QUEM MATOU MARIELLE
Numa noite muito triste
Provando que o mal existe
Um longo grito ecoou
Mariele Franco morta
O fio da vida que se corta
Mas sua voz não se calou.
Era uma legisladora
Guerreira, batalhadora
Mulher forte destemida
Que pagou com a própria vida
Uma mulher de alma nobre
Que lutava pelos pobres
E por eles era querida
Gritava contra injustiça
E contra a desigualdade
De uma sociedade
Que há muito está corrompida
Sua luta deixou saudade
Partiu com dignidade
Jamais será esquecida.
Último suspiro na noite
O matador foi cruel
Memórias de uma vida
Rasgadas como papel
Sem nenhuma explicação
Seu corpo tombou ao chão
Sobre seus olhos cai um véu
Mas suas lutas eternas
Nas lembranças viverão
No caráter e dignidade
De cada bom cidadão.
Era mulher negra e bela
E sua voz segue ecoando
Em cada beco e viela
O seu legado é nossa força
Sua lembrança um fervor
Faço homenagem a ela
Que teve grande valor
Como o calor de uma vela
Pois na luta dos excluídos
Sua causa se revela
Seu brutal assassinato
não calou a sua voz
Seu caráter era nato
Ela segue viva em nós
A prisão do executor
De fato é importante
Porém não nos convenceu
Pois ninguém arrefeceu
Nós queremos o mandante.
Releitura do poema MARIELLE FRANCO de Gilmar de Queiroz por Professora Alba, poetisa do entorno.
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