sexta-feira, 5 de agosto de 2022

MILHÕES DE BEIJOS DO GORDO * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT-BR

MILHÕES DE BEIJOS DO GORDO
HAICAI PARA JÔ SOARES

Assim, sem adeus,
sem fazer nenhuma graça,
nem beijo do gordo...

Antonio Cabral Filho - RJ


JÔ SOARES

VIVA O GORDO! 


Viva o gordo! 

Viva por tudo 

Que ele em vida fez.

Seu humor sarcástico,

Suas tiradas fantásticas

E sua inteligência acima da média.

Viva o gordo!

Jô Onze e Meia! 

E o Programa do Jô.

Deram a fama ao seu talento.

Alguns personagens

Que ficaram no nosso imaginário.

Agora adentrará a academia de comediantes da eternidade.

Jamais esqueceremos 

José Eugênio Soares

Nosso querido Jô Soares.


Israel Batista.PE

&

Ao romper da alvorada

Ainda de madrugada

O mundo da arte chorou

A morte desdobrou o véu

E lá pra cima, no céu.

Foi morar o nosso Jô.


Imagino sua chegada

Em sua nova morada

Com seu jeito bonachão

Muito alegre, brincalhão

Abraçando amigos seus

Cumprimentando Jesus

Envolto em intensa luz

Ajoelhando aos pés de Deus.


Em nós vai deixar saudade

Pois tanta felicidade

Aquele gordo nos deu

E de repente ele parte

Deixa um vazio na arte

Que um grande artista perdeu.


Segue em paz, homem guerreiro

Valente e altaneiro

Que hoje resolveu partir 

Alegre como ninguém

Aos anjos do céu também

Agora fazes sorrir.


Pois a morte é traiçoeira

Foi chegando sorrateira

Nem ofereceu acordo

Conosco fica a lembrança

Da sua voz doce e mansa

Dizendo: BEIJO DO GORDO!


Profª Alba Valéria da Silva - GO

&

*Cortejo do Jô*

Por Fernando Silva - Carpina 


Lá se vai o teu bom humor

Mas viva o gordo!


Viva a memória da tua arte

Viva vovó Nana!

Viva o Menino!

Viva Tavares!

Viva o Zé da Galera!

Parafraseando, "não eras difícil de comer", como dirias em No Botequim, ainda que o garçom não mais suportasse... (Risos)


Viva o Dr. Ariel!

Viva o Pai Coruja!

Viva o Dentista Tarado! Bocão!!!


Viva o Capitão Gay!

Viva a Bô Francineide!

Viva Zezinho o striptease!


Viva a memória do riso! Viva a tua inteligência ousada...


Segue o cortejo da alegria,

Leva um abraço ao nosso imortal Paulo Silvino que também partiu num certo agosto


Segue com gosto o teu caminho de luz, 

mas deixa tuas pegadas no caminho da vida


Outros trilham em teus passos , mas não apagarão o rastro que deixas em nossa memória.


Viva Jô Soares, o imortal da ABHI academia brasileira do humor inteligente.

Vá em paz mestre do humor! Não esqueça de dar uma saudação especial ao Chico, aquele que por aqui se chama também Anysio...

Vá para a luz maior grande capitão da alegria brasileira!


(Carpina 05/08/22)

&

O  grande humorista que foi Jô Soares 

partiu numa nave de risos pro céu

com coro de anjos em grande escarcéu 

Deixando sem graça família e lares

órfãos do sorriso, nós somos milhares

agora nos resta ao bom Deus  muito orar

pra que ele conduza o bom Jô pra um lugar

mostrando sua face e sua luz do seu jeito

 que Jô escolhido por Deus seja eleito 

nos dez de galope da beira do mar.


Chico Fábio 

em 05 de agosto( mês chato do desgosto) de 2022

&
e
Jô Soares se foi...
Hoje faleceu Jô Soares e, sobre ele, tenho uma pequena história que vou contar aqui, como uma homenagem.
Li dois livros dele: "O xangô de Baker Street" e "O Homem que matou Getúlio Vargas" e, confesso, nunca dei tanta gargalhada lendo um livro.
Mas o causo que vou contar envolve o livro "O xangô de Baker Street".
Numa ida a Brasília, por volta de 1997, para me apresentar na rede de escolas Objetivo, resolvi, durante a viagem abrir o livro para ler.
Eu dei tanta gargalhada que os outros passageiros do ônibus começaram a anotar o nome do livro para comprar depois.
Realmente, foi uma experiência que ensinou muito sobre o poder do riso.
Já estou colocando na fila, para ler, "Assassinatos na academia brasileira de letras" e "As esganadas"! Enfim, uma SALVA DE RISOS para o grande Jô Soares!
*
Explode o trovão
Os deuses dão gargalhadas
enquanto o esperam.
Jidduks
&
O JÔ SOARES QUE EU CONHECI
WALTER FALCETA
Fui entrevistado pelo Jô, anos atrás, na Rede Globo. E foi uma bela e rica conversa. No início, eu estava de coração acelerado, admito. Mas ele me tranquilizou com tiradas e anedotas inteligentes. A interação foi bacana, proveitosa e sobre um tema que lhe interessava, a história da noite em São Paulo.
Depois, passei-lhe alguns dados e registros de personagens femininas do final do Século 19. E na conversa de camarim nos irmanamos no sofrimento perfeccionista do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Ele mandou um recado gentil ao amigo Juraci de Souza, que realizara a pesquisa de referência para "O Xangô de Baker Street".
Não vou somente elogiar. Havia ali uma visão de mundo com o viés da elite. Eu tinha, por exemplo, uma bronca danada da maior parte das Meninas do Jô, servindo ao pior do conservadorismo. A pior delas, certamente, era Lucia Hippolito. A melhor era Maria Aparecida Aquino, historiadora uspiana.
Tive a sorte de lidar com um Jô de bom humor. Eu o vi detonar alguns entrevistados, que saíram de lá moralmente destruídos, com suas teses demolidas. E me compadeci de outros que tiveram poucas chances de se manifestar. Pois, com frequência, ele monopolizava despudoradamente a palavra.
Ainda assim, foi o melhor e mais culto entrevistador da TV brasileira. Não teve competidor nem sucessor no território do talk show. Nas últimas décadas, a telinha nacional fabricou figuras repulsivas como Marcelo Tas e Danilo Gentili, porta-vozes da direita ressentida, e figuras de conhecimento raso, como Luciana Gimenez e Fabio Porchat. Por fim, gente preconceituosa, arrogante e pretensiosa, como Pedro Bial.
Jô Soares tinha um conhecimento amplo, transdisciplinar e eclético da realidade, fosse para tratar de música, cinema, botânica, religião, política, comportamento, moda ou engenharia. Eu gosto de gente assim, que procura aprender sobre tudo e sobre todos. São essas mentes holísticas e curiosas, praticantes do livre pensar, que fazem a diferença no rito civilizatório.
Subindo à arquibancada de cima, para torcer pelo seu Fluminense, Jô deixa ainda aberta lacuna enorme no campo da informação e do entretenimento. Um beijo pro gordo!
&
TROVA PARA JÔ SOARES

Jô Soares faleceu
e esse dia nos marcou
como um gênio que viveu
e um legado bom deixou...

RONALDO RHUSSO/RJ
&

Segue em paz Jô Soares!

Que plantes muita alegria

nos lugares que passares,

com a luz da Estrela Guia!


Lucy Almeida-AL

&
Vou contar a minha história com Jô Soares.
A primeira vez que o encontrei pessoalmente foi quando ele ainda apresentava o Programa de entrevistas no SBT.
Eu tinha 14 anos e meu pai ia ser entrevistado por ele pela primeira vez (depois teve outra, já na Globo). Eu já queria ser jornalista e trabalhar em TV, então aproveitei para ir junto e ficar na plateia.
Participar da plateia de um programa de TV também era uma experiência nova pra mim (dois anos depois fiquei na plateia do programa Silvio Santos enquanto ele entrevistava o então candidato Lula, mas essa é outra história. E também fiquei certa vez na plateia do Roda viva, quando o entrevistado foi Ulisses Guimarães. Eu era uma adolescente com um propósito: trabalhar em televisão. Muitos anos depois, cheguei a participar da bancada do roda viva como entrevistadora - mas são outras histórias).
Bom, daí, no meio da entrevista com meu pai, Jô Soares perguntou a história da nossa família e de onde vinha o sobrenome. E esta é uma história longa e complexa de uma família de refugiados da segunda guerra.
Quando meu pai terminou de contar, Jô disse: "Bom, e essa história toda confusa aí deu nisso, essa menina bonita que tá na plateia", e apontou para mim.
Então todas as atenções se voltaram para mim, que fiquei roxa de vergonha e só consegui sorrir.
Um tempo depois, fomos colegas de emissora na TV Globo, onde fui repórter por 12 anos e pra onde voltei agora.
Aquela menina de 14 anos hoje já trabalha em TV há 30 anos.
Quando alguém morre é assim: a gente pensa sobre o passado, sobre a vida, lembra histórias.

MARIANA KOTSCHO / SP
*

Às vezes

Perdemos pessoas que marcaram momentos em nossa vida

Seja com música,  poesia ou  na tela da TV

Com um gesto que você nem sabe o porquê

Mas o cupido da comunicação é assim

A Arte sobrepõe esse dom

Não é mais seu

Ele é do mundo

Jô é assim

Uma ponte que leva

A Poesia

O entretenimento

A alegria

Para o Universo.


Homenagem a Jô Soares 

Joselene Negra Black .RJ

*
*

Nem o ENEM Por: Ray Chagas


Com este texto, quero registrar a importância da criação do EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO instituído pelo governo que, mesmo com os problemas administrativos ocorridos, ainda é, sem dúvida, de necessária realização.   Antes disso, os alunos do ensino médio só se deparavam com seus reais problemas de aprendizado ao tentarem fazer os exames de vestibulares. Oportunamente em seu programa de TV, Jô Soares mostrava “pérolas”, frases erradas e sem coerência, constantes nos exames de vestibulares.

Não que considere ineficazes as avaliações das escolas, públicas ou particulares, durante os anos do tal ensino, mas sou a favor de que os jovens que se submetem ao exame estão, como todos nós, inseridos num contexto familiar. E deste dependem, em grande parte, para o bom êxito, especialmente no item “redação”. Quando falo em contexto familiar, refiro-me aos exemplos que os pais poderiam dar: dedicando-se à leitura, acompanhando o tipo de leitura utilizada por seus filhos. 


Reconheço que nossa língua é bastante difícil, gramaticalmente falando (não pensem que não tenho dúvidas! O importante é esclarecê-las). Por isso, não me atrevo a pensar que alunos conheçam as mudanças ocorridas com a unificação ortográfica dos países de língua portuguesa, proposta em 1990, e ratificada em 2007. Digo ortográfica porque ficou preservada a pronúncia das palavras no Brasil, Portugal e em alguns países da  África.

Com a melhoria na qualidade do ensino poderíamos evitar erros, como por exemplo: Camisetas escolares constando a palavra Encino (isso mesmo, com “c”); impressão de livros didáticos com mapa do Brasil faltando alguns Estados ou com erros nos nomes.

Ah! Decepção é acessar o face book e ver jovens escrevendo caxorro (isso mesmo, cachorro, com x), jente (gente com j), forssa (força com dois ss). Nunca ninguém precisou tanto de força (no sentido figurado da palavra)! Ainda no face book alguém, em tom de brincadeira, alterou o significado de ENEM para: Eu…Nunca…Estudei…Mesmo! Esse, pelo menos, assume.

Nesta semana, passei do estágio de decepção para o de alegria, ao conversar com uma jovem de 14 anos que me questionou se a música “carinhoso” era de autoria de Tom Jobim. Não, disse-lhe: A música é de Pixinguinha, com letra de Braguinha. Ela quis saber quem eram eles. Claro que a garota faz parte de uma “exceção”.

É utopia desejar que, algum dia, a partir dos bons resultados do ENEM fosse garantido mais vagas nas Universidades públicas?


Ray Chagas

20.05.2014

&

BEIJO NO JÔ 


Eita, a cultura tá enlutada

A alegria  ficou triste

O sorriso emudeceu

O humor calou, não existe 


O Templo da alegria 

Morada de tantos personagens 

Fechou suas portas

O seu mentor fez viagem


Viajou a convite de Deus 

Para alegrar o Paraíso 

Sua nova moradia

Pois assim foi preciso 


Acontece que Chico Anísio 

Estava muito cansado 

Carecendo de umas férias 

Andava trabalhando dobrado 


Daí, Jesus convocou Jô Soares 

Para dar uma mãozinha 

Afinal, o céu não pode entristecer 

É eterna sua alegria 


E assim  partiu o Gordo

Todo alegre e satisfeito 

Dizendo: Jesus tou chegando

E vou fazer daquele jeito 


Mas, São Pedro já me avisou

Para diminuir meu apetite 

Pois aqui é grande a fartura

São diversos os acepipes 


Que o Santo Pescador

Não queira mandar no meu feeling

Pois a partir de agora será assim:

VIVA O GORDO E ABAIXO O REGIME


Natal RN, 05/08/2022, 17hs17min


Alberto Maciel



CARTA DE UM JUMENTO A JÔ SOARES
Klevisson Viana
(Fragmanto)

Dizem que em Quixadá 
Na casa de Zé Colares 
Um jumento protestou 
Com sentimento e pesares 
Contra uma nota que saiu
E todo mundo assistiu 
(acontecimento midiático) 
No programa Jô Soares.

Creio que o Jô Soares 
Não disse aquilo por mal 
Que em Quixadá, o jerico 
Só está valendo1 Real 
Quando o jumento assistiu 
Grande desgosto sentiu
Por ser um pobre animal.

Rachel então fez a carta 
Conforme ele ditou
O gangão emocionado 
Desta forma começou: 
“Quixadá, mês de novembro
De 2000, se bem me lembro”
O jumento assim falou.

Nobre jornalista Jô
Nestas linhas mal traçadas 
Confesso que seu programa 
Sempre rende gargalhadas 
Porém me sinto ofendido
E lhe peço comovido
Defenda meus camaradas.

Portanto, “Seu” Jô Soares 
Tenha mais acanhamento
Só faz uma coisa destas
Quem tem um mal pensamento 
Difamar a nossa raça
A fim de servir de graça
Tu maltrataste o jumento. 


IDADES

Se já algum tempo,

Muito, muito tempo atrás,

Ouvi que a terceira idade,

Deveria ser chamada:

De melhor idade.

Até lembraria eu,

Dos amigos já ausentes,

Aqueles que mais felizes ou não,

Não chegaram a colher os frutos,

Dos beijos dos filhos,

Já os beijos dos netos,

Para mim também ausentes. 


Melhor ou terceira idade,

Sempre imaginei que só contamos os anos,

Dos vivos, ainda que meu pai,

Completaria 116, ontem?

Minha 96, ontem, antesdonte.


Os anos que passam, passam,

Ficamos velhos, só sobra para nós os aprendizados.

Ri, ri muito das piadas do Jô,

Fiz e faço quase sempre,

Faço parodias das piadas do Jô.


No duro doi uma dor doida,

Uma dor que doi doidamente.


Ainda que infelizmente tenha aprendido,

A dor dos tempos perdidos.


Vou preferiu falar dos tempos achados,

Achei no riso provocados,

Provocados por outrens.


Sempre tento encontrar tempo para uma palavra.


A palavra de hoje é mudar a visão do tempo.


Os anos passados por mim,

Somam décadas,

Já os tempos futuros, talvez segundos,

Então cada segundo, deverá ser um segundo,

Cada tempo encontrado será um tempo vivido.


Anesino Sandice


VIVA O GORDO VIVO, QUE NOS FEZ VIVER MAIS LEVE, NOS ANOS DE CHUMBO, QUE FEZ CALAR AS IDIOTICES DO BOZO

(CRÔNICAS PARA DESEMBURRECER TOMO D300XXXIII)


Lembraria se preciso fosse, que durante a homofóbica ditadura, o ajudante Carlos Sueli, ajudante do capitão gay, fez os sisudos generais de pijama. Não foi só os sisudos generais de pijama que riram, os sisudos generais de pijama riram assim como todos, das idiotas sisudezes dos generais de pijama, viva o vivo capitão gay.


Rimos também e muito, das "fábricas de uniformes" falando em risos soltos, reino da fita crepe, dos avessos para formar novas vestimentas. Rimos do alemão, das piadas inteligentes, da piada não discriminatória, da sutileza do pensar.


Assim como tudo passa, o passa, passa enquanto fica, assim como o detestável, o admirável também fica. Quando o admirável faz calar a idiotice do detestável, mesmo sabendo que o admirável, só se fez admirável, pelas detestáveis idiotices do detestável. Assim como o admirável gordo disse ao detestável bozo, fascismo é de direita e devemos superar, cultuar o fascismo é crime, e para o crime rigor da lei. Mesmo quando o infrator da lei é o despresidente.


Mas o riso inteligente do vivo gordo vivo, trouxe como dádiva o "Reizinho", personagem que satiriza os absurdos da ditadura  mas são os atos de calar auxiliares, para "vender", como suas as ideias. Caso o humor do vivo gordo, não tivesse razão para existir, o mundo seria melhor.


Adão Alves dos Santos

*

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