NÃO ESTAMOS EM MINORIA,
ESTAMOS DESORGANIZADOS!
Estamos acompanhando uma série de análises sobre a derrota da esquerda nestas eleições municipais de 2024. Algumas que buscam a sua razão na força da direita que detém, pelos fartos recursos, o poder de organizar e transmitir a sua ideologia à formação da falsa consciência do povo, Gramsci.
Outras que tentam negar a derrota com pífios números que não traduzem a vitória nas capitais e outras grandes cidades. Porém, algumas análises que até reconhecem o insucesso, porém terceirizam a culpa com seus quase mantras, "não devíamos ter aceito tal coligação" , "deveríamos ter optado por um candidato mais conservador para alcançar os votos dos..." etc.
Chegou a hora de nós do campo da esquerda termos a coragem de fazermos autocrítica. Levantarmos questões que abalem convicções, mesmo que caras para alguns, mas que podem, pelo menos, iniciar o debate que contribua aos nossos partidos à retomarem seus rumos como legítimas organizações populares e que representem realmente os anseios da classe trabalhadora:
1. Renovação de seus quadro com ações de formação política à consciência de classe: a teoria sem prática é morta, a prática sem teoria é cega, Lenin.
2. Cuidados com o personalismo: não temos lideranças. Não seguimos pessoas, mas ideais.
3. Retorno ao partido de base e não de cúpula. Nenhuma decisão sem consulta às bases: o povo tem vez, voz e voto!
4. Voltar a dialogar com o povo, da periferia às universidades: só com a mobilização popular se faz a transformação social.
5. Estar presente nas lutas populares: mandatos a serviço da luta!
6. Vigilância para não termos práticas estranhas aos partidos de esquerda, como autonomia dos eleitos, carreirismo, aparelhamento, tradicionalismo e direcionismo: a nossa práxis é fundada na dialética.
7. Vício eleitoreiro: o fim do partido legitimamente de esquerda não é a urna, mas a construção da luta de classe: só pela revolução socialista a classe trabalhadora ficará livre da exploração do patronato e das falsas promessas da direita de mitigação dos problemas sociais decorrentes da própria exploração.
Hora da mudança, sem medo de ser feliz!
Até a vitória, sempre! -
Hélio Rios-SP
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