Por que não devemos ir às ruas no dia 12 de setembro?
Não ir às ruas no 12 de setembro é uma questão de honestidade aos princípios de classe e resistência, principalmente por sabermos que essa chamada vem do Movimento Brasil Livre (MBL).
O MBL, como um movimento eminentemente defensor de Estado mínimo, privatização/desnacionalização, sucateamento ensino público e saúde pública, reforma trabalhista a serviço dos que usurpam o trabalho alheio, ajuste fiscal com proteção aos ricos e redução da maioridade penal e tudo o mais que representa os privilégios da classe dominante.
Não devemos ir às ruas no 12 de setembro porque o MBL compõem os interesses das bancadas evangélica e ruralista do Congresso trabalhando o desmonte do Estado e dando continuidade ao golpe desde o impeachment de Dilma Rousseff, além de ter auxiliado o governo golpista de Temer na promoção das reformas trabalhistas e previdenciárias.
Não devemos ir às ruas no 12 de setembro porque o MBL é um dos movimentos protagonistas do antipetismo e contribuiu com a eleição fraudulenta a base de fake news do governo atual.
Não devemos ir às ruas no 12 de setembro porque o lema de “Fora Bolsonaro” utilizado pelo MBL não passa de uma farsa, considerando que esse movimento não tem nenhuma pauta contra as ações do atual governo, nenhuma crítica aos programas implantados pelo Paulo Guedes privilegiando grandes empresários, banqueiros e multinacionais.
Não devemos ir às ruas no 12 de setembro porque o MBL não tem nenhuma proposta para acabar com a fome, o desemprego e a inclusão das pessoas desvaforecidas e espoliadas pela miséria.
Não devemos ir às ruas no 12 de setembro porque o MBL, apesar de se assumir como defensor do liberalismo econômico e republicano, não passa de uma grande mentira, pois – entendendo o liberalismo econômico como a não-intervenção do Estado na economia – esse movimento apoia e reproduz as práticas da velha política de um estado privatizado e a serviço dos grandes empresários, latifundiários da burguesia rural e mercadores da fé.
Não devemos ir às ruas no 12 de setembro porque o MBL é a continuidade do bolsonarismo sem Bolsonaro, ou seja, o “Fora Bolsonaro” desse movimento e apenas uma estratégia para se livrar de um estorvo barulhento para garantir a manutenção do poder nas mãos dos homens brancos, ricos, remediados e conservadores com práticas misóginas, racistas, preconceituosas e simpatizantes do fascismo.
Enfim, não devemos ir às ruas no 12 de setembro porque o “Fora Bolsonaro” do MBL não passa de mais um artifício dessa direita bronca e dissimulada. Como no ditado popular “Vão-se os anéis, ficam os dedos”, o MBL quer “Fora Bolsonaro”, mas não abre mão do bolsonarismo, como se quisesse sacrificar a mãe grávida para preservar o seu feto.
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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho