz tanta falta pra uns
E parece não fazer falta ao Brasil.
(Graça Andreatta 28/01/2022)-ES
Dia do combate ao trabalho escravo
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