quarta-feira, 9 de junho de 2021

A retomada das manifestações nas ruas e as eleições 2022 * George Kunz / RJ

 A retomada das manifestações nas ruas e as eleições 2022


 O que vale uma eleição no contexto atual? Isso pode trazer mudanças profundas? 

E a conciliação de classes que Lula fez de maneira magistral nos seus governos  pode repeti-la hoje? Ou será uma conciliação muito mais à direita? 

O que vale para a política revolucionária entrar numa política submetida ao  imperialismo? 


A saída para a brutal crise atual é institucional ou o povo mobilizado nas ruas? 

Estas perguntas se tornaram críticas considerando a aproximação das eleições  de 2022 e a retomada das manifestações nas ruas, depois de quatro anos de  congelamento, embora que direcionadas pela via institucional. 


O contexto geral é o da crise capitalista mais profunda de toda a história com o  crescimento imparável dos volumes obscenos de capitais fictícios, que pendem  qual uma espada de Dâmocles sobre as cabeças do mundo capitalista. 


As burguesias e o imperialismo buscam desesperadamente uma saída para a  crise. Esta tem se tornado cada vez mais impossível pelas vias tradicionais  devido à impossibilidade de colocar em pé uma política alternativa ao chamado  “neoliberalismo”. 


Com a “pandemia”, os repasses de recursos públicos aos grandes capitalistas têm  se tornado obscenos. Isso é a base da disparada dos preços das matérias primas  e da carestia da vida. 


Com o objetivo de conter a crise, as burguesias e o imperialismo têm imposto  brutais estados de sítio, disfarçados de confinamentos pela “pandemia”,  rebaixado as condições de vida dos trabalhadores e das massas de maneira  escandalosa, impulsionado o fascismo e as ditaduras militares semi disfarçadas.  E o mais central, direcionam o mundo a uma grande guerra como o componente  central da sua crise. 


Os problemas reais dos trabalhadores e dos povos 

Enquanto a crise capitalista avança rumo a confrontos ainda mais duros, as  burguesias e o imperialismo tentam canalizar o cada vez mais profundo  descontentamento pelas vias institucionais. 


No Brasil, até retiraram (pelo menos temporariamente) os processos criminais  contra Lula, que agora voltou à ação política. Cabe destacar que Lula agora é um  destacado militante do Grupo de Puebla, teleguiado pelo Partido Democrata de  Joe Biden e Kamala Harris. 


Os trabalhadores e o povo brasileiro precisam de mais comida, empregos, saúde,  educação, transporte.

As eleições de 2022 poderão resolver esses problemas gravíssimos em benefício  do povo brasileiro? 

Lula pode vencer as eleições? Ou fará o papel de palhaço que o PT e a “esquerda” oficial fizeram em 2018 para legalizar a vitória do bolsonarismo? E que o repetirá  em 2022?


E no caso, muito pouco provável, de Lula vencer as eleições reverterá os brutais  ataques impostos pelo bolsonarismo contra o povo brasileiro? E a doação da Vale  de 1999? E as concessões de TVs e rádios que são tratadas como capitanias  hereditárias? E a destruição do Brasil operada pela Operação Lava Jato? E a PETROBRÁS? E os  “acordos” impostos pelo imperialismo contra os trabalhadores e a soberania  nacional? 


Sobre os programas assistenciais devemos lembrar que, quando a luta de classes  está acirrada o povo apresenta a tendência ao ascenso, à luta, eles têm como  objetivo por um curativo para um tumor e principalmente manter o povo  controlado. 


Precisamos unificar as palavras de ordem em torno da luta. É uma questão  urgente. 

Devemos ir às ruas no dia 19 de junho para gritar: 

Fora o Governo Bolsonaro e a pandemia!

Chega de geladeiras vazias e cemitérios cheios! 

Revogação das reformas neoliberais!!

Revogação das privatizações!!!


Por um governo dos trabalhadores,

Levante Brasil!!!!

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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho