terça-feira, 29 de novembro de 2022

Vencemos a Suíça? * Bernardino José de Brito.SP

 Vencemos a Suíça?

A Suíça tem uma seleção de talento bem inferior à brasileira, o técnico deles agiu corretamente, jogando atrás, na retranca.

O êxito depende muito do autoconhecimento, da capacidade de aceitar com humildade, as próprias debilidades.


Não se trata de nenhuma vergonha, saber jogar com aquilo que se tem, de maneira consciente, e com os pés firmes ao chão.


Como o ditado popular afirma: é o que tem pra hoje.

 

Deveríamos ter feito esse recuo em 2014, quando a Alemanha fez 2 x 0, o que certamente, teria impedido os 7 gols naquele dia fatídico.


Com muito mais talento que a Suíça e com o exemplo de sua conduta hoje, talvez o Brasil pudesse ter equilibrado lá atrás, o jogo da Alemanha, ou, quem sabe, até tê-la vencido pelo contra ataque. 

Por orgulho histórico, não recuamos, deu no que deu, ficando pior.


Parece uma decisão simples, mas sabemos que não é nada fácil ao favorito retrair, porque o orgulho do mundo pesa, virando loucura. Os que souberem recuar para o amanhã, terão êxitos na vida pessoal, familiar, escolar, no trabalho e etc.


Com as nações, não é diferente, observo sempre alguns amigos na política dizerem: Biden é fraco, se fosse o Trump, a Rússia não teria invadido a Ucrânia. Ao que respondo: se fosse Trump, talvez não estivéssemos mais aqui. O mundo não aceita mais xerifes, nem no campo, e muito menos na geopolítica. Historicamente constatamos que o orgulhoso sempre cria um problema gigantesco.


Lembrando que Hitler não é fruto do acaso, mas da tentativa de colocar um povo contra a parede. Quem já tentou encurralar um gato, conheceu de perto, um leão.


O recuo, portanto, está longe de ser uma covardia, visto que nos permite uma retomada do fôlego para a reflexão, e a tomada de medidas necessárias às mudanças, abrindo caminhos para a vitória.


Vitória que a Suíça sabe bem o que é, tendo uma renda per capita de 93 mil dólares, enquanto a nossa está em 7,5 mil. Nesse caso, não é apanhar de 7x0 como no jogo contra a Alemanha, e nem a comemoração da vitória de 1x0 que tivemos hoje, mas sim, 12x0 para a Suíça, em educação, saúde, moradia e nível de emprego.


O Brasil ocupa o 133° lugar no IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, a Suíça, o 2° lugar. Nossa expectativa de vida está em 76 anos, e a deles, 84.

Richarlyson tem razão em se preocupar com a vida de seu povo.


Bernardino José de Brito.SP

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