domingo, 31 de março de 2024

1964 ESQUECER NUNCA REPETIR JAMAIS * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

1964 ESQUECER NUNCA REPETIR JAMAIS

Silêncio oficial revela que ditadura não foi superada, diz relator da ONU

Jamil Chade - Colunista do UOL, 28/03/2024

A decisão do governo Lula de não marcar os 60 anos do golpe militar de 1964 revela que a ditadura ainda não foi superada no Brasil. O alerta é do relator da ONU sobre Verdade, Justiça e Reparação, Fabian Salvioli. Para ele, o silêncio é o abandono das vítimas da repressão, algo que o estado "nunca" poderia fazer.

Responsável pelo tema nos últimos seis anos, o relator afirmou ter ficado surpreso diante da determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seu governo mantivesse silêncio no dia 31 de março. Para ele, as autoridades brasileiras estão violando uma de suas obrigações internacionais ao escolher o silêncio. "Não se trata de uma opção", disse.

Em entrevista exclusiva ao UOL, Salvioli se mostra preocupado com a possibilidade de que essa decisão de abafar a data possa ter uma relação com uma suposta falta de liberdade do governo em relação aos militares. Para o relator da ONU, seria "muito grave" se tal decisão for parte de uma "chantagem das Forças Armadas"

Talvez, pela particular situação que atravessa o Brasil, entendo que o governo não tenha hoje a liberdade para fazer o que é devido. E isso é muito grave. Se ele obedece à chantagem das Forças Armadas, seria algo muito grave. Governos não podem funcionar sob . O golpe militar instaurou uma ditadura que duraria 21 anos.
Eis os principais trechos da entrevista:

- Chade - O que significou o golpe de 1964 no Brasil para a história da América Latina?

- Salvioli - Significou muito, no sentido que o Brasil é o país mais importante da região em muitos sentidos, e a ruptura da democracia num país assim tem um efeito dominó em outros lugares. Isso veio acompanhado com uma metodologia de violações sistemáticas de direitos humanos. No Brasil, isso teve particularidades concretas, como as violações aos povos indígenas. Tudo isso ficou muito claramente dito no informe da Comissão Nacional da Verdade.

- Por qual motivo é importante marcar datas como os 60 anos

- São muito importantes em termos de memória coletiva. Para recordar o que ocorreu, para prestar as devidas homenagens para as vítimas dessas aberrações. E para dar um sinal de que, da parte do Estado, há uma condenação. E que é uma condenação permanente a essa questão. É um erro pensar que, por ter ocorrido há 60 anos, não deve ser lembrado. Ninguém ousaria dizer que devemos deixar de marcar o dia das vítimas do Holocausto. E isso ocorreu há mais tempo. Quando os países atravessam esse tipo de questões, é muito importante sinalizar as coisas como elas são. E isso deveria ser uma política de estado. E que não dependesse de um governo ou outro. Isso deveria ser transversal a todos os governos que se dizem democráticos.

- Que papel tem essa memória para a construção da democracia hoje?

- É fundamental. Marca as regras de um pacto de convivência que não se pode quebrar em nenhum caso. Quando se esquecem esses pactos é que emergem os discursos autoritários, que reivindicam os crimes e que provocam uma permeabilidade maior das sociedades em relação ao discurso de violência. Isso é muito grave. As grandes tragédias não começam com fatos violentos. Começam com discursos violentos. E precisamos reagir rapidamente. O processo de memória é um valor em si mesmo. Não pelo que ocorreu no passado. É um valor para a construção de uma democracia forte e saudável para o futuro.

- Passamos por quatro anos de um governo que negava a existência do golpe. Isso é reflexo ainda do passado ou deste pacto democrático que não conseguiu ainda ser costurado de novo?

- Podem ser as duas coisas. A democracia precisa ser alimentada todos os dias. Não é algo que podemos dizer que conquistamos e que podemos dormir tranquilos. A democracia precisa ser construída com políticas públicas inclusivas e diárias. Talvez, pela particular situação que atravessa o Brasil, entendo que o governo não tenha hoje a liberdade para fazer o que é devido. E isso é muito grave. Se ele obedece à chantagem das Forças Armadas, seria algo muito grave. Governos não podem funcionar sob chantagem das Forças Armadas.

Além disso, os processos de memórias como garantia de não repetição para evitar futuras violações não são opcionais. São obrigações que os Estados têm diante do direito internacional. Neste caso, portanto, o Estado está descumprindo uma obrigação internacional.

- Qual é essa obrigação?

- Os estados precisam respeitar os direitos humanos e garantir os direitos humanos. Dentro dessa obrigação de garantia, existe o que se chama o dever de prevenção. E isso se faz através de políticas de memória.

- A decisão do governo Lula foi uma surpresa para o senhor?

- Sim. Fiquei surpreendido. Quando essas datas são relembradas, não é uma condenação às instituições. Mas a quem decidiram tomar ações ilegítimas e a quem cometeu crimes. Não se ataca as Forças Armadas democráticas. Não é um ataque às instituições. O que ocorre é que, quem cometeu esses crimes, têm porta-vozes e recorrem a um nocivo espírito corporativo para esconder esses fatos horríveis e que foram devidamente esclarecidos pela Comissão da Verdade.

- Que mensagem o silêncio manda para as vítimas?

- Existem diversas formas de revitimizar as vítimas e esse é um deles. O silêncio é uma maneira de abandonar a quem o estado não deve nunca mais abandonar. É uma maneira de revitimizá-las.

- Há quem diga que o Brasil não deve olhar o passado e que devemos nos concentrar nos desafios de hoje, sem fazer barulhos sobre o passado. Mas o país superou a ditadura?

- Não superou. Se tivesse superado, poderia falar disso sem problemas. O exemplo mais claro que não foi superado é o fato de que não se pode falar sobre isso sem problemas. Recordar os fatos do passado não quer dizer ficar no passado e nem quer dizer não olhar ao futuro. As sociedades recordam o passado. Todos nos lembramos das guerras de independência e ninguém diz que não devemos olhar para isso. Há uma intenção clara de não querer se abordar determinados fatos. Quando alguém diz que não quer fazer barulho ou molestar, o que isso quer dizer é que não se quer molestar os perpetradores. O problema é que, assim, se molesta a quem já foi vítima e voltam a ser vítimas.


Fernanda Montenegro interpreta Sonia de Moraes Angel

4ª Caminhada do Silêncio terá concentração na antiga sede do DOI-Codi de São Paulo

No dia 31 de março , data que marca os 60 anos do golpe civil-militar, ocorrerá em São Paulo a 4ª edição da Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado, com o lema “Para que não se esqueça, para que não continue acontecendo”.

Neste ano, a concentração para o ato será realizada no antigo Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna, o DOI-Codi, a partir das 16h. Já a caminhada em direção ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera, está prevista para começar às 18h. Os participantes do ato poderão levar flores e velas, que serão depositadas aos pés do monumento junto com fotos das vítimas da violência de Estado

Data: 31/03/2024
Horário: 16h (início da caminhada às 18h)
Local da concentração: Antigo DOI-Codi (Rua Tutóia, 921, Vila Mariana)
Destino final da caminhada: Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos (próximo ao Portão 10 do Parque Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Vila Mariana)

Entidades apoiadoras
UNE - União Nacional dos Estudantes
OAB - Ordem dos Advogados do Brasil - São Paulo
Comissão Justiça e Paz de São Paulo
Filhos e Netos Memória Verdade Justiça
Coalizão Brasil Memória Verdade Justiça Reparação e Democracia

Apoio legislativo
Mandato Antonio Donato (PT)
Mandato Beth Sahão (PT)
Mandato Luna Zarattini (PT)

Realização
Instituto Vladimir Herzog
Movimento Vozes do Silêncio
Núcleo de Preservação da Memória Política
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania

Vídeo
Fernanda Montenegro interpreta Sonia de Moraes Angel na Campanha pela Memória e pela Verdade, da OAB/RJ (2010) com apoio da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, pela abertura dos arquivos da ditadura militar

Música
"Achados e Perdidos / Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória"
Compositor:
Gonzaguinha /Editora - Moleque Edições LTDA
Músicos:
Aline Deluna - Voz
Dany Roland - Edição de Vozes, Radiofonia e Samples
Murilo O'Reilly - Percussão acústica e eletrônica
SEMINÁRIO 60 ANOS DO GOLPE

UFF, UFRJ, UNIRIO, UFRRJ, UERJ, UERJ-FFP, PUC e IHGB convidam para o Seminário 60 anos do golpe: história, memória e novas abordagens da ditadura no Brasil. Organizado por Angela Moreira (UFF), Angélica Müller (UFF), Izabel Pimentel (UERJ-FFP), Larissa Corrêa (PUC), Lúcia Grinberg (UNIRIO), Maria Paula Araújo (UFRJ), Renata Moraes (UERJ) e Samantha Quadrat (UFF), o evento ocorrerá em diferentes instituições entre os dias 01 e 05 de abril. A programação está composta por mesas redondas, oficinas para professores da educação básica e licenciandos, homenagens e exposição. Esperamos vocês! #60anosdogolpe #ditaduranuncamais #lembraréresistir


Divulguem, por favor, entre seus contatos e em suas redes sociais!


Em memória de Edson Luís de Lima Souto, estudante brasileiro cujo o assassinato teve um impacto significativo durante o período da Ditadura Militar no Brasil.

Ele nasceu em 1950 e tornou-se conhecido nacionalmente após sua morte precoce em 28 de março de 1968, aos 18 anos de idade.

Edson Luís era um estudante secundarista e trabalhava como garçom para sustentar sua família. Sua morte ocorreu durante um episódio de protestos estudantis no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro.

Os estudantes protestavam contra o aumento do preço da refeição no restaurante, que era frequentado principalmente por trabalhadores e estudantes de baixa renda. Durante os protestos, houve confrontos com a polícia e Edson Luís foi morto com um tiro no peito. Sua morte gerou grande comoção e indignação popular, sendo um dos eventos que contribuíram para aumentar a pressão contra o regime militar que governava o Brasil na época. O episódio ficou conhecido como "Massacre da Boca do Lixo".

A morte de Edson Luís serviu como um catalisador para o aumento da mobilização contra a ditadura militar e é lembrada como um dos eventos marcantes da resistência estudantil e popular no Brasil durante aquele período. Hoje lembramos de sua coragem e seu sacrifício durante os protestos contra a injustiça. Sua voz continua viva, inspirando-nos a lutar por um Brasil mais justo e igualitário.

Fonte: Movimento sem terra

O BRASIL TEM MAIS DE 1600 DESAPARECIDOS NA DITADURA, NEM TODOS CONSTAM NOS ARQUIVOS OFICIAIS - LEMBRAR.PARA MAO REPETIR

60 anos da Ditadura, hoje, falaremos dos desaparecidos Políticos na Ditadura brasileira

E o que isso significa a família
Pelo direito de enterrar nossos mortos, lutemos

Fazendo um apanhado DOS desaparecidos políticos do ES ( FOTO) para levar na caravana Capixaba dos 60 anos da Ditadura, que sairá de Vitória dia 31/03 as 23h rumo a Juíz de Fora, local em que tropas golpistas, comandada por Gal Mourão, rumaram ao RJ para consolidar em o golpe MILITAR- PERIODO MAIS OBSCURO E CRUEL DA HISTORIA DO BRASIL, lembrei de dores que vi e ouvi de familiares que não tiveram o direito de enterrar seus mortos.

A dica de hoje é um documentário de 12' , contando a incansável busca da mãe de Fernando Santa Cruz, em busca do corpo de seu filho. Dona Elzita foi incansável e pouco antes de morrer,

O delegado torturador, Cláudio Guerra revela que 13 guerrilheiros foram incinerados na fazenda Cambaiba , em Campos, dentre eles, seu filho, Fernando Santa Cruz . (Livro biográfico escrito por Rogério Medeiros - Memórias de uma Guerra Suja- esgotado mas livrarias, vendido na internet) que virou documentário no filme Forro em Cambaiba
Em final de 2023 a fazenda , posta pra reforma agrária,foi assentada.

Sobre sequelas, lembro da amiga e por muitos anos revolucionária, Neuzah Cerveira, filha do major Cerveira, outro desaparecido na ditadura na operacao CONDOR , que foi incinerado em Cambaiba, a Nina , na foto de meu arquivo particular, em minha casa em JF, contou - mee muitas coisas que a faziam viva na luta: procurar por seu pai , sempre certa de seu retorno não admite que seu pai foi incinerado, acostumada a esperar por 50 anos por sua volta, sofrendo altos e baixos na saúde mental.
documentario completo Operacao Condor )
O GOLPE MILITAR

O golpe militar de 1964, o quarto golpe, não foi uma exceção. Foi uma regra.
Sempre que o país tenta algum avanço, algum progresso, no campo econômico, político ou social, sempre que tenta alguma melhoria para o povo, vem o freio, o golpe de estado.
O golpe foi executado em 1° de abril, mas os golpistas mudaram a data para 31 de março.
Foi no 1° de abril que se deram os embates físicos em quartéis, navios e bases militares, com enfrentamentos físicos, feridos e mortos!
Mudaram de data porque se envergonhavam do 1° de abril, por ser conhecido pelo povo como o dia da mentira!
Mas o “evento” foi comemorado com um jantar na embaixada americana, na noite de 1° de abril.
Além de mudarem a data, mudaram o motivo. E o golpe passou a se chamar “Revolução”.
A redentora, como ficou sendo classificada.
Desde a Revolução Francesa de 1789, a revolução é tida como um acontecimento glorioso e os revolucionários são considerados heróis do povo.
O golpe militar de 1° de abril de 64, a abrilada, não podia deixar por menos!
Baixaram o Ato Institucional, o primeiro que não levou número.
Pois acreditavam que, com aquele Ato, eles resolveriam todos os problemas brasileiros.
Nem precisariam mais da assistência direta do Império ianque, do Tio Sam.
O golpe foi um produto típico da Guerra Fria.
À época, não houve nenhum golpe militar na América latina sem o patrocínio e o aval do Império ianque.
O Tio Sam seguia os caminhos do Big Stick com rigor!
Big Stick do inglês: "grande porrete" refere-se ao estilo de diplomacia usado pelo presidente Theodore Roosevelt Jr. presidente dos Estados Unidos entre 1901 e 1909),
"fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete.”

O comando geral do golpe ficou a cargo do embaixador americano Lincoln Gordon.
E o comando local ficou a cargo do General Golbery do Couto e Silva.
Ele foi o verdadeiro arquiteto do golpe.
Golbery era um general intelectual, leitor e escritor.
Coisa muito rara no Exército brasileiro!
Para o golpe, ele criou o IBAD, Instituto Brasileiro de Ação Democrática e o IPES, Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais.
Os dois institutos tinham a missão de propagandear a ideologia anticomunista.
O terror anticomunista era trombeteado como um mantra!
E, no caso, todo nacionalista ou democrata era apontado como perigoso comunista!
Começava ali uma forma de manipulação e controle da população!
Mas Golbery foi apenas o arquiteto. O construtor foi o embaixador Lincoln Gordon.
Lincoln Gordon, um indivíduo prepotente e ousado, verdadeiro representante da diplomacia do Império ianque para a Guerra Fria!
Vivia dando entrevistas e fazendo declarações contra o governo João Goulart, insinuando que o Presidente brasileiro estava levando o país para o comunismo.
A mão de obra, para o trabalho de campo, ficou por conta do adido militar da embaixada ianque, o coronel Vernon Walters.
Um coronel americano que falava o português sem sotaque.
Walters era parceiro e cúmplice do marechal Castello Branco.
Os dois planejaram o golpe a quatro mãos.
Castello Branco ganhou a Presidência da República, o que não é pouco!
E Walters ganhou o título de o maior e melhor especialista em golpe de estado.
Do Brasil partiu para o Chile, para preparar o golpe naquele país.
E depois voltou para os Estados Unidos para ser o chefe da CIA.
O que não se pode entender é que os intelectuais do ISEB, Instituto Superior de Estudos Brasileiros, a nata de socialistas, comunistas, democratas; a academia brasileira em peso, não percebesse que estávamos em plena Guerra Fria.
E que o governo João Goulart e o programa das Reformas de Base estavam sendo violentamente contestados como medidas comunistas a serviço de Moscou, Pequim e Havana.
Por trás destas acusações estúpidas e de má fé, encontra-se o embaixador americano e toda a grande imprensa nacional e internacional.
O Presidente João Goulart, ou Jango, era um nacionalista ferrenho!
Colocava os interesses do Brasil acima de tudo! E, no caso, não vacilava!
E o povo brasileiro acordou para a exploração torpe sofrida pelo país!
E tomou as ruas gritando e defendendo o interesse nacional!
Uma onda de nacionalismo varria o país de norte a sul!
Do lado contrário, os entreguistas, defensores dos interesses do Tio Sam, tomaram posição.
Na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar Nacionalista contava com 150 deputados federais.
Todos foram cassados nos primeiros dias da ditadura militar.
Uma das últimas medidas do Presidente João Goulart foi assinar o decreto regulamentando a remessa de lucros que as empresas estrangeiras enviavam para suas sedes.
A maioria das empresas eram norte americanas.
Esta sangria, esta hemorragia era, e é até hoje, o que torna anêmica a nossa economia!
A rapinagem dos recursos do país é efeito da nossa condição de colônia Brazil com “Z” do Império ianque.
Remando em sentido contrário ao dos golpistas, nos últimos dias do governo Goulart, às vésperas do golpe, intelectuais do ISEB repetiam:
“No Brasil as forças armadas são democráticas.
E não há clima para golpes!
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica estão apoiando as Reformas de Base do Presidente João Goulart.”
Não podia haver maior equívoco!
Golbery conseguiu o apoio de mais de noventa por cento da alta oficialidade das forças armadas para o golpe. Mais de oitenta por cento do grande empresariado. E a totalidade dos latifundiários.
Os latifundiários viviam apavorados com a reforma agrária pois, além do programa das Reformas de Base do Presidente João Goulart, temiam o avanço das Ligas Camponesas de Francisco Julião.
E assim, o quarto golpe patrocinado pelo Império ianque implantou uma ditadura militar que durou 20 anos. A tragédia do povo brasileiro!
Uma minoria militar resistiu nos quartéis e bases militares ao avanço dos golpistas.
Foram sacrificados, muitos presos e mortos nas câmaras de torturas!
Mas a luta continuou e continua contra os golpistas atuais.
Contra os bandidos terroristas do 8 de janeiro de 2023, e os seus patrocinadores!
Voltando ao golpe militar de 1° de abril de 64, não faz sentido se falar em golpe militar empresarial.
Pois teríamos de falar: Golpe militar empresarial, latifundiário, eclesiástico.
Eclesiástico, porque a Igreja teve um papel decisivo no preparo e desencadeamento do golpe!
E latifundiário não é empresário e o seu peso no golpe foi inegável!
Chega de penduricalhos!
Foi golpe militar mesmo, como tantos outros!
Com suas peculiaridades, evidente.
NOTA: Neste texto tratamos, apenas, do golpe militar.
A ditadura e suas consequências nefastas é outra história!
É a história da tragédia brasileira nua e crua!

E. Precílio Cavalcante
Capitão de mar e guerra ref. do Corpo de Fuzileiros Navais.
Pesquisador da História militar.
Rio de Janeiro, 30 de março de 2024.
ABAIXO O GOLPISMO E VIVA A LIBERDADE!
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